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Produtividade é gerenciamento de energia, não de tempo

Como está o seu nível de energia hoje? Você acordou facilmente, sentindo-se descansada(o), empolgado(a) para as atividades do dia? Mas, mais do que isso, feliz, com um sentimento de tranquilidade no coração? Se não, por favor, faça alguma coisa. Pode ser que já há algum tempo você se sinta assim. Neste post, vou trazer uma reflexão que pode te ajudar, além de trazer dicas práticas, como sempre. 🙂

Você tem alguns tipos de energia. A primeira é a física. Para estar fisicamente bem, você precisa cuidar do seu corpo em toda sua complexidade. Tem o sono, a alimentação, os exercícios físicos, seus hormônios, entre outros. Outro tipo de energia é a mental, que é a que vamos abordar aqui, e outra é espiritual, também relacionada. Elas são importantes porque são as fontes que seu organismo busca para encontrar energia em tempos de necessidade.

Uma vez postei aqui no blog um texto muito importante sobre o conceito de produtividade para o método GTD (método de produtividade que uso há muitos anos), em que digo a importância de alternarmos descanso com esforço mental e físico. Vale a pena ler o texto como complemento a este aqui. (link)

Steve Jobs costumava dizer que não se interessava em ser o homem mais rico do cemitério, mas em viver uma vida com propósito – ir para a cama sabendo que trabalhou em algo maior.

Se o que você faz te traz felicidade, por que tornar a sua rotina uma fonte de sofrimento? Não vale apenas para o trabalho, mas para a maternidade, seus hobbies e estudos. Por favor, pense sobre isso hoje. Veja a que respostas chega internamente.

Você quer chegar a um estado de esgotamento tamanho que te obrigue a parar porque foi para o hospital ou até algo pior? Quer chegar a esse estado apenas porque não recarregou suas baterias?

Quando meu filho nasceu, eu adorava uma autora chamada Tracy Hogg, que escreveu uma série de livros com o apelido de “Encantadora de Bebês” (inclusive recomendo fortemente!). E me lembro de um dos pontos mais importantes que ela ensinava, que foi: um bebê não sabe reconhecer quando está cansado. Ele não pode simplesmente dizer: “estou cansado pacas! preciso dormir!”. Então ele chora. Muitas vezes, os pais superestimulam os bebês e depois ficam desesperados porque ele não para de chorar mesmo estando alimentado e com a fralda seca! É só sono!

Às vezes eu acho que nós, adultos, nos tornamos grandes bebezões. Precisamos da permissão de alguém de fora (ou da ordem mesmo!) para dizer: pelamor, PARE, descanse, vá dormir. Vivemos nossa vida ao limite da exaustão. Uma leitora até pediu para eu escrever sobre essa dificuldade que temos de desligar (Ana Carolina, este post é para você! <3). A grande questão é que, quando não desligamos, os circuitos começam a pifar. Os problemas começam a aparecer. Dor de cabeça, dificuldade para dormir, brigas nos relacionamentos. E então tratamos os problemas com aquilo que parece ser a solução mais fácil: tomando remédios. Ou ignorando até um ponto em que não dá mais, e a gente chora ou passa mal.

[Tweet “Se o que você faz te traz felicidade, por que tornar a sua rotina uma fonte de sofrimento?”]

Sempre lembro daquele jogo The Sims quando estou com fome, com sede, cansada ou com vontade de ir ao banheiro. No jogo, que é um simulador, o personagem que você controla precisa ser cuidado o tempo todo. Ele precisa ficar bem. O indicativo de seu bem-estar são algumas barrinhas que aparecem no painel de controle e que servem para você analisar se ele precisa comer, tomar banho etc. Se você permitir que suas barrinhas fiquem no vermelho, isso vai influenciar demais no seu bem-estar, que pode mudar de um momento para o outro.

Imagem: The Sims Wiki

Se a bateria do seu celular estiver baixa, o que você faz? Você carrega. O mesmo deve ser feito com você. E ponto! Se estiver com a energia baixa, recarregue! Simples assim.

