Categoria(s) do post: Estudos, Lazer

Outro dia uma leitora me pediu para falar sobre esse assunto, no Instagram! Então cá estou com as minhas dicas.

Eu mesma estou nessa condição no momento. Dé férias no mestrado, mas trabalhando normalmente.

De modo geral, meu foco está em: 1) descansar e 2) tirar o atraso das leituras. Basicamente isso.

Eu adoro as férias de julho porque, mesmo sem viajar, eu gosto de aproveitar para dormir melhor, curtir o friozinho, fazer mais atividades em casa, mesmo leituras. Aproveito para focar nas leituras que não consegui terminar durante o perí­odo das aulas. Saio menos. Enfim, é basicamente assim que eu aproveito.

Tenho buscado, nos últimos anos, parar de tentar “preencher” a minha vida com atividades e curtir mais os tempos livres. Então, quando vejo que terei férias da faculdade mas continuarei trabalhando, faço um esforço para não encher com outras coisas. Talvez valha a pena fazer algum curso ou participar de algo mais pontual, apenas pela oportunidade, mas sem lotar a minha agenda de compromissos.

Tudo é questão de prioridades. De você analisar o que é mais importante na sua vida focar neste momento e aproveitar o seu tempo da melhor maneira possí­vel.

O post foi simples mas traz minhas considerações (algumas bem profundas) sobre o assunto. 😉 Espero que tenham sido úteis.

Categoria(s) do post: Famí­lia, Hábitos, Lazer

Quando falo sobre autocuidado, sei que vou ouvir / ler respostas como “eu adoraria ter mais tempo para cuidar de mim”. Por isso, o intuito deste post é trazer algumas dicas e palavras de alento a quem costuma falar essa frase.

Em primeiro lugar, e digo isso com a maior dose de empatia que conseguir, eu quero que você observe se você não está dizendo essas coisas apenas por hábito. Muitas vezes, vivemos de um jeito em que nos acostumamos, e é mais fácil dizer que não temos tempo para fazer determinada atividade do que analisar o que pode ser mudado no cotidiano e efetivamente fazer essas mudanças. Sei que é delicado falar isso, pois muitas vezes envolve um tipo de conversa entre casal que não existe hoje. Revela problemas de comunicação que talvez estejam mais intricados do que se imagina. Mas, de verdade, meu conselho carinhoso para você é: observe sua vida com o mesmo carinho também. Aquilo que te incomoda pode virar uma frustração, que pode desencadear outras emoções. Cuide-se. 😉

Antes de ter filho, arranjar um tempo para mim era mais fácil, pois dependia apenas da minha organização pessoal. Depois que ele nasceu, no primeiro ano, eu tinha a perspectiva de que o meu papel durante algum tempo era o de estar ali para as necessidades dele, e tava tudo bem. Ele ia crescer e as coisas iam mudar. Então essa é a primeira dica que gostaria de dar, caso você seja mãe. O primeiro ano de um filho sempre é mais sensí­vel, pois envolve uma necessidade maior da parte tanto dele quanto da sua, pelas variações hormonais.

Depois, cada ano vai trazendo uma nova realidade. Eu voltei a trabalhar fora quando nosso filho tinha um ano de idade, e a configuração que fizemos em casa permitiu que meu marido ficasse mais com ele durante a semana e eu, de noite e aos finais de semana. Mesmo assim, e mesmo com o tempo escasso, dá pra gente achar um tempinho pra gente. Minha técnica sempre foi a dos 15 minutos por dia. Hoje vou usar para testar um produto novo no cabelo, na hora do banho. Amanhã, para fazer as unhas. E assim vai. Claro que não é nada perfeito, que muitas vezes você tem que parar o negócio no meio, mas dá.

Se eu não tivesse marido e tivesse que cuidar do filhote sozinha, eu faria todas essas coisas depois que ele estivesse dormindo, ou enquanto ele estivesse na escolinha.

Pagar uma faxineira para limpar a casa pode significar mais tempo livre com o meu filho, que é algo que só eu posso fazer

O que quero demonstrar é que arranjar um tempo para o autocuidado não é um luxo, um mimo ou simplesmente desejável. Fazer isso é caso de priorizar saúde mental mesmo.

Não vou dizer que foi fácil. Nos primeiros anos de idade do nosso filho, eu sempre tive que ficar í  disposição dele. Sou a mãe, faz parte. Mas, hoje, ele com nove anos, eu consigo ter um tempinho cada vez melhor de qualidade não apenas comigo mesma, mas com ele também. Porque, aos poucos, toda criança vai aprendendo a desenvolver atividades mais independentes. Quando meu filho está lendo, desenhando ou jogando ví­deo-game, eu aproveito para fazer algo só para mim.

Outro dia ele e meu marido estava maratonando a série Stranger Things para assistirmos todos juntos a terceira temporada. Eu já tinha assistido a primeira e a segunda (meu marido também), então optei por dedicar esse tempo a outras atividades minhas enquanto eles assistiam de novo. Eu tenho uma dissertação do mestrado para defender em outubro. Preciso ler materiais e escrever. Então foi um preço que aceitei pagar, como tudo na vida. Não dá pra gente fazer tudo. A vida é feita de escolhas. Preferia estar no sofá vendo série? Sim, mas também me sinto satisfeita por estar dedicando tempo a algo só meu, como no caso do mestrado. E é isso aí­. A gente só tem que ficar satisfeito com as escolhas que toma.

Eu tenho uma equipe de apoio, que é meu marido, minha sogra, minhas cunhadas, minhas sobrinhas, meu sogro. Eles ajudam quando eu preciso me dedicar a outras atividades. E entendo que isso é uma posição de privilégio, pois muitas mães não têm nem o pai por perto para dividir as tarefas. O que quero dizer é que, independente da sua condição, não se anule. Seu filho vai crescer, e as coisas ficarão mais fáceis. Tenha perspectiva. E sinta-se abraçada. <3

Categoria(s) do post: Livros

Hoje é Amazon Day e eu estou passando rapidinho por aqui para indicar livros de organização e produtividade que estejam em promoção. <3

Para começar, os meus próprios livros e o livro do GTDâ„¢, que tem a minha revisão técnica:

Livros de organização que eu recomendo:

Livros de produtividade que eu recomendo:

Bons livros sobre o assunto em inglês (também em promoção):

Comprando através dos links deste post, você ajuda o blog a ganhar uma pequena comissão. Obrigada!

Categoria(s) do post: Viagens

Já começo este post pedindo desculpas pela falta de fotos do processo de arrumar a mala em si. Eu vou fazendo as coisas no dia a dia e só depois que termino eu penso “putz, poderia ter fotografado ou filmado” kkk ainda estou aprendendo como ser influenciadora 100% do tempo. São tantos momentos legais que eu poderia compartilhar, todo os dias, mas meu foco sempre é em estar presente, e não em ficar compartilhando tudo.

A segunda coisa que eu quero dizer é que acho muito difí­cil preparar uma mala para o verão no norte da Europa. Imagino que para Itália, Espanha, Portugal, seja mais fácil, porque é mais previsí­vel. Mas eu já tinha ido em junho para a Holanda e, apesar de fazer bastante calor durante o dia, de noite fazia frio – e eu já peguei dias com chuva e vento que quase me fizeram congelar! Logo, acho uma mala difí­cil. Mas vamos lá, vou compartilhar como me planejei e, no final das contas, deu tudo certo.

Eu tenho uma fonte de inspiração nesses casos, que é a Consuelo Blocker. Eu amo essa mulher! O estilo dela me influencia muito. Me ajuda a ser mais elegante quando eu poderia simplesmente parecer uma versão brasileira de algum roqueiro americano. Ela tem um estilo casual delicinha, e também usa elementos rockers de uma maneira que considero legal. Enfim, temos idades diferentes, mas estilos parecidos. Fora que ela é meu parí¢metro de elegí¢ncia. Ela é elegante mas não é afetada nem fica ostentando. Enfim, amo.

Eu sempre entro no blog dela e no Instagram para ver “o que a Consuelo estava usando no verão em Londres?” kkk que é parecido com Amsterdam. Salvo algumas fotinhos como referência no meu celular, e aí­ finalmente vou para o meu guarda-roupa.

Vejo na previsão do tempo como será a previsão para a semana. Ver que a máxima é 27 e a mí­nima 8 não ajuda muito – obrigada. Então você ter que ir preparada para tudo.

