Pular para o conteúdo

Resumo do M̻s РJulho 2018

Passei os últimos dias refletindo sobre o meu mês de maneira geral para poder escrever este post com o resumo. Apesar de terem muitos acontecimentos, eu acredito que o principal deste mês tenha sido o meu estado mental. Vou explicar para vocês.

Meu marido resumiu da melhor maneira: não tem nada de errado comigo. Não estou doente, nem com depressão. Só estou muito triste com relação à morte da minha avó. Minha primeira reação foi mergulhar no trabalho, pois ele me distrai. Mas não ter vivido o luto, dando um tempo, começou a fazer falta. E eu estou nesse momento.

De modo geral, o meu mês de julho foi dividido entre a primeira e a segunda metade. A primeira metade foi mais tranquila. No planejamento anual que eu tinha feito, eu me preparei para parar um pouco a empresa durante a época da Copa, acreditando que o pessoal estaria em outra vibe (o que realmente aconteceu). Por esse motivo, puxei todos os eventos que poderiam ocorrer em junho e julho para abril e maio, o que tornou esses dois meses bastante intensos em termos de ritmo de viagens e eventos. E foi bem a época em que conciliamos com a rotina da minha avó no hospital e, depois, na morte dela.

Tenho recebido muitas mensagens carinhosas de leitores do blog (obrigada!), com sugestões para que eu fique bem. Gostaria de dizer que, de modo geral, lido bem com a morte e com acontecimentos difíceis que envolvam sofrimento. O budismo ajuda demais nisso. Mas eu ainda não sou uma pessoa iluminada e, mesmo se fosse, eu tenho sentimentos. E sofro, fico triste. Acho normal sentir isso durante um tempo. Minha avó foi como uma mãe para mim e sempre estava ali. Eu vivi com ela a maior parte da minha vida. Sempre estive ao seu lado, quando ela teve problemas. Eu era a pessoa que ficava ali, conversando todos os dias, nem que apenas ouvindo como tinha sido um dia de trabalho ou algum acontecimento que ela tenha vivenciado.

Minha avó foi a maior referência para mim em vários sentidos. Foi ela que me incentivou a estudar e pagou a minha faculdade. Não foi fácil para ela. Mas ela fez. Ela também viu em mim muito esforço e vontade de crescer, abraçar novas responsabilidades, construir uma carreira e independência, o que fiz graças a esse apoio que ela me deu. Nós aguentamos juntas muitas coisas – inclusive o câncer e a partida do meu pai. Cara, não consigo imaginar o quão foda deve ser ver um filho morrer.

Sofrer com a ausência da minha avó não significa dizer que não aceito a morte dela ou que não consigo entender esse momento. Eu entendo até mais que o normal. Sei que ela está melhor, e que de certa maneira não sofreu tanto no final da vida. Tem idosos que ficam na situação que ela ficou durante meses, até anos, o que é sofrido para a pessoa e desgastante para a família. Não foi o caso. Ela ficou uns 40 dias em estado realmente difícil, e depois partiu. No funeral, o rosto dela estava tranquilo. Isso me confortou muito, e ainda conforta. Eu sei tudo o que a minha avó viveu e tudo o que ela fez por mim e por toda a família. E sempre serei grata a ela e ao universo pelo privilégio que foi ter a oportunidade de crescer ao lado de uma pessoa como ela foi.

Este ano era para ser um ano intenso, mas intenso com coisas boas. Novo livro, mestrado, Nível 3 do GTD (agora em setembro), escritório, equipe. Muitas coisas boas foram construídas. Mas a cirurgia dela (em março) e todo o desdobramento que teve depois foi um imprevisto que realmente caiu como uma bomba na minha vida, física e emocionalmente falando. O meu trabalho depende de eu estar bem, e eu não estou bem. Vou ficar, mas ainda não estou. Só preciso de tempo.

No final de julho, começou a turnê de lançamento do meu terceiro livro, com a primeira noite de autógrafos em São Paulo, seguida por Campinas e Belo Horizonte. Em agosto, vou para Curitiba e Porto Alegre. Podem parecer acontecimentos isolados para quem vê de fora, mas para mim esses eventos se encadeiam com vários outros acontecimentos, como a capacitação de novos instrutores do GTD. Era um projeto previsto para janeiro que veio para julho, e agora em agosto passarei uma semana inteira dando aulas para eles (é bem intenso). Além disso, para cada um dos sete instrutores, eu tenho que realizar uma reunião semanalmente até o final de suas capacitações – o que eu chuto que acontecerá entre outubro e novembro. Isso acrescenta pelo menos sete horas de agendamentos na minha semana, além do tempo necessário para planejar e estudar tais reuniões.