Para saber se você precisa recarregar suas energias, segue uma checklist importante para você ter como referência aí sempre com você e verificar de tempos em tempos. Se estiver sentindo algum desses sintomas, pode ser o momento de colocar seu celular na tomada para recarregar:

  • sonolento ou cansado em horários em que normalmente não se sentiria assim
  • antipático e indelicado em demasia
  • reclamando demais das coisas da vida
  • ofendendo as pessoas por nada
  • à beira de um ataque de nervos – nervoso a ponto de achar que qualquer gota d’água pode fazer o seu copo transbordar
  • preocupado em excesso com todo tipo de coisa
  • egoísta, porque se preocupa com seu bem-estar como modo de sobrevivência
  • excessivamente emotivo, deprimido ou frustrado

Eu não estou dizendo que os sentimentos acima estejam certos ou errados, ou sejam não naturais. Eles são completamente naturais. Somos seres humanos e não máquinas felizes o tempo todo. Mas, justamente por serem naturais, eles indicam o que está acontecendo com cada um de nós, e isso precisa ser observado – assim como a felicidade – pois isso gera autoconhecimento. O ponto é que, quando nos sentimos de acordo com os sentimentos acima, tendemos a desenvolver uma visão mais negativa da vida. Até sua saúde é afetada.

Seguem então algumas dicas para que você aprenda a recarregar as suas energias não de vez em quando, mas todos os dias:

  • Encontre uma atividade física que goste e que se encaixe em seu estilo de vida.
  • Cuide com carinho do seu sono.
  • Busque uma forma de alimentação que traga benefícios a você.
  • Consulte um profissional da saúde para fazer uso de vitaminas complementares.
  • Procure fazer algo que você goste muito todos os dias. Usar um creminho gostoso depois do banho, assistir seu canal favorito no YouTube, ler um livro que te deixe feliz, conversar com os seus filhos, cozinhar, brincar com os cachorros etc.
  • Alterne os tipos de atividades ao longo do dia. Se trabalhou durante uma hora no computador, faça uma pausa. Beba água, dê uma volta pelo escritório, converse com as pessoas. Faça um telefonema. Leia um documento impresso.
  • Não se obrigue a preencher os espaços na sua agenda. Valorize o tempo livre.
  • Em vez de esperar o ano inteiro pelas férias, faça do dia a dia suas férias. Viva um estilo de vida mais leve e feliz.

Imagem: Pensador

Para ajudar a manter a energia no dia a dia, cadastre-se na newsletter do blog. <3

Autor

38 comentários em “Produtividade é gerenciamento de energia, não de tempo”

  1. Ótima reflexão, Thaís. Infelizmente me dei conta disso da pior forma, tive um treco e fui parar no hospital devido a stress, noites seguidas sem dormir e alimentação precária. Na sociedade atual, parece que os valores estão trocados, o bonito é trabalhar até tarde, dizer que não almoçou e estar sempre sem tempo. Se nós mesmos não nos atentarmos às nossas recargas de bateria, ninguém irá fazer por nós.
    Ah! Já adquiri seus livros. Seguindo sua sugestão no outro post, comecei pelo Vida Organizada, a leitura está sendo um deleite! Obrigada 😉
    Bjinhos

    1. O seu comentário poderia ser o meu perfeitamente! Situação idêntica, tbm tive um treco e fui parar no hospital semana passada…e o motivo: estresse! Esse post parece que foi escrito pra mim… Sigamos com a esperança de nos cuidarmos melhor! 😉 Beijo

  2. Thais,
    Como sempre, arrasou no texto e na diádica!!
    Para aprofundar esse assunto, recomendo o livro: ”A semente da Vitória de Nuno Cobra”.
    Ele da um passo a passo detalhado sobre como aumentar ”essa energia vital dentro de nós”, melhorando os seguintes pilares: Alimentação, atividade física e meditação e explicando como tudo isso influencia no nosso corpo, nas doenças e no estresse.
    Abraços

  3. mais uma vez, acertou na mosca! Hoje acordei me sentindo super cansada, indisposta, com vontade de ficar na cama o dia todo! pra “compensar”, acabei comendo várias besteiras ao longo da manhã, que vão me deixar mais indisposta e frustrada ainda ao longo do dia…
    Admiro muito você e a pertinência de seus textos, sempre alinhados com a realidade.
    Abraço,

    1. Ana Paula, eu tinha essa mania, ai vou e me afundo nos doces ou salgados.
      Mas parei, procuro comprar um suco de fruta natural de uma fruta que eu adoro, faço uma sopa (mesmo que seja a qe compra pronta hehe) porque essas porcarias nos deixam pior ainda, mais indisposta e ainda se sentindo mal devido as calorias que consumimos

