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Excesso de atividades

Eu não poderia deixar de começar esta série de posts este mês, em que estamos falando sobre qualidade de vida e de trabalho, sem citar o ponto principal que permeia esse tema, que é o excesso de atividades.

Foi a sobrecarga de trabalhar em uma agência de publicidade que me levou a querer aprender sobre organização, técnicas de produtividade, minimalismo e meditação.

Em 2006, quando eu criei o blog, eu trabalhava em uma agência (tinha acabado de ser promovida, o que aumentou consideravelmente as minhas responsabilidades) e estava finalizando meu TCC no último ano da faculdade. Foi um período muito difícil, de estafa, mas o que eu comecei a fazer ali nasceu alguns anos antes, na verdade.

Em 2004, eu tive uma primeira crise relacionada ao estresse. Eu estava trabalhando e fazendo estágio. Saía de casa antes das 6h e chegava depois da meia-noite. Dormia pouco, ficava muito cansada. Aos finais de semana, tentava repôr o sono e providenciar algumas coisas para ter uma semana melhor (preparar algumas refeições, lavar roupa etc). Mas foi um período muito difícil, em que alimentação, atividade física, lazer e descanso ficaram de lado.

O resultado foi um estresse não muito legal. Comecei a ter algumas “crises” de pressão baixa (achava que era pressão baixa) e cheguei a desmaiar algumas vezes em casa e na rua. Fazendo exames, descobri que estava com uma crise de labirintite severa, e que precisaria ficar 1 mês afastada tanto do trabalho quanto da faculdade. Fiquei tão mal que, em alguns dias, eu nem conseguia levantar da cama para ir ao banheiro, em casa.

Quando voltei para o trabalho, um tempo depois, eu decidi que não queria mais passar por isso (o ritmo continuava o mesmo). Pedi demissão e comecei a procurar outro emprego. Consegui, e ele era ainda pior que o anterior. Com isso, fui pulando de emprego em emprego, até encontrar algum que me sobrecarregasse menos. Infelizmente, na área de publicidade, essa sobrecarga é comum até hoje. O que foge à regra é justamente o emprego que respeita o tempo do funcionário. Parecia impossível de encontrar.

Em 2006, comecei a trabalhar em uma agência que era menos pior nesse sentido, mas ainda assim tinha muita demanda, como todo trabalho de maneira geral. Foi lá que fui promovida e consegui terminar meu TCC. E também foi quando eu resolvi que não queria mais ficar doente. Por isso, comecei a me interessar por organização pessoal e produtividade, e comecei a estudar sobre isso mais a fundo. Criei o blog na mesma época, para compartilhar as minhas descobertas.

De lá para cá, muita coisa aconteceu. Tive muitas experiências importantes, como abraçar a simplicidade voluntária de maneira radical e viver de uma maneira extremamente minimalista. Doei 90% das minhas coisas, usava apenas jeans e camiseta preta, quis mudar de carreira (pedi demissão e fui buscar empregos mais frugais, como vendedora de livraria). Comecei a pintar. Terminei meu relacionamento. Foi uma época de muitas descobertas e, apesar de hoje achar que foi radical, me ensinou muito na época.

Quando tinha “me reencontrado”, fui colocando o que era importante no seu devido lugar. Meu marido e eu retomamos nosso namoro, resolvemos nos casar e eu quis ter um filho. Nunca tinha sido despertada pela maternidade, mas naquele momento me pareceu o certo (associo ao retorno de Saturno, rs). Mudei completamente as minhas prioridades e o meu foco. Um ano após o nascimento do nosso filho, retornei ao mercado de trabalho, certa de que não queria mais me sobrecarregar.

Não é fácil, porque o mercado não é assim. Todo mundo quer tirar o seu sangue, fazer você trabalhar MUITO para compensar o salário que te pagam. Em algum momento, fui convidada para trabalhar em uma empresa fora de São Paulo. Ir para uma empresa, em vez de trabalhar em agência, era um ponto legal, pois a quantidade de atividades é menor. Nós também gostaríamos de testar a coisa de morar em outra cidade, pois nunca tínhamos saído de São Paulo. Moramos durante três anos em Campinas (para quem não conhece, é uma cidade grande no interior do estado de São Paulo). Nesses três anos, o blog se desenvolveu e, em algum momento, eu percebi que gostaria de trabalhar ajudando outras pessoas a se organizarem, porque esse processo trouxe muita qualidade de vida para mim.

