Mestrado: mantendo o foco no final e perspectivas para os próximos anos

Toda vez que tenho uma boa reunião com o meu orientador, releio e processo minhas anotações, fico com vontade de escrever sobre isso aqui, até para organizar melhor as minhas ideias.

Para quem não sabe, estou no terceiro semestre do meu mestrado em Comunicação, aqui em São Paulo, pela Faculdade Cásper Líbero. Meu professor orientador é o Prof. Luis Mauro Sá Martino, de quem me tornei ainda mais fã após esse tempo e proximidade devido à pesquisa e ao curso.

Estou estudando uma linha da Comunicação conhecida como Midiatização, que é a maneira como os meios digitais estão tão inseridos na vida em sociedade, que a gente nem percebe mais o quão eles estão mudando tudo. Então a gente estuda essas mudanças (estou super resumindo, com o risco de parecer superficial). No meu caso, quis estudar aplicativos de produtividade – ou melhor, aplicativos de comunicação com foco em produtividade.

Iniciei o mestrado no início do ano passado e, de lá para cá, apesar de ajustes, o tema se manteve. Eu estudei durante um ano antes de me decidir pelo tema do pré-projeto. Por isso, quando entrei, já estava bastante avançada em tudo – o que foi ótimo porque passei por um turbilhão de emoções no ano passado, com a morte da minha avó. Ter a pesquisa adiantada me ajudou a manter o mestrado.

Se tudo continuar caminhando como está, até outubro me tornei mestre. 🕯 Estou finalizando a pesquisa de campo, já fazendo análise de dados, para submeter a dissertação em julho, qualificar em agosto e depositar até outubro. Eu tenho então alguns focos bem específicos neste semestre:

  1. concluir todos os créditos necessários – falta 1 disciplina (em andamento) e 1 apresentação em seminário (que será em maio) / isso significa não apenas frequentar as aulas e o evento, mas desenvolver os artigos e apresentações necessários;
  2. finalizar a minha pesquisa de campo e a análise de dados antes de o meu orientador entrar de férias, de modo que eu consiga chegar ao meio do ano pronta para apenas sentar e escrever (sinceramente, é a parte mais tranquila para mim);
  3. eu preciso entregar a introdução e + 2 capítulos inteiros prontos antes das férias, e eles dependem da pesquisa de campo.

Logo, o foco está claro. Em julho, vou me dedicar à escrita da dissertação. No segundo semestre, é “só curtir”. Pretendo ainda fazer o acompanhamento pedagógico que não consegui neste semestre (passei no processo, mas joguei a toalha – não deu para conciliar com o meu trabalho) e, talvez, participar como ouvinte de alguma disciplina interessante. Fora as outras atividades do meio, como os encontros dos grupos de pesquisa e outro seminário em outubro.

Não pretendo ingressar no doutorado na sequência, apesar de saber que planos podem ser antecipados. O que eu pretendo fazer depois do mestrado é:

  1. Curtir! Curtir muito essa conquista. Foi foda.
  2. Iniciar pesquisa bibliográfica para entender o que eu quero pesquisar no doutorado (estimativa: de 1 a 2 anos fazendo isso).
  3. Iniciar estudo de uma segunda língua estrangeira para o processo seletivo (espanhol, francês ou italiano, dependendo da instituição).
  4. Pesquisar as diversas linhas de pesquisa das instituições para entender qual seria mais viável para mim, quando eu decidir ingressar.
  5. Quando eu decidir, iniciar estudo da bibliografia para focar na prova do processo seletivo.
  6. Ingressar como aluna especial em alguma disciplina – provavelmente em 2020.
  7. Publicar pelo menos 2 artigos por ano.
  8. Continuar participando dos meus 2 grupos de pesquisa.
  9. Continuar acompanhando os eventos da área que sejam fáceis de acompanhar (quero dizer que vou dar preferência para SP e evitar eventos em lugares muito longe).
  10. Até o final de 2021, ter pelo menos um pré-projeto definido, com clareza PARA MIM, de modo que me sinta segura para tentar qualquer processo seletivo que eu queira.

Profissionalmente falando, na área acadêmica, também tenho planos.

Ainda neste semestre, vou produzir e ministrar 2 disciplinas para um curso de MBA em formato EAD, para as quais fui gentilmente convidada e, depois de refletir sobre a importância desse passo para mim e outras definições, aceitei. Quando eu puder compartilhar mais informações, compartilharei aqui no blog. 😉

No semestre que vem, vou tentar a oportunidade do estágio docência, se der tempo (prazo dentro do mestrado mesmo), ou trabalhar como professora convidada com o meu professor. Ele ainda sugeriu que talvez eu pudesse elaborar um curso livre para a faculdade. De todo modo, quero estar na sala da graduação no segundo semestre, para ver como eu me sinto. Será que quero ir para a graduação? Ou pós? Ou cursos livres? Ou EAD? Ou produzir material? Tantas possibilidades… tem que ir testando uma a uma.

Eu estou estruturando as atividades da Oficina este ano e, quando ela estiver mais consolidada, até o ano que vem, eu espero ter uma agenda de trabalho um pouco mais definida para talvez abrigar uma disciplina formalmente em alguma instituição. Ficarei confortável em aceitar disciplinas ocasionais, como essas do MBA que citei, ou outras.

Meu professor disse que, com a minha bagagem profissional e minha dedicação aos estudos, ele acredita que em 5 ou 10 anos (dependendo da entrada no doutorado) eu já esteja ensinando em cursos de stricto sensu. Acho uma perspectiva legal, pois terei entre 42 e 47 anos (o Paul, meu filho, terá entre 14 e 19 – eu penso na possibilidade de fazer um pós-doc fora caso ele também queira estudar em outro país na faculdade – se ainda houver faculdade!!!).

Eu me sinto muito satisfeita por essa conciliação que tenho feito entre trabalho e vida acadêmica. Não é nada fácil, mas buscando a coerência e tendo propósito a gente consegue fazer boas escolhas. Tudo isso é organização da vida, pura e simples.

Sigo apaixonada pelo mestrado. <3