De modo geral, eu gosto de montar um roteiro dos dias (no papel mesmo) e anotar todos os eventos que eu terei. Eu teria jantar todos os dias, além dos eventos durante o dia, e momentos de andança e relaxamento. Colocar essa programação básica no papel me ajudou a pensar.

Por exemplo, o evento principal (para mim) era o dia da minha palestra. Que roupa eu gostaria de usar nela? Escolhi a roupa e, a partir dela, fui desenhando para os outros dias.

Photo by Dan Taylor

A tí­tulo de curiosidade, a roupa da palestra foi: saia de couro preta, camiseta com o lobo dos Stark (ficou por baixo), blusa de lã com gola rulê (alí´, Steve Jobs), cinto de couro marrom café, meia calça e botinha de cano curto e bico fino. Isso já direcionou bastante coisa, porque eu já sabia que teria a botinha, a saia e a blusa para os outros dias.

Aí­ gosto muito de usar a proporção da Ana de 5 partes de cima para cada parte de baixo. Eu teria 14 looks (sete dias, dia e noite), então poderia levar três partes de baixo. Além da saia de couro, escolhi uma calça de sarja preta (que uso para viajar, bastante confortável), um vestido e uma outra calça preta, pantalona, de veludo. Ou seja, ainda levei uma peça a mais, mas pensando que o vestido seria usado apenas uma vez.

Vandi (mãe do Luca), Jacques, Daniel, Luca, Milena, Fábio, sérgio, Marta, Marcelo e eu
Deu tempo de tirar a tradicional fotinho com o David ao final do jantar com os palestrantes

De sapatos, além da botinha levei o tênis mais confortável do mundo (foto acima) e uma sapatilha mais arrumadinha, apenas para aqueles dias em que eu estivesse cansada de usar salto mas ainda quisesse parecer arrumada. Deu super certo.

(Muitas leitoras me perguntam a marca do tênis, e eu não sei dizer! Na avenida perto da minha casa tem uma loja bem bacana de outlet de sapatos e ele era o único par, por acaso do meu tamanho. Sabe aquelas lojas que vendem produtos que nem marca têm? Ele não tem a marca na palmilha nem em nenhum outro lugar, então não sei dizer que marca é. Mas já vi similares no shopping, da Adidas e da Nike.)

Em termos de casacos, levei um blazer preto e uma jaqueta de couro. Achei que seriam suficientes para qualquer friaca ocasional, construindo o look em camadas. E eu também tinha a intenção de comprar um casaco na viagem (Uniqlo).

Com base nessas peças, fui pensando as partes de cima. Levei uma camisa de seda para o evento do sábado, mais arrumadinho, aquela coisa de networking etc. No jantar de abertura eu também levei uma blusa mais fluida (veja na foto acima com o David). O resto, tudo camiseta e blusa de malha confortável. Levei uma para cada ocasião. Deu certinho o número (ainda sobrou uma caso eu derrube café ou outra coisa durante a viagem de volta – sempre conto com esse tipo de imprevisto).

A gente pegou uns dias bem quentes por lá, então camiseta + calça de sarja + sapatilha ou tênis foram o uniforme de modo geral. Dentro do evento, o ar condicionado sempre pega, então ter um blazer ou jaqueta o tempo todo ajuda.

Outra coisa que eu busquei fazer foi alternar os tipos de looks de acordo com os dias para não parecer que eu estava repetindo muito. Não que isso tivesse algum problema, mas eu prefiro – me ajuda a gerenciar a criatividade com os looks.

Um pouco do jantar no barco (muito chic)

Dizem que levar lenços e outros acessórios ajuda a mudar o visual. Sinceramente, eu calculei bem mesmo esses. Levei uma carteira para sair í  noite, uma bolsa padrão para o dia a dia, e apenas dois lenços (e usei só um, na foto acima). Levei alguns colares, mas não usei nenhum. Senti falta da minha mochila. Fico com dor nas costas de levar bolsa o tempo todo.

Acho que o legal é sempre pensar que, se você precisar de alguma peça, pode comprar no local. Eu realmente quase não fiz compras desta vez – só o casaco da Uniqlo que era minha “meta” da viagem. Comprei dois pares de meias e um moletom para mim, e só. Já tive viagens em que quis comprar mais peças para mim, aí­ nem compensa levar muita roupa de casa mesmo.

Ainda acredito que a base de uma boa mala são as coisas básicas que você leva para qualquer lugar – maquiagem, cosméticos e até mesmo pijama + chinelinho. Todo o resto pode ser adequado, sem neuras.

Vale dizer que viajei despachando mala, então não tive limitações de espaço para levar e trazer tudo o que eu queria.

Outros looks:

Photo by Marta Bockhorny

Espero que este post tenha sido útil caso você esteja organizando uma viagem assim. Deixe nos comentários dicas adicionais, caso as tenha, pois isso poderá ajudar outros leitores. Obrigada!

Categoria(s) do post: Limpeza, Rotinas

Outro post de rotina que eu notei que não fazia faz tempo é sobre a nossa rotina de lavanderia. Essa rotina mudou desde que a gente adquiriu uma máquina lava e seca, no ano retrasado, então achei que valeria fazer essa atualização.

De modo geral, eu sigo a premissa da FLY Lady para lavanderia: todo dia, uma carga de roupa.

Aqui em casa a gente até evita lavar muita roupa, lavando quando realmente tem necessidade, mas as roupas não se resumem ao vestuário. Temos roupas de cama, de banho, toalhas, além dos uniformes de escola do Paul que precisam ser lavados com mais frequência. Por isso, para não acumular, eu prefiro lavar um pouco todos os dias. Já que agora temos a máquina que também seca, temos a possibilidade de fazer isso sem depender das condições de tempo e temperatura para a roupa secar.

Uma dúvida comum sobre a máquina lava e seca é sobre a conta de luz. Sinceramente, aqui em casa não sentimos um aumento significativo. Como não passamos muito tempo em casa durante o dia e, quando eu passo (para trabalhar), fico na luz natural, nosso gasto de luz se resume í  máquina e ao chuveiro. Para você ter uma ideia, para três pessoas nós pagamos uma média de 150 reais por mês de luz, o que acho acima da média porém razoável. A gente já pagava mais ou menos isso antes de ter a máquina – talvez 120 ou 130 – então não foi um aumento significativo. Em termos de praticidade e economia de tempo, valeu MUITO a pena a aquisição e o suposto gasto a mais.

Nossa máquina é da LG com capacidade para 8,5kg. Hoje, acho pouco. Não dá para colocar muita roupa na máquina, senão ela sobrecarrega e não seca direito. Se eu soubesse disso, acho que teria comprado uma com capacidade maior. Fica a dica para quem estiver pensando em comprar. 😉 Porém, como a gente lava um pouco todos os dias, tá tudo bem.

Pela manhã, antes de eu sair de casa para trabalhar, ou mesmo que eu trabalhe em casa, tiro a roupa que secou ontem, dobro e deixo na lavanderia para o meu marido guardar ou eu guardar mais tarde, de noite (é uma das coisas que gosto de fazer quando “desconecto”).

Temos um cesto de roupa suja que fica no banheiro (para facilitar) e outro maior, na área de serviço. Todos os dias, pego as roupas do cesto do banheiro e levo para a área. Faço isso muito rapidamente, quando desço, na hora de acordar (moramos em um sobrado). Quando tiro as roupas secas da máquina, olho o que tem de maior quantidade para lavar (roupas brancas? roupas escuras? toalhas? lençóis?) e lavo essa carga. Levo uns 5 minutos para selecionar e configurar a máquina, e deixo a coisa toda rolando enquanto faço outras coisas. De modo geral, acredito que gaste uns 20 minutos por dia cuidando das roupas como um todo, o que inclui colocar para lavar, tirar o que lavou e guardar as roupas limpas.

Quando eu estou viajando a trabalho e passo alguns dias fora de casa, meu marido não segue essa mesma rotina e as roupas acumulam (rs). Mas, quando eu volto, tudo se reestabelece. Não é algo que toma nossa atenção a ponto de ser estressante. Eu tenho como princí­pio que a nossa casa deve nos servir, não o contrário. Faço questão que o “cuidar da casa” seja natural e legal, e não uma “obrigação” apenas.

Dúvidas frequentes

Quais produtos você usa?

Meus produtos favoritos no momento para lavar as roupas é o sabão lí­quido da Omo e os amaciantes da Downy. Gosto de sempre trocar os aromas para ir testando coisas diferentes. 🙂

Você deixa roupa de molho?