Alie a tudo isso as viagens, os meus cursos, reuniões diversas que são mais de rotina (com clientes, com equipe, com parceiros) e todo o resto da vida que acontece. Além das aulas e dos estudos para o mestrado e a vida acadêmica como um todo (e seus eventos, artigos, leituras).

É um estilo de vida que não me pesa e que consigo levar muito bem, com equilíbrio e foco no que é importante, sem me sobrecarregar e alternando com tempo livre no dia a dia mesmo, e não apenas aos finais de semana. Mas, no momento, não estou conseguindo lidar com absolutamente nada. Desinstalei o Telegram do celular enquanto a minha avó estava no hospital e, agora, estou offline do What’s App. E eu demorei esse mês inteiro para entender o que está acontecendo comigo e respeitar esse tempo que preciso me dar.

Ainda não sei como serão as coisas. Este é exatamente o momento em que estou refletindo para decidir. Existem compromissos que não posso adiar ou cancelar, e outros que sustentam a minha empresa financeiramente e que não seria responsável deixar de fazer. Mas existem muitas coisas que, por mais triste que me deixem, talvez eu tenha que deixar de lado durante um momento, para conseguir me recuperar e voltar a ficar bem, porque senão sinto que essa situação emocional vai demorar muito mais a se curar, o que só vai complicar mais as coisas.

É difícil para mim vir até aqui e me expôr dessa maneira. Não faço isso para prestar contas ou porque me sinta na obrigação, mas porque acredito que a característica mais forte deste blog é mostrar como a vida é de verdade e como conseguimos lidar com tudo o que acontece na vida real, não na vida ideal. E a vida real tem esse tipo de coisa. A gente não é perfeito, nem uma maquininha que bloqueia emoções para fazer o que parece mais “lógico”. Os sentimentos são tão importantes quanto todo o resto, porque sem eles (e sem saúde e energia) não conseguimos nem levantar da cama. Muitas vezes, a próxima ação é justamente respirar fundo e tomar esse impulso para levantar, e só depois as outras podem ser decididas. Todo o esforço está nesse primeiro momento, e está tudo bem.

Obrigada por estar aqui.

Autor

103 comentários em “Resumo do Mês – Julho 2018”

  1. Nossa Thais que post lindo…
    Obrigado por compartilhar conosco esse momento seu, te acompanho ha uns 8 anos e sinto como se vc fosse uma amiga que mora longe sabe?
    Ainda não perdi ninguém de tamanha importância na minha vida mas imagino como deve ser dificil…
    Acho que vc esta certa em se dar esse tempo evitando de em um efeito bola de neve ate realmente cair em uma depressão mesmo. Acredito que devemos lidar com os sentimentos e não simplesmente ignora-los focando em outra coisa …
    Você vai ficar bem!! Torcemos por vc!!

  2. Thais, vivi exatamente isso qnd minha avó morreu, em janeiro/2010. Minha ligação com ela era bem parecida com a de vcs; ela me criou após o falecimento da minha mãe, qnd eu tinha 2 anos e 9 meses. Ela era tudo pra mim e eu fiquei devastada qnd ela morreu. Na época eu estagiava e amava o q fazia; então me joguei em um milhão de tarefas, para ocupar a mente. Meses depois, veio o baque e pedi férias pois precisava cuidar de mim. Ter essa noção de q precisamos de tempo é essencial pois senão podemos pifar pra valer. Viva o q vc precisa viver nesse momento, sem culpa, como a exata mensagem q vc postou – e eu já havia amado nos Stories. Bjos

  3. Thais, o meu olhar aqui de longe é que, mesmo com um acontecimento tão significativo e profundo pra ti, tu produziu muita coisa linda para nós! De verdade! Em nenhum momento teu trabalho deixou de ser incrível e ajudar a vida de várias pessoas, porque isso é o que tu é.

    Acho que às vezes a gente acredita que estar numa fase mais difícil para nós atrapalha ou prejudica algumas (ou todas) as áreas da nossa vida, mas no fundo sabemos que todas as fases, difíceis, fáceis, boas ou ruins, são aprendizados e fazem parte da construção de quem somos. Então são sempre oportunidades de transformação. E isso é muito bom 🙂

    E a gente não pode ficar bem sem ficar mal, né? É humano evitar, inclusive e principalmente de forma inconsciente, viver sentimentos de sofrimento, pois não aprendemos que isso é normal. Mas é, e é muito importante.

    Desejo muita paz, compreensão, apoio e tranquilidade para tu viver teu momento de luto. Nós seguimos aqui maravilhados com teu trabalho, curtindo teu livro novo e sempre te apoiando em todas as fases que constroem essa Thais e esse Vida Organizadas tão incríveis!

    Abraço!

