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2019: um ano transformador!

Todo mês eu gosto de fazer um post resumindo como ele foi para mim, tanto pessoal quanto profissionalmente, além de fazer um apanhado dos meus conteúdos preferidos.

Chegamos ao último mês de um ano quase interminável. De qualquer maneira, cumpriu seu ciclo. Aqui estamos. O resumo do mês vai ser o resumo do ano também. 🙂 Pegue sua xícara de chá, que o post vai ser longo. Ele precisa ser. Você verá.

Janeiro

Eu diria com bastante tranquilidade que a “era” do meu ano de 2019 iniciou no final de dezembro de 2018, quando passei mal na véspera de Natal e fiquei a semana seguinte inteira internada, saindo a pouco de passar o revéillon no hospital e a ponto de perder minha viagem de férias em janeiro. Felizmente isso não aconteceu, e pude passar a virada de ano com a minha família e fazer a tal viagem. Foi a última vez que comi carne vermelha, pois ela era indigesta. O problema foi no estômago / intestino, e comer carne vermelha estava fora de cogitação. Eu já não curtia mais o gosto desde que fiz a cirurgia – comia só pela “obrigação nutricional”. Então parar foi ótimo.

Meu médico autorizou a minha viagem contanto que eu me alimentasse apenas de comidas leves e quase pastosas, o que cumpri prontamente. Fomos para Trindade e Paraty (RJ), onde ficamos quase duas semanas. Não ficamos os 15 dias porque todos se cansaram de ficar longe de casa e quiseram voltar antes. Eu ficaria mais de um mês facilmente. Eu adoro praia.

Para viajar, eu deixei prontas as aulas do curso Organize-se em 2019 (online) e todas as dicas do Mês da Organização (em janeiro) agendadas. É inacreditável ver a minha dedicação para fazer tudo isso mesmo tendo saído do hospital nas condições que saí. Só uma pessoa que verdadeiramente vê propósito no que faz consegue encontrar motivação para realizar algo desse tipo. Não estou falando isso para “me achar” não – é que realmente fico surpresa ao avaliar com esse distanciamento que tenho agora.

Todo o meu problema de saúde, a alimentação deficitária na viagem, o calor, o estresse de talvez precisar passar por uma cirurgia complexa (talvez precisasse – eu realizaria exames ao final do mês para ver a situação pós internação) – isso me levou a uma anemia. Voltei de férias cansada emocional, física e mentalmente, mesmo tendo ficado em um lugar tão bonito e que gosto tanto. Era um sinal do ano difícil que estava por vir.

Fevereiro

Sem quase ter forças para sobreviver aos dias absurdamente quentes de verão em São Paulo, e tratando uma anemia severa, no primeiro dia de fevereiro foi a entrada da Malu na empresa, que começou a trabalhar integralmente conosco no escritório. Eu consegui me dedicar ao treinamento dela? Obviamente que não, pois houve dias em que eu mal conseguia trabalhar, pois ou estava realizando uma bateria de exames, ou estava com fraqueza, sem conseguir sair de casa. Ainda bem que a Silvia já estava comigo há quase um ano, conhecia os procedimentos, e acolheu a Malu super bem. Deu tudo certo, mas não do jeito que eu queria. Vocês sabem como é o sentimento.

Em paralelo, a gente estava organizando um curso em outro país, em outro continente. Sim, eu faria em março um curso de GTDâ„¢ em Portugal. Esse foi um projeto que iniciou lá em 2016 e apenas em 2019 foi colocado em prática. Eu estava estudando a viabilidade de abrir a franquia do método GTDâ„¢ lá, mas até a realização do curso eu entendi (depois dos tais estudos) que eu preferia apoiar quem quisesse abrir a franquia, ou talvez no máximo tentar uma sociedade. Basicamente passei os últimos meses e outros depois da turma tentando com uma série de pessoas – nenhuma deu certo até agora. Eu demorei para entender que estava colocando uma energia que eu nem tinha no momento em algo que não estava me trazendo retorno. Mas vivendo e aprendendo. Toda experiência é válida.

Nossos esforços estavam então na organização desse curso, e só tenho agradecimentos à Silvia por todo o empenho na época. Foi f*da. No final das contas, só para vocês terem uma ideia, todo o investimento saiu do meu bolso. Até hoje não recebemos o dinheiro das inscrições, que está bloqueado devido a milhões de burocracias bancárias que até agora não resolvemos.

Uma realização importante do mês de fevereiro foi a concretização do workshop de Planejamento de Vida, que era um curso que eu vinha desenhando há anos e finalmente coloquei em prática. Eu amei fazer. Era algo inteiramente meu, e isso deu confiança no meu trabalho – confiança que foi importantíssima para me encorajar a decisões que eu tomaria mais tarde. Jamais vou me esquecer das palavras da querida aluna e amiga Ana Luisa: “esse curso resume o Vida Organizada”. Obrigada. Você não tem ideia do poder das suas palavras. <3 Apesar de o ano ter sido difícil, eu tive diversos momentos abençoados como esse. O workshop teve três turmas em 2019 – três turmas incríveis.

Para ajudar no cenário geral, uma semana antes de eu ir viajar (no final de fevereiro), comecei a passar ainda mais mal. Estava no meio de uma reunião quando tive que interromper porque não tinha condições. A hipótese inicial era uma intoxicação alimentar violenta, que foi descartada após uma semana passando mal – nível de não conseguir sair de casa. De não conseguir dormir. Desse jeitinho, eu peguei o avião na semana seguinte para fazer conexão na Holanda depois de 11 horas de vôo e chegar em Lisboa pela primeira vez, sozinha, para ministrar o curso. Eu passei mal demais no vôo. Tive cólicas crônicas, de chorar de dor. Foi muito, muito difícil. Mas lá estava em Portugal, precisando (e querendo) cumprir com as minhas obrigações. Foi um mix de emoções estar lá.

Março

O curso aconteceu no dia 2 de março, sábado de Carnaval no Brasil. O curso foi ótimo. As pessoas foram incríveis. Lisboa é uma cidade maravilhosa. O problema foi eu não estar bem ainda, sem saber o que estava acontecendo com o meu corpo. Meus planos eram de ficar uma semana em Lisboa e depois passar uma semana no Porto, mas logo depois do curso eu vi que não tinha condições de ficar por lá e comprei uma passagem de volta. Parcelei, nem quis saber do quanto eu gastaria. Cancelei hospedagens, perdi uma taxa de multa, mas só queria voltar para casa e fazer exames, ficar perto da minha família. O universo me presenteou com um upgrade, e eu vim de classe executiva no vôo direto. Foi maravilhoso, porque dormi o vôo inteiro. Acho que foi a primeira vez que consegui dormir e descansar um pouco, de tão exausta que deveria estar, física e mentalmente, depois de concluir esse projeto.

