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Cognição distribuída

Este é um assunto que eu não domino então, portanto, este post trará apenas um pouco do meu aprendizado sobre esse assunto, que é uma especialidade da psicologia.

Algumas definições formais

A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas. Pode-se definir cognição como a capacidade para armazenar, transformar e aplicar o conhecimento, sendo um amplo leque de processos mentais. (Wikipedia)

Cognição é uma função psicológica atuante na aquisição do conhecimento e se dá através de alguns processos, como a percepção, a atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. (Wikipedia)

De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos, bem como as informações que são disponibilizadas pelo armazenamento da memória, isto é, a cognição processa as informações sensoriais que vem dos estímulos do ambiente que estamos e também processsa o conteúdo que retemos em relação às nossas experiências vividas. (Wikipedia)

Cognição distribuída tem como principal objecto de estudo a compreensão da organização do sistemas cognitivos (Hutchins, 2000). Em primeira instância, numa tentativa de enquadramento na área de investigação, pode-se afirmar que é do domínio da Psicologia. No entanto, para a correcta percepção do conceito associado é relevante que se tenha em consideração que a cognição distribuída busca fundamentação à área da sociologia e da ciência cognitiva. A cognição distribuída olha para uma ampla classe de eventos cognitivos e não espera que todos esses eventos se confinem à pele ou ao crânio de um indivíduo (Hutchins, 2000). (Campus Wiki UA)

É basicamente essa a dinâmica em todos os outros campos e atividades da vida humana, desde as mais audaciosas, como voar, às mais prosaicas, como usar uma simples privada. Dependemos cognitivamente uns dos outros, nos apoiamos mutuamente em nossas inumeráveis e insignificantes especialidades, formando uma imensa teia cooperativa de interações, trocas e favores. A divisão do trabalho racional criou a caça, a agricultura, o comercio, a fabricação, os meios de comunicação, a ciência e todas as inovações que geraram a civilização e modificaram o mudo. Sem ela não haveria sequer lápis de grafite. Um mísero lápis é o produto final de uma rede de cooperação sem a qual nenhuma pessoa no mundo seria capaz de produzi-lo sozinha. (Revista Simplesmente)

A cognição se torna de fato distribuída quando os sujeitos passam a produzir conhecimento socialmente a partir das mediações que ocorrem em situações de interação, diálogo, colaboração e nas relações que estabelecem com os artefatos. (Dirce Moraes)

O que tem a ver com organização e produtividade

“Nossa mente serve para ter ideias, não para armazená-las”, já dizia David Allen, autor do método GTD (método de produtividade que utilizo). Nossa mente então é ótima para reconhecer padrões, mas péssima para guardar informações. Funcionamos muito bem para olhar no calendário e vermos que haverá uma viagem dia 14 de outubro e começar a planejá-la, mas péssimos para lembrar de todos os eventos que ocorrerão até dia 14 de outubro ou depois.

Então a ideia aqui é a de que podemos fazer bom uso dos recursos que existem para que eles trabalhem de verdade a nosso favor. Quando eu uso uma agenda, por exemplo, e um programa de listas para organizar todas as minhas tarefas e projetos, o que eu estou configurando é um sistema externo à minha mente que permita que ela relaxe simplesmente porque tudo o que eu preciso saber está em um lugar mais confiável. Isso permite que a minha mente fique livre para fazer o que ela faz de melhor: pensar, ter ideias, ser criativa, fazer associações.

Muitos programas, cada vez mais, trazem tanta inteligência construída tecnicamente que podemos usar até mesmo termos como “semântica” para descrever o que um programa como o Evernote faz, por exemplo. Quando você começa a escrever uma nota, ele te traz algumas sugestões de notas que possam ser relacionadas de acordo com os termos que você está usando. Ou seja, ele ajuda você a criar determinadas associações, e cada vez mais os programas e objetos farão isso por nós (pesquise sobre inteligência artificial e internet das coisas para ficar bastante surpreso/a a respeito!).

Então o que a cognição distribuída nos ajuda a entender em nós mesmos é com relação ao fato de que, se eu usar a minha mente para armazenar informações, isso vai me deixar frustrada e me sentindo incompetente, porque fatalmente me esquecerei de pelo menos alguma coisa. Tudo isso porque estou exigindo da minha mente um recurso que ela simplesmente não tem. Estou forçando a barra.

Quando estabelecemos um sistema de organização externo à nossa mente, que nos traga lembretes apropriados do que precisamos fazer ou saber nas diversas situações do cotidiano, isso dá à nossa mente a liberdade para ela relaxar e conseguir fazer o que ela faz de melhor, com mais foco e atenção.

Tenho um post que escrevi há alguns dias sobre a importância das ferramentas para a nossa organização e produtividade pessoais e sobre como estabelecer um processo para usá-las de maneira eficaz. Pode ser uma boa ler esse artigo depois desta leitura de hoje, para iniciar sua organização ou melhorá-la.

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1 comentário em “Cognição distribuída”

  1. Thais, como lidar com a procrastinação? Tá tudo organizado, tudo fluindo, mas ainda sim não consigo sair do lugar as vezes quando se tratam de algumas coisas importantes. Otimizei meu tempo, venho estando menos cansada e com mais tempo livre pra alguns afazeres (o foco do momento é o TCC), mas simplesmente não saio do lugar. O que você recomenda? Como mudar a mente e o corpo pra obedecer a responsabilidade? Até vitaminas tenho tomado e nada…

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