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A montanha que devemos conquistar

A analogia da montanha para o processo de organização pessoal e a busca por uma produtividade compassiva.
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Com todo o respeito à cultura budista, e longe de ser uma apropriação, eu faço este post. Sou budista e, por isso, me familiarizo com essa ideia.
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E qual a ideia?
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Quando buscamos a iluminação, ou a libertação de todos os sofrimentos mundanos, existe a analogia do monge subindo a montanha. É uma escalada, um processo árduo e de superação, que leva tempo.
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No entanto, movido por uma mente de compaixão, chegar lá em cima não é suficiente. A verdadeira jornada é a descida, não a subida. Pois, para subir, você deixou “lá embaixo” (ou aqui?? rs) a sua amiga com depressão, o seu amigo desempregado, o seu gestor desorganizado, a equipe com conflitos, o pai doente. Então a jornada verdadeira é essa da volta, quando você retorna com tudo o que aprendeu sobre si para ajudar os outros.
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Com a organização, esse processo é semelhante. Porque ele parte de uma motivação individual e, por um tempo, talvez você sinta que tenha que “sair” um pouco do mundano para conseguir se conhecer, se perceber e mudar internamente. Mas, em algum momento, precisa retornar ao “mundo real” e lidar com as pessoas. Você volta diferente, e essa diferença é fundamental para ajudar os outros, pois agora você parte de um local de fala com mais propriedade, empatia, compassividade mesmo.
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Tentar ajudar quando você mesmo/a está sem oxigênio é como o “abraço do afogado”. Se você não sabe nadar, e seu amigo também não, um tentar salvar o outro vai fazer com que ambos se afoguem. Mas, se você aprender a nadar – se você colocar o oxigênio primeiro em você – você consegue ajudar outras pessoas.
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Essa complexidade da vida e do caminho é maravilhosa. Feliz por você confiar um pouco em mim para te guiar nesse processo que, para mim mesmo, é um longo caminho ainda.
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Na foto, o pico Everest. <3

Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

13 comentários em “A montanha que devemos conquistar”

  1. Que belo texto! Na verdade, nada tem sentido, nada tem finalidade se não servir a mais pessoas. Desde uma comida especial que fazemos, até o conhecimento que fomos acumulando, tudo adquire sentido se serve a mais alguem, se é compartilhado.

  2. No início desse ano, fiz um retiro de meditação que era baseado no budismo tibetano, e na capa da nossa apostila vinha essa figurinha do monge subindo a montanha, e os diversos obstáculos que ele encontrava até atingir samatha.

    Eu tenho feito muitas buscas e investigações internas, e tenho bem essa sensação, de que as demandas das pessoas ao meu redor me obstrui o caminho morro acima, hehehe, mas e que tipo de pessoa eu me torno se simplesmente ligo o meu botão interior?

    Moral da história: ando meio passinho morro acima, desço 3. kkkkcry

    Mais uma coisa pra meditar a respeito.

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