Sobre implementar hábitos

Esta semana estamos falando sobre hábitos em aulas que estão acontecendo em um evento para os alunos do meu curso, e que durante os dias 10 e 17 de agosto ficarão disponíveis pública e gratuitamente aos interessados.

Na Aula 2, de quarta-feira, falamos sobre como implementar hábitos. Foi uma aula bastante densa, então achei que seria interessante fazer um resumo dela em formato de texto aqui para o blog, o que pretendo fazer com este e outros posts nos próximos dias (falaremos sobre o assunto ao longo de agosto inteiro, além da “semana”).

Implementar hábitos é uma coisa mitificada. Pelo menos, com todas as pessoas que eu converso, parece algo “grande demais” e, muitas vezes, distante da realidade atual de cada um. Hábitos são apenas práticas feitas com frequência ou de modo automático, e isso é simplesmente uma construção. Não tem como ser diferente.

Um ponto especial que quero desmistificar é sobre o grau de eternidade do hábito. Hábitos podem mudar. Não é porque você incorporou um hábito que precisa mantê-lo para sempre. Você deve manter enquanto achar que faz sentido. E é isso. A vida deve ser esse personalizar diário. A gente mantém o que faz bem, tira o que faz mal, ou não faz mais sentido, e assim personaliza o dia a dia.

Em uma pesquisa realizada com os seguidores no perfil do Vida Organizada no Instagram, no final de julho deste ano, eu perguntei qual era o hábito que eles (vocês?) queriam implementar. A imensa maioria se referiu ao sono (dormir ou acordar mais cedo), fazer atividade física ou se alimentar melhor. Depois, meditação. E só depois organização. O bom é que, para todos eles, a organização serve muito bem. <3

Antes de pensar em algo enorme, como um hááábito, você precisa se conhecer. Então um exercício interessante pode ser definir qual o hábito que quer implementar, então, o que pode estar te atrapalhando hoje, e o que você pode fazer para reverter cada uma dessas coisas que estão te atrapalhando.

Tudo na vida que você queira fazer (ou parar de fazer) pode se tornar um hábito. Sinceramente. A questão é: o que você quer ou precisa implementar que faria toda a diferença no momento? Essa é minha recomendação de escolha para começar a implementar um hábito.

“Preciso implementar só um?”. Sim e não. Não porque a vida é sua. Você faz o que quiser. 🙂 Mas, se quiser a minha opinião, acredito que é mais assertivo colocar todo o foco em uma grande mudança primeiro, especialmente se for um hábito-chave que conduzirá muitos outros. Por exemplo, eu mantenho o hábito de acordar cedo porque, graças a ele, eu consigo ter uma rotina de autocuidado, praticar yoga, meditação e estudar. Se eu não acordar cedo, todos esses outros hábitos acabam ficando meio bagunçados. Logo, acordar cedo é o meu hábito-chave. Qual é o seu?

Comece definindo seu hábito-chave e, a partir dele, é possível que os outros se desencadeiem praticamente sozinhos.

Quanto mais você conseguir aproximar o próximo passo do seu hábito a uma atividade que você já realize normalmente na sua rotina, mais fácil ficará. Porque a chave é justamente essa: somos seres preguiçosos. Fazemos o que for mais fácil. Se você atrelar uma prática nova a uma atividade que já faz parte da sua vida, você vai gerar um gatilho de atalho para o seu cérebro, que aos poucos vai associar uma coisa à outra e, quando você perceber, já estará fazendo de maneira automática.

É importante ter um hábito de cada vez justamente porque sua mente já tem coisa pra caramba pra processar no dia a dia. Foco é uma escolha. Quando você resolve focar em um hábito, ela direcionará toda a sua “energia” para esse hábito em questão.

Outra coisa: seu cérebro sempre vai fazer o que for mais fácil. Logo, você vai aprender que, para implementar um novo hábito, uma das melhores estratégias é torná-lo fácil. Nós vamos explorar isso nos próximos posts, mas lembre-se: há dias melhores que outros. Tem dias que você não vai conseguir fazer, e tá tudo bem. Basta retomar quando puder.