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Mestrado: código de cores

Gostaria de compartilhar outra dica de organização que tem me ajudado com os estudos do mestrado: código de cores para os marcadores de texto. Pode parecer complicado, mas na verdade é muito útil, porque sou bastante visual e isso também me ajuda a ler o texto diversas vezes.

Como tenho feito:

  • Leio o texto inteiro pela primeira vez, para pegar o “jeitão geral” dele.
  • Depois, leio novamente fazendo grifos e anotações à lápis (dependendo da complexidade do texto, já faço isso na primeira leitura).
  • Na terceira leitura, grifo os títulos e sub-títulos. Isso não é à toa. Ao fazer isso, já tendo lido o texto pelo menos uma vez, consigo ter uma visão do contexto e dos tópicos-chave.
  • Na quarta leitura, grifo os pormenores: nomes e datas.
  • Já tendo feito várias leituras, tenho uma real noção dos termos usados no texto, então grifo tais termos. Aqui é legal porque, se precisar buscar o significado de tais termos em outras fontes, faço nesse momento e insira uma nota no texto (na lateral da página ou em um post-it).
  • Depois, geralmente antes da aula ou do encontro, para revisão mesmo, grifo os trechos mais importantes. A essa altura, já tenho uma visão completa do texto e consigo fazer relações e ser mais minimalista nos grifos, marcando apenas o que eu realmente quero destacar.
  • Também insiro anotações, pensamentos e pesquisas de apoio em post-its sempre que necessário.

Vale dizer que não faço todas essas leituras de uma só vez. Alterno fazendo uma hoje, talvez outra hoje mais tarde, outra amanhã, outra antes da aula para relembrar etc. Ou seja, me ajuda a fazer revisões.

Para facilitar, levo sempre comigo um kit de canetas Stabilo pastel que ganhei de presente. Elas vêm em um estojinho que não ocupa muito espaço e é bem prático de levar.

Tenho usado esse sistema para artigos (impressos) e estou começando com os livros também. Tem me ajudado muuuuito.

PS: Não tenho conseguido estudar os textos apenas em ambiente eletrônico. Salvo no Evernote para consulta, mas para estudar preciso fazer no papel. Quando são textos ou e-books, acho bem mais difícil e levo mais tempo.

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26 comentários em “Mestrado: código de cores”

  1. Thaís, não consigo repetir tantas vezes a leitura de um mesmo texto ou livro, salvo a complexidade do mesmo . Leio uma primeira vez, grifo as partes que me interessam para o.meu objetivo ( um artigo, a aula x, o capítulo tal da dissertação etc). Depois, ficho em.folhas ou caderno para posterior consulta para a construção do que desejo. Parabéns pelos caminhos escolhidos …😘

  2. Tive essa mesma dificuldade no mestrado, de precisar imprimir tudo, o que era muito ruim pois ficava difícil de manusear, pesquisar, além de demandar que tudo estivesse comigo sempre que estivesse fazendo a pesquisa. Quando vai chegando a hora de escrever, e você já leu mais de 100 artigos, fica impraticável.
    Agora no doutorado estou usando o Galaxy Tab S3 e minha vida mudou. Não uso mais o papel para nada, tomo notas, leio pdfs e faço as marcações diretamente nele.
    Recomendo a todo mundo que tem a necessidade de ler muito, fazer marcações e nunca se adaptou a outros tablets e a usar o notebook para isso.
    A caneta é mais grossa, mais confortável, muito responsiva para escrever.

      1. Eu também, achava que nunca ia conseguir estudar por tablet, principalmente pela mania de estudar tomando notas, marcando, etc. Já tinha tentado alguns aparelhos, como o Ipad Air e o Tab A (com a caneta pequena), mas nada que me convencesse, até que eu comprei o S3.
        O S3 é incomparavelmente mais confortável para isso e teve uma curva de aprendizado muito curta para mim.
        Quem tiver a oportunidade, deve fazer um teste.

    1. Olá, Ricardo.
      Estou iniciando um mestrado agora e comprei um Tab S3 justamente para me ajudar nas leituras.
      Vc usa ele para tomar notas de aula também?
      Quais aplicativos usa?

  3. Muito bom esse esquema! Eu também tenho essa dificuldade com e-books para estudo, prefiro papel! Tanto que acabei de comprar o livro A Arte de Fazer Acontecer em capa comum! Não consigo estudar pelo Kindle, prefiro para ler romances ou livros que não são de estudo!