Apenas em casos super excepcionais. Nem consigo me recordar da última vez que fiz isso. Provavelmente alguma roupa do Paul que ele tenha usado para jogar futebol na escola e ficou encardida porque caiu no chão, aquelas coisas.

Como você lida com manchas?

Delego. Levo na lavanderia porque não quero 1) perder meu tempo ou 2) estragar a roupa fazendo algum procedimento errado. Minha sogra também é boa para essas coisas, e em alguns casos pedimos ajuda para ela. XD

Você lava alguma coisa fora? (em lavanderia)

Sim. Casacos de frio, camisas de seda e roupa de cama mais volumosa, como edredons e cobertores. Todo o resto lavo em casa.

Você toma algum cuidado especial com peças delicadas?

Sim. Faço uso daqueles produtos separadores que vendem em lojas tipo a Leroy Merlin ou Tok&Stok. Sutiãs coloco dentro daquela bolinha de plástico, pois evitam que eles se deformem. Peças delicadas eu coloco dentro daqueles saquinhos próprios para lavar roupa, para quem não “batam” nas outras peças e estraguem. Mas são procedimentos bem simples, que tomo com peças especí­ficas, quando necessário.

Você separa as roupas ao lavar?

Apenas por cor. Não me importo de lavar as fronhas com as camisetas, desde que ambas sejam brancas, por exemplo. A única categoria que lavo separada são panos de limpeza e panos de prato. E gosto de fazer um ciclo de limpeza na máquina depois de uma carga assim, para ela continuar limpinha para as peças nos dias seguintes.

Qualquer outra dúvida, por favor, deixe um comentário. Obrigada,

Categoria(s) do post: Diário da Thais

Há alguns dias eu fiz alguns comentários sobre a minha leitura deste livro do Tim Ferriss. Hoje, vou eu mesma responder as perguntas que ele faz aos seus entrevistados no livro. Espero que gostem. 🙂

Qual o livro (ou os livros) que você mais deu de presente para outras pessoas na vida, e por quê? Ou: quais são os três livros que mais te influenciaram?

O livro que eu mais presenteei as pessoas certamente foi o livro do GTD – A arte de fazer acontecer, porque realmente acredito na metodologia e quero que as pessoas tenham vidas mais legais. Mas não gosto de presentear com “um” livro, e sim dar sempre livros de presente, não importa a situação. Todos os meus amigos e parentes já sabem, e isso facilita muito o meu processo de decisão na hora de comprar um presente.

Os livros que mais me influenciaram (tirando o livro do GTD), foram:

Walden, ou a vida nos bosques (Thoreau). Foi um livro que li em uma época em que estava apaixonada por trilhas, hiking, camping, natureza. Sou uma pessoa naturalmente introspectiva, e estava passando por uma época de mudanças em que estar perto da natureza e conectada comigo mesmo fez toda a diferença para eu me entender. E esse livro é um reflexo dessa fase, pois me direcionou muito.

Os vagabundos iluminados (Jack Kerouac). Apesar de todo mundo gostar do “On the road”, meu livro favorito do Jack é este (“The Dharma Bums”, em inglês – adoro esse nome!). Foi o livro que me apresentou o conceito de bodisatva (uma pessoa comprometida a alcançar a iluminação e ajudar os outros seres vivos). Eu já meditava e gostava do budismo como filosofia de vida, mas foi o livro do Jack que me fez ter interesse no lado litúrgico, quase dedicado, da coisa toda. E essa leitura abriu um perí­odo importante da minha vida, em que me dediquei muito ao budismo, durante uns oito a dez anos.

A descoberta do mundo (Clarice Lispector). Este livro é uma coleção de artigos e colunas da Clarice para o Jornal do Brasil. Eu li em uma época difí­cil da minha vida, quando estava com depressão. E puxa, parece que, quando você está assim, não faz sentido você ler livros meio deprês, e a Clarice, querendo ou não, é um pouco deprê. Mas ao contrário de, por exemplo, Sylvia Plath, a Clarice tinha um tom deprê conformista. í‰ como se ela mandasse a real sobre a vida, mas continuasse vivendo, “apesar de”. E isso foi importante para mim na época, porque me fez ver que os sentimentos que eu tinha eram legí­timos, mas que também eu não era o foco do universo. Outras pessoas também passam por isso, e a gente vai vivendo e procurando superar. Eu me achava super importante. E não é que eu não seja, mas é todo um trabalho de ego que a gente faz e que muda a vida. Para mim, o tí­tulo do livro reflete o que ele realmente significou quando eu o li. Me colocou no lugar.

Que compra de 100 dólares (ou menos) você fez nos últimos seis meses que impactou muito a sua vida?

Com certeza foi ter ido a uma terapeuta de florais e começar a tomar florais de Bach. A consulta foi R$150 e, cada vidrinho de florais, R$25. rs

O lance com os florais não é apenas a ingestão deles, para mim, mas sim o ato de você parar, várias vezes ao dia, e pensar: estou parando e fazendo algo por mim. Isso é o que mais faz diferença, porque é um ato de autocuidado, e de disciplina. De prestar mais atenção em mim mesma.

Como uma falha, ou uma aparente falha, configurou você para o sucesso posterior? Você tem uma “falha favorita” sua?

Eu tive dificuldade de pensar nesta porque não me cobro tanto pensando em falhas. Acho que as coisas acontecem, e todas as coisas que acontecem agregam experiências.

Pensando sobre a pergunta, o que me vem í  mente foi ter estudado dois anos para passar na faculdade que eu queria (Jornalismo) e, dois anos depois do curso, ter trancado. Foi uma decisão muito difí­cil na época. Eu queria fazer Publicidade, e na época não podia simplesmente migrar de um curso para o outro – teria que prestar vestibular novamente. Eu não quis e, para não postergar meus estudos, acabei me matriculando em Publicidade em uma universidade considerada mais fraca, apenas para me formar logo. Não acho que isso, como um todo, foi legal. Eu poderia ter segurado as pontas e ter terminado Jornalismo, ou poderia ter prestado vestibular para Publicidade enquanto isso. Mas, na época, eu estava muito triste e sem perspectiva. Sei que tomei a melhor decisão que poderia tomar no momento.

No final das contas, na outra faculdade eu tive a oportunidade de ver que faculdades vistas como supostamente mais fracas têm bons professores e alunos esforçados (outros não), o que me deu uma visão que eu não tinha antes, pautada no privilégio da faculdade boa, com alunos que puderam se dedicar ao vestibular etc. E por partir do princí­pio de que ela teria um “ensino pior”, eu me dediquei mais aos estudos. Os professores me adoravam. rs E eu conheci pessoas com as quais tenho amizade até hoje, que foram muito importantes na minha vida.

Se eu não tivesse mudado para Publicidade, talvez eu não tivesse me apaixonado pelo Marketing Digital e não teria feito todas as coisas que fiz nessa área, onde constituí­ carreira.

Então é basicamente nisso que eu acredito – que mesmo aquilo que consideramos erros ou falhas nos levam a caminhos que, do contrário, não construiriam quem a gente é hoje.

Se você tivesse um outdoor gigante onde pudesse escrever uma mensagem que seria lida por todo mundo, o que você escreveria?

“Esta vida você vai viver só uma vez.” 

Cada um acredita em algo, ou não acredita em nada – espiritualmente falando. Podemos ter outras vidas, assim como podemos acabar no momento em que morrermos. Independente de qualquer coisa, ESTA vida está acontecendo agora, e você vai vivê-la apenas uma vez. Faça valer a pena. A gente nunca sabe quando vai morrer. Pode ser amanhã. Quando isso acontecer, você teria aproveitado a sua vida? Teria sido feliz? Enfim, para mim, tudo se resume a isso.

Qual foi um dos melhores investimentos que você já fez na sua vida?

O curso da “Fórmula de Lançamento” do í‰rico Rocha / Jeff Walker.

Ano passado, quando estava vivendo o luto pela morte da minha avó, eu estava bem triste, sem conseguir foco para o trabalho e preocupada financeiramente (sem trabalhar, não tem faturamento). Peguei um dinheiro que eu tinha e investi no curso. Além de ele ter me distraí­do na época, me ensinou um método para o meu trabalho. E isso foi muito bom e necessário. Aprendi a avaliar todos os meus cursos em andamento, como trabalhar em uma primeira versão, depois ir melhorando. Como estruturar o conteúdo. Como organizar lançamentos de produtos que sejam í­ntegros para o público, sem um canibalizar o outro. Me ajudou a reestruturar o conteúdo. A trazer conteúdos “de base” e ir aperfeiçoando, enquanto conteúdos mais avançados poderiam ser oferecidos aos alunos que já tivessem o conteúdo de base consolidado. Enfim, acho que nem consigo descrever todos os benefí­cios que o curso me trouxe.