Chegando em São Paulo, quis passar o final de semana com a minha família em um hotel no interior, só para me despedir do verão e tentar aproveitar um pouco e ser feliz, porque estava difícil. O fim de semana enfim foi gostoso. Na volta, ainda fizemos um encontro GTD happy-hour, que eu sinceramente nem sei como tive forças.

Teve ainda o show do Paul McCartney, em que quase não conseguimos entrar, por causa da idade do Paul. Eu morrendo de passar mal, estava quase indo embora com ele pra casa e deixando meu marido lá, quando conseguimos entrar. Eu tive que ir umas duzentas vezes ao banheiro, mas pelo menos vimos o show.

Meu mês de março se resumiu a Portugal, exames e tentar sobreviver mesmo. Eu amei Portugal. Espero voltar lá com a minha mãe, em tempos melhores. Ela é filha de portugueses e vai gostar muito.

Abril

O mês de abril sempre é uma época feliz para mim porque é aniversário do Paul. Ele completou nove anos mas, por eu estar mal de saúde, não fizemos nenhuma festa – apenas aquele tradicional bolinho em família.

Eu estava tão, mas tão mal. Não contei para ninguém nas redes sociais – apenas algumas pessoas mais próximas – mas houve uma suspeita de câncer (já descartada). Mas, como meu pai morreu de câncer no estômago, e eu fiz a cirurgia bariátrica, é um fantasma que me persegue. Fico preocupada com isso o tempo todo, tentando ficar numa boa. Mas, nessa época, eu sinceramente mergulhei em uma depressão que não me lembrava há bastante tempo de como era. Além de estar fraca, me sentia triste e desmotivada. Estava com medo de morrer. Levantava da cama com fraqueza, descia as escadas e passava o dia no sofá, tomando remédios, dormindo, acordando, indo ao banheiro, chorando, voltando. Foi muito, muito difícil. Conciliava com exames e mais exames, visitas a diversos médicos, e a vida profissional rolando.

Nós tínhamos alugado uma sala para ser a nossa Oficina de Organização, um projeto que tinha me deixado motivadíssima no final do ano, e eu mal estava conseguindo tocar isso. A Malu tinha entrado em fevereiro e eu podia contar nos dedos as vezes que pude sentar com ela e ensinar as coisas. Mas conseguia trabalhar no escritório. Ficava em casa. Foi uma época bem difícil. Só tenho fotos minha trabalhando no quarto, sozinha e triste, com a garrafa de água ao lado, o dia inteiro.

No final do mês, a gente tinha um curso de GTD no Rio de Janeiro. Gente, eu não tinha forças para EXISTIR. Por isso, convidei uma instrutora para fazer o curso comigo (a Marta), e ainda bem que ela pôde ir. Na hora de comprar as passagens, teve aquele problema com a Avianca (decretar falência e cancelar vôos) e todas as companhias aéreas aumentaram os preços absurdamente. Nós pagamos cerca de 4 mil reais nossas passagens, o que nessa ponte aérea fica no máximo 500 ida e volta por pessoa. Mas, sinceramente, do jeito que eu estava, só não queria que a turma fosse cancelada. Correu tudo bem, afinal de contas, mas eu estava tão mal que lia as avaliações do curso e, se tinha alguma crítica, eu chorava de soluçar. Não tinha qualquer condição de fazer nada daquilo que eu estava fazendo, mas estava. De alguma forma, era importante cumprir os compromissos que eu tinha com as outras pessoas.

(E o compromisso com você mesma? – vocês podem estar pensando. Sim, eu pensei isso também. E aí comecei a mudar a direção em alguns sentidos, a partir dali.)

Maio

Esqueci de citar que, em meio a tudo isso, estava acontecendo o meu mestrado. Último semestre com disciplinas. Me inscrevi em três – cancelei duas. Não consegui participar de nenhum grupo de pesquisa. Passei mal em sala de aula diversas vezes e tive que ir embora. Faltei no limite das faltas. Foi complicado…

Estou contando tudo isso porque tinha me inscrito em um Seminário em São Leopoldo (RS) para apresentar o meu trabalho. A inscrição foi em dezembro, se não me engano. Ou seja, quando me inscrevi, estava tudo bem.

Seria importante que eu o fizesse, pois é o maior evento da minha área (Midiatização), então encarei a viagem mesmo daquele jeito que eu estava. Meu marido morreu de preocupação por eu passar uma semana fora, ruim de saúde e mal de cabeça. Mas deu tudo certo. Ficar sozinha no hotel me permitiu dormir cedo, controlar a alimentação, aquela coisa toda. Não consegui ficar no evento todo, pois estava fraca demais e ainda tendo que cuidar de coisas do trabalho que estavam acontecendo aqui em SP (instalação de serviços na sala, essas coisas), mas fiz a apresentação e concluí o projeto, sabem? Tem vezes que isso basta, e esse ano foi MUITO nesses termos.

No final do mês, eu quis fazer uma espécie de “retiro” e fui para o sul novamente (Porto Alegre) participar de uma imersão de marketing digital do Conrado Adolpho. Foi bom, foi necessário. Alguns dias antes, tivemos um certo “ápice de estresse” com relação à sala, pois tivemos muitos problemas. Teve um dia que eu agachei no chão no meio do shopping (estava jantando com o meu marido e o filhote) e chorei, quando recebi a notícia que um prestador de serviço tinha arranhado a mesa novinha que tinha acabado de chegar, e nem tínhamos estreado a sala. Era esse nível de problemas o tempo todo – cada dia um problema assim, vindo de diversos lados. Eu estava no limite das minhas forças em todos os sentidos.

Eu não estava 100% para estar lá, e nem consegui fazer a maratona nos dias que o Conrado faz (o curso vai das 9h até umas 2h da manhã facilmente nos três dias), mas participei o melhor que pude. Foi importante porque eu estava só fazendo exames e me sentindo doente. Sair um pouco dessa vibe me fez muito bem. Eu preciso estar com a cabeça ativa para não pirar, sabem?

Foto tirada pela equipe do evento

Depois de sentar no chão e chorar quando meu médico me disse “você não tem câncer”, eu senti um alento no final do mês de maio. Foi bom, porque pude me concentrar no que estava por vir: a viagem para Amsterdam e a minha participação como palestrante no GTD Summit.