Hoje, eu vivo um estilo de vida e de trabalho que me permite escolher como vou usar o meu tempo. Sinceramente, considero isso um privilégio. Não me sobrecarrego mais. Aprendi da pior maneira, desde o início da minha vida adulta, que se a gente não colocar limites, uma hora nosso corpo coloca. E é um eterno aprendizado. Depois que fiz minha cirurgia, há dois anos, meu nível de energia mudou muito. Eu ainda estou aprendendo a lidar com ele.

Tento diariamente descobrir o que funciona melhor para mim. Trabalhar dois dias inteiros e folgar no terceiro? Trabalhar menos horas por dia, todos os dias? Trabalhar de noite em vez de trabalhar de manhã? São testes que gosto de fazer, e que fazem parte do meu trabalho, para poder ajudar outras pessoas que passam por situações semelhantes.

É muito comum, quando alguém chega aqui no blog, achar que eu faço muita coisa. Ter muitos papéis e muita coisa em andamento não significa que eu estou sobrecarregada. Pode simplesmente significar que sei equilibrar as atividades e me organizar (mas ninguém nunca pensa nisso, rs). Se eu me sentir sobrecarregada, serei a primeira a perceber. E, quando isso acontece, eu rapidamente sei identificar o que é prioridade e deve ficar e o que pode ser deixado em stand-by, para um outro momento, ou mesmo delegado. Esse parágrafo resume o processo de organização que eu acredito.

Sobrecarga, já aprendi com o David (Allen, autor do método GTD), é sinônimo de falta de clareza. O que chamamos de sobrecarga muitas vezes se revolve com uma revisão dos nossos papéis e responsabilidades. Quando faço esse tipo de revisão (geralmente todo mês), isso me ajuda a enxergar que existem diversas atividades que simplesmente não consigo mais manter na minha vida, e que preciso delegar ou descartar. Assim como existem atividades que só eu posso fazer. A vida é esse reequilíbrio constante entre essas atividades. Não dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Justamente pelo fato de o nosso tempo ser limitado, a gente precisa priorizar, e isso significa dizer muito não para muita gente, inclusive para a gente.

E as prioridades simplesmente mudam também. O que era meu foco ontem pode não ser hoje, porque repensei, porque outras coisas aconteceram, porque mudei de ideia. E tá tudo bem. Não é porque eu decidi que queria fazer algo que preciso dar murro em ponta de faca se entender que o caminho não está funcionando. Eu preciso redimensionar, repensar. O que não rola é deixar a vida correr no piloto automático, sem direcionar para o que eu quero. Mesmo que leve tempo (e muitas mudanças levam tempo), eu preciso começar de algum ponto.

Quando eu criei o blog, em 2006, e trabalhava em uma agência de publicidade, eu jamais imaginei que seria possível viver da maneira como eu vivo hoje. Foi uma construção, e ainda estou em construção! O que eu busco com o blog é compartilhar esse processo com vocês.

Essa foi uma primeira introdução que eu gostaria de fazer sobre esse tema do excesso de atividades. Existem outros posts mais anigos aqui no blog sobre o tema, e eu recomendo que você os revisite, se quiser. Dá para acompanhar a evolução do meu pensamento e de experiências também, e pode ser que você se identifique em alguns momentos. O que eu publico, o faço apenas no intuito de ajudar de alguma maneira. Não é normal, apesar de ser comum, se sentir sobrecarregado/a, e eu quero ajudar você a mudar esse cenário, dentro do seu tempo, das suas possibilidades atuais, mas sempre construindo um estilo de vida que pode (e provavelmente vai) levar tempo. Lembrando que a construção é a vida por si só, e não apenas o resultado final.

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38 comentários em “Excesso de atividades”

  1. Oi Thais,
    Que texto incrível! Adorei ler sobre o seu processo de lá para cá. É maravilhoso poder saber que é possível sim levar uma vida tranquila e equilibrada com o trabalho e todas as outras coisas. Atualmente sou uma estudante de PhD em tempo integral (moro fora do Brasil) e é muito comum ver todos os outros estudantes ao meu redor reclamando da sobrecarga do PhD e as pressões, etc. Eu acredito que tem como viver uma vida tranquila mesmo estando na minha situação. E seu blog, e seu exemplo de vida é muito importante para mim, todos os dias. Para me ajudar a tanto acreditar que é possível quanto aprender como aplicar na minha vida. Você é uma inspiração para mim. Obrigada. Aliás tem dado certo. Tenho vivido uma vida bem tranquila, e sem perder nenhum prazo e sem me sobrecarregar. E avançando sempre na minha pesquisa.

