Aprendizados no uso do commonplace book

Recentemente acabou o caderno que eu estava usando como commonplace book e eu resolvi listar aqui alguns aprendizados que tive.

O caderno durou praticamente um ano e ele era daquele modelo capa dura, da marca Spiral, com 300 folhas.

Durante o isolamento social, eu enjoei da capa dele e o encapei com um papel contact estampado que tinha em casa, e assim ele foi até o final de setembro e comecinho de outubro.

O primeiro aprendizado é sobre o tamanho. Apesar de 300 folhas proporcionarem mais tempo de caderno, é fato que o tornam mais difícil de manusear. Especialmente mais para o final do caderno, com poucas folhas, a parte que encosta na espiral fica quase rasgando.

Muitas pessoas perguntam como não se perder com conteúdo misturados no caderno, mas é só fazer um índice. Eu confesso que tentei fazer mas, para mim, não foi muito útil, porque o que gosto muito é de folhear e, muitas vezes, não escrevo grandes textos e sim frases ou fragmentos, o que tornaria a indexação um microgerenciamento (para mim).

Uma coisa que fiz nesse caderno foi “enfeitá-lo” com colagens e marcações com canetinhas e washi tape. Fica legal, mas não vale a pena enfeitar com antecedência, pois pode acontecer de eu escrever sobre um assunto que não tem nada a ver com o desenho ou a imagem em si.

O caderno ser pautado é essencial, pois eu o uso essencialmente para textos.

Capa dura também é essencial, pois muitas vezes eu não estou escrevendo nele sobre uma superfície e preciso desse apoio extra.

Nunca usar como caixa de entrada para coisas que demandem ação, notas de reunião e anotações mais voláteis desse tipo, pois a ideia do caderno é guardá-lo como se fosse um livro, com informações que eu queira acessar depois.

O caderno representa quem eu sou naquele momento e como estou raciocinando. É legal deixar que ele expresse isso em sua totalidade. Tem dias que escrevo mais, tem dias que escrevo menos, tem dias que enfeito, tem dias que só escrevo mesmo.

Meu novo commonplace book é um caderno também da Spiral, também 300 folhas, pautado e capa dura, pois quis manter esse formato. Já gravei um vídeo onde explico direitinho e mostro um pouco dele, e em breve irá no ar no canal.

Na segunda metade de setembro, eu também parei de usar o Bullet Journal. Foi natural. Eu tenho um texto no blog onde explico sobre os motivos.

O commonplace book tem sido um grande aliado no meu dia a dia, especialmente com relação a estudos e aprendizado em todas as frentes.