Como eu me sinto construindo o escritório do Vida Organizada

O post de hoje não terá nenhuma dica de organização. Ou talvez sim. Eu só gostaria de compartilhar com vocês este maravilhoso momento.

Em abril, quando eu aluguei a sala comercial para fazer o escritório do Vida Organizada, eu tinha em mente que precisava de um lugar para gravar as aulas, os vídeos, trabalhar, ter outras pessoas trabalhando comigo. Naquele exato momento, meu mundo literalmente começou a desabar com a internação da minha avó e, com os meses passando, eu fui muito aos poucos retornando ao meu estado normal de “empreendedora” e pessoa que quer construir as coisas, mais do que ganhar dinheiro ou trabalhar obstinadamente (não que isso seja ruim, veja bem).

Minha avó morreu no final de maio. No início daquele mesmo mês, a Silvia começou a trabalhar comigo. Não tenho palavras para agradecer a ela e ao universo por essa feliz coincidência. Eu conheço a Silvia há anos. E há anos vínhamos conversando sobre essa possibilidade de trabalho, que finalmente se efetivou em maio. E, quando a minha avó morreu, e eu não tive condições de fazer absolutamente nada, ela estava ali, tomando conta de tudo. Eu não tenho palavras para agradecer tudo o que ela representa na minha vida hoje, e desde então.

Nosso escritório demorou para tomar forma. Postei aqui no blog buscando parcerias, e recebi muitos contatos carinhosos (obrigada!), que até o momento não consegui analisar por completo. Eu ainda não me retomei 100%, gente, e essa é a verdade. Eu precisei voltar devagar para conseguir voltar. Se quisesse voltar em um ritmo intenso, poderia não conseguir aguentar.

Uma das pessoas que me contatou, e insistiu, foi a Camilla, que tem um escritório de design de interiores. Ela mora em Niterói e, junto com a sua sócia, fez o projeto do escritório. Sempre muito atenciosa e preocupada, querendo o melhor para nós. Mesmo sendo um processo tão devagarzinho por aqui, ela sempre foi muito compreensiva e atenta. Até gravamos um vídeo juntas, no Rio, que ainda não foi ao ar pelo problema que tive com o meu computador. Mas ele está guardadinho aqui, e em breve entrará. Também não tenho palavras para agradecer. O escritório está ficando lindo através desse projeto delas.

O Eduardo, leitor do blog, aluno dos cursos de GTD e amigo de Internet :), que tem uma empresa super competente de instalação de ar condicionado, e que se ofereceu para realizar esse serviço sem cobrar nada, na amizade e na parceria mesmo. Muito obrigada.

Hoje chegaram os móveis maiores aqui no escritório. E eu quis escrever este post, passando na frente de outros que estavam agendados, justamente para compartilhar com vocês como eu me sinto no momento.

Tive um dia péssimo. Ruim mesmo. Acordei com enxaqueca e só consegui levantar da cama depois do almoço, quando melhorei minimamente. Tive que faltar no mestrado. Não tinha condições. De tarde, vi várias coisas erradas na obra lá em casa, e fiquei chateada. Arrumei algumas coisas, vim para o escritório começar a arrumar os livros e outras coisas nos móveis que chegaram, e o sentimento que tenho no momento compensa qualquer coisa que tenha acontecido.

Sentei na minha mesa, olhei para a frente, e vi o escritório tomando forma. As mesas da Silvia, a estante com os livros, a copa, a geladeira, as cadeiras, tudo. E isso me deixou tão feliz e emocionada. Orgulhosa de, mesmo o país estando passando por tudo o que está passando, e mesmo por EU ter passado por tudo o que passei e ainda estou passando, esse escritório está acontecendo, sabe gente? A empresa se mantém, e continua crescendo. Tenho ideias diariamente, me motivo para concretizá-las, e trabalho por isso. Tenho ao meu lado pessoas que acreditam nesse mesmo propósito do Vida Organizada. Estou muito grata nesse momento.

Inspirar as pessoas a se organizarem para que tenham mais qualidade de vida. É o que me move. É o que nos move.

Ainda tem bastante coisa a ser feita. Ainda terá “tour” do escritório, da estante… claro! Tudo a seu tempo. Mas essa sensação de ver as coisas acontecendo, mesmo em períodos tão turbulentos, me deixa imensamente feliz. E se, hoje, a gente puder aproveitar essa felicidade, não é o que importa?