  4. 100% apoiada, em cada linha e em cada percepção. saber que você também vive os altos e baixos da vida, de maneira consciente e sincera, é o pilar da organização eu aprendi a aplicar. e, vendo o que se passa contigo, todos aprendem também. mando todas as boas energias daqui. <3

  5. Sandra Valéria Piccolo

    Querida Thais, eu me emocionei bastante com este post, especialmente porque perdi minha mãe de maneira muito semelhante ao que aconteceu com sua avó e, embora faz mais tempo, tudo aconteceu exatamente como você descreve. É aquela tristeza que nos invade, que parece colocar tudo fora do lugar. Chorar ajuda, deixar a tristeza vir e ficar um tempo também. O tempo é nosso maior aliado, quando a dor dá lugar à saudade, mesmo sabendo que não há como matar tal saudade com uma visita ou outra coisa. Enfim, são processos da vida e ficar triste e dar-se esse tempo também é sinal de iluminação, acredite! Fique bem, estamos todos juntos contigo!
    Você veio a Campinas e não consegui te conhecer pessoalmente. Que pena, senti muito…

    Um grande abraço, com muito carinho!

  6. Oi Thais, sou super fã do seu trabalho. Lê suas postagens pra mim é um respiro nessa correria toda do dia a dia. Desejo imensamente que vc se recupere. Um abração

  7. Thaís a cada texto seu mais te admiro! O luto realmente precisa ser vivido, cada pessoa deve descobrir a melhor forma de passar por esse momento, buscar o apoio de amigos e família sempre ajuda.

    Estou muito feliz com mais esse livro seu, e torço demais por seu sucesso!

  8. Você tem muitas ferramentas pra lidar com esse momento, e o primeiro passo é mesmo esse de “olhar para dentro” e escutar seus sentimentos. E tem o apoio de todos nós, quase uma “família estendida”, que estamos sempre por aqui! Obrigada por compartilhar seus aprendizados! Grande beijo!

  9. Olá Thaís, sou a Madalena, uma fiel seguidora aqui de Cabo Verde, África Ocidental. Este post, em concreto, me emocionou tanto! E a expressão ” os sentimentos são tão importantes quanto tudo o resto…” diz tudo.

    A distância que eu pensava que nos separava reduziu-se de tal forma que eu a ” senti” aqui tão perto.
    De tempo ao tempo! Vai passar!
    Um abraço

  10. Entendo bem como você se sente, pois já perdi meus meus avós com quem morei até quase 30 anos de idade, quando me casei. Minha primeira reação também foi “seguir em frente”, pensando que eles não estavam mais sentido dor alguma (os dois ficaram internados em estado grave alguns dias antes de falecer, meu avô sentia muitas dores). Com o passar dos dias é que veio a saudade, a dor da perda e a necessidade de parar tudo e realmente viver esse luto.
    Creio que sim, você ficará bem. E vai sentir muita saudade, e vai dar risada das coisas que fizeram juntas e às vezes uma lágrima vai escorrer quando lembrar de alguma coisa ou desejar que ela vivenciasse algo atual contigo. E a vida vai seguir de verdade…
    Abraço!

  11. De todos os post com relação pessoal que você fez, esse sem dúvida foi o mais profundo. Temos mesmo o péssimo comportamento de tentar fazer sempre o correto do ponto de vista alheio, sendo que no fundo sabemos que o correto é sempre respeitar o nosso tempo e a nossa necessidade, para então ter condições de oferecer qualquer outra coisa as outras pessoas.

  12. Oi Thais,
    obrigada pela transparência. Confesso que uma das coisas que mais me cativa no seu trabalho é isso: transparência. Te entendo super bem, pois perdi minha avó há exatos 5 anos e eu, assim como você, era muito próxima dela: a ajudava a fazer as coisas em casa; quando ela era internada ou ficava doente, era eu quem a acompanhava e cuidava dela, inclusive, ser farmacêutica é em parte uma forma de honrá-la.
    Só com o tempo mesmo pra melhorarmos. E você está mais que certa em fazer isso por você.

  13. Thais,
    Te acompanho há algum tempo e só quero deixar meu apoio.
    Admiro sua lucidez e coerência em lidar com seus momentos. Em um mundo de aparências, em que “os influenciadores estão bem , o tempo todo” , me sinto representada por você, que é humana e não tem a pretensão de ser exemplo a ser seguido, só de transmitir o que funciona para você e ajudar outras pessoas .
    Viva esse luto o tempo que for necessário.
    Estamos aqui.
    Abraço!

    1. Obrigada, Gisele. Eu faço questão de mostrar também esse lado porque sinto que faz parte da minha responsabilidade como “influenciadora”. Quando vemos as pessoas sendo felizes 100% do tempo, não acho que isso ajude ninguem – só cria um ideal de como a vida supostamente deveria ser, mas nunca é, o que nos deixa frustrados.

