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Eu aprendi sobre: ficar offline

Talvez você tenha percebido que tenho estado mais quietinha nos últimos dias. Como tudo é aprendizado, vim compartilhar aqui no blog o que está acontecendo e o propósito da coisa toda.

Tem muita coisa legal acontecendo offline na minha vida. Não estou, com essa frase, querendo ser pedante. Ela é simplesmente sincera.

Ontem, aqui em São Paulo, nós realizamos a primeira versão do nosso workshop de Planejamento de Vida. Trata-se de um “coaching em formato de curso”, que era um sonho que comecei a desenhar há uns dois anos. Realizar esse curso foi definitivamente a realização desse sonho, porque tem muita coisa envolvida. Eu, como criadora, escritora e professora, venho desenvolvendo material há anos. Todo esse material, esse conteúdo, vem sendo refinado ao longo dos anos, se caracterizando como propriedade intelectual. Eu estudo MUITO, pesquiso muito, para refinar o que ensinamos. Mais do que criar coisas novas, eu quero melhorar as coisas que já existem (que são bastante).

Ter feito o curso do GTD™ Nível 3 ano passado encerrou um ciclo importante para mim como autora, pois eu vi até onde iriam os cursos do GTD™ em termos de conteúdo. Isso me deu a tranquilidade para elaborar esse curso de planejamento de vida, pois sou muito preocupada e respeito demais a propriedade intelectual de cada autor (especialmente do David Allen). Eu desenvolvi um curso inteiro apenas com base no meu conhecimento, na minha experiência, nessa construção que é essencialmente o Vida Organizada. E acredito que os cursos se complementem.

Uma aluna comentou ontem que o curso “é o Vida Organizada em formato de curso”. Foi um dos melhores elogios que eu já recebi sobre o nosso trabalho. Eu realmente senti uma satisfação enorme com a realização dele, com a concretização desse sonho, e com esse refinamento cada vez maior do que estamos criando por aqui.

Durante o curso, eu nem lembrei de pegar o meu celular para gravar stories. Para divulgar o curso. E não me entendam mal: não estou julgando quem o faça. Eu só estava curtindo muito o momento. Não quis ficar expondo ou compartilhando nada a não ser com as pessoas que estavam ali presentes comigo.

Depois do curso, pude passear com a minha família, fazer comida em casa, assistir uma série com o meu marido. Tivemos conversas ótimas sobre a produção no trabalho e tudo o que estamos construindo. Acredito de verdade que eu esteja em um bom momento, com muitas ideias e muita certeza de todas as coisas.

Eu acho sim que quem trabalha com conteúdo precisa produzir diariamente para todos os canais. Mas eu também respeito o meu momento, que é de incubar algumas criações – especialmente em formato de texto. Para escrever, gosto de fazer isso com tranquilidade, revisar e me identificar com o material. Eu já tinha agendado todos os posts até o final do mês, mas resolvi não publicar porque, de alguma maneira, eu não sou mais a mesma pessoa que os escreveu. Eu amadureci demais nesse último mês porque passamos por bastante coisa. Organizar um evento em outro país, por exemplo, nos ensinou muito (e ainda estamos aprendendo). Temos estrutura para isso? Queremos ter estrutura para isso? Como deve ser o nosso mix de produtos? São todas questões que permearam a minha cabeça este mês e me desafiou a estudar, a pesquisar ainda mais, a conversar, a desenvolver eu mesma e as pessoas que trabalham comigo.

Estamos treinando uma pessoa nova que acabou de entrar na equipe. Tá sendo super legal e desafiador para a gente ao mesmo tempo. Estamos consolidando um novo processo de gravação, edição e publicação de vídeos, tanto para o YouTube quanto para as aulas. Estamos migrando de plataforma EAD (um trabalho verdadeiramente colossal, você não tem ideia). Nosso escritório já está pequeno para nós, e estamos pesquisando se vale a pena alugar uma segunda sala ou uma sala maior. Temos recebido cada vez mais demandas por cursos e eventos presenciais em empresas, e questionando se vale mais a pena fazer isso ou ter alcance maior com nosso trabalho pela Internet. Como eu falei, é um período de muito trabalho de backstage que, na maioria das vezes, não é mostrado por aqui ou em qualquer rede social, não porque não achamos que não deve ser mostrado, mas porque estamos nos curtindo nesse momento offline.

Eu estou há alguns dias sem olhar stories, sem olhar YouTube, Facebook, e sentindo uma paz interior imensa. Eu gosto de fazer isso porque me distancio da loucura, da pressa, do volume de coisas que todo mundo posta.

Ficar offline não significa excluir a Internet da vida, mas ressignificá-la. Existem momentos e momentos, e se tem uma coisa que aprendi e faço questão de ensinar com o meu trabalho, é que ritmos devem ser respeitados.

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22 comentários em “Eu aprendi sobre: ficar offline”

  1. Obrigada por compartilhar esse aprendizado. Acho muito positivo ter momentos offline de tempos em tempos, seja pra curtir o que tá rolando na vida, ganhar perspectiva sobre o que estamos fazendo, ou qualquer que seja a motivação.

  2. Thais, bom dia! Parabéns por todo essa construção e nós, como leitores, sentimos esse amadurecimento, ainda que sentindo falta de seus posts! Gostaria imensamente de ter feito o curso do dia 23, porém haverá outras oportunidades, tenho certeza. Parabéns!

  3. Senti muita falta dos seus textos na semana passada, mas entendo e concordo com seu momento. Não tenho Instagram nem Facebook (as vezes tenho vontade de fazer só por causa do Vida Organizada) e pra mim é um paz imensa.

