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Como eu faria se precisasse voltar a trabalhar fora durante a pandemia

Muitos leitores do blog têm me trazido essa pergunta e eu pensei que, para falar sobre o assunto, a melhor maneira seria descrever como eu faria, se fosse necessário voltar a trabalhar fora neste momento devido ao meu emprego ou outra circunstância do tipo.

Para quem é novo por aqui, vou explicar minha situação, só para você entender o contexto. Sou autônoma e, por mais que eu tenha um escritório externo, não é necessário trabalhar de lá todos os dias, além de eu ter essa autonomia de decisão (decidir onde posso trabalhar). Logo, minha configuração de vida hoje permite que eu fique em casa.

O meu ponto de vista sobre essa “retomada” pode parecer um pouco polêmico, mas estamos em um blog pessoal, afinal de contas, então minha opinião sempre será passada. Não há absolutamente nenhuma diferença no cenário mundial da pandemia desde que iniciamos a nossa quarentena, em março, para o cenário que temos hoje. Se existe algo “diferente”, é o maior número de mortos e pessoas contaminadas, o que apenas aumenta o risco de contágio. Logo, para mim, qualquer abertura agora para quem não precisa é um ato bastante inconsequente, apesar de eu saber que a quarentena deu uma achatada na curva e evitou a sobrecarga dos hospitais (que bom). Mas, para quem ainda puder permanecer em casa, como nós por aqui, eu recomendo fortemente que aguente firme. Vai passar, mas ainda não passou. Quem sair agora precisa saber que estará mais “disponível” para pegar o vírus do que quem estiver em casa, então você precisa estar preparado/a caso pegue.

Se eu tivesse que trabalhar fora neste momento, ou porque eu sou da área da saúde, ou porque fui obrigada pela empresa que sou contratada ou algo assim, e não houver qualquer possibilidade de conversa, eu buscaria tomar todas as precauções possíveis. Em que sentido?

  • Em casa, reajustar ainda mais a questão dos limites para quando chegar da rua, fazer a higienização das coisas, colocar a roupa para lavar, higienizar o sapato, bolsa, tudo.
  • Deixaria uma malinha com minhas coisas para o hospital preparada, caso precise ser internada. Inclusive isso é algo que já tenho hoje, mesmo de quarentena.
  • A roupa de ir trabalhar seria a mais coberta possível. Iria não apenas com máscara mas óculos, luvas e touca. Teria que ter um estoque maior de máscaras para trocar ao longo do dia e ter reservas para quando um lote estiver lavando.
  • Se houver a possibilidade, não usar transporte público. Ir a pé, com meu carro, bicicleta, transporte por aplicativo no máximo. Se tiver que ir de transporte público, tentar ir em horários alternativos, evitando aglomerações. Se não for possível, me proteger ao máximo.
  • Álcool gel o tempo todo. Lenços umedecidos com álcool até no trabalho.
  • Jamais “aproveitar que saiu” para ir em outros lugares, como comércios ou passeios, se não houver necessidade (não só você pode pegar como pode contaminar outras pessoas com a maior circulação).
  • Evitar contato físico e próximo em casa, com as outras pessoas que moram juntas. Ter um talher, prato, copo etc. para cada um na casa. Todas as precauções máximas de higiene, que eram regra no início da quarentena.

Se você for empresário e sua equipe não precisar trabalhar no escritório, por favor, continue com a mão na consciência e preserve sua equipe.

Sei que não é fácil você ter que fazer algo contra a sua vontade. Se você não se sente seguro/a para ir para o trabalho nessas condições atuais do mundo e mesmo assim é obrigado/a, tome todas as precauções necessárias e procure implementar um estilo de vida (sono, alimentação) que favoreça a sua imunidade. Pois, caso você fique doente, isso talvez não te afete tanto (ou pelo menos dá uma chance maior de recuperação). Boa sorte. <3

Marcações:
Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

13 comentários em “Como eu faria se precisasse voltar a trabalhar fora durante a pandemia”