Junho

De alguma maneira, eu ainda consegui ir para BH no início de junho fazer a última turma de GTD fora de São Paulo este ano. Tanto essa turma quanto a turma do Rio já estavam marcadas e com pessoas inscritas desde 2018, por isso ainda mantive. Eu já estava um pouco mais animada quando fui para BH, devido às notícias médicas, mas ainda muito fraca fisicamente. As duas melhores coisas que me lembro dessa breve visita à BH foi da turma, que foi muito animada, e de encontrar a minha querida amiga Lud. <3

A essa altura, a suspeita do meu médico é que eu tivesse uma intolerância fortíssima à lactose, então comecei a tirar esses alimentos derivados do leite da minha dieta. Ou tentar uma dose de lactase antes. Fui fazendo testes e melhorando, o que me deixou um pouco mais confiante para viajar para a Holanda.

Mas o ano estava me pregando peças. Nós estreamos a sala da Oficina no dia 15 de junho. A viagem para a Holanda seria no domingo, dia 16. Durante o curso, recebi um SMS da companhia aérea: “seu vôo foi cancelado”. Graças ao GTD, mantive a calma e passei a hora inteira do almoço do curso esperando ao telefone para tentar resolver. Enfim deu certo, e eu fui encaixada em um vôo que sairia do Galeão (no Rio), e teria que ir pra lá bem cedo no domingo para pegar o vôo noturno. Ai caramba! Tem que ser com emoção tudo nesse ano!

Fui para a Amsterdam com uma única certeza: “não quero pensar em problemas. Vou me dar essa semaninha pra descansar a cabeça. Quero apenas estar lá, viver o momento, aproveitar o evento, estar com o David e as pessoas que eu gosto.” Vários brasileiros foram. Amigos queridos, como o Lucas e a Milena, além de instrutores da Call Daniel, o próprio Daniel, alguns outros alunos, clientes e amigos. Lembro de um dia em que almocei com a Marta e eu estava tão chateada que falei para ela que nem sabia mais quais eram os meus objetivos de vida. Eu estava só vivendo em um universo de problemas. Depressão é uma coisa séria demais. Ainda bem que ela é psicóloga e me levou na conversa, haha (brigada, Marta, pela compreensão). <3

Deu tempo de tirar a tradicional fotinho com o David ao final do jantar com os palestrantes

Photo by Dan Taylor

Photo by Dan Taylor

Photo by Dan Taylor

Milena,

Photo by Arif (India)

Photo by Marta Bockhorny

De alguma maneira, o evento teve um impacto muito forte em mim, além da experiência de ser palestrante. Sair do Brasil, estar naquele evento, em contato com pessoas que estavam em outro nível de pensamento sobre a vida… isso fez muito bem para a minha cabeça. Na viagem de volta, fiz umas 15 páginas de anotações no meu Bullet Journal, com muitas reflexões e um foco tremendo no que deveria fazer a seguir. Eu estava decidida. Seria difícil, mas tinha que ser feito. Era definitivo.

Julho

Cheguei em São Paulo direto para a primeira turma de GTD de dois dias no final de semana seguinte. A Martinha, sempre parceira, dividiu a turma comigo. Nós mantivemos essa parceria pelas próximas turmas, pois eu ainda não estava 100% bem fisicamente e ela também precisava exercitar em turmas abertas (o nível dos alunos é bem mais elevado porque muitas pessoas já chegam ali com dúvidas mais avançadas, então é ótimo para o instrutor treinar sua didática).

Já sabendo que meu problema era com a lactose, minha nutricionista queria descobrir qual “a fórmula mágica da quantidade de lactase”. Depois da última consulta com ela (“você precisa se forçar a experimentar as doses de lactase e as quantidades de alimentos com lactose para descobrir o que pode consumir ou não”), eu decidi que não queria ficar tomando remédio e que iria simplesmente cortar tudo relacionado a lactose. Já não queria mais consumir leite e derivados pela consciência vegana (ainda não era, mas queria), então pronto. Nessa época, eu comia peixe uma vez por semana no máximo e mais ovos no dia a dia. Já era quase, quase vegetariana. Só demorei porque tive quadros de anemia ao longo do ano e não queria ficar mais doente com tanta coisa já acontecendo. Mas aí, tirando os derivados do leite, eu comecei a melhorar. Isso me fez ver com certeza que a alimentação é TUDO na vida do ser humano, minha gente. E comecei a pensar: o quanto eu ainda consigo melhorar, mexendo na alimentação?

O curso de Planejamento de Vida ministrado em julho foi o último curso a ser realizado na Oficina. Eu tomei diversas decisões depois da minha viagem em Amsterdam, e o foco era simplesmente: diminuir a complexidade. Eu estava sem condições. Apesar de começar a melhorar em termos de saúde, ainda não estava 100% bem. Os problemas na empresa (envolvendo sala, equipe, finanças, mil outras coisas) estavam drenando toda a energia que me restava. Eu simplesmente não tinha condições de tocar absolutamente nada além daquilo que já estava em andamento. Eu doei 300% dos meus 5% de saúde física e mental que eu tinha para os cursos, a mentoria e os conteúdos do blog, do canal e outros. Hoje, olhando para trás, até me emociono. Foi muito difícil tomar algumas decisões, mas fui corajosa de tê-las tomado. Não sei como eu teria ficado se não tivesse feito isso. Tive que me colocar em primeiro lugar. Meu marido chegou a propor que eu simplesmente parasse de trabalhar durante algum tempo e que ele iria se virar – todo aquele papo. Eu não queria isso. Eu adoro o meu trabalho. O que eu precisava era avaliar e passar um “pente fino”, visando ficar bem, simplesmente.

As meninas cumpriram aviso-prévio ao longo do mês e nós organizamos a entrega de uma das salas do escritório para ficar apenas com uma. Eu manteria aquela sala (que era a sala de cursos) como escritório apenas porque tinha que lidar com os móveis e equipamentos até vender, doar, enfim, resolver o que fazer com eles, e além disso eu ainda continuava precisando de um lugar para trabalhar, gravar aulas e fazer reuniões. Sinceramente, imaginei que acabaria me desfazendo dessa sala também, depois de um mês ou dois. Felizmente não foi necessário, e com o tempo fomos conversando (meu marido e eu) sobre soluções, que estamos colocando em prática neste exato momento da vida. Mas ainda vamos manter um escritório fora, pois é importante para a minha mente.

Uma coisa que simplesmente quis fazer foi me dar um final de semana em Campos do Jordão para tentar descansar um pouco mais a cabeça. Não foi tão legal, porque eu não estava bem (física e emocionalmente). Mas pelo menos respirei algum ar puro.