  14. Faça só o melhor para vc ficar realmente bem, apenas isto. Me mande um e-mail se quiser conversar com alguém, sério. Fique bem, estou sempre, sempre aqui…obrigada por escrever as coisas que escreve…

  15. Thais, faz tempo que não comento, mas continuo acompanhando sempre seu blog e o instagram. Já falei uma vez e repito: suas colocações sempre são mto pertinentes, vc faz uma diferença mto grande na vida de muita gente, inclusive na minha, e por isso, somos gratos a vc sempre!
    E como vc mesmo falou, faz parte viver o luto, permita-se ficar triste, sentir falta, trabalhar o luto é a melhor maneira de superá-lo. Meu marido perdeu a avó que era também uma mãe p/ ele no começo do ano passado e foi muito difícil no começo para toda família, mas, aos poucos, as coisas foram melhorando!
    Não tem receita certa, acho que cada um supera a tristeza da melhor forma que pode, mas continue assim, superando cada dia, com apoio daqueles que te amam. Uma hora fica menos difícil, a saudade sempre vai estar aí, mas cada dia doendo menos.
    E nós tbm continuaremos por aqui! obrigada por compartilhar sempre!

  16. Raquel Santos de Santana

    Força amiga!
    Sim… amiga! Você não me conhece, mas te conheço desde 2013 e te considero amiga pelo fato de partilhar sua vida conosco. Te admiro demais e entendo este momento.
    A morte nunca é fácil, nunca estamos preparados (por mais idosa / doente que apessoa esteja).
    Fique bem, se precisar, tire um período um pouco maior para você, ou períodos curtos, faça viagens curtas nos fins de semana, passe a tarde vendo algo que goste, descanse!
    Estamos com você!!!

  17. Estamos com você 100%. Só você sabe quanto tempo vai precisar pra voltar com tudo e sabemos que você procura sempre tomar as melhores decisões. Beijos da Nina. Fica bem! 😘

  18. Oi Thais ,
    Obrigada por compartilhar . Te entendo perfeitamente porque não tive esse cuidado quando uma tia muito
    querida se foi há 7 anos e hoje ainda colho frutos de ter deixado de vivenciar esse luto.
    Todos nós estamos no mesmo barco . Esse seu desabafo é compreendido em toda a sua dimensão por aqueles que te acompanham no blog . Aqueles que não entenderem.. paciência ! jamais saberão o que é realmente ter uma” mente como água ” e por conseguinte ter uma vida organizada . Todo o meu respeito e carinho pelo seu tempo . Fique bem ! Sinta-se abraçada .

  19. Thais, os seus textos sempre me tocam. Seja me dando energia para encarar um dia de trabalho, seja me inspirando para batalhar pelos meus objetivos, seja simplesmente por me fazer entender que sou capaz de dar conta de tudo. Hoje, você me emocionou. Seu texto é lindo, é sensível, é verdadeiro, é honesto. Só posso desejar que você viva seu luto, da sua maneira, no seu tempo e fique bem, porque está tudo bem. Estamos aqui para o que você precisar. Um abraço cheio de carinho!

  20. Olá Thais! Senti um pouco dessa tristeza ontem no seu Stories… Não é facil perder alguém tão importante..mas com o tempo tudo entra nos eixos..o importante é nos respeitar sempre, e nos dar o tempo que precisamos para processar as coisas.. Fique bem! 😉

  21. CERTÍSSIMA!!! Escrevi um in box p vc no Instagram te falando da minha vivência com o luto do meu Pai. Vc está certa em dar um tempo! Eu não dei e “paguei o preço” depois. Você entenderá qdo ler o in box do Instagram. Se permita ouvir sua intuição, seu corpo e, sim, faça o que você precisar p/ se acolher! E o luto ensina (a mim ensinou) que nada é inadiável, que nada é tão urgente ou tão necessário que não possa esperar o nosso bem-estar. Cuide-se muito!

  22. E é por mostrar essa vida real com toda vulnerabilidade inerente que seus leitores se sentem conectados. Obrigada por compartilhar, de verdade.
    Daqui, toda energia positiva para esse importante momento na sua vida. Que ele dure tanto quanto for necessário. No seu tempo, fique bem.
    Um beijo.

  23. Nossa! Sou uma leitora de anos, mas que nunca comenta. Esse seu post me trouxe lágrimas aos olhos, por empatia.
    Planejamos tantas coisas mas a vida faz seus próprios planos. Torço para que essa fase passe, a dor diminua, e reste somente boas lembranças, saudade e gratidão pelo tempo vivido com sua vózinha.
    Fique bem! Deus abençoe vc e sua família!
    Bjs, Daniela

  24. Juliana Catarine Barbosa da Silva

    Thais, que bom que você compreender bem o momento que estais vivendo. Esse texto, só reforça para mim a principal característica do teu trabalho: somos humanos, e como humanos temos o direito de mudar trajetórias, de compreender que nem sempre damos conta de tudo. E que tudo isso faz parte da beleza que éa a vida. Sinto muito orgulho da sua verdade. Sinta-se abraçada e acolhida, pois foi assim que me senti ao ler teu texto.

