Relendo o meu livro preferido da Marie Kondo (“Isso me traz alegria”), eu me deparei com um trecho que gosto muito, e que desta vez me tocou mais do que quando li pela primeira vez, que foi:

Um dos meus valores mais importantes é coerência. Para mim, buscar a coerência em tudo o que faço simplesmente faz parte de ser quem eu sou na minha melhor versão. E eu percebi que o critério do “isso me traz alegria?” pode ser estendido à reflexão que é: se você não leu esse livro até agora, por quê? Porque a resposta pode ser “mantenho por obrigação” ou “acho que posso usá-lo no futuro”. E, meus amigos, eu já estou em uma fase da minha vida em que já dá pra ter uma noção um pouco mais factÃvel do futuro. Daqui a 20 anos eu terei 60. Já dá pra saber como serão mais ou menos as coisas da minha vida até lá. Eu estou fazendo um Doutorado, vou dar aulas, trabalho com produtividade, sou professora, escritora e pesquisadora na área. Dificilmente um livro que eu não tenha o menor interesse HOJE vai se transformar em uma leitura necessária adiante. E, se acontecer, eu posso providenciar a leitura novamente.
A questão então é: os livros que eu tenho me representam como pessoa?
A Marie Kondo recomenda colocar todos os livros no chão, pegar um por um na mão e avaliar o que deve ficar ou não. Essa abordagem não funciona bem para mim. Me dá claustrofobia. Prefiro fazer de pouco em pouco. E, desta vez que estou organizando as estantes por cores de novo, dá pra fazer uma cor por dia, ou um pouco por dia.

O que eu acho importante é que cada livro tenha um motivo para permanecer. Na imagem acima, mostrei uma prateleira e por que cada livro que está lá está sendo mantido. Não dá para mostrar todos aqui neste post, mas acredito que a imagem já dê uma ideia de como eu faço.
Este trabalho está constantemente em andamento.
Você já pensou na sua estante de livros no sentido que a Marie Kondo dá? Você acha que a sua estante te representa, te atende e te traz alegria?
Eu já li o livro dela e não me lembrava desse trecho. Nunca pensei realmente nos livros sob essa perspectiva.
Amei ver a”A interpretação dos sonhos ” do Freud como referência da sua pesquisa e do seu trabalho â¤ï¸.
Bom domingo!
Oi, Thais! Comprei os dois livros da Marie Kondo pra reler esse mês e já estou pensando em um novo “destralhamento”. 😀 O método dela foi o que mais funcionou pra mim, inclusive pra livros. Como eu leio muita ficção, acho mais fácil de trocar e passar pra frente.
Atualmente, minha estante é organizada mais pelo tamanho dos livros (as prateleiras têm alturas diferentes) e só tento separar os que estão pra troca dos que vou ler e os poucos que quero guardar. Sinceramente, não me importo muito com ordem.
Beijos!
PS: também estou com o Rápido e Devagar pra ler!!
Eu já tive mais de 150 livros. Hoje estou com 95. De tempo em tempo faço uma avaliação. Livros que antes eu não tinha coragem de desapegar, hoje já consigo. Livros que ganhei de presente, li e nã gostei tanto, hoje já consigo desapegar. Eu não desapego de uma vez porque gosto de fazer perguntas e analizar por qual razão algo já não faz sentido em minha vida. Esse mês tirei 14 livros para doar pra biblioteca. São livros que não refletem mais meu gosto, mas antes eu ficava naquilo de : ah pode ser que eu releia um dia e passava 5, 8 anos e eu nunca relia. A vida é breve pra ficar se apegando ao que já não faz sentido. Hoje sei bem o que quero manter e o que pode ir embora. Quero uma vida mais leve, com menos objetos e mais espaço para meu espiritual, que pra mim é uma prioridade.
Você como sempre Thais maravilhosa. Sonhos em fazer um curso com você mas não posso financeiramente. Desde q t descobri tenho t seguido e tem me feito muito bem. Estava numa fase muito difÃcil de depressão fui só melhorando. Aprendi muito. Amo o assunto q vc aborda. Acho lindo o jeito meigo e especial q vc fala do seu “filhote”. A sua rotina enfim a sua caminhada. Ouvir você tem para mim sempre o gosto de quero mais. “GRATIDAO”.🌻
Eu tbem tenho uma estante bem grande e estou no mesmo processo de separar livros para doação. IncrÃvel ver como tem livros que pertenceram a uma parte da nossa vida e que hoje não fazem mais sentido mante-los.