  4. Adorei o código de cores, super vou adotar! Uma pergunta:não toma muito tempo essa quantidade de leituras?

    Gosto de ler textos acadêmicos assim: primeiro leio a introdução, depois a conclusão. Anoto os pontos principais dentro destes. Depois leio a discussão e procuro por argumentos (a favor ou contra) esses pontos mais importantes. Anoto também outras informações que não são o foco principal do texto mas que considero interessantes ou úteis. Procuro fazer um resumo final com tudo isso, mas nem sempre tenho tempo.

    Estou adorando esse tema ser abordado aqui! ^^

  5. Também não consigo repetir tantas vezes a leitura. Eu gasto cerca de 1h só para ler e entender resumo-introdução-conclusão dos artigos. Se fosse ler tantas vezes eu ia passar o dia lendo.

    Eu tenho uma checklist de coisas importantes para “extrair” da leitura. Como os artigos geralmente têm uma estrutura semelhante, eu li várias dicas de “como escrever artigo” (especialmente na minha área: economia) e montei uma checklist com perguntas como: o que já foi feito em outros trabalhos, o que há de novo neste artigo que estou lendo, qual a importância dele, qual o método usado, quais são os resultados, quais são as implicações, etc. O que eu grifo são os trechos que respondem essas perguntas e alterno cores quando há mais de um tipo de item no mesmo parágrafo (e aí ficaria difícil identificar se fosse uma cor só). Faço isso tanto nos artigos impressos quanto nos que leio direto no Mendeley. Desde que comecei a fazer isso, senti que minha leitura de artigos ficou mais estruturada e com isso absorvo melhor o que estou lendo.

    1. Que legal, Nayara! Você pode compartilhar com a gente esse checklist? Se você puder compartilhar no grupo do facebook GTD Brasil seria super útil! Grata!

  6. Uma coisa que me ajudou muito no mestrado, foi já no começo fazer um banco de dados com as citações.
    Existem programas para isso, eu usava o Mendeley e o http://www.jabref.org/.
    Recomendo fortemente que depois das leituras você adicione os artigos em um programa para referências futuras e você pode adicionar no Evernote também a referência deles para não se perder no futuro.
    Recomendo também, aproveitar enquanto você realiza suas leituras a criação de um corpus científico. Dê uma olhada aqui depois: https://github.com/zericardo/sci-corpus/wiki
    Isso vai ajudar muito na escrita científica depois. Vai por mim!

    Ah sim, aprenda LATEX. No começo vai ser difícil, mas depois você nunca mais vai querer sofrer com formatações do Word novamente hehehe

  7. Aprendi nessa minha vida de estudos para concurso, que usar cores para marcar é fundamental para minha memorização.
    Como meu volume de leitura é muito grande, não posso fazer tantas leituras do mesmo texto. Então já marco na primeira leitura mesmo.
    Nas revisões, caso algum tema fique obscuro, faço um mapa mental para diferenciar coisas que confundo e para facilitar a memorização.

  8. Achei demais este esquema! Porém eu faço leituras muito fracionadas, então normalmente já vou marcando na primeira leitura e depois na segunda leitura já tenho os marcadores só passo os olhos para relembrar!
    PS> este post é publicitário?

  9. Ei, Thaís; Adorei o código de cores. Mas aí surgiu uma dúvida: quando os textos são longos, 200 páginas, por exemplo, você usa o mesmo esquema, lê quatro vezes o texto?

  10. Oi, Thais. Tudo bem?
    Estou terminando o doutorado e uma coisa que me ajudou muito foi o programa Mendeley. Não sei se você já conhece, mas ele é ótimo para organizar seus artigos e você pode visualizá-los em qualquer lugar que tenha internet porque fica tudo na nuvem. O sistema é muito amigável e uma mão na roda na hora de escrever. Ele organiza as referências em vários estilos e permite mudar a ordem de citações e o estilo a qualquer momento – isso facilita muito nas correções com o orientador. Além disso, ele é gratuito e suporta bibliotecas de outros sistemas como o EndNote. Se ainda não conhece, recomendo! 🙂
    Um abraço e bons estudos!

  11. Olá Thais, eu também não gosto de textos digitais, mas as vezes não tem jeito. Eu uso o Foxit Reader. Se você quiser experimentar, ele permite grifos de diversas formas diferentes no PDF.
    Força pra nós nesse jornada de mestrado!

    abraços!

  12. Tenho usado um código que funciona pra mim. Não acho prático andar com mais de uma caneta ou lapiseira, então eu sublinho pra marcar os argumentos principais, a estrutura do texto; faço uma chave ou uma barra na lateral dos trechos interessantes mas que não são essenciais pra compreensão do texto; e escrevo na lateral apenas o que é “minha ideia”: comparações e relações com outros assuntos ou leituras, dúvidas, hipóteses etc.

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