Precisei fazer isso porque tanto estresse nesse mês me levou ao hospital novamente – desta vez com labirintite aguda. Isso foi uma coisa que eu tive 15 anos atrás, em um momento de intenso estresse na minha vida – até conto essa história nos meus vídeos e cursos. Era inacreditável estar passando por isso novamente, mas ao mesmo tempo um reflexo de como eu estava na época. Tive que tomar uns remédios super fortes, que me deixaram meio grogue e “zoada”. Eu passei por uma bateria tão grande de desafios emocionais que não teve outra, o corpo reflete isso mesmo. Só fui me recuperar da labirintite no final de setembro.

Consegui ainda juntar forças para terminar o artigo da última disciplina do mestrado, mas sem qualquer condição para escrever a minha dissertação. Lembro de julho como o mês em que “matei um leão por dia”. Era acordar, tomar alguma decisão difícil, tomar providências, e desmaiar de exaustão. De alguma maneira, ainda consegui fazer mais dois cursos ao final do mês, sendo um deles in company, que também dividi com a Martinha, por estar completamente sem energia. Naquela semana, eu comecei a questionar o fato de estar deixando a minha saúde de lado para agradar terceiros. Foi uma sementinha importante plantada ali na minha mente.

Agosto

Entrei em agosto com uma única certeza: “vou cuidar da minha saúde, preciso ficar bem, e vou gerenciar da melhor maneira possível todo o resto”. Eu tinha compromissos agendados (cursos, palestras, projetos), mas não pegaria nada novo. E cara, como foi difícil falar NÃO para algumas pessoas. Gente do meu convívio, sabe, que estava vendo como eu estava, e ficava me cobrando. Além de frustrada eu fiquei bem aborrecida na época.

Em agosto eu participei de um curso de finanças para empresários que foi muito bom, me ajudou bastante. Eu já estava menos preocupada com as finanças da empresa depois de ter dado o respiro que dei em julho, mas aprendi muitas coisas boas que pude aplicar inclusive na minha vida pessoal – e compartilhei todas elas aqui no blog com vocês, no mês seguinte.

Aconteceu ainda uma coisa esquisita, que foi ter passado muito mal no último dia desse curso. Isso me fez ver que, apesar de eu estar no caminho certo para a minha recuperação, ainda não estava 100% legal. Eu tive que ir pra casa quase desmaiando de fraqueza e dormi muito, muitas horas, até o dia seguinte.

Eu ministrei vááários cursos em agosto. Olhando hoje, vejo como foi difícil. Mas eu sou uma pessoa que mantém os compromissos com os outros. Eu só precisei priorizar isso e deixar todo o resto de lado, porque simplesmente não tinha condições. Espero que todos os envolvidos tenham entendido. Tudo o que precisei cancelar, adiar ou dizer NÃO, cara, foi porque eu REALMENTE não tive condições.

Em agosto eu tomei uma das decisões mais importantes da minha vida e que mudaram completamente o meu cenário de saúde, que foi decidir me tornar vegana. A partir daquele momento, minha saúde foi melhorando a passos largos. Além de ajudar os animais, ainda estava me fazendo bem fisicamente falando. Não tinha nem o que questionar.

Além da causa animal e da questão da saúde, virar vegana me “obrigou” (no bom sentido) a ser criativa na cozinha, o que resgatou meu prazer em cozinhar. Sempre gostei, mas este ano eu estava completamente desanimada pra TUDO. Isso foi um pequeno *sparkle* do meu ano, porque virou uma coisa meio terapêutica, sabe. Resgatou um pouco de prazer ali no meu dia a dia que há bastante tempo estava tão focado em outros aspectos.

E eu tamb̩m resolvi me divertir um pouco e me inscrever em um curso livre de teatro, com uma aula por semana. Por muito tempo, foi o ponto alto da minha semana participar das aulas. Me fez muito bem, mas tive que sair no final, devido a zilh̵es de motivos que vou compartilhando ao longo do post. Minha sogra ficou doente no final do ano, ela que ficava com o Paul, marido estava com uma agenda cheia de shows Рenfim, coisas da vida. Falo mais adiante.

Eu deveria ter entregue a minha dissertação para revisão do orientador e agendamento da qualificação até o final do mês, o que obviamente não consegui. Eu pretendo falar mais sobre isso depois do término do mestrado, mas o fato é que eu me desconectei total da dissertação. deveria ter escrito tudo no primeiro ano do mestrado, quando ainda estava motivada com ela. Fiquei com uma ressaca acadêmica enorme, e nem conseguia olhar para o texto. Mas depois falo mais sobre isso, prometo. Ainda estou com a dita na barriga…

Em agosto, também resolvi retomar algo que eu nem deveria ter parado e já tinha demorado para voltar, que era fazer terapia. Sim, não dá pra acreditar que sobrevivi a esses últimos meses sem estar indo na minha terapeuta (eu encarava como “mais uma conta” e “mais uma tarefa”, o que até compreendo, vendo hoje em dia). Mas teria me ajudado ter priorizado isso, sem dúvida. Mas enfim, antes tarde do que nunca. Foi ESSENCIAL voltar para a terapia. Eu estava em frangalhos. Me ajudou demais.

Setembro

A primeira coisa que fiz em setembro foi a primeira coisa que deveria ter feito lá atrás, muito antes até da minha avó morrer, que foi voltar ao centro budista. Eu tinha parado de frequentar porque morava longe (e, com filho pequeno, a logística é complicada) e, quando voltei a morar no bairro onde moro, acabei deixando o tempo passar e não voltei. Teria me ajudado enormemente durante o período em que a minha avó ficou doente e depois que ela morreu. No momento em que pisei no centro para participar de um retiro, em um sábado, minha mente se iluminou (sem trocadilhos). Foi o outro momento *sparkle* do ano. Eu me reconheci imediatamente na melhor versão que existe de mim mesma. Reencontrei amigos, me senti bem demais. Naquele dia, decidi que jamais me afastaria novamente do Budismo e da sangha, que é como chamamos a comunidade de praticantes e monges.

Na semana seguinte, conversei com meu marido e resolvi voltar para o curso de aprofundamento no Budismo, desta vez com foco na formação de professores de meditação. Foi a melhor decisão que eu tomei.

Acho que setembro foi o meu primeiro mês bom de 2019. Me sentia centrada, equilibrada, focada em ficar bem. Mas ainda tinha muitos compromissos até o final do ano e estava me recuperando na saúde de modo geral. Entre novembro e dezembro é “alta temporada” para mim (todo mundo quer se organizar), e eu já estava com a agenda fechada com cursos e palestras em empresas e eventos diversos. Sabia que era importante fazer isso, para “dar um gás” antes de sair de férias, em dezembro. Era ficar bem, respirar fundo e mergulhar.