Obrigada por este texto!
Olá,
sempre sonhei em ter uma estante com os meus livros, muitos dos que já passaram pelas minhas mãos, realmente, me representavam e fizeram parte de algum momento marcante. Porém, há dois anos me rendi totalmente aos e-books e com isso a perspectiva de ter a tão sonhada “estante fÃsica” foi por água abaixo.
Mas sou grata, pelo avanço da tecnologia e pela praticidade que essa nova ferramenta me traz.
Foi muito bacana te acompanhar esses dias no instagram com a “missão” organização dos livros.
Grande abraço!
Coincidência! Recuperei o meu ontem de noite, após mais de 2 anos emprestado, já tava dando como perdido e pensando em comprar de novo porque queria muito reler!
Gosto dessa filosofia de o objeto ter sentido para a pessoa e ajudar ela a se desapegar de coisas que percebe que não são importantes para ela.
Muitas vezes, as pessoas acumulam por força do hábito e só percebem a inutilidade do bem apegado quando se conscientizam que o mantém por mero apego/esquecimento.
É um bom meio para, não digo uma vida minimalista, mas mais frugal.
Simplesmente amei este artigo! Muito significativo para mim.
Oi Thais, fiz a minha reorganização de livros este final de semana (terminei na segunda-feira). Segui esse sentimento, também. Muitos e muitos livros foram embora, descobri alguns tesouros e ainda terei outros momentos de desapego. Faz muito sentido e foi um processo intenso e bom. Obrigada pela dica.
Hoje mesmo achei um artigo num livro q nem lembrava de ter. Era o que desejava para completar uma pesquisa em processo.
Amo, adoro passear pelas minhas estantes com o dedo deslizando pelas lombadas, procurando um passeio literário… DelÃcia!
Náo, meus livros não se tornam TRALHAS. Livros q não tem mais futuro: _ escolares, talvez alguns outros poucos, doo para gente que possa aproveitar.
Livros não são camisetas ou sapatos. Livros encerram conhecimentos, experiências vividas por alguém, guardam segredos.
Oi, Thais!
Livros são a parte mais afeitva dos meus apegos, e eu já fui do oito ao oitenta… qdo me mudei para o meu apto, pequenino, fiz um destralhe muito radical e me arrependo. Hoje, morando em uma casa maior e casada, criamos alguns critérios que tem nos ajudado: livros de referência (trabalho e interesses pessoais), livros da vida que sempre releio e uma biblioteca de referência em historia do Brasil e autores negros que não tivemos acesso ao longo da vida e estamos formando, para nós, amigos e futuramente nossos filhos – temos pensado muito no legado destes livros. Isto tbm me pauta na compra dos exemplares fÃsicos – tenho comprado ficção no formato e-book, porque sei que vou ler e dificilmente retornarei a eles. Tbm aprendi com um amigo bibliotecário o critério da consulta em 10 anos: se não foi consultado, pode ser destralhado. Este último critério me ajudou a rever vários apegos da graduação que não faziam mais sentido, pois minha vida pessoal tomou outros rumos e não havia porque manter na estante. Ainda assim, as prateleiras que temos estão insuficientes e precisando de um conjunto novo, rsrsrs…
Amo a Marie Kondo e sua forma de organizar. Ela me ajudou muito. Perfeita!
Oi , Thais.
Bom dia!
Em primeiro lugar , parabéns pelo novo layout do blog . Está bem clean e funcional , além de fofo. 😉
Excelente post… enorme reflexão.
Beijo e se cuide.
Thais, post incrÃvel. Adorei a classificação que fez dos livros, inclusive peguei a dica desse de Amsterdã, agorei.
Poderia ser um material você ir postando imagens assim com algumas referências. Eu iria adorar!
Obrigada,
O primeiro livro da KonMari que eu li, me chocou quando ela sugeriu ficar somente com as páginas que trazem alegria. Como sou professora leio muito, o Kindle me ajuda agora. E os que não vou mais ler, eu simplesmente faço doação para a biblioteca da escola publica onde trabalho.