Método para organizar suas finanças

Neste post eu vou compartilhar um pouco sobre o método que tenho usado para organizar tanto as minhas finanças pessoais quanto as finanças da empresa.

Organizar as finanças é muito importante porque trata-se de uma área que influencia todas as outras de maneira muito relevante. Se eu tiver problemas financeiros, minha família sentirá, minha saúde sentirá, meu lazer sentirá, minha casa sentirá, meu trabalho sentirá etc.

Outro dia eu publiquei um post compartilhando como foi a minha experiência em um curso de finanças que fiz com o Ben Zruel, autor do livro “Eu vou te ensinar a ser rico”. O post de hoje será baseado no meu entendimento do método dele. Relembrando quais são as quatro etapas do método, descritas no outro post:

      1. Educar-se
      2. Ajustar o padrão de vida
      3. Pagar dívidas
      4. Investir

Eu pretendo usar essas quatro etapas como passos mesmo, de modo que eu consiga aplicar o método e compartilhar ao longo deste mês com vocês aqui no blog.

Vou dar uma pincelada geral nas quatro etapas então, para depois detalharmos em posts futuros específicos.

“Educar-se” vai além de ter conhecimento. É um processo longo, para toda a vida. Não se trata de apenas obter conhecimento, mas ser transformado por ele. Aplicar o que aprendeu. Quando você aplica o que aprendeu, você fica possibilitado de fazer melhores escolhas. Um bom exemplo é o valor de juros das diversas dívidas que você possa ter (financiamentos, cartões, cheque especial, empréstimos). Tendo conhecimento sobre eles, você poderá escolher que dívida deve quitar primeiro, qual pode valer a pena negociar e muito mais. Para mim, este primeiro passo deve ser o inicial, mas também contínuo – vamos continuar aprendendo sobre finanças a vida toda. Não pode parar de estudar sobre isso nunca.

“Ajustar o padrão de vida”, para mim, é a etapa mais importante, pois ela que vai proporcionar todas as outras (pagamento de dívidas e fazer investimentos). Como eu comentei no outro post, não é sobre privação total – a não ser, é claro, que você esteja passando por um momento complicadíssimo, sem emprego, por exemplo. Trata-se de fazer escolhas. A cada momento, uma escolha que afeta sua vida financeira (frase pra vida). É ir a pé ou ônibus gastando 4 reais em vez de gastar 8 no Uber. É pedir uma pizza de 40 em vez de pedir uma de 60 ou 80. É levar a família para jantar e gastar 200 reais em vez de 400. (Estou tentando dar exemplos que se enquadrem em diferentes realidades). O problema não é ter um padrão de vida elevado. O problema é ter um padrão de vida elevado e não ter dinheiro guardado para o futuro. Gastar como se não houvesse amanhã. Se o seu padrão de vida depende do seu salário, você precisa fazer reajustes.

Ajustando seu padrão de vida e tendo conhecimento, você saberá lidar melhor com as dívidas que tem. Cartões de crédito, financiamento da casa e do carro – tudo isso são dívidas. Existem algumas recomendações que eu aprendi no curso, e falarei sobre elas no post correspondente. Mas viver sem dívidas é uma liberdade total, pois o sistema atual do capitalismo financeiro é feito justamente para que você se endivide para sempre. Não seja escravo/a do sistema.

Portanto, educando-se, ajustando seu padrão de vida e pagando dívidas, aí sim você ficará mais tranquilo para pensar em investimentos. Quando comentei sobre isso, uma leitora comentou que não concorda em deixar investimentos por último, pois pode-se começar a investir desde antes. Concordo, mas talvez você já tenha passado pelas duas primeiras etapas tranquilamente e esteja em outro nível que a maioria dos brasileiros não está. Muita gente não tem dinheiro sobrando para investir e, o que tiver, deve usar para pagar as dívidas, senão elas só crescem. De modo geral, obviamente cada um deve adequar sua gestão financeira à sua realidade. O que faço aqui é compartilhar um método com o qual me identifiquei, mas existem dezenas de maneiras de fazer. O ponto do Ben foi que ele já viu muitas pessoas que começam a investir sem conhecimento e acabam perdendo dinheiro. Ou que não pagam suas dívidas, que acabam crescendo. É apenas uma sugestão, não uma regra, e claro que cada um deve adaptar à sua própria vida.

Eu gostei dessas quatro etapas simplesmente porque, para mim, elas fizeram sentido. Farei então uma sequência de posts compartilhando como tenho lidado com cada uma delas, e então podemos trocar algumas figurinhas. Quem topa aplicar o método comigo ao longo deste mês? Deixe um comentário. Obrigada.