      1. Mayara, pior que eu tinha frutas de que gosto em casa, podia fazer um leite quentinho… Mas não, fui direto para as gordices que trouxemos da viagem de férias! Affe!
        Ao menos hoje está mais tranquilo, obrigada pela sugestão do suco! <3

  4. Oi Thais,
    isso que você comenta sobre parar, dar uma pausa do dia corrido acontece todos os dias no meu trabalho. Toda a equipe se reune num pausa para o café juntos. É uma tradição sueca chamada Fika e todos os dias todos param, do chefe ao motorista, para juntos sentarem, lancharem e conversarem um pouco. Estou há pouco tempo nesse emprego mas acho sensacional este momento de calmaria, interação e amizade.

  5. Completamente encantada por esse novo conceito. Vou meditar sobre isso pra trazer isso pra uma prática diária. Achei incrivelmente enriquecedor, de uma humanidade e gentileza consigo mesmo sem tamanho.
    Muito muito obrigada por esse texto.

  6. Thais, só quero dizer que te admiro muito! E dizer que sou grata ao Universo por você existir. De verdade.
    Sabe a frase do Jobs? Se seu propósito é fazer bem as pessoas, ajudando-as de alguma forma, como você já falou em outros momentos: você pode dormir descansada TODOS OS DIAS.

  7. Nossa Thaís!! O post certo na hora certa!! Ando esgotada e não sei o que fiz comigo, mas sei que tirei 3 semanas de férias e não descansei. Acho que não desliguei a cabeça sabe? Só me dei conta disso depois de ter sucessivas crises de choro. Teu post me ajudou nesse momento em que estou precisando parar e reavaliar o que estou fazendo comigo. Um grande abraço!

  8. Acho que esse texto foi feito pra mim! rs
    estou em uma fase de rever tudo, na verdade já faz 1 ano e meio que começou com término de relacionamento longo, aos poucos fui tirando várias atividades que eu e meu filho faziamos como inglês e kumon. Mantive terapia e atividade física no período da depressão, sempre cansada e tentando me alimentar bem mas me culpando pois poderia fazer ainda mais.
    Em julho meu filho ficou o mês todo na casa do pai, minha cachorra ficou longe por uma semana, só mantive terapia, parei ballet e a yoga deu pausa. Fiquei 10 dias de férias em casa pintando parede e fazendo macrame para as plantinhas…
    Thais, foi extremamente libertador! Eu só consegui perceber o quanto estava exausta agora, o quanto eu acabava colocando mais coisas na rotina por achar que eu tinha obrigação de dar conta de tudo. Já trabalho o dia todo, tenho um filho adolescente e uma cachorra, cuido da casa e das compras sozinha… já é muita coisa.
    Agora com calma quero voltar para a minha rotina as coisas que eu quero mesmo, com o que me faz bem e deixar mais espaços para ver série, ler, ir ao cinema durante a semana, uma caminhada em jardim botânico… são coisas tão simples mas que trazem muita leveza no dia a dia.
    Eu sempre me cobrei demais e vivi a vida correndo por ter sido mãe aos 16 anos e querer ter minha casa e ser independente com meu filho. Tenho 32 anos e já conquistei o que eu considerava principal, agora preciso desacelerar e aprender a me curtir um pouquinho =)
    Beijos

  9. Adoro esse tema Thais!
    Eu tenho um padrão de auto exigência extrema, que estou trabalhando pra reprogramar, e que a 3 semanas me fez chegar num limite de cansaço mental e físico absurdo. Mesmo as técnicas de limpeza emocionais que faço não estavam dando conta. Então resolvi fazer uma sessão de uma terapia chamada Bowen que nunca tinha ouvido falar (inventada por um australiano). Na verdade procurei uma terapeuta para fazer uma sessão de barra de access e ela me indicou e aplicou essa terapia de Bowen. E um tipo de massagem que estimula pontos específicos de energia física e mental. O resultado pra mim foi incrível.

  10. Olá , muito bacana o Blog , boas dicas , realmente ajudam muito , a algum tempo venho organizando minhas coisas , comecei com um novo Hobby ( marcenaria ) , sinto um prazer enorme de ver tudo organizado , de ver a casa mais “ajeitada” e funcional , comecei a cultivar uma horta e muitas outra atividades excelentes para o corpo e a mente , engraçado é que o dia que mais me sinto satisfeito é no dia da faxina “geral ” onde organizo e limpo as coisas com mais profundidade. 🙂
    abs.