Estou revendo diversas anotações dessa época, e vejo como eu ainda estava bastante triste e abalada emocionalmente. Já estava melhorando bastante, principalmente em termos de saúde, mas o emocional ainda estava meio abalado. Ter entrado no curso do centro budista foi fundamental, me conectou ao meu centro novamente. Junto com a terapia e uma causa para abraçar (o veganismo), me deu um senso ainda maior de propósito. Eu me envolvi em um projeto musical póstumo do meu pai e isso me deixou muito nostálgica e emotiva, mas foi importante viver esse sentimento para depois eu me sentir melhor e preparada para deixar algumas coisas para trás.

Outubro

Outubro já começou intenso com a preparação para a agenda do final do ano. Ministrei vários cursos e tive eventos diversos, palestras. A agenda estava bastante cheia, mas eu estava com a cabeça centrada e, no dia a dia, fazendo tudo o que me fosse possível para ficar bem. Não sentia mais tanta fraqueza e a intolerância à lactose se tornou inexistente, depois de dois meses de alimentação vegana.

No feriado do Dia das Crianças, resolvemos passar o final de semana na praia e foi absolutamente a melhor coisa que nós fizemos. Todos nós precisávamos daquele respiro. Eu consegui curtir a viagem, descansei, passamos momentos felizes juntos. Foi realmente excelente. Lá, eu tomei uma decisão importante sobre a vida, o trabalho e tudo de modo geral. Essa decisão se refletiu nos meses seguintes.

Em outubro também tive outros acontecimentos felizes, como participar do curso de mapas mentais da querida Liz Kimura e fazer minhas novas tatuagens. Ter cancelado um curso que eu faria no último final de semana foi libertador para mim. Nos últimos cinco anos, eu praticamente não tinha mais finais de semana, pois eles eram dedicados aos cursos. Eu tomei a decisão de resgatar meus finais de semana de volta e marquei vários “reservado”s no meu calendário. rsrs Foi libertador fazer isso na época.

Novembro

Começou a época intensa do ano para mim, então tudo o que fiz foi me cuidar para ficar bem de saúde e cumprir os meus compromissos. Reservei espaços em branco na minha agenda com a formalidade de “encontros com o Paul McCartney” – SAGRADOS, sem agendar nada, apenas passando tempo com a família e descansando. Distribuía NÃOs diariamente. Virou estilo de vida. Eu simplesmente não podia me dar ao luxo de ficar mal naquela época – e, sinceramente, não queria me sobrecarregar, intencionalmente.

Ministrei um curso incrível na World Animal Protection, que é uma ONG internacional de proteção aos animais. Ali eu senti duas coisas: 1) como é bom você aliar vários propósitos em uma única atividade e 2) fazer um curso presencial é legal, mas quantas pessoas ficam de fora! Naquele dia eu resolvi que focaria na abrangência online em vez da presencial dali em diante.

Fiz reuniões e encontros muito bacanas ao longo do mês com pessoas que eu gosto, e terminei o mês de novembro me sentindo plena e feliz como não me sentia há MUITO tempo. É difícil de explicar. Foi necessário viver tudo o que eu vivi nos últimos anos para conseguir dizer que me sinto assim.

No final de novembro a gente teve também a campanha da Black Friday, que deu um respiro muito importante para a empresa. O lançamento do curso Organize-se em 2020 na sequência me deu o encorajamento necessário para dizer: “é isso, confio no meu trabalho, e o foco deve estar no online”. Isso só foi possível graças a vocês, então mais uma vez, MUITO OBRIGADA.

Dezembro

Eu escrevi um texto dizendo quais são todas as coisas pelas quais eu sou grata este ano. E ele é profundamente sincero. 2019 foi um ano difícil, acho que o pior de todos que já vivi, mas ele foi necessário para que eu chegasse nesse final de ano me sentindo da maneira como estou me sentindo hoje.

Desde que voltei de férias, há alguns dias, eu trabalhei feliz DIARIAMENTE. Até compartilhei isso com o meu marido ontem, quando acordamos. A mudança de foco fez toda a diferença para mim.

Meu mês de dezembro começou com um dia em que passei com a minha mãe aqui em São Paulo. Ela precisava de ajuda com algumas coisas, então passei o dia com ela, almoçamos juntas e depois a levamos de carro para casa (ela mora em outra cidade). Ter um trabalho que me permita fazer isso é impagável.

No início do mês, também teve o evento de três dias do Érico Rocha, um ANJO esse moço. Graças a ele, consegui viver de uma coisa que eu sempre quis viver, que é do conteúdo que produzo com foco em ajudar outras pessoas. Durante quase uma década, eu mantive o Vida Organizada apenas como hobby, sem monetizá-lo de qualquer maneira, porque não queria onerar os leitores e privá-los de conteúdo gratuito. Desde que comecei a trabalhar “por conta”, é um corre fenomenal para fechar curso, inscrição, palestra, coaching, tudo. Não estou reclamando – eu amo o meu trabalho. Mas quem trabalha por conta sabe como é. E ter feito o curso dele no ano passado me deu outra visão e estratégia para o meu negócio, e foi isso que me permitiu chegar ao final deste ano e falar: “vou viver disso”. Tive até um *momento epifania* que me deixou emocionada lá no evento. Então não tenho palavras para agradecer o que esse cara faz.

Minha última semana do ano antes das férias parecia um jogo de tetris – só bloquinho encaixando no outro na minha agenda. As pessoas me contatavam para evento, reunião e palestra, e eu nem tinha como sequer pensar em dizer SIM – era humanamente impossível. É claro que eu cheguei ao final daquela semana exausta pacas. Dei aula no sábado, antes de viajar no domingo. Minhas amigas vieram em casa para um jantarzinho “pré Natal”, em clima de confraternização de final de ano, e às 20h elas se despediram porque eu estava quase dormindo no sofá rsrs. Elas entenderam, obviamente. E, no dia seguinte, fomos (família) para a praia, onde ficamos quase 10 dias.

Lá na praia, eu coloquei em prática uma coisa que era minha resolução de ano novo – parar de beber. Sim, eu amo vinhos. Considerei fazer a formação de sommelier. Mas a verdade é que, com o Budismo, o veganismo e todas as outras coisas, isso era algo que não se encaixava mais na minha vida. Eu queria parar em 2020 mas, lá na praia, me sentindo tão bem, eu pensei: “quer saber? Não vou esperar festas de final de ano não. Vou parar agora”. E foi mais fácil do que pensei. Nem sei por que não fiz isso antes. Acho que é como a gente se sente sempre que faz algo que é o certo dentro de nós, não é?

Ontem eu chamei uma amiga minha de infância para ir dar uma volta no shopping porque eu precisava comprar um tênis para mim (aquele meu tênis do “uniforme” se espatifou de tanto que eu usei). E ela me perguntou: “ué, o que aconteceu, você está tranquila no trabalho esta semana?”. E eu disse: “sim”. E foi maravilhoso dizer que sim.

No mês anterior, eu ouvi em sala de aula uma pessoa dizer: “tempo livre! aiai, quem tem tempo livre hoje em dia, não é mesmo?”. E internamente eu respondi: “eu. eu tenho tempo livre. que incrível. mas só se eu quiser!”.

Eu me desfiz de TANTA coisa este ano, gente. Crenças, problemas, relacionamentos, projetos, convicções, preocupações. Foi intenso pacas. Mas, no final das contas, TUDO, absolutamente tudo – e falo isso sem demagogia – foi importante para eu estar onde eu estou hoje. Nossa, em maio eu estava numa bad tremenda. Cancelei reunião 5 minutos antes de começar porque estava chorando de tristeza. Se eu tivesse uma aula que ministraria à noite, passava o dia todo me resguardando física e emocionalmente para estar bem naquelas horas em que precisaria dar meu melhor para os alunos e mentorandos. E consegui. Consegui. Foi uma vitória, uma atrás da outra, e aos poucos, bem aos poucos, fui voltando e melhorando. Servir é o que me move, pois assim eu me sinto viva.

Eu queria agradecer PRA SEMPRE todos os meus alunos e mentorandos que estiveram ao meu lado este ano. Tive momentos difíceis pra caramba, e ter esse trabalho confiado por vocês foi o que manteve funcionando. Minha família, sem comentários. Todo o suporte dela, dos meus amigos mais próximos. Minha sogra teve um problema de saúde bem no final do ano, a gente com essa agenda intensa de trabalho (meu marido também estava fazendo dezenas de shows, muitos fora da cidade), e eu fui catedrática em cancelar tudo o que pude para não sobrecarregá-la nos cuidados com o Paul. O senso de prioridade estava mais afiado do que nunca, sabem? Eu me centrei de uma maneira ali a partir de setembro que não tinha mais como aceitar qualquer outra condição contrária!

Definir que meu lema para 2020 será confiar mais em mim e no meu trabalho, e ter a certeza de que prefiro ganhar menos mas ter qualidade de vida a ganhar mais e me sobrecarregar, foi a decisão mais assertiva de todas. E quer saber? Tendo esse foco, o faturamento foi até melhor. Então nada como uma motivação correta, intenção boa e dedicação ao que você faz de melhor para mostrar como a gente pode ter crenças limitantes sobre a vida e pode se reinventar diariamente!

Assim como o meu ano de 2019 começou no final de 2018, o meu ano de 2020 já começou agora em dezembro, e eu estou apenas vivendo da maneira como deveria ter vivido sempre. Mas as cicatrizes fazem parte da história. Não há história sem marcas e registros. Assim é a vida. Bora! No coração de um jedi reside a sua força. I’m all the jedi.

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62 comentários em “2019: um ano transformador!”

  1. Thais, parabéns pelo post, até chorei no final, super identificação.
    Minha vida ficou mais leve com teu blog, comprei os três livros, li, indiquei, presenteei… rsrsrs
    Obrigada por compartilhar tantas informações úteis.
    Um ano de 2020 cheio de boas energias e muita prosperidade para ti e tua família.

  2. Oi Thais,te acompanho a exatamente 10 anos, leio seus textos, me identifico, ponho em pratica e amo você, esse ano percebi algo sutil nos seus posts, algo não ia bem, mas sempre soube do quanto você mantem a sua privacidade e quando tivesse pronta e quisesse iria compartilhar.
    Lendo esse texto me emocionei, porque o ano não foi fácil, sigo o método vida organizada e GTD, implemento na minha vida, mas esse ano me tirou o centro! Uma das poucas coisas que seguiram firmes na minha rotina foi entrar no blog e ler o que você escreveu no dia, e hoje quis pegar você no colo e te abraçar, você é um ser humano incrível, dedicação e amor total é o que recebo de você.
    Feliz ano novo, que 2020 vinha repleto de bençãos para sua vida, receba minha gratidão por todos esses anos.
    Obrigada!

    1. Obrigada, Pamela. Foi difícil mas já passou. Achei importante compartilhar porque muitas vezes sinto que o trabalho que faço pode passar uma imagem de estar em um pedestal, sabe? “Nossa, a Thais é super organizada, não consigo seguir porque minha vida é diferente”.

  3. Thaís; estou aqui em BH lendo seu último post do ano. Nós, seus leitores diários de 2019, de certo desconhecíamos todas as adversidades vividas por você durante esse ano. Tenho poucos ídolos, mas devo dizer que sou sua fã desde quando descobri o Vida Organizada (uns 6 anos por aí, no blog da Patrícia Lages). Eu tenho 28 anos, sempre tive muitas certezas, mas talvez esse foi o ano que mais me questionei sobre minhas escolhas e a real importância de algumas coisas que até então julgava essenciais. Como você disse em alguma parte, não tinha mais tanta certeza dos meus objetivos, estava sem ânimo para quase nada. Alguns dias não tinha disposição nem para levantar da cama. Posso dizer que estou recuperando o ânimo aos poucos e percebendo que a vida merece essa aposta da minha parte, caso contrário nada acontece. Falo tudo isso, porque me identifico demais com você, com suas questões, com seu compromisso em cumprir sua palavra, com seu desejo em ser melhor, com sua decisão em não cair, mesmo que seja difícil caminhar em alguns momentos, enfim até descobri a intolerância a lactose esse ano também… Por tudo isso, nesse fim de ano decidi fazer o “Organize-se em 2020”, decidi me dar esse baita presente e retribuir de alguma forma (forma pequena, minúscula) a sua dedicação enorme a nós leitores e admiradores da sua persona. Estou na expectativa de que em outubro, eu possa ir no encontro presencial do curso para conhecê-la! Termino desejando-lhe um 2020 tão significativo e
    quanto mais leve que 2019…

  4. Thais, conheço seu blog a pouco tempo, mas sempre que o visito fico inspirada. Fiquei muito tocada com a sua honestidade e a sua coragem em partilhar com suas/eus seguidores/as como foi a sua vida em 2019. Sem retoques e poses mostrou a sua humanidade assolada pela doença, tristeza, sofrimento e as decisões tomadas! Em muitos momentos da leitura também me encontrei na sua história, vi também minhas amigas e irmãs refletidas no seu depoimento. Parafraseando Jobim, 2019 não foi para precipiantes. Desejo saúde, tempo livre e encontros interessantes em 2020. Ah! Como orientadora de dissertações e tese, não tenho dúvidas que concluirá a sua com êxito e sucessos.

  5. Thaís, te acompanho há uns bons anos (eu não ia dizer mas sinto que preciso dizer: meio blog quase que ha 10 anos, já fiz curso presencial e tenho o primeiro livro. Já tentamos nos organizar para que você pudesse ser minha mentora e não conseguimos horário infelizmente) e esse post me emocionou. Fico feliz com as tuas vitórias, tocada com a sua transparência e inspirado com tudo o que você compartilha. Felicidades e um excelente 2020. Continue brilhando!

  6. Thais, você mudou minha vida aos pouquinhos. Quanto mais leio seu blog, mais tenho ferramentas para identificar o que realmente é importante pra mim. Acho que esse é um dos melhores posts que vc já fez no blog. É honesto e inspirador. Obrigada por compartilhar e um 2020 maravilhoso pra vc!

    PS: sou vegetariana há dez anos, mas nunca embarquei no veganismo, apesar da vontade. Você tem me inspirado a abraçar esse sonho. Beijo grande

  7. ANDRESSA DOS ANJOS COSTA DE SOUSA

    Thais, tenho o seu primeiro livro (os outros dois estão na lista de leitura deste ano) e te acompanho pelo blog/Instagram e YouTube. Parabéns pelo conteúdo de qualidade que você produz e por ter sobrevivido a este ano! Tudo de melhor pra vc no próximo ano que se inicia 😘

  8. Ai, Thais, só quem viveu sabe!

    Hehe, sem brincadeiras, tive momentos acompanhado o blog esse ano que me perguntei se você estava bem. Aqui do outro lado da telinha digo que também foi um ano bem desafiador pra mim, que teve uma “finalização” com o meu pedido de rescisão de contrato do trabalho. Lendo tua retrospectiva eu me sinto próxima mesmo, bff, e queria te abraçar porque não sei como, tenho um bom feeling pra 2020. Acredito bastante que focar no que nos faz bem vai fazer bem pra gente e pro resto do mundo.

    Feliz ano novo, saúde, paz, prosperidade!
    Om Mani Padme Hum

  9. E eu aqui achando que meu 2019 tinha sido difícil…
    Menina, se você realizou tudo isso passando por tantos problemas de saúde física e mental, fico aqui imaginando como vai ser seu 2020 agora que você está bem e centrada!!! Não haverá palavras para descrever!!!!
    Impossível não me emocionar lendo seu texto, não me identificar em alguns/vários momentos… Admiro você profunda e sinceramente, agora ainda mais!!! Não compartilho da sua crença religiosa, mas desejo todas as bençãos sobre sua vida!!! Você é muito especial e inspiradora!
    Feliz 2020!!!

  10. Sorri e chorei lendo seu post, vibrando com cada conquista e aprendendo com cada sinal de gratidão. Quando a gente encontra com uma pessoa, um ser humano de carne e osso, não faz ideia de quem ele é e do que está passando, enquanto lia pensava no livro “o sentido da vida” e o quanto ter um porquê é importante. Por mais difícil que tenha sido, Thais, foram essas circunstâncias que moldaram quem você é, e isso é tão lindo! Desejo um 2020 carregado de SAÚDE, PAZ e LEVEZA pra você e sua família, vocês merecem!

  11. Thais! Parabéns, querida!!! Realmente você é uma vencedora, em todos os sentidos e, pelo fato de sabermos disso publicamente, pelo blog, nos encoraja e incentiva. Só tenho a agradecer!!! Feliz 2020 para você e sua família

  12. Obrigada por compartilhar tua trajetória desse ano, Thais <3
    É inspirador ver tua determinação em fazer o que acredita e, também, em se conhecer cada vez melhor. Que teu 2020 seja belo!

  13. Uau que post reflexivo e profundo. Acompanhei teu blog o ano todo, e não fazia ideia de tudo que vc passou em 2019. Me identifiquei, pois tenho uma inflamação no estômago faz vários meses, fiz uma bateria de exames e nada dos médicos descobrirem a causa, enquanto vou me sentindo exausta demais e com problemas de artrite junto. Ler teu post me deu uma clareza que as coisas vão se ajeitando.

    Participei da semana do planejamento e estou lendo teu segundo livro. Me ajudou muito a ver coisas boas no meu ano e começar um ano novo com comsciência, como priorizar a saúde.

    Muito obrigada por compartilhar esses momentos e insights 🙏😽
    Que teu 2020 seja mais leve, tranquilo, cheio de disposição, alegria, boas leituras e repleto de coisas incríveis 👊🏻✌🏻

  14. Muitas lágrimas rolaram em meu rosto lendo este texto. Me trouxe consciência que preciso de cuidados urgentemente… Gratidão…. Você é muito autêntica em sua escrita

  15. Meu único arrependimento ao ler o post foi: devia realmente ter feito o chá pra tomar ao invés da água…rs
    Muitas emoções afloraram enquanto eu lia: sorri, chorei e me arrepiei várias vezes!
    Mais uma vez, OBRIGADA POR VIVER DO SEU SONHO!
    Sua transparência como produtora de conteúdo é fulminante. Assim como num comentário anterior, vc nos aproxima durante a leitura ficamos nos sentido bff! Kkkk. Além disso totalmente inspiradas!
    Já me “mostrei ” pra vc, num direct de Natal e sei bem, na pele e na alma o quanto o pior ano das nossas vidas (o meu começou em 31/07/18) pode fazer desabrochar nossa melhor versão com a fé e a terapia (antes tarde do qie nunca )
    E alinhada com seu propósito com certeza terá um 2020 incrível!
    Nós teremos…😉

  16. Thaís, eu me emocionei com seu post. É incrível que você divida tudo isso conosco, com tanta verdade. Você é inspiração pura para mim. Desejo o melhor a você! Feliz 2020!

  17. Ana Luisa de Oliveira Ribeiro

    Ahhhh Thais, que eu sou sua fã, há tempos, vc já sabe! Que eu amei participar da primeira turma do workshop Planejamento de Vida e dos 3 módulos do GTD esse ano, já te disse. Mas vc dizer, que é grata pelo que eu disse… ahh, me fez chorar… eu adoro vc, mulher! Tenho um carinho imenso e quero muito te ver cada vez mais inteira e feliz. Um beijo bem grande e vamos marcar logo um café, tá? Beijo no Paul também..