  2. Eu amei essa introdução ao tema contando sua trajetória porque estou passando por um período difícil e me sinto estagnada. Seus posts tem sido motivador tanto para melhorar o trabalho, quanto para vida pessoal.

  3. Thais, percebo que, no Brasil, é quase uma ofensa você querer construir uma vida melhor. Fica todo mundo o tempo todo querendo arrumar algum defeito, alguma crítica e dizer que “ah, mas vc é privilegiada pq a vida de fulano é diferente e blablabla”. Percebo uma imensa dificuldade das pessoas em reter o que é bom; se discordam de algo, parece que invalida o discurso inteiro… há uma geração inteira de jovens e adultos que não conseguem raciocinar e ter discurso crítico sem acabar com a reputação do mensageiro… parece sempre mais fácil jogar a culpa nos outros ao invés de assumir as rédeas da própria vida… Eu sei que tenho uma penca de privilégios e que consigo fazer coisas que pessoas em outras condições não conseguem. Mas tb sei q outras pessoas, com iguais privilégios, poderiam trilhar outro caminho mas não o fazem por medo ou por achar que a vida é “assim mesmo”, que é normal viver estressado o ano inteiro… o GTD me deu muita clareza de quais são os meus objetivos e consigo recalcular rota exatamente como vc falou. Um exemplo é que hoje não consigo me dedicar à organização como eu gostaria pois preciso ter um salário fixo, que vem de um escritório de advocacia onde consigo trabalhar home-office. Rola uma mini frustração por deixar planos de lado? Sim. Mas hoje meu foco está em garantir uma casa legal para minha família e, para isso, preciso de uma certa estabilidade financeira. Estou me reorganizando para voltar em breve, pois, a longo prazo, faz parte do meu projeto de vida ter o meu próprio negócio. E saber que outras pessoas conseguem realizar seus sonhos traz motivação. Obrigada por esse texto!

    1. Nossa, é exatamente assim que eu me sinto, Dalva. Por isso minha abordagem crítica com o lance ao coaching. Eu acho que as pessoas têm criticado o coaching justamente por ter esse foco. Sei que tem o lance do charlatanismo (que deve SIM ser criticado e denunciado), mas o lance é um pouco maior, e me incomoda. Obrigada por postar. <3

  4. Excesso de atividades me define hoje em dia. Faço duas faculdades e trabalho em horário administrativo, fui promovida essa semana e sei que minhas atribuições irão mudar. Já tive crises de ansiedade e desenvolvi bruxismo por causa disso “péssimo sono”. Amo o que faço mas sei que preciso me organizar. Por isso vim parar no seu blog e estou achando fantástico.. obrigada pelas dicas e por dividir suas experiências.

    1. Obrigada, Juliana. Esse lance do bruxismo é impressionante mesmo – você sabia que já ouvi de outras pessoas isso acontecendo também? Você já chegou a procurar um médico para ver a respeito? Ele associou ao estresse? Se cuida. <3

      Espero que o blog ajude. A organização e a meditação foram atividades práticas que me ajudaram muito nesse passar dos anos.

      1. Sim Thais, meu médico associou o bruxismo ao estresse e ansiedade. Fiz tratamento com fluoxetina por um período (seis meses) e terapia. Hoje estou melhor, mas tenho buscado formas mais objetivas para melhorar minha qualidade de vida e seus textos estão me inspirando muito.. obrigada por responder meu comentário.. sucesso sempre.

    2. Juliana
      Poderia me falar quais faculdades vc faz e se são a distância?
      Estou querendo entrar nessa empreitada de fazer duas também e ao mesmo tempo e eu tb trabalho em horário administrativo, mas ainda não sei como organizar tudo isso.
      Se puder me falar como está fazendo agradeço.

      1. Oi Luciane, faço Engenharia Mecatrônica presencial e Administração EAD.. por trabalhar na área de análise e melhorias de processos em uma empresa Metalúrgica as áreas se completam.. indico isso a você, que busque áreas que se complementam.

  5. Thais adoro seu blog e o conheci na época em que era um blog sobre maternidade. Lembro de vc me salvar falando de como organizou o enxoval, das suas listas de compras, a encantadora de bebês e tudo o mais. Tenho um grande carinho por vc e sua família.
    Queria te pedir encarecidamente se existe possibilidade de um curso de GTD no formato digital igual os cursos do vida organizada. Moro no interior e presencialmente não consigo fazer. Tenho MT vontade de aprender o método pq no momento tô assim igual vc falou no seu texto: mega sobrecarregada!