  25. Acho que você deve mesmo se dar esse tempo pra resgatar energia, significados. Talvez sua empresa já tenha uma certa engrenagem própria, como diz o Timothy Ferris.
    Você trabalha tanto Thais, as coisas vão dar certo, tire um tempo pra você.
    Bjos, boa sorte

  26. Jessyca Andrade da Costa

    Obrigada por compartilhar conosco Thais, tenho certeza que alguém aqui vai ler essas palavras e sentir-se acolhido, por estar passando pelo mesmo. Tenho certeza que em breve você estará se sentindo melhor, e daqui eu envio as melhores vibrações passíveis, para que isso aconteça, no mais permita-se todo o tempo que sentir necessário,e se alguém da internet lhe cobrar demais (Imagino que esse não seja o perfil do seu público) por favor não ligue muito para isso. Um grande beijo cheio de carinho e gratidão.
    P.S Espero que o tour venha também a Recife, para eu te dar esse abraço pessoalmente.

  27. Thais, que post emocionante, e corajoso.
    Admiro sua sinceridade e honestidade, especialmente consigo mesma.
    Cada um tem seu tempo, e as etapas desse processo não podem ser puladas sem custo.
    Desejo que vc se cuide e alcance o seu melhor em cada circunstância.
    Um afetuoso abraço, Paty

  28. Nossa! Que texto bonito. Acompanho seu blog faz anos, posso não ter visto todos, mas acredito ter lido a maioria dos seus posts e nenhum me impactou tanto. É tão fácil se envolver e conectar com o que escreve. Não escondo ter me emocionado por compartilhar essa fase e momento complicado. Só me resta daqui falar que eu que agradeço por tudo, por todos os ensinamentos e conhecimentos compartilhados. O tempo ruim vai passar, é só uma fase. Tudo de melhor para você!!!

  29. Thais, que exemplo prático de organização e AUTOCUIDADO! Vc sempre nos inspira e ensina!
    Eu acredito muito nessa questão de organizar as emoções, tanto esse momento que esta falando como outros no geral.
    Este ano eu me casei, apesar de ser um sonho e uma alegria tremenda, conhecendo-me como me conheço, sabia que toda adaptação dessa nova realidade não somente de coisas materiais e de rotina, mas as emocionais que a envolvem, sugariam demais minhas energias. Por tanto, organizei ”meu ano” a fim de priorizar esse momento, conscientemente decidi que ficar bem e instalar essa nova rotina seriam meu foco anual, não saberia lidar com mudanças bruscas na minha área profissional em conjunto, então em termos práticos não busquei por elas, somente mantê-la para também não desandar rs. Assim não me cobro e estou com planos pra retomar o alto foco nela o ano que vem, por hora faço algumas leituras e reflexões envolvendo essa área de minha vida. Foi uma decisão consciente, que assim como toda decisão tem um ônus e um bônus, mas sinto-me muito em paz com ela e com meus propósitos como pessoa.

  30. Thais, o que você escreveu faz parte da vida, a vida é complexa e deixar de conviver com alguém tão especial afeta o ser humano, e cada pessoa “lida” com a partida de um jeito.
    Tem um compositor, Nelsinho Corrêa, que diz: Só se tem saudades do que é bom, se chorei de saudades não foi por fraqueza, foi porque amei”.
    Quem ama, sente, se alegra, chora, sofre, mas tem possibilidade de, mesmo sem deixar de amar, seguir a vida.
    O tempo é importante. Viva seu tempo com serenidade, sabedoria e amor.

    Abraços,

  31. Thais, amei teu texto e queria deixar meu depoimento, pois vivo uma situação semelhante. Perdi meu filho mais velho há sete meses. Não sei se existe no mundo uma dor maior que essa,sabe? A gente sabe que vai perder pai, mãe, outras pessoas. Filho, não. E ele foi morto de uma forma muito violenta, o que piora todo o quadro. Como sou espírita, acredito em reencarnação e que há uma razão para tudo nessa vida, nada é por acaso. Isso me dá um certo consolo em relação a tudo. Mas não quero pregar nada, não…o que eu queria dizer é que sofri muito, muito. Depois comecei a me sentir melhor, com saudades, claro, mas tranquila, leve. E, então, caí de uma maneira que não conseguia segurar o choro (tenho mais duas crianças, de 8 e 4 anos, e evitava chorar na frente deles pra que não sofressem). Não conseguia segurar nem entender o que estava acontecendo, por que estava tão mal. Marquei consulta com minha psicóloga e ela disse: “Querida, você está vivenciando o luto e o primeiro ano costuma ser o pior, pois você relacionará os acontecimentos desse ano, ao ano anterior com ele; datas especiais, aniversários, coisas do dia a dia, tudo será motivo para sentir dor.” Aí a ficha caiu…é dor de dor, de luto, de perda, de saudade, de tudo. Não sinto revolta, não me pergunto o motivo de ter acontecido comigo e desejo apenas que ele tenha paz. Então, acho que com você será o mesmo. Esse primeiro ano será difícil mesmo…Mas, desejo de coração tanto pra você quanto pra mim, que essa saudade se torne menos dolorida…
    E, como disse Cris Guerra: Temos que viver o luto, para não viver de luto.
    Abraços!