  4. Dar um tempo, às vezes, é necessário para não entrar no piloto automático da produção de conteúdos desalinhados ao que, de fato, gostaríamos de comunicar. Na vida acadêmica é a mesma coisa. Mas, fico feliz que tenha voltado! Abraço!

  5. Perfeito Thais. Venho praticando essa desconexão de vez em quando e é libertador. Elencar o seu bem estar como prioridade é essencial. Esse sentimento de urgência das redes sociais migrar nossas forças e tiram nosso foco quando estamos envolvidos em adquirir novos hábitos e redirecionar a vida. Gratidão por tudo.

  6. Tenho acompanhado muitos conteúdos sobre esse exercício de ficar offline. Quero nesses dias de Carnaval experimentar ficar offline. Obrigada, Thaís! Abraços;

  7. Thais, muito legal você compartilhar sua experiência “off-line” conosco. Concordo plenamente, interajo bem pouco on-line, pois valorizo a vida de verdade, vivida ao vivo. No seu caso, cheguei a imaginar que algo de mais grave pudesse ter acontecido, mas, se foi intencional, que bom!

  8. Post ótimo como sempre!
    Eu tenho diminuído o tempo que fico online e tenho tentado deixar o celular em outro cômodo da casa. Se estou na sala para ver filme eu tento deixar no quarto por exemplo.
    As vezes me pegava olhando por olhar, mesmo sem receber alguma notificação (desativei várias.

    Beijos

  9. “Ficar offline não significa excluir a Internet da vida, mas ressignificá-la.” AMEI! Já vou adotar essa frase pra vida. Muitas vezes fico off e as pessoas acham que estou sendo “reclusa” ou me fechando para as relações interpessoais, mas vejo pelo lado contrário, ao ficar off eu priorizo as relações e os momentos reais. Um amigo me disse que ficou preocupado por eu ter dado uma sumida das redes sociais, e chegou a perguntar se eu vinha tendo episódios depressivos. Absolutamente! Me sinto, na verdade, mais leve e feliz. Amei o texto, como sempre.

  10. Ótima reflexão como sempre, Thais!
    Sinto que, muitas vezes, se não estou online, vendo notícias, me inteirando sobre tudo, fico deslocada da realidade. Mas talvez o mais importante seja perceber que podemos encontrar essas conexão no nosso momento presente!
    Obrigada por ser trazer plavras e ideias inspiradoras 🖤

  11. Amei o seu texto, gosto do seu blog por ser bem coerente, pena não ter conseguido ir ao curso, devido meu trabalho; mas realmente a vida é muito mais o que acontece fora das redes sociais. Curto seu trabalho porque me acrescenta aprendizado como pessoa, e isso tem um grande significado. Na vida não podemos viver no efeito “manada”, todos fazem vou fazer também; Deus fez cada um de nós único, porque fazer tudo que todos fazem independente de ser bom para mim?!!
    É necessário pensar; parabéns pelo seu trabalho e obrigada por compartilhar tanto aprendizado por aqui.

  12. Nossa, que texto, que reflexão!!! Li quase sem respirar!!!!
    Na verdade, de verdade, não sei se é realmente necessário uma frequência tão alta de postagens e material. Digo isso como consumidora do seu blog e de alguns outros, incluindo canais do Youtube, e eu percebo que quando entro na pilha de consumir tudo no ritmo em que as postagens ocorrem, além de não conseguir absorver, aplicar e aprender de verdade o que é transmitido, ainda me causa um pouco de ansiedade, exatamente por “não estar fazendo tudo acontecer “.
    Também acho muito bacana sua consciência de postar o que te traz certeza da qualidade e da coerência, e pra nós que te acompanhamos, não acho perda de forma alguma, considero um ganho e uma lição constante para nossa vida, trabalho e dia à dia!!!!

  13. Thais, que texto lindo de se ler. Assino embaixo, somente não a parte de postar todos os dias (são visões diferentes, e não é o que interessa). Quando olhamos para o que está acontecendo na nossa vida, e sentimos essa satisfação incrível que você fala (ou às vezes “as tempestades em copo d’água”) não é a ansiedade de logo postar e compartilhar que deveria nos mover. É o aprendizado da coisa. isso que você está fazendo. Depois. Organizadinho. rs… como gostaria de ver as pessoas organizando mais a vida delas dessa forma leve. Isso é organização.

  14. Olá…tem muito tempo que te sigo,estou nesse momento,mas para minha situação q estou com síndrome de ansiedade q é uma coisa demais, resolvi me afastar total,de Facebook e Instagram (no Instagram eu tinha um canal de receitas e mesa posta),muita gente me pedindo para voltar,mas creio que ainda não é o momento,eu estava sendo sugado demais… estou sem rede há 4 meses,e nesse tempo,estou me encontrando ,minha mente,para quando eu voltar eu saber o que devo ou não Expor e oq ué me faz bem ou não….❤️ bjsinhos sempre fico ligadinha em vc.

  15. Oi Thais,
    Em 2017 promovi este detox de redes sociais e grupos de whatsapp e foi libertador! Cheguei a ser questionada se estava com problemas pessoais. Isto me fez pensar a que ponto nossa sociedade chegou: se você não está postando o tempo todo, você deve ter algum problema… rs rs.
    Os resultados foram praticamente imediatos: mais horas de foco, mais lazer em família, mais livros lidos e encontros ao vivo com amigos. Sigo nesta missão e me observando o tempo todo para não cair de novo nesta “armadilha”..

    Bjs e sucesso

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