KonMari nos livros: haja coragem

Relendo o meu livro preferido da Marie Kondo (“Isso me traz alegria”), eu me deparei com um trecho que gosto muito, e que desta vez me tocou mais do que quando li pela primeira vez, que foi:

Um dos meus valores mais importantes é coerência. Para mim, buscar a coerência em tudo o que faço simplesmente faz parte de ser quem eu sou na minha melhor versão. E eu percebi que o critério do “isso me traz alegria?” pode ser estendido à reflexão que é: se você não leu esse livro até agora, por quê? Porque a resposta pode ser “mantenho por obrigação” ou “acho que posso usá-lo no futuro”. E, meus amigos, eu já estou em uma fase da minha vida em que já dá pra ter uma noção um pouco mais factível do futuro. Daqui a 20 anos eu terei 60. Já dá pra saber como serão mais ou menos as coisas da minha vida até lá. Eu estou fazendo um Doutorado, vou dar aulas, trabalho com produtividade, sou professora, escritora e pesquisadora na área. Dificilmente um livro que eu não tenha o menor interesse HOJE vai se transformar em uma leitura necessária adiante. E, se acontecer, eu posso providenciar a leitura novamente.

A questão então é: os livros que eu tenho me representam como pessoa?

A Marie Kondo recomenda colocar todos os livros no chão, pegar um por um na mão e avaliar o que deve ficar ou não. Essa abordagem não funciona bem para mim. Me dá claustrofobia. Prefiro fazer de pouco em pouco. E, desta vez que estou organizando as estantes por cores de novo, dá pra fazer uma cor por dia, ou um pouco por dia.

O que eu acho importante é que cada livro tenha um motivo para permanecer. Na imagem acima, mostrei uma prateleira e por que cada livro que está lá está sendo mantido. Não dá para mostrar todos aqui neste post, mas acredito que a imagem já dê uma ideia de como eu faço.

Este trabalho está constantemente em andamento.

Você já pensou na sua estante de livros no sentido que a Marie Kondo dá? Você acha que a sua estante te representa, te atende e te traz alegria?