Sei que existem mil questões contra o que o í‰rico Rocha faz e que a Fórmula gera muitas pessoas que podem detonar o mercado. Mas o problema não é do método em si, e as pessoas ruinzinhas acabam saindo, uma hora ou outra, ou sendo identificadas pelo seu público. Mas para quem trabalha há anos com conteúdo, como eu, me ensinou a ter um método (e eu sou MUITO a pessoa de métodos). Me ajudou demais a estruturar meu trabalho. “Agora vou focar neste curso, neste público”. “Vou pegar este material e melhorá-lo”. Profissionalizei os processos da empresa como um todo e, fazendo de maneira í­ntegra, consegui prosperar e aumentar o faturamento. Sou muito grata ao que o í‰rico ensina.

Você tem algum hábito estranho ou coisa absurda que você adore?

Eu sou viciada em Tic-Tac de laranja. Antes de dormir, gosto de colocar um na boca e ficar com ele até dissolver completamente. kkk De alguma maneira, me ajuda a relaxar.

Nos últimos cinco anos, que nova crença, comportamento ou hábito mais melhorou a sua vida?

Ter a certeza de que, se a minha mente estiver bem, eu ficarei bem e todo o resto ficará bem. Logo, cuidar da minha mente é a prática mais importante. Quando não estou legal, não adianta forçar. Volta lá atrás, faça leituras, medite, faça uma massagem, descanse, durma, dê tempo ao tempo. Ficando bem, tudo se resolve.

Eu sou uma pessoa pragmática e simplesmente SEI resolver as coisas. Também tenho uma habilidade, que é a de me manter centrada mesmo quando está desmoronando. Por isso, não preciso me preocupar sobre a resolução de problemas. Tudo o que preciso me preocupar é garantir que a minha mente esteja bem, de modo que ela consiga trabalhar para resolver qualquer problema que aparecer. Desde que eu aprendi isso, minha vida mudou em todos os sentidos.

Que conselho você daria para estudantes de faculdade que sejam espertos, “dirigidos por um propósito”, agora que eles estão entrando “no mundo real”? E que conselho eles deveriam ignorar?

Eu diria que a vida é curta para fazer algo que você odeia, mas isso é diferente de enfrentar adversidades e situações que não gosta. Não existe emprego perfeito, e nem sempre fazer o que você ama deve ser o seu sustento. Você deve buscar fazer o que você ama em sua vida como um todo, e isso vai desde os cuidados com a casa até o que você estuda. Mas isso, de maneira nenhuma, significa que você só tem que fazer coisas que você goste. Conviver com pessoas diferentes, fazer coisas desafiadoras, tudo isso faz com que a gente cresça e aprenda a conviver com os outros e com nossos próprios sentimentos. Mais importante do que estar em uma situação perfeita (que não existe), é ter perspectiva de para onde ela está te levando.

Quais são os piores conselhos que você ouve em sua área de atuação?

“Bloqueie a sua agenda, senão você não conseguirá fazer as coisas que são importantes.”

Sinceramente, só de olhar uma agenda bloqueada eu tenho vontade de ficar na cama. Deus me livre de um dia em que não tenho qualquer espontaneidade ou espaço para a criatividade fluir. Tenho um sistema integrado e um método (GTD) que me ajudam a gerenciar o que é prioridade e todas as áreas da vida. O sistema é composto por diversas ferramentas que me ajudam a ter o foco apropriado – não se trata apenas de uma agenda.

Agenda não é tetris para encaixar bloquinhos coloridos. Uma agenda livre é uma vida livre. Livre para escolher, para criar, para trabalhar no que for prioridade no momento.

“Faça uma lista de tarefas para o dia”

Isso é ok se você tem todo o sistema e processo pessoal, como comentei no parágrafo anterior. Apenas fazer uma lista diariamente fará com quem você trabalhe no mais urgente e no que grita mais alto, e as coisas maiores, as realmente importantes, acabarão ficando de lado. í‰ ok fazer uma lista, mas não acho ok ter apenas a lista de tarefas do dia, sem outros recursos de produtividade que fazem parte de um todo.

Nos últimos cinco anos, no que você melhorou em termos de dizer “não” (distrações, convites etc)? Que novas realizações e abordagens ajudaram? Outras dicas?

Passei por diversas situações em que me via muito triste por estar fazendo. Eu sou uma pessoa sensí­vel a diferentes questões que me são importantes. Fazer algo que fira os meus valores é inaceitável. í€ medida que fui descobrindo isso, fui dizendo não ao que eu não era obrigada a fazer. Isso vale para a vida pessoal e a vida profissional.

Ah, eu também costumo dizer não para tudo o que prejudica uma boa noite de sono. Isso realmente mudou a minha vida. Talvez tenha a ver com a idade.

Quando você se sente sobrecarregada ou sem foco, ou perdeu seu foco temporariamente, o que você costuma fazer? Você costuma fazer algumas perguntas a si mesma? Quais?

Bem, sim. “Você está apenas ocupada ou está sendo produtiva?” vem do próprio Tim Ferriss. “Qual é a próxima coisa mais importante que você pode fazer agora?” vem do livro “A única coisa” (Gary Keller).

Mas, de modo geral, duas práticas ajudam demais em situações como essa: fazer uma bela Revisão Semanal e esvaziar minhas caixas de entrada.

Espero que o post tenha trazido alguns insights legais. 😉 Se quiser, responda uma ou mais perguntas nos comentários. Vou adorar ler!

Categoria(s) do post: Planejamentos

No último final de semana, tivemos a segunda turma do nosso workshop presencial de planejamento de vida, e uma das coisas que abordamos durante o curso são os diversos planejamentos de frequência, incluindo o planejamento anual. í‰ inevitável, por estarmos em julho, não pensar no segundo semestre. Sempre tem aquela sensação de: “putz, meio do ano, eu queria ter feito tanta coisa e não fiz metade”. A organização ajuda a gente a não se sentir assim.

Primeiro, porque temos nossos planejamentos revisados e atualizados, e esse inventário dá uma sensação de clareza com relação í s prioridades. Segundo, que ninguém é perfeito e planejamentos servem justamente para reajustar a rota quando necessário, e não para engessar a vida e nos deixar frustrados porque não conseguimos concluir algo em um perí­odo X de tempo.

Se você estiver pensando sobre como aproveitar melhor o seu segundo semestre do ano, seguem algumas dicas pontuais de atividades que eu tenho certeza que te ajudarão a ter mais foco e repensar suas prioridades.

Construa um mapa mental com as áreas da sua vida

Faça um mapa mental de todas as áreas de responsabilidade atuais em sua vida e reflita sobre a importí¢ncia que você está dando a cada uma delas. Isso dá muito certo para mim, porque só de montar esse mapa mental eu já percebo que tem algumas áreas sendo mais privilegiadas que outras. Escreva suas reflexões para decidir o que fazer com elas mais tarde.

Garanta o equilí­brio dos perí­odos do dia na sua agenda

Como está sua agenda hoje? Ela reflete bem o que você precisa fazer ao longo da semana? í‰ importante ter seus compromissos em ordem para saber quanto tempo você tem disponí­vel para investir em outras frentes. Mas, além de um bom planejamento (aprenda como fazer aqui), você precisa observar o equilí­brio entre as diversas atividades. Tenho um post em que comento mais sobre isso. Vale a leitura.

Tenha um inventário de todos os seus projetos em andamento (e incubados)

Projetos são todos os resultados desejados que você quer concluir em até um ano (definição do GTDâ„¢). Uma lista de projetos traz todos os seus projetos em andamento. O ano não significa apenas o ano civil atual, mas o perí­odo de 12 meses entre o seu hoje e o ano que vem. Uma lista de pojetos incubados traz tudo aquilo que simplesmente não está em andamento no momento. Ter uma lista com todos os seus projetos em andamento garante muita clareza, controle e foco.

