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10 maneiras de tratar a si mesma/o com compassividade

Olhar de maneira compassiva para si mesmo/a é o maior ato de autocuidado que existe.

Não se trata de ser egoísta e pensar apenas em você, mas de tratar-se bem, do mesmo modo que você trata os outros. Existem pessoas que pensam demais em todo mundo ao redor e muitas vezes se deixam de lado. Mas o grande ponto é que apenas você pode cuidar de si mesma/o.

Esse olhar compassivo individual ajuda a gente a olhar o mundo de outra forma. A apoiarmos mais, termos mais empatia e aceitar vulnerabilidades. Desenvolvemos resiliência. Aprendemos com o que acontece na vida.

Por isso, eu listei algumas coisas que você pode começar a fazer desde já para se olhar dessa maneira mais carinhosa. São elas:

  • Cuidar do seu sono como se ele fosse sagrado. É durante o sono que você recupera as suas energias para o dia seguinte. Dormindo mal, isso vai influenciar toda a sua energia. Muitas vezes, por conta de uma situação transitória (recém nascidos em casa, último ano da faculdade, transições de carreira), dormimos menos. É importante ter perspectiva. E, mesmo nesses casos, tomar cuidado para que o sono seja o melhor que você puder proporcionar dentro dessas circunstâncias.
  • Escrever um diário. Que seja simples, mas que diariamente você escreva como foi o seu dia, como superou dificuldades, como se sentiu. É uma maneira de se observar e de se conhecer.
  • Ler afirmações positivas. Existe um grande benefício em conversar consigo/a mesmo/a de forma positiva. Escrever afirmações para ler todos os dias pela manhã ou antes de dormir pode ajudar você a ter um pouco mais de paz mental e amor próprio.
  • Tentar as coisas. Muitas vezes, temos um desafio difícil à frente e achamos que não vamos conseguir. Portanto, nem tentamos. Apenas tente. Sei que soa clichê, mas tentar e não conseguir é melhor do que não tentar e não conseguir do mesmo jeito. E, tentando, você ainda corre o risco de conseguir. Tentar dá um recado interno para você de coragem e autoconfiança.
  • Crie espaços para planejamentos na sua rotina. É como se você agendasse uma reunião consigo mesma/o. Reserve um espaço de tempo para pensar sobre a vida, seus valores, princípios, objetivos de curto, médio e longo prazo, revisar projetos e compromissos. Se você conseguir fazer isso pelo menos uma vez por semana, sentirá que haverá mais clareza em todas as suas atividades.
  • Lide com pessoas positivas. Muitas vezes, nós, mulheres, temos esse sentimento de obrigação de querer cuidar das pessoas ou aceitar certos relacionamentos porque temos pena ou porque a outra pessoa vai ficar magoada se deixarmos de falar com elas. Isso não faz bem para ninguém. Você não é obrigada/o a manter um relacionamento com uma pessoa em que parece que você está devendo algo o tempo todo. Procure se cercar de pessoas que te fazem bem, e que você sente que as deixa bem também. Muitas vezes, é só uma questão de energia.
  • Pare de se comparar com outras pessoas. Cada um tem seu tempo, sua experiência, seus privilégios, suas escolhas, sua estrutura e suas condições. Compare-se sempre com você mesmo/a. Cresci no último ano? O que eu aprendi? Onde posso melhorar?
  • Coloque limites possíveis no seu uso da tecnologia no dia a dia. Por exemplo: 18h, desligar o computador. 20h, sem celular. 22h, sem tv. Você não precisa usar exatamente esses horários – eles são exemplos do que você pode escolher fazer na sua vida para não ficar tão dependente das telinhas e não agitar a sua mente antes de uma noite de sono.
  • Torne suas tarefas mais agradáveis. Todos nós precisamos executar coisas chatas de vez em quando. Pergunte-se como pode tornar aquela tarefa mais agradável. Ouvindo música? Vendo um vídeo legal quando concluí-la? Passar roupa vendo a sua série preferida na tv? Busque estratégias assim para evitar ficar presa/o à ideia da “tarefa chata”.
  • Diga mais “não” para coisas que pareçam erradas para você. Deixe sua intuição te dizer. Quando você diz sim para algo que te agride internamente, isso vai te fazer sofrer mais do que dizer não na hora do pedido, e por mais tempo.

A compassividade é uma construção. Escolha algo na lista acima que você possa fazer ainda hoje e comece. <3

Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

19 comentários em “10 maneiras de tratar a si mesma/o com compassividade”

  1. Ótima lista! Para mim, o que mais “pega” é o último item: “Diga mais ‘não’ para coisas que pareçam erradas para você”. A minha tendência é sempre dizer sim, ainda que me prejudique. Mas, tenho tentado exercitar essa ação nos últimos tempos e os benefícios são muito evidentes. Não há nada que pague nossa paz interior, não é mesmo?

    Abração, Thais!