  1. Boa tarde Thais,
    Primeiro gostaria de dizer que adoro o seu blog, e que já acompanho há alguns anos.
    Eu moro em Santa Catarina e trabalho no comércio, que por aqui já está aberto normalmente desde abril, e infelizmente sem sinais de fechar apesar da disparada no número de casos, inclusive a cidade onde moro tem um dos maiores riscos de contaminação no estado.
    O medo de se contaminar é real, principalmente pela falta de noção de alguns clientes que insistem em desrespeitar regras básicas.
    O que tenho feito é o seguinte:
    -Plastifiquei mouse, teclado, telefone e máquina de cartão para facilitar a limpeza e evitar danos por causa do álcool, e troco esse plástico diariamente.
    -Higienizar a mesa e todos os utensílios utilizados a cada atendimento.
    -Higienizar bem as mãos a cada atendimento, com água e sabão sempre que possível, ou álcool em gel.
    -Tem uma mesa de apoio na entrada de casa onde deixo casaco, bolsa (caso tenha levado), álcool para higienizar chave, celular e calçados (que também ficam na entrada), depois tiro a roupa na lavanderia e deixo em um saco fechado e vou direto pro banho.
    -Lavo o cabelo todos os dias, e trabalho com cabelo sempre preso num coque.
    A única observação que tenho a fazer no caso de usar luvas, é lembrar que são descartáveis, ou seja devem ser descartadas a cada tarefa executada, para evitar contaminação cruzada, mas o melhor ainda é higienizar bem as mãos sempre que possível.
    Adoro os seus posts, e estes tem sido fonte diária de inspiração para atravessar esse momento difícil.

  2. Que bom compartilhar isso conosco! 🙏🏻
    Ainda estou segura, trabalhando de casa, mas sempre me pego pensando no “e se voltar mês que vem?”
    Daí vem a ansiedade, um pouco de raiva de ser (hipoteticamente) contrariada e não poder escolher ficar mais em casa e etc.
    Muda a vibração do meu coração e vira uma bola de neve de emoções descontroladas ladeira abaixo…
    Obrigada por contribuir e nos ajudar a antecipar cenários possíveis em toda essa situação. 😘

  3. Oi, Thais!
    Achei muito válido seu post sobre retorno e principalmente ter a malinha pronta, caso precise ir para o hospital. Adicionalmente aos pontos que vc mencionou acima, eu incluiria a alimentação (levaria o almoço e lanches para não precisar sair do escritório para comer), cuidado redobrado no uso de banheiros e áreas comuns do escritório (cafezinho/água), e cuidado também quando interagir com os colegas, procurando manter a distância de 1,5 metros.
    Meu marido continua trabalhando de casa (área de TI) e meu filho estudando on-line.
    Semana passada na escola foi feita uma pesquisa com os pais para verificar quem quer retornar ou continuar com as aulas on-line. Há mais ou menos um mês o trabalho do meu marido também fez uma reunião para ver quem gostaria de retornar gradativamente.
    Não nos sentimos seguros ainda, e vamos estender a permanência em casa enquanto for possível.
    Enquanto isso, vamos torcendo para que a vacina chegue para nos dar um pouco mais de tranquilidade. Bjos e boa semana a todos nós!

  4. Thaís, seu post foi muito pertinente, pois todos sabemos que esse movimento de retomada é uma furada e que muitas pessoas estão obrigadas a voltar ao trabalho presencial.

    Mas tenho uma pergunta que pode parecer boba: o que vc coloca em sua bolsa de emergência para o caso de internação? nunca fiz e fiquei curioso

  5. Aqui em casa, eu é que faço o serviço “sujo”, vou para rua quando é extremamente necessário (à pé ou de uber). Além da máscara , uso um protetor facial Face Shield. No meu bairro, vejo muita gente sem máscara, o que é um verdadeiro absurdo. Então, optei por adotar a viseira e pretendo utilizá-la, caso precise voltar ao trabalho, até porque utilizo 3 conduções para ir e 3 conduções para voltar, são 4 horas de deslocamento diários,

  6. Thaís, parabéns pelo blog, sempre um assunto útil e interessante!
    Trabalho em banco com atendimento ao público, não deu pra ficar em casa e trabalhei durante toda a quarentena, os clientes estavam num momento delicado e precisando de ajuda.
    Tomei os cuidados comum, máscara, álcool em gel ao sair do transporte público, lavar as mãos periodicamente no trabalho, ao chegar em casa sapato do lado de fora, roupa no cesto e direto pro banho, mas sem pânico.
    Acredito que um ponto primordial é a gente trabalhar a alimentação e a cabeça, dando ao organismo o que ele precisa, ele sabe se cuidar!
    Alimentação, alguns exercícios, meditação e uma oração e tem dado certo.