Revise os seus objetivos de curto prazo

Objetivos de curto prazo são aqueles que você pretende alcançar de hoje a dois anos. Não costumo trabalhar com “resoluções de ano novo” porque o perí­odo de dois anos parece mais realista quando falamos de objetivos de curto prazo. O que a gente quer alcançar nesse perí­odo deve desmembrar projetos que podemos começar a trabalhar agora ou daqui a algum tempo (em breve). Analise seus objetivos de curto prazo, então, e verifique se seus projetos atuais refletem o que você pretende.

Faça uma lista do que quer finalizar até dezembro

Qual o seu foco? O que você pretende concluir ainda este ano? O que é realmente prioridade? Essa pequena reflexão é muito importante e pode te ajudar a deixar as prioridades ainda mais claras.

Pare de se cobrar tanto e curta mais suas conquistas

Com certeza muitas coisas já aconteceram neste primeiro semestre e, talvez, na correria, você pode não tê-las celebrado apropriadamente. Permita-se errar. Permita-se ir devagar, de vez em quando. E, acima de tudo, permita-se agradecer e celebrar as suas conquistas.

Essa parte é muito importante, porque é o reconhecimento de tudo o que você vem trabalhando até então. Se for necessário fazer mudanças antes do final do ano, ainda dá tempo. Aproveite!

Categoria(s) do post: Plenitude & Felicidade

Este post traz uma dica rápida que acredito que possa valorizar mais a sua qualidade mental antes de dormir.

Já comentei em outros posts que eu tenho um pouco de dificuldade para dormir, então tenho que ter todo um ritual noturno para proporcionar uma excelente noite de sono. (veja mais sobre isso no post que fiz com a minha rotina noturna)

Já há uns bons dois anos eu tenho implementado essa técnica rápida de fazer e de aplicar, e que me ajuda bastante no momento de pegar no sono.

Uma das coisas que pode tirar o sono de qualquer um é ir dormir preocupado com algum assunto, algum problema, ou ter alguma discussão antes de ir dormir, enfim, todos nós podemos passar por esse tipo de situação. Quando algo assim acontece, minhas recomendações são: esvaziar a mente, escrevendo em um caderno sobre o acontecido, meditar, tomar um floral (rescue), se for a sua “praia”.

Mas, depois disso, ou em dias em que nada assim acontece, eu gosto de escolher um tema legal, que me faça bem, e ir dormir pensando nele. Explico.

  • Fico pensando em como será um próxima viagem que faremos. O dia da viagem. O sentimento de todos ao redor. A gente se divertindo no destino. As comidinhas. Enfim, penso em cenários alegres nessa próxima viagem que faremos em famí­lia, e geralmente pensando nisso eu acabo adormecendo feliz.
  • Agradeço por algo muito bacana que tenha acontecido no dia. Fico agradecendo a deus, ao universo (agradeça a quem você acreditar), me sentindo feliz por tal coisa ter acontecido comigo, como sou grata e abençoada etc. Também costumo adormecer pensando e com esse sentimento de plenitude e gratidão.
  • Imagino uma situação hipótetica mas muito legal. Exemplo: como seria se eu fosse a dona da Amazon e estivesse indo trabalhar de bicicleta hoje. Que tipo de experiências vivenciaria, que tipo de pessoas encontraria, quanto dinheiro teria na minha conta (rs) etc. Fico “viajando” em situações desse tipo e acabo dormindo me sentindo criativa.
  • Lembro de algum momento muito bom que tive com pessoas que gosto. Filho, marido, amigas, no trabalho. Fico revivendo o momento na minha cabeça e pensando em como foi legal e em como é bom ter pessoas assim na vida etc.

Tentei lembrar de todas as “categorias” de pensamentos que costumo exercitar, mas são sempre coisas positivas e que me deixem com um estado mental legal. Eu sinto que passei a dormir muito melhor depois que comecei a fazer isso e conto nos dedos as vezes em que tive pesadelos (geralmente associados a uma má alimentação no dia!).

Enfim, é realmente uma dica muito simples e rápida, mas que fez grande diferença na minha vida. Espero que possa ser útil para você também.

Categoria(s) do post: Viagens

Pois bem, como eu fiz uma viagem longa no mês passado (Guarulhos > Amsterdam), eu prometi que faria alguns posts compartilhando as minhas dicas mais recentes para a organização da viagem como um todo. Outro dia já postei sobre como organizar a viagem, definir orçamento, comprar passagens etc. Hoje, vou falar sobre uma prática que considero essencial, que é planejar as atividades que farei durante a viagem, para não ficar entendiada e sentir que as horas passaram mais rápido.

Vale dizer que eu aplico esse planejamento mesmo em viagens mais curtas. Quando faço a ponte aérea São Paulo > Rio, a viagem dura uns 45 minutos apenas. Mesmo assim, gosto de me programar para fazer algum tipo de atividade nesse tempo, de modo que eu sinta que esteja aproveitando de verdade os meus momentos diversos de vida. Funciona muito bem. 🙂

A imagem acima é uma foto da página do meu Bullet Journal com a programação que fiz dessa última viagem. Foi apenas um esquema geral que me ajudou a planejar o que fazer. Não necessariamente precisa ser seguido a risca – só traz ideias.

Antes de entrar no avião, eu guardo na mala de bordo tudo aquilo que eu NíƒO vou precisar durante o ví´o e deixo comigo (em uma bolsa grande, tipo sacola, com zí­per, bastante flexí­vel) tudo aquilo que vou usar durante o ví´o. Isso me ajuda a só ter que abrir o compartimento superior e mexer na mala se for algo muito fora da curva, uma exceção. De modo geral, durante a viagem não faço isso.

Na foto acima dá para ver o meu setup básico de mala de bordo, a bolsa, almofada de pescoço, pashmina e a roupa que costumo usar.

Vamos falar sobre a roupa para a viagem ser o mais confortável possí­vel:

  • meias de compressão
  • tênis tipo luva (como da foto), pois é confortável porém fácil de tirar, se eu quiser
  • meias grossas (sinto muito frio nos pés)
  • calça stretch (mas arrumadinha! nunca vou de moletom ou coisa do tipo)
  • camiseta
  • blusa bem confortável de lã ou de malha para usar no avião (na foto está na mala)
  • jaqueta de couro (é versátil e quebra o galho caso esfrie muito, mas na hora do ví´o eu guardo na mala e só pego em caso de frio extremo)
  • pashmina é um super coringa, pois posso usar no pescoço, na cabeça, como travesseiro, como lençolzinho, enfim, muito versátil
  • a almofada para o pescoço eu levo mesmo que não pretenda dormir, porque ela me ajuda a descansar o pescoço ao longo da viagem

Tenho um post anterior aqui no blog onde listo tudo o que eu levo.

Quando entro e sento na minha poltrona, eu não fico necessariamente fazendo muitas atividades, para não “queimar atividade” antes do tempo. O que eu gosto de fazer: um setup básico, que inclui deixar água, balas e um próximo lanchinho (geralmente uma barra de cereal ou castanhas) no bolsão da frente, assim como o Bullet Journal com uma caneta dentro. Coloco a bolsa embaixo do assento í  frente.

Também pego meu álcool gel, lenço umidecido (sempre levo) e passo na mesinha do meu assento. Você sabia que essa mesinha é uma das partes mais sujas do avião? Pois é. Então aproveito esse momento para dar uma geral. (Geralmente quem está do meu lado ou me acha maluca ou acha que foi uma ótima ideia e pede emprestado! rs Ou as duas coisas!)

Então eu começo a navegar na televisãozinha da aeronave para ver os filmes e séries disponí­veis. De modo geral, dá para marcar os favoritos, então aproveito esse tempo para marcar os filmes e séries que tenho interesse de ver ao longo da viagem. Nesse meio tempo, outras pessoas vão entrando no avião, você precisa levantar para deixar as pessoas dos assentos do lado sentarem (sempre fico no corredor) etc.

Outra coisa que gosto de fazer nesse meio tempo entre entrar no avião e a decolagem é ajustar meu relógio para o local do destino. Nossa, isso é maravilhoso e falarei mais sobre a técnica no post exclusivamente sobre se ajustar ao fuso horário. Dessa maneira, consigo ir me guiando pelo horário do destino e, se possí­vel, até combinando as sonecas com ele.

Por fim, a última atividade que faço antes de o avião decolar é meditar. Tenho uma pulseirinha com um mala, fecho os olhos, e faço minha meditação. A meditação também me ajuda a relaxar o corpo na hora da decolagem. Não sou daquelas pessoas que têm muito medo de avião, mas sempre rola uma certa tensão né (é um trambolho que pesa toneladas voando!). Medito até o avião decolar e ficar em estado de cruzeiro. Chegando nesse estágio, é hora de iniciar a programação mesmo.