    Um abraço

    1. Oi Aretha, tudo bem?

      Os cursos de GTD não são de minha autoria – eu apenas recebo autorização para ministrá-los. Por isso, não tenho autonomia para mexer no formato, que tem um padrão mundial. Precisam ser necessariamente presenciais, pelo menos os cursos principais. Existem alguns workshops que podem ser feitos online, e até tenho feito alguns e faremos mais, quando a Oficina for inaugurada, mas os cursos principais precisam ser presenciais mesmo. Se eu pudesse fazer online, já teria feito. 🙂

      Mas, de modo geral, observo que, muitas vezes, vale mais a pena pegar um ou dois dias e fazer o curso de uma vez que deixá-lo para fazer aos poucos, mesmo se fosse o caso. Se você puder algum dia, seria muito legal e será muito bem-vinda. 🙂

      Bjo

  6. Olá Thais!
    Ontem fui cortar cabelo com uma amiga que ainda é aprendiz. Ela me contou um pouco da sua história e tem muito a ver com sua postagem. Ela é uma artista excelente. Trabalha com fotografia, já fez modelagem de roupas e agora tenta essa outra área que é o corte de cabelos. Parece estar saindo de uma depressão. A causa: seu tempo. Ela faz tudo muito lentamente. Repara no comportamento de cada mecha do cabelo para poder dar o corte adequado. Ajustava as roupas a cada corpo, dando grande atenção às características específicas. O resultado é que o tempo exigido pelo mercado de trabalho é completamente incompatível com o tempo dela para fazer as coisas.

    Assim, nós hoje, exigimos tudo, personalização e rapidez, agilidade. Não nos damos conta que são incompatíveis.

    Parece-me que há um infantilismo em exigir conteúdos absolutamente adequados à nossa realidade: nos evadimos de pensar em nós mesmos, em nossas práticas e relações. A maturidade, ao contrário, é ter responsabilidade por sua própria vida, por seus atos.

    Não excluo disso as terríveis e condenáveis desigualdades características da nossa sociedade. Devemos ser cientes delas e na nossa posição em relação a esse estado de coisas. A tentativa de mudar isso cabe aos indivíduos e à coletividade.

    Parece que o nosso momento histórico propicia e reforça esse infantilismo. As pessoas estão a procura de qualquer um que “resolva seus problemas”. Nunca foi e nunca será assim que resolveremos nossos problemas individuais e sociais.

    Notei que recentemente essa exigência da produção de conteúdos adequados às diversas realidades recaiu sobre você. Acho, entretanto, que há um subtexto (provavelmente inconsciente) na crítica: não querer reconhecer a própria realidade e a si mesmo como ser limitado (como somos todos – não há crítica nisso) e exigir do outro o que não estamos sendo capazes de fazer por conta própria. Isso passa, inclusive, por identificar o problema, estágio fundamental para a tentativa de resolução.
    O próprio GTD e a sua perspectiva de organização no Vida Organizada acabam exigido que as pessoas se reconheçam em suas próprias condições sociais e subjetivas, identifiquem seus contextos de vida, problemas e desejos para poder agir em conformidade. Isso demanda um amadurecimento que nem todos têm ou desejam ter.

    Espero com essa mensagem poder te acalmar um pouco em relação a essa situação. A treta não é com você! Essa é uma treta transferida para você mas que, me parece, é interna às pessoas que exigiram essa “adequação” de você.

    Grande abraço!

    1. Que presente esse comentário. Me acalmou sim. <3 Não tenho como agradecer o cuidado que você teve ao escrever essa mensagem para mim. Tenho o mesmo ponto de vista que você, mas confesso que não tenho a mesma clareza para elaborar. Obrigada.

  7. Hoje trabalho CLT em horário comercial, faço faculdade, inglês e trabalho também como voluntária na consultoria da faculdade.
    Estou sobrecarregada e o pior é que ai que não tenho ânimo de fazer nada, quanto mais coisas chegam mais eu procrastino, parece que a demanda não vai nunca acabar.

  8. Tais, depois de lutar muito com meu corpo para emagrecer, estou pensando firmemente em fazer bariatrica. Você poderia fazer uns posts sobre isso?

  9. Esse parágrafo resumidor precisa ser mesmo lido e relido como lembrete (e luz) nos nossos momentos de sobrecarga!
    Parabéns por essa construção, Thais! Obrigada por nos ensinar tudo isso!!

