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Corona-vírus: home-office para quem pode, como lidar com a ansiedade etc.

Quando o primeiro caso de corona-vírus foi confirmado no Brasil, eu fiz um post trazendo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde no Brasil, pesquisas do que os outros países já estavam fazendo e recomendações minhas de organização de modo geral. Precisei editar o post porque recebi muitas críticas dizendo que eu estava exagerando e posts como o meu poderiam gerar pânico. Para não causar isso em ninguém, editei. Hoje, dia 16 de março, a ficha está caindo para algumas pessoas (outras – inacreditavelmente – ainda não) e eu tenho recebido muitos pedidos de leitores me pedindo para falar mais. Então aqui está um resumo do que estamos fazendo.

Publiquei um vídeo no final de semana compartilhando as nossas providências de maneira geral. as providências são baseadas na minha vida, nas minhas possibilidades, e não uma imposição de regra a todas as pessoas deste planeta. Infelizmente muitas pessoas não podem trabalhar home-office, infelizmente muitas pessoas não podem deixar de prestar serviços e ficar em casa, infelizmente eu não posso resolver o problema de todo mundo (eu gostaria). Logo, só posso compartilhar a minha realidade. Eu acho que as pessoas ficam cobrando de quem posta as soluções para tudo, sendo que deveriam fazer sua parte e cobrar de quem pode mudar efetivamente.

Todos estamos sendo afetados e todos estamos preocupados. Logo, no final de semana eu pesquisei, pensei, ponderei, conversei com o meu marido, e chegamos a algumas conclusões legais que eu resolvi compartilhar em uma LIVE que fiz hoje, para tentar tranquilizar e ajudar as pessoas que estão com sua ansiedade agravada por conta da situação.

Um resumo do que falei nessa live e que tem me ajudado a lidar melhor com a situação como um todo, de verdade:

  • Não dá para saber quanto tempo vai durar e não adianta eu me desesperar pensando nisso. Estou trabalhando com o prazo de duas semanas. Compromissos nas próximas duas semanas adiados ou cancelados, provisões em casa para duas semanas, resolvendo as coisas da agenda para as próximas duas semanas. Que é temporário, nós sabemos, mas não sabemos quanto tempo. Logo, não adianta ficar travado com isso e se desesperar. Para a gente tem funcionado bem pensar em duas semanas. Depois reavaliamos.
  • Eu preciso tomar decisões e passar confiança para a minha família e àqueles ao meu redor. Não adianta ficar se frustrando com as coisas e passando esse estado mental para marido, filho, mãe, todo mundo. Eu preciso manter a calma e a minha mente sob controle, como puder. Mentalidade positiva não resolve os problemas mas pelo menos me ajuda a lidar melhor com eles.
  • Não adianta ficar frustrada com as coisas que eu não posso fazer ou resolver. Eu preciso pensar e tomar decisões com relação ao que eu POSSO fazer. Posso manter o pagamento por alguns serviços, posso ficar em casa, posso manter meu filho em casa, posso preparar a nossa comida. Eu não tenho como resolver todos os problemas do mundo. O que eu posso fazer, eu faço.
  • Precisamos pensar no coletivo. O isolamento social não é apenas para mim, mas para evitar a sobrecarga de atendimentos nos hospitais. Não posso comprar um monte de coisas no mercado e não deixar para as outras pessoas. Profissionais, serviços e comércios que eu puder ajudar, vou ajudar da melhor maneira possível. O que eu não posso fazer, não vou me martirizar.
  • Decisões são pessoais e podem ser polêmicas. Se você e a sua família tiverem clareza sobre elas, enfrentem o mundo. Nem todo mundo vai entender, e nem precisa.

De qualquer maneira, falo outras coisas, dou dicas para comerciantes e profissionais, e espero de verdade ser útil de alguma maneira, e não apenas lamentar pela situação e não fazer nada para efetivamente ajudar quem precisa.

Eu também trouxe outro vídeo no domingo com dicas para quem precisa ou pode trabalhar home-office nos próximos dias. Eu já trabalho nesse formato há bastante tempo e acredito que possa ajudar.

No Insta, uma seguidora me pediu dicas de livros para ler durante esse período. Recomendei alguns que acredito que sejam leves porém necessários.

Se você tiver alguma dúvida específica sobre esse assunto, poste aqui nos comentários, pois estou concentrando meus conteúdos naquilo que posso fazer para ajudar quem precisa de dicas ou orientações. Obrigada.

Vamos superar.

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7 comentários em “Corona-vírus: home-office para quem pode, como lidar com a ansiedade etc.”

  1. Sei que se manter informado nesse momento é o melhor que se pode fazer, mas optei por não assistir TV algumas horas do dia. A Globo mudou toda a grade, expandindo os jornais e ao meu ver o assuntou ficou muito cansativo e despertou a ansiedade em muitas pessoas. Sabemos que a situação é séria, temos que dar a devida importância e fazer a nossa parte, mas para mim essa pausa foi necessária, para me diminuir a minha ansiedade.

  2. Thais, algumas TVs por assinatura liberaram canais, acho super válido… mas nem todo mundo gosta de tv o dia todo. Pra quem sente falta de academia, a BTFit, um app, tambem liberou programas de exercícios para fazer em casa. Alguns canais no Youtube estão com programação de contação de história para crianças; alguns instagrams estão com programação musical com nomes famosos…
    Qualquer dica é válida neste momento. Use bastante o FaceTime e Whatsapp e Skype para ver se os mais velhos precisam de ajuda (compras no mercado para evitar sair, carona para consulta médica – caso forem urgente e não tenham sido desmarcadas, para evitar transporte público, etc). Acho que a solidariedade que vimos na Europa devemos começar a praticar por aqui <3 É tempo de se unir e entender que estamos TODOS no mesmo barco.

    Acho válido também expressar gratidão a amigos médicos. Hoje mandei um abraço virtual a uma amiga que mora em SP. Ela é clínica e teve férias canceladas junto do marido, disse que está extenuante a carga de trabalho, mas que se sente privilegiada por cumprir a promessa feita na formatura, de cuidar das pessoas. Eles se expõe aos riscos e aos seus familiares por nós. Isso é de uma solidariedade SEM TAMANHO a meu ver. Obrigação? Pode até ser, mas gosto de olhar além.

    Vamos vencer!

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