    Saúde e paz!

  7. Eu achei super bacana da sua parte fazer esse post para ajudar pessoas que não puderam ficar em casa. Todos os cuidados são importantes, é melhor ser exagerado do que ser responsável pela contaminação das pessoas que amamos e temos por perto. Todos juntos somos mais forte que isso.
    É bom manter na mente que toda essa situação é extraordinária, é uma exceção, não estamos vivendo no nosso normal, mas é importante que façamos ao máximo para se manter bem, não nos cobrarmos por coisas pequenas e valorizar muito a nossa vida.

    Beijos,
    Carol Justo | Pink is not Rose

  8. Oi Thais,
    Acompanho seu blog e youtube há anos mas raramente comento… rsrs
    Bom vamos lá, vai ser um comentário longo!

    Durante a quarentena eu trabalhei por escala, uma vez por semana. Lá tivemos um funcionário que pegou trabalhando nessa escala. Desde então contrataram uma empresa pra fazer uma desinfecção geral a cada 15 dias (isso além do trabalho dos nossos funcionários de limpeza).

    Nesse cenário de ir uma vez por semana, eu aproveitava pra resolver tudo que fosse de rua nesse dia (loteria, banco, farmácia, compras pequenas de mercado). Lembrando que eu também assumi tudo de rua dos meus pais, tô “administrando” duas casas… Busquei ao máximo reduzir minhas saídas de casa a esse único dia. Mas claro, eu não fui bater perna e comprar brusinha rsrs

    Tenho as vantagens de morar numa cidade pequena (quase 40 mil habitantes e está em 500 casos agora) e de morar perto do trabalho (vou e volto a pé).

    Aqui em casa o esquema ao chegar ficou assim: tiro o sapato na porta e fica lá fora na varanda. Coloquei um móvel perto da entrada com água sanitária num borrifador, álcool gel e o mesmo móvel é um apoio pra largar bolsa e chaves.
    Daí vou direto pro banho. Já deixo a roupa que vou usar em casa pós-banho no banheiro antes de sair. A roupa suja penduro num gancho atrás da porta que não tem contato com nada, pra depois colocar pra lavar e etc.
    Tenho ido trabalhar de cabelo preso pra diminuir o contato das mãos no cabelo, etc. Depois do banho, lavo os óculos e limpo o celular. Máscaras eu vinha usando descartáveis, comecei com as de pano recentemente e preciso comprar mais, pra melhorar o rodízio da lavagem.

    Porém resolveram voltar tudo ao normal no trabalho agora em agosto, então a partir de segunda irei todos os dias. Algumas mudanças que pretendo fazer:
    – Celular: Indo todos os dias, estou com medo de estragar o celular limpando com álcool. Pretendo então embrulhar ele em plástico filme e descartar. O meio ambiente que me perdoe 🙁
    – Higiene no trabalho: vou higienizar minha mesa, teclado e mouse com álcool gel pelo menos 2 vezes por dia, ao chegar e no fim do dia. Não lido tanto com pessoas de fora.
    – Alimentação: eu lancho no trabalho, mas vou dar um jeito de comer na minha mesa e não na cozinha. Não adianta, junta muitas pessoas, acabamos conversando e é justamente lá que estamos sem máscara.
    – Água: Já fazia isso, fica a sugestão pros demais. Uso uma garrafa de 1L, então só encho uma vez. Diminui o contato com as pessoas, diminui o uso de descartáveis, só eu bebo na minha garrafa… Enfim, acho bem mais prático. Lavo ela toda vez que encho.
    – Rua: Vou continuar fazendo o máximo pra agrupar meu movimento na rua em um dia só.
    Acho que essas serão minhas principais adaptações.

    Queria ressaltar que em casa estamos comendo maravilhosamente bem desde o início de tudo… Agora estamos até com nossa horta. Já sono e atividades físicas são questões que preciso melhorar.
    Isso para, além de melhorar a imunidade contra o COVID caso pegue, não pegar outras coisas. Por que agora é que não é hora mesmo de ficar doente nem de precisar de hospital por motivo nenhum…

    Beijos, Thais!
    Saúde e sorte pra todos nós

  9. Confesso que ler este post me deu a real noção de sentir o efeito manada e me descuidar razoavelmente na atual conjuntura. Logo, preciso reforçar.

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