A analogia da montanha para o processo de organização pessoal e a busca por uma produtividade compassiva.
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Com todo o respeito í cultura budista, e longe de ser uma apropriação, eu faço este post. Sou budista e, por isso, me familiarizo com essa ideia.
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E qual a ideia?
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Quando buscamos a iluminação, ou a libertação de todos os sofrimentos mundanos, existe a analogia do monge subindo a montanha. í‰ uma escalada, um processo árduo e de superação, que leva tempo.
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No entanto, movido por uma mente de compaixão, chegar lá em cima não é suficiente. A verdadeira jornada é a descida, não a subida. Pois, para subir, você deixou “lá embaixo” (ou aqui?? rs) a sua amiga com depressão, o seu amigo desempregado, o seu gestor desorganizado, a equipe com conflitos, o pai doente. Então a jornada verdadeira é essa da volta, quando você retorna com tudo o que aprendeu sobre si para ajudar os outros.
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Com a organização, esse processo é semelhante. Porque ele parte de uma motivação individual e, por um tempo, talvez você sinta que tenha que “sair” um pouco do mundano para conseguir se conhecer, se perceber e mudar internamente. Mas, em algum momento, precisa retornar ao “mundo real” e lidar com as pessoas. Você volta diferente, e essa diferença é fundamental para ajudar os outros, pois agora você parte de um local de fala com mais propriedade, empatia, compassividade mesmo.
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Tentar ajudar quando você mesmo/a está sem oxigênio é como o “abraço do afogado”. Se você não sabe nadar, e seu amigo também não, um tentar salvar o outro vai fazer com que ambos se afoguem. Mas, se você aprender a nadar – se você colocar o oxigênio primeiro em você – você consegue ajudar outras pessoas.
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Essa complexidade da vida e do caminho é maravilhosa. Feliz por você confiar um pouco em mim para te guiar nesse processo que, para mim mesmo, é um longo caminho ainda.
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Na foto, o pico Everest. <3

Gosto da analogia 🙂
Adorei a analogia, Thais! Obrigada 🙂
Belo texto. Gratidão!
Feliz Páscoa para você e sua famÃlia, Thais!
Olá! Qual livro você indica para começar a aprender budismo?
Amo ler seus conteúdos!
“Como transformar sua vida’, Geshe Kelsang Gyatso
Era tudo que eu precisava ler hoje. Obrigada!
Thais é exatamente isso que eu devo compreender. Excelente essa sua assertiva. Muito obrigada!!!
Amei este post, a revisitar 🙂
Que belo texto! Na verdade, nada tem sentido, nada tem finalidade se não servir a mais pessoas. Desde uma comida especial que fazemos, até o conhecimento que fomos acumulando, tudo adquire sentido se serve a mais alguem, se é compartilhado.
No inÃcio desse ano, fiz um retiro de meditação que era baseado no budismo tibetano, e na capa da nossa apostila vinha essa figurinha do monge subindo a montanha, e os diversos obstáculos que ele encontrava até atingir samatha.
Eu tenho feito muitas buscas e investigações internas, e tenho bem essa sensação, de que as demandas das pessoas ao meu redor me obstrui o caminho morro acima, hehehe, mas e que tipo de pessoa eu me torno se simplesmente ligo o meu botão interior?
Moral da história: ando meio passinho morro acima, desço 3. kkkkcry
Mais uma coisa pra meditar a respeito.
Posso falar? Texto foda!!!! <3 <3
Sem falar que não tem graça nenhuma viver lá no topo da montanha sozinho rs analogia maravilhosa <3
Ótima reflexão. É um gosto enorme ler os seus textos Thais! ðŸ™