No começo da viagem estou descansada e com uma boa energia. Por isso, gosto de aproveitar para fazer atividades que usem a cabeça.

Nessa última viagem, fiz uma super captura no meu Bullet Journal, contando como foi a viagem, o evento, os aprendizados que tive, as conversas, as ideias. í€ medida que a gente escreve, outras coisas começam a vir na mente, e vou capturando todas. í‰ um momento muito de mente plena e engajamento apropriado.

Depois de escrever nesse modelo quase de diário, eu resolvi fazer uma lista do que seria prioridade naquela semana pós viagem. Eu sempre reservo os primeiros três dias depois da volta para organizar a vida e me colocar no fuso horário de novo. Desse modo, configuro o foco apropriado para quando efetivamente “voltar ao trabalho” no dia seguinte.

Também aproveito esse momento (se estiver com vontade) para fazer o planejamento de alguns projetos que estejam chamando mais a minha atenção. Como estou focada ali no papel e caneta, consigo pensar sem distrações. Adoro aproveitar esses momentos off-line para pensar na vida!

í‰ difí­cil descrever, mas chega uma hora que eu sinto que “já deu”. rs E aí­ esse é o momento que resolvo assistir algum filme. No caso, nessa viagem eu tinha salvo cinco filmes (estava animada!) no Netflix do meu celular para assistir durante o ví´o (porque na ida eu já tinha assistido os que me interessavam na tv do avião). Comecei assistindo um documentário sobre polí­tica, pois o tema era menos leve, aproveitando mais uma vez o lance de a cabeça ainda estar descansada. Geralmente, ao longo do filme ou ao término dele é quando chega a primeira refeição. E aí­, quando chega a comida, eu paro, como direitinho, presto atenção no alimento.

Quando termino de comer, gosto de levantar, esticar as pernas, ir ao banheiro, escovar os dentes, enfim, dar uma espairecida. Quando volto, eu resolvo ler. Para esta viagem, comprei o livro “Tribe of Mentors”, que é um calhamaço, mas justamente por isso achei que seria a leitura ideal para a viagem. Li quase o livro inteiro nessa, pois o livro te segura de um jeito! Você não consegue largar!

Em determinado momento, as luzes se apagam. Eu ainda mantive a minha luz individual acesa até ficar de saco cheio de ler, e depois apaguei para assistir outro filme. Eu não consigo só ver filme no avião, porque chega uma hora que começo a ficar incomodada de ficar tanto tempo sentada no mesmo lugar, então alternar as atividades funciona bem para mim.

Geralmente, ao final desse segundo filme, eu tento tirar uma soneca. Mesmo que não consiga dormir, eu fico de olhos fechados, plugs nos ouvidos, fone de ouvido que corta ruí­do (Bose Quiet Comfort), máscara nos olhos e travesseiro de pescoço. Se eu conseguir dormir um pouco, excelente. Se não, não tem problema – pelo menos descansei um pouquinho.

Quando o ví´o é noturno, antes de tentar dormir eu tiro a minha maquiagem com um lencinho demaquilante e aplico uma sheet mask para relaxar. í‰ maravilhoso! Aliás, adoro aproveitar os ví´os assim para fazer alguns cuidados de beleza que geralmente no dia a dia a gente nunca tem muito tempo de parar e fazer. Lixo as unhas, passo creme nas mãos, faço auto-massagem. í‰ uma delí­cia. (leia este post onde listo tudo o que levo)

Geralmente, depois da suposta soneca ou descanso, eu levanto mais uma vez para me alongar, ir ao banheiro, dar uma esticada nas pernas.

Fico alternando então filme e livro. Para não incomodar as pessoas com a luz de leitura, desta vez eu uso o Kindle Paperwhite (que tem iluminação interna). O bom do Kindle é que traz várias opções de livros, então não me entedio porque consigo alternar entre as leituras.

Mais para o final da viagem, a sensação de saco cheio tende a ficar maior, então prefiro ver filmes fáceis, de comédia, ou até animações, porque eles dão uma renovada na energia.

í€s vezes ouço música também, e quando é assim eu deixo a tv do avião ligada no mapa de ví´o, porque gosto de acompanhar no mapinha onde o avião está. 🙂

“Meu” avião da KLM

Geralmente, em viagens mais longas, quando faltam umas duas horas para pousar, vem uma nova refeição. E o bom da refeição é que você se distrai durante algum tempo com a atividade. Eu sempre peço a refeição especial no avião (sem lactose), e isso faz com que ela venha antes. Desse modo, eu consigo comer com calma e já libero a mesinha caso meus colegas das poltronas ao lado queiram levantar para ir ao banheiro e coisas do tipo. E, geralmente, quando chega a refeição deles, já acabei a minha, então consigo levantar, ir ao banheiro, escovar os dentes etc, sem a preocupação de ter fila porque na verdade todos no avião estão se alimentando.

Quando falta cerca de meia hora para o avião pousar, vou ao banheiro garantir o último xixi e dar uma geral no visual para descer do avião mais bonitinha (ou nem tanto com uma cara de acabada após 11 horas de ví´o!).

Vale dizer que eu sempre levo uma garrafa de água cheia no avião e fico bebericando o ví´o inteiro para me manter hidratada. E, apesar de alguns ví´os liberarem nas refeições, eu aprendi que não vale a pena beber vinho ou outra bebida alcoolica enquanto estou voando, porque isso desidrata com mais facilidade! Prefiro ficar na aguinha e no suco mesmo. Se tiver chá, sempre peço chá! Nunca tomo café, para tentar descansar.

Nessas duas últimas horas de ví´o eu já fico animada porque estamos chegando! Então consigo ver um filme alegre ou até mesmo continuo lendo o livro que levei! Passa rapidinho!

Para quem consegue dormir com facilidade, tenho certeza que uma viagem longa assim é uma excelente oportunidade. Como eu tenho dificuldade, acabo fazendo outras coisas.

Uma outra ideia que gosto de dar é aproveitar a viagem longa para zerar a caixa de e-mails (se você tiver o programa offline em seu computador, como o Outlook) ou fazer uma Revisão Semanal. Há algum tempo eu resolvi parar de querer usar computador durante os ví´os para conseguir relaxar mais estando offline, mas são outras atividades legais para aproveitar o tempo, se você quiser.

E você, o que costuma fazer em viagens longas? Deixe um comentário! Espero que as dicas acima tenham sido úteis.

Categoria(s) do post: Vida Organizada

Trabalhar com organização pessoal, realização, criatividade com projetos, produtividade é ter um campo de estudo e de atuação com infinitas possibilidades. Quando eu comecei o meu blog, em 2006, eu era apaixonada (e ainda sou) por dois métodos: GTDâ„¢ (Getting Things Done) e FLY Lady (para a casa). Esses dois métodos formaram o caráter do Vida Organizada, e tenho muito respeito aos autores, sempre citando-os quando faço referência a algo que vem dos métodos em si.

Mas, com o passar do tempo, minhas práticas, experiências e estudos, eu comecei a desenhar o que seria o método de organização do Vida Organizada. Ele começou a ser apresentado para o mundo no livro Casa Organizada (2016) e continua em desenvolvimento. Hoje, três anos depois do lançamento do livro, vejo o quanto ele amadureceu mas também o quanto ainda existe de terreno para amadurecer.

Penso que um ponto de grande maturidade e ética profissional para as pessoas que trabalham nessa área é a citação de referências. Depois que entrei no mestrado, vi como a citação de referências é algo importante e que deve ser levado a sério. E fiquei impressionada com isso, porque no mercado de organização é comum ver diariamente o plágio de ideias, nomes de posts, conceitos, até nome de curso, uso de metodologias, enfim. Por não ser uma profissão regulamentada, infelizmente existem muitas práticas de plágio e cópia que passam impunes. Não deixam de ser condenáveis, no entanto. Se você trabalha nessa área, por favor, não plagie nem copie. Se gostar das práticas ou dos métodos que outras pessoas desenvolveram, dê os créditos. Não use-as para monetizar algum produto que você criou, sendo que, usando conceitos dos outros, você não é verdadeiramente o autor, certo? Vamos refletir mais para que todo o mercado cresça junto.