      1. Acho que compartilhando, diminuímos nossa dor e teu relato me fez ter vontade de contar uma pontinha da minha história. Por isso, obrigada também…Um grande beijo e tudo de melhor pra você viver esse momento.

  32. Thais, Thais!

    Pudera a gente conseguir criar uma palavra amiga “sob medida” que fosse capaz de confortar a sua alma nesse período de luto… Lembro de uma vez ter lido Rubem Alves dizer (algo assim) que, realmente, não há nada que possamos dizer para quem perdeu uma pessoa amada – o melhor que podemos oferecer é um cálice de silêncio, que expresse apenas: estou aqui com você, e respeito a sua dor.

    Confidenciar conosco esse momento difícil é mais uma demonstração da coerência e autenticidade da Thais que conhecemos e amamos.

    Dê-se o tempo que precisar. A sua obra é uma coisa de vida inteira e não se abalará.

    De nossa parte, estaremos sempre por aqui!

  33. Thaís; ano passado eu fiz terapia em grupo, foi uma experiência incrível, pois compartilhava com desconhecidos que se tornaram até amigos dificuldades de lidar com algumas coisas. Cada encontro tinha um tema proposto pela terapeuta que nos acompanhava… Um das discussões foi a questão do bem estar… E nesse dia, eu descobri algo que simplesmente levou.me a ter uma vida mais leve, libertadora: nem todos os momentos são felizes, nem todos os momentos nos sentimos bem e isso é normal, temos que lidar com esses momentos também… Essa descoberta foi libertadora, pois quando eu me sentia mal ou infeliz com algumas questões, eu não queria aceitar isso, literalmente me sentia mal por me sentir mal…Boa sorte nesse momento, ele irá passar como qualquer outro momento. Permita.se vivê.lo, certamente lhe fará bem…

  34. Thaís, obrigada por esse post.

    Eu amo o vidaorganizada justamente por essa entrega que você tem, essa pessoalidade.

    Sei que deve estar sendo muito difícil passar por isso tudo mas você é muito guerreira, tenta dar uma respirada mesmo e continue contando conosco (“seus fãs” rs) pra te dar todo apoio virtual que precisar. <3

    Beijão!

  35. Um abraço grande de Portugal. A tristeza faz parte. Mais cedo ou mais tarde ela aparece e é preciso essa coragem bonita e esse amor pela vida vivida para saber que é isso mesmo: uma fase para abrandar um pouco e quando der, quando o corpo e o coração deixarem, ir seguindo em frente. Nem é de um momento para o outro, pois não? Vai-se seguindo em frente 🙂 Grata pela sua partilha de verdade.

  36. Thaís, no espiritismo, temos um pensamento de que tudo tem solução. Mesmos que algo pareça ser muito difícil, devemos ir solucionando pedacinho, por pedacinho.
    Tenha fé, tudo se resolve
    Sempre que estou me sentindo, como cd está, faço a oração da serenidade, ajuda muito.

    Deus, conceda-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar aquelas que posso e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas. “Oração da serenidade”

    Fraqueza, é não expressar o que vai no coração, com receio do que as pessoas irão dizer ou pensar.
    Que nossos seres iluminados, possam te ajudar, neste momento de dificuldade.
    Tenha a certeza, de que de onde sua avó está, ela esta torcendo por vc
    Pessoas, que como vc, ajudam outras pessoas, são sempre muito iluminadas e protegidas.

  37. Desejo que você passe por isso com o mínimo de danos possíveis.
    Agradeço o modo como você nos passa a realidade, isso é muito raro e bom! Às vezes parece que alguém que admiramos de longe não é humano também… Obrigada mesmo por ser real!

  38. Olá Thais, por mais difícil e triste que seja um luto, é sempre melhor vivê-lo quando tomamos conta que ele está lá.. e que bom que você tem condições de separar um espaço em sua vida, para poder viver e elaborar isto da melhor forma. Força neste período !!