  2. A questão de diminuir a exposição a telas à noite fez uma baita diferença pra mim. Ainda não consigo ficar muito longe do celular antes de dormir, mas tenho tentado substituir o celular pelo kindle, que é menos cansativo para mim (tenho o modelo paper white). Isso tem sido fundamental para manter a minha saúde física e mental durante o isolamento social, para que eu consiga ter uma separação entre expediente e descanso – é bem difícil ter essa distância quando se é autônomo, né. 😉

  3. Obrigada Thais. Por causa do retorno ao trabalho e cansaço mental eu estava pensando em abandonar o mestrado, sabe? E ler essa postagem me mostrou como preciso tentar, porque o arrependimento por não tentar será bem maior.

  4. Thaís, a cada ano que passa fico mais apaixonada pelo Vida Organizada!
    Que texto lindo!!! Fiquei até emocionada.
    Essa semana tentei algo que estava super insegura de fazer (tenho alguns receios para escrever), mas tentei e já começou a sair algo. O pouco que fiz já me deixou feliz!
    Obrigada por esse post, pelas dicas, vídeos, pelo blog!
    Abraços,
    Ana Paula

  5. Esse post me deu muitas reflexões… Acredito que na maioria das vezes nós podemos ser nosso maior inimigo, cultivar pensamentos auto críticos demais, destrutivos e comparativos mina qualquer saúde mental.
    Cuidar do sono ̩ a base de tudo Рsa̼de mental e fisica. Quando me sinto ansioso a primeiro sintoma aparece no sono, ou na falta dele ou no excesso.
    Escrever um diário é um exercício poderoso de colocar na ponta do “lápis” metaforicamente e fisicamente o poder de escrever nossa historia e de alguma forma se empoderar, só quem pode mudar nossa história somos nós mesmos, e refletir sobre o que fazemos no nosso dia a dia, pra mim, é uma fonte inesgotável de questionamentos e reflexões.
    Faço meu diário no meu log do bullet journal, e tenho um log de afirmações positivas. Para ler e me encorajar em dias difíceis e conseguir estar presente e grato pela vida e existência. Pode ser opressor o mundo capitalista informacional que vivemos, e conseguir ver o lado positivo no nosso existir, acredito eu, é a chave para conseguir lidar com mais clareza com os pepinos que vão aparecendo diariamente.
    Agora, sobre tentar as coisas… É muito difícil! Acredito que muitas vezes temos medos de tentar e falhar, então aceitamos uma falha que ainda nem existe e desistimos com medo de errar. Errar faz parte do processo, de todos os processos de aprendizagem! E o primeiro passo é se arriscar e tentar!
    Criar espaço para planejamento vem me tirado de grandes processos de angústia. As vezes estou me sentido ansioso com alguns projetos, tendendo a uma impaciência dos meus 24 anos, e fazer minha revisão e planejamento semanal me ajudam a dar sentido pras ações do meu cotidiano. Estudar para aquela prova chata no fim do peridodo do EAD se torna mais aturável quando eu tenho revisado meus horizontes e sei que esse pequeno passo é o que vai me levar para mais próximo do meu resultado desejado.
    Estou cada dia mais procurando me cercar de pessoas positivas e que compartilhem de algumas filosofias de vida e de relacionamento que também compartilho. Estou fazendo um ‘destralhe’ de pessoas que só querem coisas de mim, e não querem saber de mim como um ser completo fora do que elas precisam de mim. – Claro, sempre com responsabilidade afetiva e respeito com meus relacionamentos.
    Se comparar com os outros vem sendo cada vez mais fácil depois que diminui meu uso de algumas redes sociais. O Instagram na tentativa de montar um feed pra mim que me mostre coisas felizes acaba colocando padrões inalcançáveis de “sucesso” bem vazios de qualquer significado. E no fim da história, a única corrida que estou competindo é comigo mesmo, se estou evoluindo como ser humano e como artista. Faço parte da geração Z, a primeira geração que está crescendo dentro das redes sociais, e aprender a separar essas projeções imagéticas da realidade pode ser uma tarefa árdua e que muitos dos mais velhos podem não compreender os efeitos na nossa formação psicológica como adolescentes e em seguida adultos.
    Toda essa reflexão me permite pensar com clareza e fazer escolhas com sentido… A vida parece passar tão rápido e não quero gastar tempo realizando ações que não fazem sentido com meu propósito de vida, ou ações que qualquer outro ser humano poderiam ter feito no meu lugar. A organização me proporciona espaço para respirar e ver a big picture que às vezes as condições adversas podem nos dificultar de ver.
    Não que torne as coisas mais fáceis, mas tornam possíveis de lidar.
    Muito obrigado por proporcionar o espaço onde essa difusão e esses conhecimentos são possíveis, Thaís! Aprender sobre essa ideia de viver com mais compassividade é uma perspectiva que impactou muito minha vida.

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