O fato é que, quando você vira autora, essas são questões que passam a fazer parte da sua realidade. í‰ quando você começa a lidar com advogados, patentes, documentos, registros. Todo o registro de marca e de propriedade intelectual é importante e dá respaldo í  sua criação. Garante a integridade do seu trabalho e também dá um direcionamento sobre como você deve dar continuidade ao que criou. Te ajuda a valorizar mais o que você já fez e, a partir desse trabalho, desenvolver outros relacionados.

Eu penso que o método do Vida Organizada ainda é um bebê, se a gente comparar com métodos mais maduros como o GTDâ„¢. Foi maravilhoso participar do evento global do GTD Summit que aconteceu mês passado, pois isso me deu uma clareza imensa sobre o meu trabalho. Sim, sou responsável, como Master Trainer, a cuidar com carinho do legado do David, para sempre, e o farei não importa o que aconteça. Ele tem extrema confiança em seus Master Trainers ao redor do mundo, e lá no evento inclusive eu conversei com ele e garanti que, em lí­ngua portuguesa, ele poderia ficar tranquilo com relação a esse legado. Ele sorriu.

Photo by Arif (India)

E sabe, ele está curtindo esse momento. Tudo o que eu estou fazendo hoje, de desenho de um método, ele fez lá atrás, no final dos anos 1970. Só em 2001 ele publicou o livro. Durante todos esses anos, ele desenvolveu e testou o método. Depois da publicação, e de virar best-seller no NY Times, obviamente a coisa toda estourou e a empresa dele cresceu. E ele teve a oportunidade de testar muitas coisas, e então reescrever o livro 14 anos depois, em 2015.

Ao mesmo tempo, lá no Summit eu pude conhecer muitas pessoas excepcionais que usam o método GTDâ„¢ e mesmo assim têm suas carreiras em paralelo a ele. Têm um trabalho autoral sendo desenvolvido, muitas vezes relacionado e apoiando o que o GTDâ„¢ propõe. Foi quando caiu a minha ficha de que eu poderia ser uma autora, desenvolver o meu método, e que esse método poderia não apenas apoiar o GTDâ„¢ como complementá-lo nos anos que virão (afinal, estamos falando de um legado para o mundo capitalista que vivemos, onde estamos ajudando as pessoas a terem mais espaço, serem mais criativas e viverem vidas com mais significado, mesmo em um sistema opressor por natureza).

Comparado ao GTDâ„¢, o método Vida Organizada é o irmãozinho mais novo. í‰ como se o GTDâ„¢ fosse o cara de 45 anos, colhendo tudo o que plantou até então em uma vida que ainda é cheia de possibilidades, e ele olha com carinho o irmão mais novo que recém aprendeu a andar. Está descobrindo o mundo. Ainda tem muito a aprender. í‰ assim que eu me vejo como autora, desenvolvendo um método de organização.

Porque o que o método Vida Organizada traz de proposta é exatamente ser um caminho para organizar a trí­ade (opa, outro método! 😉 branding é tudo, Christian) VIDA, CASA e TRABALHO. Não porque sejam áreas diferentes, mas porque têm naturezas diferentes de exteriorização do próprio “eu”. Quando eu falo em VIDA, me refiro ao indiví­duo. Quando falo em CASA, me refiro aos relacionamentos pessoais e ao í¢mbito doméstico. Quando falo em TRABALHO, falo do legado, da criação que a gente coloca no mundo.

O fato de o método ter 5 passos é apenas uma coincidência se comparado ao GTDâ„¢. 🙂 Gosto de números í­mpares, e 3 passos eram pouco – 7 eram muitos. 5 passos me pareceram o ideal, e testando-os nos últimos anos eu pude garantir que sejam uma sequência legal, que funciona.

E o diferencial aqui é que são 5 passos para organizar QUALQUER área da vida. Trabalho, carreira, finanças, saúde, lazer, famí­lia, casa. Escolha como quiser. Ou, em vez e áreas, escolha temas. Guarda-roupa, armário, despensa, brinquedos. Ou até mesmo ferramentas. Agenda, lista de tarefas, arquivos. A proposta dos 5 passos é justamente a de poderem ser aplicados a qualquer coisa.

Os 5 passos são:

  1. DESTRALHAR. Não é possí­vel organizar tralha. Livre-se do que não faz mais sentido na sua vida e abra espaço para o que faz.
  2. SOLUCIONAR. O verbo antes estava “organizar”, o que não deixa de continuar porque, para mim, organizar é encontrar soluções que funcionem em termos de espaço na sua vida. Mas eu quis mudar o verbo depois de alguns anos porque acredito que ele descreva melhor o que esse passo propõe.
  3. ARRUMAR. Apenas depois de encontrar soluções apropriadas é que eu vou colocar as coisas nos lugares certos.
  4. MANTER. Se eu encontrei soluções e arrumei as coisas, ficará muito mais fácil de manter. E existem técnicas de manutenção que dão apoio ao dia a dia como um todo, para todas as áreas.
  5. CURTIR. A organização não é um fim, mas um meio. Ela deve ser usada para que você possa curtir, não engessar a sua vida. Se não estiver sendo legal, não está sendo certo. Esse é o meu lema.

A ideia então é que você possa aplicar esses 5 passos a qualquer área da sua vida, tema ou ferramenta. A um projeto. Enfim, a qualquer coisa que você queira organizar. E funciona. Tenho testado nos últimos anos, e minha visão para os próximos 10 é fazer pesquisas e trazer métricas e resultados para dar mais respaldo a esse trabalho.

Veja, um trabalho autoral está sempre em desenvolvimento. Por mais que um livro seja publicado sobre o assunto, o autor continua desenvolvendo o tema, praticando, obtendo experiências com ele. E é muito bacana ter esse novo ponto de vista para o meu trabalho, porque me dá perspectiva e também clareza sobre a relação que tenho com o outro método que é tão parte de mim, como o GTDâ„¢. O objetivo não é separar, mas encontrar a interseção entre o que os dois têm de melhor.

Termino o post com alguns pedidos, feitos de coração:

  • Se você for personal organizer ou trabalhar com organização e/ou produtividade, não use um trabalho autoral como se fosse seu. í‰ feio, é errado e é anti-ético. Você pode sim se inspirar, mas precisa saber citar as referências e não tomar ou ensinar aqueles conceitos como se fossem seus. Busque encontrar sua própria voz. Sim, leva tempo. Mas nunca deixe de fazê-lo, pois é o que você tem de melhor. Toda a sua experiência, bagagem e modo de ver a vida fará toda a diferença na aplicação do que você propõe, mesmo que tenha partido de outras fontes em algum momento.
  • Se vir algum método, post, conceito, curso, texto sendo copiado, dê um toque na pessoa. Denuncie ao autor. Isso é importante. Vamos construir um mundo em que todos possamos trabalhar e nos desenvolver de forma ética, sem querer usufruir do que os outros construí­ram. Se todos buscarem fazer um trabalho í­ntegro sempre, todo o mercado cresce e se ajuda. Não acredito em concorrência. Acredito em modos diferentes de trabalhar o mesmo assunto, pois cada pessoa o fará de um jeito, e cada cliente/pessoa escolherá aquele com o que se identifica mais. Todos se beneficiam. Mas, a partir do momento que há uma cópia, há mediocridade e desonestidade. Não compactue com isso.
  • Se você for leitor/a do Vida Organizada, procure ter o método como princí­pio para tudo o que eu ensino aqui no blog, nos cursos, workshops, ví­deos. Ele é referência. Tudo o que passei a compartilhar ou divulgar depois da criação dele está baseado no que propus aqui. Vale a pena testar e validar em sua própria vida. E, se você quiser, por favor, deixe um comentário com um depoimento de como foi. Isso me ajudará sempre a melhorar o desenvolvimento do que estamos fazendo aqui.

Desenvolver um método é entender que você tem um trabalho autoral, seu, rico, com muitas referências, todas respeitadas, e que leva tempo para ser estudado, pesquisado, desenvolvido, testado, e essa é a parte mais enriquecedora de todas. <3

Muito obrigada.

Categoria(s) do post: Rotinas

Percebi que o último post que eu tinha publicado sobre a minha rotina noturna tinha acontecido em 2007 (!). Publiquei outros falando sobre a rotina da famí­lia e a rotina do filhote, mas rotina minha mesmo eu ainda não tinha atualizado.

Rotinas não têm a ver com horários necessariamente, mas com uma sequência de atividades que fazemos em situações recorrentes.