    1. Oi Camila, tudo bem? Condições e espaço eu não tenho, mas a gente aprende que precisa criar essas condições, não é mesmo? Foi o que eu aprendi com a organização. Obrigada por comentar.

      1. Eterna adaptação…Além do luto pela perda, sinto pelas coisas que não viverei com ele e procuro me adaptar a essa nova realidade.

  39. Chorei ao ler o seu texto, muitas emoções guardadas vieram a tona, minha avó tinha (ou melhor, tem) um papel muito importante na minha vida, e mesmo apos 5 anos da sua partida ainda me faz falta e sinto que ainda existe um luto muito grande dentro de mim que ainda precisa ser resolvido. Obrigada por esse post. Obrigada por essa exposição, de uma certa forma é reconfortante saber que existe uma pessoal real do lado da tela. Descobri a pouco tempo esse sentimento que tinha dentro de mim eu nem tinha percebido que era o luto que de uma certa forma ainda permanecia , você é uma ‘pessoa real” o vida organizada é de uma pessoa real, que apesar de ter mudado é tão bom ver que a essência da realidade ainda permanece viva. Você faz acreditar que com esforço podemos alcançar muita coisa, não importa qual seja o objetivo. Cuide-se, retire-se e fique bem, tenha certeza que estaremos aqui quando o “fluxo” voltar a normalidade. Sinta- se abraçada mesmo que a distancia, torço muito por você!

  40. Olá, Thais! Descobri o seu blog há pouco mais de um ano, depois de ver a sua palestra no POB 2017, e te acompanho desde então. Larguei a minha carreira de 20 anos de RH pra encontrar o meu propósito (ironias do destino, pois eu passei boa parte da vida corporativa dando treinamento de seja-protagonista-da-sua-carreira). Acho que você materializou tudo que fazia parte dos meus planos no papel e mostrou que isso é possível, e é uma inspiração sem tamanho pra mim. Hoje, trabalho como Personal Organizer e “estudo” muito o seu blog. Queria te agradecer muuuito por compartilhar o seu conhecimento e também dizer que mentalizo muita paz para você e a sua vovó. Um grande beijo.

  41. Oi Thais! Nem sei o que dizer… sinta-se abraçada e em companhia de muitas pessoas que te querem muito bem… nós, seus fãs! Seu trabalho e sua paixão são minha inspiração e vc faz parte do roll de pessoas que fazem deste mundo um mundo melhor, nos ajudando e ensinando, em todos os momentos… bjos mil…

  42. Thais, que você saiba acolher esse momento tão difícil. Viver o luto é necessário, com compaixão. Fique bem! <3

  43. Thais, se uma coisa que sempre ouvi de amigas psicólogas era que o luto é importante, o luto de quem a gente perde e quando a gente se perde. É importante nos deixar nos perdermos de nós e de quem fomos e quem amamos muitas vezes. Isso acontece também no puerpério, quando um filho nasce, quem a gente era vai embora. E quando negamos isso, a vida nos cobra de alguma forma mais dolorida mais a frente.

    Ano retrasado, quando perdi uma filha em decorrência de uma má formação gestacional (aos 7 meses), ouvi de muitos que não devia estar chorando, mas alegre por ter me livrado de um problema (um problema = minha filha???). Mas eu sabia que tinha ali de chorar tudo que precisava, porque só assim estaria pronta pro que a vida me trouxesse logo em seguida. Quarenta dias depois, ao final do meu resguardo, eu decidi que estava pronta pra seguir em frente. E… engravidei. Sabe quantos olhares de “você não está pronta” eu encarei? De todos que falavam que eu não devia chorar. Mas eu sabia que era a vida florescendo de novo, por eu ter sabido regar meu coração de saudade da minha filha. Hoje tenho um filho que fará 1 ano esse mês e meu coração, mesmo com tantos problemas, está em festa!

    Tenha o seu tempo de luto. A gente se nega a isso em muitas situações. Mas é normal se sentir triste. É normal se sentir pra baixo, quando se perde alguém tão amado. Respeite a seu tempo. Respeite a você. Você fala de tempo e produtividade. Produtividade também é respeitar seu próprio ritmo.

    Sinta-se abraçada. Não te conheço pessoalmente, mas te considero demais!

  44. Os “Baixos da vida” fazem os altos valerem a pena. Num mundo que se propaga muito mais (falsa) imagem, falar do que é a vida real é muito honroso de sua parte. Viva este tempo, e cuide de si. Nós, seus leitores, entendemos sempre. Gratidão.