  11. Cheguei a chorar de nervoso com o texto. A gente se enfia num buraco de tanto mal estar que fica tão difícil de olhar a vida em perspectiva. Se torna sufocante. Ignoramos simples ações de cuidado. Ou pior, ficamos culpados por ela. Pelo menos eu. Já me achei fresca por sentir necessidade de dormir cedo ou de gastar parte das horas úteis numa prática de yoga. Ano passado vinha muito bem e hoje esgotei e me perdi nesses cuidados, sem manter os bons hábitos e ficar num eterno sono e cansaço. É uma luta diária.

    No fim acho que meu comentário até se afastou da intensão do texto, hehe.

    Obrigada por escrever.

  12. Ótimo texto.

    Como essa energia impacta na nossa coleta, esclarecimento, organização, ação e revisão?

    Podemos criar projetos e ações para melhorar a disponibilidade de energia. Mas, até que a gente conquiste esse futuro, o que fazemos?

    Como impedir que a energia baixa ou negativa nos condicione a agir mal ou criar projetos negativos e majs ações fora de hora?

      1. Thais. Entendo. Mas gostaria de te escutar falando sobre esse momento em que o projeto de “aumento da energia” ainda não foi concluído e como isso afeta o modo como coletamos, processamos, organizamos, agimos e revisando.

        Pelo seu texto. A energia influencia nossas ações. Como a energia baixa influencia cada uma das fases do GTD?

        Não estou falando do processo de criar projetos para resolver.

        É sobre
        1- O impacto da energia inadequada/baixa na maneira como nos relacionamos com o GTD.
        2- Como lidar com a combinação energia baixa e demandas que exigem energia alta. (enquanto ainda temos a energia baixa)

        Entendeu?

        1. Eu lido como se fosse um contexto. Para mim funciona muito bem.

          No final das contas, os contextos são o mais importante, porque eles são o resultado de uma observação honesta do seu dia a dia e o reconhecimento dos diversos estados que você tem. E como você consegue aproveitar melhor a sua energia em cada um deles.

          Como você costuma fazer?

          1. Num cenário de previsibilidade da oscilação da energia disponível, sim. Imediatamente ao acordar eu não costumo ter energia. Isso é comum.
            Não percebo outros padrões de energia durante o dia.

            Dificuldades. Minha energia está baixa, as dos chefes está alta.
            Sendo assim, tenho que fazer tarefas de energia alta quando não tenho energia para fazer.

            Como costumo fazer?
            Quando consigo, faço tarefas que exigem energia mais baixa. Mas fico angustiado com a possibilidade de chegar mais tarefas de energia alta e eu não conseguir dar conta.

            Sobre o ponto que gostaria de conversar mais
            – Quando estou cansado, não vale a pena esclarecer. Se fico cansado por vários dias, tenho que tentar esclarecer alguma coisa.
            – Quando irritado/chateado/triste/eufórico demais não vale a pena criar projetos e ações. Elas são contaminadas pelo estado mental.

  13. Sim. Se for um problema, Continua sendo um problema até o projeto ser finalizado e o seu resultado positivo.
    Até lá, qual é o impacto disso (o problema de falta de energia ainda nao resolvido) no dia a dia e no nosso uso do gtd?

      1. Sim. Você respondeu sobre quando geralmente dá tudo certo.
        Eu quero saber mais sobre os períodos em que isso ainda não dá certo.
        Sobre quando você até tenta manejar/controlar energia vs atividades, mas ainda não é possível.
        E você ainda tem que conviver com a impossibilidade de resolver e como isso impacta na energia disponível também em cada uma das fases do gtd.

        É ótimo essa possibilidade de poder respeitar nossa energia física, mental e emocional, produzimos e vivemos bem melhor. Porém, sabemos que isso ainda é raro para maioria das pessoas. Minha pergunta é focada no período de descompasso, nos dilemas das tentativas de ajuste (forçar a energia).

        1. Sempre respondo as dúvidas com base na realidade das pessoas, que eu também já vivi, e não com base na minha realidade atual apenas, porque sei que é algo meu e do momento. Eu apliquei o que falei justamente quando trabalhava em outros lugares.

