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Como foi: curso de queijos veganos com Flavio Giusti (Vegetarirango)

Ontem estive na cidade de Santos para participar de um curso de queijos veganos com o Flávio Giusti, que tem um canal no YouTube chamado Vegetarirango. Neste post vou contar um pouco como foi e do que eu aprendi.

Queijo sempre foi um alimento que eu gostei e consumi muito a vida toda. Tanto, que acho que fui castigada com a alergia à lactose, que descobri este ano. Quando virei vegana, percebi que todos os alimentos podem ser substituídos com sucesso, incluindo queijos, mas eu confesso que sempre achei o alimento mais difícil de produzir, pois tem muitos processos técnicos. Por isso, resolvi fazer esse curso. Acredito que me ajude assim como ajudará aqui em casa o filhote e o marido a curtirem as receitas com esses ingredientes também.

É importante ter em mente que, se a gente for fazer em casa um queijo com leite de vaca, por exemplo, esse processo não será nada fácil ou simples. Logo, o processo do queijo vegetal também não é super simples (alguns sim), mas é ainda mais fácil que o processo do queijo de leite de vaca (e sem crueldade animal).

O que eu peguei de mais fundamental ontem, para mim, é que existem dois processos básicos que a gente precisa aprender para fazer queijos vegetais em casa e que, aprendendo esses dois, eles servem como base para qualquer receita de queijo que você queira fazer.

O primeiro é um processo de fermentação. Você aprende como produzir um líquido que vai funcionar para ajudar na fermentação dos queijos de maneira geral. O segundo é um processo de produção de iogurte. Esse iogurte servirá como base para muitos queijos, especialmente os mais cremosos.

Considerei esses dois processos tão importantes que tomei como lição aprender a fazê-los direitinho antes de me aventurar com as receitas de queijo que dependem delas em si. (Existem receitas que não dependem de nenhuma das duas e são mais simples.) Por exemplo, o processo de fermentação dura dias, tem todo um esquema de ficar cuidando, deixar em ambiente escuro etc. E o Flávio enfatiza diversas vezes que o “mundo da fermentação” é todo um universo à parte, e que existe muito material para se aprofundar, para quem quiser.

O primeiro queijo que ele ensina a fazer é a mussarela de búfala vegana. E ele explica como faz muito, muito em detalhes, porque é o processo mais difícil, e aí ele vai ensinando de maneira muito didática, em camadas mesmo, explicando “agora a gente vai fazer um queijo que tem o mesmo processo do anterior, mas em vez deste ingrediente eu vou colocar aquele, por tais efeitos”. Ele é um excelente professor. Recomendo demais o curso. Fora que ele é engraçadíssimo e zoeiro, exatamente como ele é no canal dele, interagindo com os alunos e fazendo brincadeiras. Uma moça levou o filho e o menino não conseguia parar de dar risada, se divertiu muito.

Galera interagindo, preparando a mussarela de búfala, usando chapeuzinhos divertidos de bichinhos

Teve banho de polvilho (socorro!)

Apostila do curso com fotos e todas as receitas

Mussarela de búfala servida com tomate e manjericão

De modo geral, quando você aprende os processos, o resto é só personalização de ingredientes. Por exemplo, os ingredientes que fazem um queijo fermentar mais (para fazer queijos tipo brie ou chevré), os ingredientes para o queijo ficar puxa-puxa (cheddar, mussarela), pra ficar tostadinho se fizer na chapa ou gratinado na pizza etc.

Todas as receitas feitas no curso ele tinha os queijos prontos para a gente experimentar, dentro de uma receita que combinava. Por exemplo, a mussarela de búfala veio num formato meio caprese. O chevré foi servido com uma torrada e damasco. O parmesão ralado veio num pratinho com macarrão e molho de tomate. Isso ajuda a ver como aplicar as receitas no dia a dia e como é fácil fazer substituições, mesmo para quem não é vegano. Aliás, a maioria das pessoas na sala não era vegana, e sim gente que queria aprender a comer de forma mais saudável.

O legal é que abre um mundo de possibilidades. Aprendendo a fazer, você pode personalizar as receitas como quiser, colocando seus próprios temperinhos. Por exemplo, se você aprende como faz a manteiga, pode colocar sua preferência de quantidade de sal, pode fazer com ervas, com alho etc.

Enfim, gostei muito do curso e recomendo. Você pode acompanhar o Flávio pelo canal no YouTube e no Instagram, onde ele divulga os cursos. Se não me engano, a próxima data será em Sorocaba, daqui a alguns dias. Vale muito a pena tanto para quem é quanto para quem não é vegano, mas tem intolerância à lactose, por exemplo, ou simplesmente quer aprender coisas novas.

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10 comentários em “Como foi: curso de queijos veganos com Flavio Giusti (Vegetarirango)”

  1. Thaís, você assistiu ao documentário “Game Changers”, sobre dieta plant based?
    Se sim, o que achou?
    Claro que não era o objetivo do filme, mas senti tanta falta do “outro lado”…

  2. Os sabores parecem mesmo?
    Nos empórios da minha cidade estão aparecendo bastante queijos e requeijões veganos, iogurtes, etc… mas para comprar só para experimentar é meio inviável.

    1. De modo geral quem busca essa opção não está preocupada com o sabor, mas com a crueldade animal ou a saúde, mas sim, os sabores parecem. Tudo depende dos temperos que você usa para qualquer comida, com ou sem origem animal. 😉

  3. Oi Thais, tudo bem?
    Sou vegetariana há 5 anos e já fiquei uns dois anos sem consumir queijo, mas acabei voltando a comer. Fiz muitos testes, mas ainda não achei algo que tenha o sabor aproximado, continuo a busca. O Flavio é demais, quando iniciei a transição assistia muito aos vídeos dele. Espero que você faça queijos maravilhosos! 🙂

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