  45. Olá, Thaís! Cada uma das suas palavras chegou-me tão carregada de amor que tudo o que te posso endereçar é mais amor! Sinto o ponto em que vc está, naquela penumbra antes do amanhecer, que as coisas parecem tão sombrias, mas vão melhorar. É preciso tempo. Sou muito grata por tudo o que você me tem ensinado ao longo destes meses que te conheci – se não me engano já são 8 meses! E, de onde me encontro, emano muito amor para que seu coração encontre o caminho até a paz. Muita gratidão por ser essa Luz linda que tano ilumina meus dias. Que a Luz Maior esteja contigo, hoje e sempre <3

  46. Puxa,Thais, que forte esse texto. Mas eh bem vc, bem seu estilo.
    Uma pessoa q se conhece e que sabe o momento de escutar o q seu corpo-mente-espirito está pedindo. Vc tem nosso total apoio e admiração. Fique com Deus e tome seu tempo paa se recuperar. Abçs Marcia

  47. Thais, foi muito emocionante seu texto! Se vc me permite a observação, realmente achei que vc estava fazendo coisas demais após o falecimento da sua avó. Não há qualquer julgamento aqui, apenas uma observação de quem já viu isto acontecer antes com outras pessoas às quais, após um período, entraram em depressão. É preciso se recolher e vivenciar seus sentimentos sim. Não dá para querer atender às expectativas de todos passando por cima do que vc está sentindo neste momento. Se cuide muito, pois vc nos dá todos os dias um presente lindo, que é um texto escrito por vc.
    Te acompanho há muito tempo e faz muito pouco tempo que criei coragem para me manifestar nos comentários.
    Muito obrigada por tudo de bom que vc faz por todos aqui! Faça por vc tbem! Abraço

  48. Oi Thais…Super compreendo. Eu e meu esposo te acompanha. Gostaria de deixar um abraço bem forte. Dia 20 de Julho foi meu Sogrinho que partiu e sabemos o quanto foi e está sendo difícil…Um abraço.

  49. Oi Thaís, não tenho o hábito de comentar, mas gosto muito de você e do trabalho que desenvolve. Então, desejo força e todo o carinho dos seus leitores nesse momento. Estou orando por ti! Um grande beijo.

  50. Thaís, sinta-se abraçada! Te disse isso em Campinas, no lançamento do seu livro, você tem uma coerência que me inspira e aceitar que você não está bem reforça ainda mais essa admiração que sinto por você.
    Eu desejo que essa dor passe e se transforme em saudade. Fique em paz.

  51. Thaís,
    Há anos leio seu blog e sempre me ajudou de várias formas.
    Por uma enorme coincidência,acabo de perder alguém muito especial e estava me cobrando muito manter a energia e o fluxo de trabalhos e ler o seu post me fez ter um olhar mais generoso sobre o meu momento.
    Obrigada por compartilhar!
    É importante termos generosidade em momentos como esses e aceitarmos os tempos das coisas.
    Grande abraço

  52. Thais,
    Já te escrevi sobre, e realmente eu não sabia quão importante era essa parte de chorar no luto, para alivio das tensões emocionais, e para enfrentar a realidade com mais franqueza. Até um certo ponto é normal (e não depressão), pois adiar esse sofrer fazendo de conta que está tudo bem (e não está) é o que piora as coisas. Deus quer nos fortalecer com as perdas que temos na vida, e só a paz que Ele nos dá, e o tempo, é o que realmente pode curar qualquer dor. “Mas não ter vivido o luto, dando um tempo, começou a fazer falta.” Reconhecer isso já é sinal de que você o está vivendo, e é esse o jeito de seguir em frente. Tudo isso vai passar. Um forte abraço.

  53. A gente aprende sempre que deve respeitar os outros, e precisamos antes disso, respeitarmos a nós mesmos! É a história da máscara de oxigênio do avião: Primeiro na gente, para depois poder ajudar o próximo. É isto! Respeite-se seu tempo, principalmente o kairós, e o cronos se ajeita…. Um dia de cada vez…

  54. Que texto incrível, Thaís! Admiro muito essa sua força, sua avó deve ter tido muito orgulho de você e da relação que vocês construíram juntas.
    A gente realmente precisa de um tempo para lidar com certas coisas. Minha prioridade esse semestre é cuidar da minha saúde, principalmente a mental porque estou lidando com uma depressão. Sei que estou bem melhor e estou lidando de uma maneira muito leve com o diagnóstico, mas às vezes percebo uma tendência de querer voltar pro meso ritmo que eu tinha antes de estar doente. E isso no momento não é nem fisiologicamente possível.
    Achei o texto perfeito porque nem sempre os blogs que falam sobre organização e produtividade lembram desse fato tão básico que é o fato de nós sermos seres humanos. E você foi perfeita em todas as suas colocações. Muito obrigada por dividir esse momento conosco. Estou enviando bons pensamentos para você, mas tenho plena certeza da sua capacidade de lidar com tudo isso. Se precisar de algo, estamos aqui.
    Obrigada mais uma vez!

Deixe um comentário para Thais Godinho Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *