Diário do Doutorado

Sim! Meus queridos amigos (assim os considero) leitores do blog, que resistem a todas as novas mídias e continuam lendo este humilde cantinho na web (eu também ainda leio blogs e amo!): passei no Doutorado! Já tinha comentado em outras ocasiões, mas este é o post oficial para contar. 🙂

Como eu já tinha publicado em outros textos, fazer o Doutorado agora não estava nos planos! Eu terminei o Mestrado tão “empapuçada” da vida acadêmica que achei sinceramente que levaria um ou dois anos para voltar a ter pelo menos vontade de fazer um Doutorado. Via colegas de mestrado já preparando seus pré-projetos e eu ficava “nossa, que coragem!”.

O fato foi que elaborei um projeto para 2020 que era esclarecer o que eu poderia estudar em um suposto doutorado. Porque vejam: são quatro anos. Se dois anos no mestrado já podem fazer você se enjoar da sua pesquisa, imagine quatro. Então tem que ser algo legal, e que te motive muito. Eu tinha esse projeto então para este ano, mas aí veio a pandemia e, enfim, o resto é história.

Fato é que, em algum momento da minha trajetória, nos últimos meses, me veio o estalo sobre o desenvolvimento da tese sobre produtividade compassiva, baseada no preceito de mente de compaixão do Budismo. E isso “caiu” no meu colo quase como um chamado, e eu senti uma vontade absurda de levar isso para o Doutorado o quanto antes. Passei a pesquisar sobre os processos seletivos, instituições e linhas de pesquisa.

Desde o início, comentei com vocês sobre o meu sonho de estudar na PUC-SP. É uma instituição que gosto demais, minha avó estudou e deu aula lá, eu gosto das linhas de pesquisa, admiro os professores e os eventos organizados, a filosofia, enfim, tudo. Além de ser perto da minha casa (o que pode parecer um tópico acessório mas, se você pensar que vai estudar lá durante quatro anos, faz toda a diferença para quem é mãe de um menino entrando na adolescência – quero estar sempre perto).

Ah! E eu resolvi levar o projeto para as Ciências Sociais > Sociologia do Trabalho em vez de fazê-lo na Comunicação. Mas esse é um assunto para outro post!

A PUC, porém, tem uma questão, que é o preço da mensalidade. Então outro projeto que elaborei foi o de guardar dinheiro para o primeiro ano pois, conversando com professores e coordenadores da instituição, e outros colegas que também estão envolvidos na academia, eu entendi que posso concorrer a uma bolsa-taxa (que abate a mensalidade) a partir do segundo ano, caso meu projeto seja muito bom, relevante para a área etc etc. Então esse é um objetivo de curto prazo que tenho – conquistar essa bolsa. E aí me preparei para guardar dinheiro para pagar as mensalidades do primeiro ano (o que consegui), e já iniciei novamente para as mensalidades do segundo ano (caso não consiga a bolsa), pois isso me deixará mais tranquila. Vou fazer o mesmo para os anos subsequentes, se necessário. Enfim, só para vocês entenderem como funcionam os meus planejamentos com relação a finanças e projetos que envolvem investimentos.

PS: Não posso concorrer a bolsas da CAPES ou CNPQ pois tenho CNPJ.

Bom, este é um post então para dizer para vocês que pretendo compartilhar aqui ao longo dos próximos anos como tem sido essa aventura acadêmica fazendo doutorado sendo mãe, tendo uma empresa, enfim, não vivendo exclusivamente para a academia, pois acredito que esse conteúdo possa confortar ou até ajudar outras pessoas que estejam passando pelo mesmo ou estudando se vale a pena fazê-lo. Para quem gostar do formato de vídeo também, farei no YouTube uma série, primeiramente com vídeos semanais – depois, acredito que tenha que espaçar um pouco mais a frequência. Clique aqui para assistir o primeiro e, se quiser, inscreva-se no canal. 😉