  10. Oi, Thais!
    Com essa foto, o tema do post deveria ter sido excesso de fofura!
    Respeito muito sua trajetória. Admiro sua transparência e generosidade em partilhar seus bastidores conosco.
    E um adendo off-topic: queria dizer que vi uma entrevista recente do David Allen ao canal do YouTube “London Real” e estou impressionada com o que ele conta sobre seu passado e suas influências no campo intelectual. Agora enxergo a proposta do GTD de forma muito mais completa.
    Abraço,
    L.

  11. Adorei esse texto! Foi muito esclarecedor e foi ótimo rever a sua jornada e ter a esperança de chegar-lá, um dia, como você chegou! Obrigada!!!!!

  12. Eu vivo em um ambiente de trabalho (meio acadêmico) que existe uma concorrência de quem está mais sobrecarregado! Nossa eu trabalhei o final de semana todo! E eu que não durmo direito há semanas? E se falar que assistiu uma série, dormiu, fez nada… É muito julgado e a partir daí irão medir seu currículo… Ah mas por isso q não tem tantos artigos, resumos em eventos etc. Isso me incomoda muito, eu não quero entrar nessa loucura, não quero adoecer… Me sinto nadando contra a maré, porém em certos momentos me sobrecarrego, quase me afogo… E de repente retomo o controle da minha vida. E é disso que mais tenho medo: perder o controle do que eu quero fazer, do que eu gosto e quero gastar meu tempo e energia! Teu blog me ajuda mto Thais! Tens algum livro que fale no sentido deste texto de hj?

    1. Oi Ariane, tudo bem?

      Olha, eu penso que existem duas questões a serem consideradas com relação ao que você colocou.

      Primeiro, é como VOCÊ se sente com relação à sua própria produção acadêmica. Se acha que está produzindo pouco ou muito.

      Segundo, a questão de como as outras pessoas reagem à sua produção. Isso não dá para controlar e é um problema unicamente delas. Caso isso te afete, é legal você se perguntar por que te afeta. Talvez existam questões bacanas para reflexão.

      Tenta achar o que seria uma produção mínima viável para você, tipo, 2 artigos por ano, 2 eventos por ano, algo nessa linha. E atenha-se às suas decisões. Isso pode te empoderar caso alguém venha te encher o saco. rs

      Sobre livros, o tema é super abrangente. Não tenho um específico sobre sobrecarga. Posso recomendar meu terceiro, “Trabalho Organizado”, caso tenha interesse.

      Obrigada por comentar!

  13. Oi Thais,
    Que texto incrível! Adorei ler sobre o seu processo de lá para cá. É maravilhoso poder saber que é possível sim levar uma vida tranquila e equilibrada com o trabalho e todas as outras coisas. Atualmente sou uma estudante de PhD em tempo integral (moro fora do Brasil) e é muito comum ver todos os outros estudantes ao meu redor reclamando da sobrecarga do PhD e as pressões, etc. Eu acredito que tem como viver uma vida tranquila mesmo estando na minha situação. E seu blog, e seu exemplo de vida é muito importante para mim, todos os dias. Para me ajudar a tanto acreditar que é possível quanto aprender como aplicar na minha vida. Você é uma inspiração para mim. Obrigada. Aliás tem dado certo. Tenho vivido uma vida bem tranquila, e sem perder nenhum prazo e sem me sobrecarregar. E avançando sempre na minha pesquisa.

  14. Thais, vejo que o tempo e o silêncio andam sempre de mãos dadas quando pensamos em trabalho, sobrecarga e estresse. Parabéns pelo blog e pela sua missão! Precisamos escutar mais sobre isso nesse momento que temos o capitalismo na sua pior fase. Paz e bem, João.

  15. Texto gostoso de ler ! Conheço seu blog a alguns anos ,porem andei meio afastada, não lia nada e nem via vídeos. Voltei !!!
    Ando sobrecarregada , quero me encontrar dentro das minhas possibilidades,confesso tá dificil Ainda não sei o caminho .Associo tudo isso a falta de planejamento.

  16. Adorei o artigo, me identifiquei bastante, minha vida era assim também, ainda estou aprendendo a me organizar melhor, mas graças a pessoas como você, já aprendi bastante e tenho uma nova visão de mundo agora, hoje não fico mais afogada em tantas tarefas, tendo que abrir mão de mim mesma pra tentar faze-los, seu trabalho tem sido uma grande inspiração pra mim, muito obrigada por compartilhar seu conhecimento e sua trajetória, um grande abraço <3

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