Minha rotina noturna pode ser chamada de “rotina antes de dormir” caso você tenha uma situação de trabalho em que trabalhe de noite e durma de dia, por exemplo. 😉

O propósito da rotina noturna é 1) facilitar a vida pela manhã e 2) proporcionar um ritual de janela de sono tranquilo. Por quê? Primeiro, porque eu não gosto de acordar cedo. Por isso, quero desperdiçar o mí­nimo de tempo de sono pela manhã. Tudo o que eu puder fazer de noite para adiantar eu faço. Segundo, porque sou uma pessoa meio chatinha pra dormir. Se eu perder a janela do sono, “já eras”. Demoro para pegar no sono, e se eu ficar agitada, ou não tiver todo um ritualzinho para pegar no sono, não consigo ter uma noite muito legal.

Eis as atividades que eu costumo fazer então.

  1. Se a louça não estiver lavada, eu lavo. Se estiver lavada, limpo a pia. Esse hábito vem do método FLY Lady e eu já tenho há muitos anos. Não gosto de ir dormir com a pia suja. Dou uma geral na casa no sentido de guardar as coisas que estão absurdamente fora do lugar (tipo uma embalagem vazia que acabou sobrando em cima da mesa ou roupas sujas que não estão no cesto). Tudo muito leve, já entrando em um ritmo mais lento da noite.
  2. Vejo a minha agenda para o dia seguinte: que compromissos terei. Aí­ olho a previsão do tempo, apenas para me preparar, e então separo a roupa para usar amanhã. Atualmente eu tenho uma arara no quarto, onde penduro essas peças e já deixo tudo separadinho, até sapato, para evitar ficar fazendo bagunça no quarto enquanto meu marido está dormindo. Gosto de pensar em uma peça que quero usar e aí­ faço uma busca rápida no Pinterest por ideias caso eu esteja sem inspiração para compí´r o look.
  3. Ajusto meu alarme para acordar e procuro não usar mais o celular a partir desse momento. Deixo ele na mesa que uso como penteadeira no quarto, longe do meu alcance na cama, senão dá vontade de verificar qualquer coisa.
  4. Se eu for sair de casa cedo, já deixo minha bolsa / pasta / mochila arrumada com o que vou precisar. Checklists ajudam muito nesse processo, caso eu vá para um treinamento ou reunião, por exemplo, pois não me esqueço de levar coisas que sempre preciso.
  5. Preparo um chá bem quentinho. Atualmente, meu preferido é o de camomila com baunilha e mel, da Twinings. Aproveito que estou na cozinha esperando a água esquentar e já tomo minhas vitaminas.
  6. Vou para o quarto. Ligo meu abajour e o difusor de aromas com alguma essência que proporcione o relaxamento, como lavanda. No frio, também gosto de usar essências que me lembrem a floresta, como eucalipto. Também ajuda a respirar melhor…
  7. Deixo na minha mesa ao lado da cama os livros que estou lendo no momento. Sento na cama e escolho qual deles estou mais a fim de ler. Costumo ler um capí­tulo por dia do livro, aí­ mudo para outro. Assim, vou variando as leituras e lendo vários livros de uma só vez. Não costumo ler livros que vão agitar a minha mente – apenas leituras mais calmas e reconfortantes.
  8. Quando sinto que o sono está vindo com mais intensidade, paro de ler e vou escovar os dentes e fazer todo o ritual de higiene pessoal noturna. Quando volto para o quarto, gosto de passar um óleo de argan nas pontas dos cabelos e agora estou usando um oleozinho em alguns pontos do rosto também (minha pele fica super ressecada no inverno). Antes de dormir (depois de beijar o marido kkk) eu passo a pomada Bepantol nos lábios e ao redor da boca, que é o ponto mais delicado nessa época em que resseca a pele, por causa da saliva, acredito.
  9. Quando vou desligar o abajour para efetivamente dormir, tomo minha melatonina, coloco a máscara nos olhos (qualquer luz me incomoda) e tento desligar. Uma coisa que tenho adorado fazer já há alguns anos é ir dormir nesse momento sempre pensando em algo bom – agradecendo algo legal que aconteceu no dia, pensando em uma próxima viagem, lembrando de um momento gostoso que tive com o filhote no dia, essas coisas. Isso me permite dormir com a mente feliz e calma.

Não importa o horário, antes de dormir é a rotina que eu normalmente sigo e funciona bem para mim. í‰ claro que existem dias em que saí­mos í  noite e chegamos tarde, e eu não vou limpar a pia ou ler, por exemplo. Mas, de modo geral, na maior parte dos dias, a rotina acima é a que eu faço mesmo, diariamente.

E você, tem uma rotina noturna? O que você costuma fazer?

Categoria(s) do post: Livros

Toda vez que o Tim Ferriss lança um livro novo, fico ansiosa para ler. Esse livro foi lançado em 2017 e eu ainda não tinha lido – estava esperando uma oportunidade para comprá-lo em promoção ou algo assim (custa uma média de 80 reais, importado). Nessa última viagem, por todas as palestras que assisti no GTD Summit, eu estava com a vibe certa para lê-lo. Por isso, mesmo ele sendo um calhamaço (598 páginas), comprei para ler na minha viagem de avião na volta para o Brasil. E deu certo, porque li 3/5 do livro durante a viagem, e na última semana terminei a leitura em casa.

O livro, que ainda não tem versão em português, pode ter seu tí­tulo traduzido como “tribo de mentores: pequenos conselhos de vida dos melhores do mundo”. Ele selecionou um conjunto de pessoas que admirava – galera que fundou start-up, escritores, atletas de alta performance e outros – e enviou um e-mail com perguntas para essas pessoas. Elas não precisavam responder todas – apenas três ou mais, se quisessem. E o resultado ele transformou neste livro, que tem capí­tulo curtos e é uma leitura deliciosa de se fazer.

Eis as perguntas:

  • Quais os livros que você mais deu de presente para outras pessoas e por quê? Que livros mais influenciaram a sua vida?
  • Que compra de menos de 100 dólares mais impactou positivamente a sua vida nos últimos seis meses?
  • Como uma falha, ou uma falha aparente, formatou você para o sucesso? Você tem alguma “falha preferida”?
  • Se você tivesse um outdoor gigante onde pudesse anunciar uma frase para que todo mundo lesse, o que você escreveria?
  • Quais os melhores investimentos que você já fez?
  • Qual hábito incomum você tem ou coisa absurda que você adora?
  • Nos últimos cinco anos, que novas crenças, comportamentos ou hábito mais fez com que sua vida melhorasse?
  • Que conselho você daria a estudantes que estejam se formando agora na profissão que você tem? Que conselho eles deveriam ignorar?
  • Que má recomendações você costuma ouvir na sua área de atuação?
  • Nos últimos cinco anos, no que você ficou melhor em dizer “não”?
  • Quando você se sente sobrecarregado ou sem foco, o que você costuma fazer?

Algumas passagens me marcaram bastante:

“Tive um sucesso estrondoso. Tive que lidar com mais assédio da imprensa e quantidade de clientes do que eu dava conta. Tive investidores clamando por ações. Mas tudo o que eu queria fazer era escrever.” – Samin Nosrat, chef e escritor

“Eu acredito em investir no meu coração. í‰ tudo que eu faço, de verdade. Eu sirvo a minha Musa. Todo meu dinheiro está nela.” – Steven Pressfield, escritor

“Eu demorei um tempão configurando um modelo modesto de negócios que eu poderia manter o máximo que eu pudesse. Eu disse a mim mesma que meu objetivo era ter publicado alguma coisa até ter 75 anos de idade. Escrever deveria ser sempre uma fonte de prazer, e nunca associada a um estresse financeiro ou a pressão por alcançar coisas.” – Susan Cain, escritora

“Todas as grandes conquistas deste mundo foram feitas através da coragem.” – Terry Crews, ator

“Ignore as notí­cias, pessoas que só reclamam, pessoas nervosinhas, pessoas que entram em conflito o tempo todo. Ou seja, qualquer pessoa que fica tentando te assustar com um perigo que não está claro nem presente.” – Naval Ravikant, investidor

E muitas outras. O livro é enorme. Não conseguiria trazer todas para cá, até mesmo porque quero te incentivar a lê-lo. í‰ realmente muito inspirador e me ensinou boas lições que acabaram me ajudando a tomar decisões quando voltei para o Brasil.

Você pode comprar esse livro pela Amazon no Brasil.