          Acontecia assim: se eu estava cansada, com sono, dor de cabeça, estava chovendo, e mesmo assim eu preciso terminar n trabalhos, eu não tenho como me forçar. E é simples assim. Eu me perguntava o que poderia fazer para ficar melhor e fazia. Que fossem 10 minutos de meditação sentada no banheiro, de olhos fechados, o único lugar que ninguém me incomodaria. E isso me ajudava pra caramba a recuperar um pouco as energias e voltar para o trabalho.

          Assim como tem dias que coisas simplesmente acontecem da pior forma como você gostaria. Faz parte. O importante é não tornar isso um padrão, e sim lidar com a coisa toda e depois voltar ao seu normal.

          1. “se eu estava cansada, com sono, dor de cabeça, estava chovendo, e mesmo assim eu preciso terminar n trabalhos, eu não tenho como me forçar”

            É uma crença ótima.
            Você percebe ela sendo respeitada no ambientes de trabalho?
            Você percebe seus alunos pensando da mesma forma?

            O que vejo de mais comum é as pessoas se forçarem.

            Tenho a crença de que “seria bom poder não me forçar”.

            Em geral, tomamos pequenas atitudes para subir a energia. Isso pode ajudar pontualmente, quando conseguimos.

            Escrever aqui está me ajudando a subir a energia, por exemplo.
            Estava distraído e sem energia para o que tinha que fazer, mas não para escrever aqui. Então, para mim, é melhor escrever aqui.

            E tem fases da vida também.
            No meu caso: paternidade, mudança para mais longe do meu trabalho (porque a prioridade é minha esposa), novas funções no trabalho, crises de enxaqueca, diarreias por conta do período de adaptação no tratamento com nutrólogo.
            Um dia eu estou mal, em outro é minha esposa, em outro é minha filha. E eu escolho estar do lado delas.

            Sendo assim, me forço, mesmo preferindo não fazer.

            Do contrário, durante essa fase e até resolver as questoes de saúde, todos os dias tenho uma justificava para reduzir o ritmo do trabalho.

            Como essa sua crença sobre “não forçar” pode ser aplicada por outras pessoas em ambientes de trabalho mais convencionais?

              1. Thais, não quero resposta certa. Nem acho que você deve estar sempre certo.
                Apenas acho importante a gente conversar onde que as coisas se complicam para gente. Falar menos sobre ferramentas e mais sobre comportamento.

                Sim. É importante cada um se conhecer. O trabalho individual continua. Porém, também é importante a gente ter essas trocas em grupo.

                Tenho buscado ter mais conversas como essa que estamos tendo. Não para resolver ou encerrar aqui. Funciona mais como um processo de troca e aprendizado coletivo.

                Desejo que os espaços que falam sobre produtividade tenham cada vez mais abertura para falar sobre temas difíceis.
                A gente não precisa caminhar de forma solitária.

        2. Olá, gostaria de perguntar algo. Estou passando por um momento muito intenso de trabalho. Tenho um trabalho CLT da minha formação ( jornalismo ), mas não sou mais tão feliz neste ramo. Comecei a trabalhar em um projeto meu, uma empresa no que realmente quero trabalhar. Mas, ainda não dá lucros o suficiente para focar só nisso e isso, essa espera e ansiedade está me deixando maluca. Primeiro, porque todos os dias que tenho que ir para o trabalho CLT e focar nisso… eu não consigo e parece que demora uma vida. O trabalho perdeu a cor e como faz tempo que não estou afim mais de trabalhar área, parece que vou ficar presa nisso o resto da vida e aí não consigo produzir nem no CLT e nem na minha empresa. Me sinto cansada, triste, desanimada e sem vontade de fazer nada quando chego em casa. Meu marido trabalha junto na empresa e tenta me animar, mas eu não sei mais como conseguir produzir nos dois ao mesmo tempo. Parece um ciclo sem fim…! Enfim… minha pergunta é: Como me tornar produtiva em um emprego que não gosto mais e não me sinto “feliz” nele? Não posso sair porque sem o emprego eu não pago as contas … mas no emprego não estou conseguindo produzir o bastante nem nele e nem na empresa. Me sinto estagnada e não sei mais o que fazer.

          1. Eu vivi isso durante alguns anos também e sei como é difícil. Sinta-se abraçada. Tem que ter perspectiva e ir trabalhando em paralelo mesmo. Procure encontrar propósito nas pequenas coisas do dia a dia no seu trabalho e encarar o trabalho na sua emrpesa, depois do horário do trabalho CLT, como seu trabalho de verdade. Boa sorte.

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