  18. Thaís, muito obrigada! Seu texto foi muito inspirador e emocionante. 2019 também foi muito difícil pra mim, principalmente porque deixei de cuidar da minha saúde física e mental a maior parte do tempo. Já tinha decidido mudar esse cenário em 2020, mas ler aqui tudo pelo que você passou reforça ainda mais essa decisão. Você não tem ideia do quanto me ajuda a olhar pra mim mesma com mais compaixão, de modo a me cuidar melhor em todos os sentidos. Que você tenha um ótimo ano e brilhe cada vez mais! 🙂

  19. Foi um ano tenso! a gente desse lado nao imagina pelo que o outro passa….
    mas que bom que passou, que vc aprendeu
    que 2020 seja mais leve, mais tranquilo e que seu blog continue ajudando tantas pessoas, como me ajuda
    que vc tenha a felicidade e suas causas, que vc seja livre do sofrimento e suas causas

  20. Thaís do céu!

    E a gente aqui todos os dias encontrando um texto prontinho, um conteúdo interessante?

    Mulher, não sei nem o que te dizer. Juro que me bateu até uma espécie de culpa, igual quando a gente explora aquela avó idosa pra fazer uma tarefa extenuante pra gente…

    Fico feliz que tudo esteja se encaixando Рvoc̻ merece tanto!

  21. Thaís, mulher, estou chocado com os desafios que você enfrentou em 2019! Nossa, como vc é forte e resiliente. Parabéns!
    Fico me perguntando como vc consegue lembrar de tantos detalhes e ter esse histórico mensal de como estava física e emocionalmente. Mas que bom que vc conseguiu superar tudo isso. Foi tão bom ler seu texto, vendo as fotos e torcendo para tudo dar certo. E deu! Nós, seus leitores, com certeza mandamos muita luz pra vc e sua família. Temos um carinho especial por vc. Que 2020 traga mais leveza, pois vc merece um descanso. E que outros desafios não faltem, pois eles nos movem! Abç.

  22. Que post emocionante! É incrível que quando comecei a acompanhar o blog e o instagram assiduamente você estava justamente em um momento tão delicado, difícil mas o conteúdo nunca caiu de qualidade. Me fez refletir tantas vezes, repensar, deslocar e estabelecer prioridades. Fiquei muito emocionada lendo hoje este post. Que guerreira! E quanta generosidade em compartilhar conosco! Um 2020 bem iluminado, leve, cheio de propósito e de muitas alegrias para ti! Gratidão!

  23. Thais, parabéns pela coragem e transparência nesse e em todos os textos. Só temos a agradecer por você existir e desenvolver esse trabalho que nos traz perspectivas, motivação. Eu sempre sinto uma coisa muito boa lendo seus textos e os comentários do pessoal. Ver as pessoas torcendo e oferecendo apoio a você e aos demais colegas é algo muito bonito. Acho que empatia é boa palavra para definir ao menos em parte, o que sentimos ao ler o seus textos. E empatia é algo que precisamos tanto nos dias atuais. Obrigado por tudo, tenha um ótimo 2020.

  24. É muito bonito da sua parte contar sua história. Entendo que contá-la enquanto ocorriam os problemas maiores não seria bom para você, pois estava vulnerável, mas contá-la agora é ótimo para seus seguidores. A gente sempre imagina que para os outros é mais fácil e você contando acabamos ficando mais próximos, vendo que todos temos problemas e que mesmo assim devemos dar conta de muitas “frentes”. Parabéns por sempre ser esse exemplo para nós! 👏🏼🙏🏽😘

  25. Thais, querida! Chorei do início ao fim desse post. Quanto obstáculo, e que força, hein?? Que garra, que LUZ tu tens. SOS! Eu tenho muito orgulho de ser tua seguidora, obvio que não consigo colocar tanta coisa em prática, mas faço o mínimo necessário, que aprendi tbem contigo. Desejo um Ano mais leve, que ele venha para nos mostrar que sempre o dia de amanhã pode ser melhor. Bjo carinhoso em vcs 3.

  26. Thais como é possível? Admirar você, cada vez mais. E olha! Estou aqui desde 2012. Quanta verdade, resiliência e propósito. 2019 foi um dos anos mais difíceis que já vivi. Agradeço seu depoimento, não me senti sozinha. E amo ver o seu modo de abordar tudo isso. Sem vitimismo ou abstrações. Desejo um 2020 maravilhoso pra vc.

  27. Me emocionei com o post e me emocionei ao ler os comentarios, vendo que tanta gente sente o mesmo que eu com relação a você. Te felicito muito por ser a tremenda pessoa que é. Uma profissional comprometida e capaz de gerar essa empatia aos demais. Teu trabalho e dedicação é sentido por muitos. Pensei em como segurou a barra e lembro que no começo do ano passado fui me inscrever pra um curso presencial no Rio que foi adiado ou cancelado e pensei que devia ser por algo grave de saúde mas, que no tempo correto você compartilharia com a gente. Espero que 2020 seja um ano bonito e abençoado pra todos, porque foi difícil de sobreviver para a maioria.

  28. Emocionante e inspirador! Como várias outras pessoas já disseram aqui, obrigada por compartilhar esses momentos tão pessoais conosco Thais! Comecei a te acompanhar em 2014 por indicação da minha terapeuta e, com certeza, você está na lista das pessoas que mais me influenciam positivamente!
    Interessante ver como 2019 foi um ano marcante na vida de muitas pessoas, na minha inclusive, e ao me identificar com muitos sentimentos que compartilhou, não me senti sozinha.
    Que 2020 seja maravilhoso pra você!

  29. Thais, parabéns pela coragem!! Enfrentar tentos desafios e terminar o ano em alta, ufa!!

    Obrigado pelo carinho, trocas e pelos ensinamentos!

    S2

  30. Puxa, Thais, que ano difícil! A gente, de fora, acompanhando teu trabalho, nem imagina os perrengues que tu estavas passando.

    Foi muito importante para mim ler teu texto, de verdade. Foi de muita inspiração! Te ver superando momentos tão difíceis nos dá forças para construir isso pra gente também. Muito obrigada por compartilhar!

    E para eu 2020 eu desejo sentir exatamente isso: “estou apenas vivendo da maneira como deveria ter vivido sempre”. É isso!

    Um ótimo ano para ti. Muito, muito, muito obrigada por tudo!

  31. É engraçado… mesmo você abrindo grande parte dos acontecimentos com os leitores conforme eles foram acontecendo, do lado de cá, a gente nunca imagina o cenário completo. Pensei muito naquela frase que pede para que sejamos gentis, pois não conhecemos as batalhas do outro. Isso é tão verdade na vida!

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