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O que eu aprendi sobre a minha organização com nosso filho internado

Na noite em que escrevi o último post, sobre o planejamento do mestrado, o Paul (nosso filho) estava com um leve resfriado. Na manhã seguinte, acordou abatido e com um cansaço fora do normal, então o levamos ao pronto-socorro. Chegando lá, ele foi internado imediatamente porque estava com a saturação muito baixa e precisava de suporte. Desde então, está na UTI e nossas vidas tinham tudo para virar de cabeça para baixo, mas graças a uma organização efetiva e descomplicada, estamos passando por essa fase da maneira menos traumática possível.

Ontem, enquanto o acompanhava dormindo no quarto, comecei a pensar em como estavam sendo os nossos dias e anotei alguns esboços para compartilhar aqui no blog. Penso que esses exemplos da vida real ajudam bastante a mostrar como a organização pode ser útil na nossa vida.

O propósito de tudo

A primeira coisa é se engajar apropriadamente. Saber que o propósito de tudo, naquele momento, era garantir que o Paul ficasse bem. 100% da minha atenção estava naquilo. Portanto, as prioridades estavam muito claras – tudo o que não tivesse relação com ele ficar bem teria que ser renegociado.

Compromissos inadiáveis

Tanto meu marido quanto eu tínhamos alguns compromissos inadiáveis nos próximos dias, e a solução foi nos alternarmos em um esquema de rodízio para ficarmos no hospital. Tudo o que poderia ser remanejado foi de fato remanejado. Precisei cancelar reuniões e outros compromissos, e ele também.

Nós dois ficarmos bem

Para conseguirmos entreter o Paul, para ajudarmos na recuperação dele, nós dois precisamos ficar bem. Então nos organizamos para que ambos conseguissem dormir direito e fazer outras coisas para estarmos mentalmente bem o tempo todo em que estivéssemos com ele no hospital.

Entretenimento

É muito difícil ficar em uma cama de hospital, sem poder levantar nem para ir ao banheiro. Para que o entretenimento dele não dependesse apenas da programação da tv, listei uma série de coisas que poderíamos fazer para ele passar o tempo, que incluiu:

  • gibis novos
  • vídeo-game portátil
  • ler livros com ele (Harry Potter)
  • brincadeiras de adivinhação
  • música
  • piadas

Estreitar o relacionamento com conversas significativas

Demonstrar nosso carinho por ele de uma maneira mais acentuada é muito importante nessas horas. Estou aproveitando para ter conversas muito legais com ele. Apesar de ele ser criança (7 anos), já tem uma cabeça que surpreende, como toda criança!

Tive uma conversa sobre coisas que ele gostaria que a mamãe fizesse mais em casa e coisas que eu não faço e que ele gostaria que eu fizesse, e as respostas foram bem legais! Ele disse que gosta quando eu me preocupo com ele, quando eu faço comida e quando dormimos juntos. Das coisas que ele gostaria que eu fizesse mais, ele disse “ficar comigo quando eu estiver na casa da minha avó” e “fazer passeios interessantes”. Achei tão bonitinho.

Organização da vida por fora

Extra-Paul, existiam providências que eu precisava tomar, que aí sim entra a parte da organização prática como um todo.

O primeiro princípio que estabeleci foi: não deixar as caixas de entrada se acumularem. Por isso, todos os dias me preocupo em cuidar das mensagens que recebo e das ideias que capturo no meu caderninho e no meu Evernote. Isso tem me ajudado a não ficar com aquela sensação de sobrecarga ou de que tem alguma coisa urgente esperando por mim.

Outra coisa foi manter a casa em ordem. Toda vez que eu venho para casa, faço o mínimo, que é lavar a louça, trocar as lixeiras e cuidar da roupa. Todo o resto pode esperar, mas pelo menos a casa se mantém funcional.

Consegui cumprir compromissos minimamente. Por exemplo, nesse último final de semana, eu precisava postar os vídeos da quinta aula do curso online Organize-se em 2018. Como já estavam gravadas com antecedência, eu aproveitei cada intervalo em que viesse para casa para subir as aulas aos poucos (demora bastante cada vídeo, mesmo com a internet boa, porque os arquivos são pesados). Eu também consegui garantir que os vídeos que eu já tinha gravado e agendado para o YouTube entrassem adequadamente. Ou seja, ter feito tudo com antecedência me ajudou com esse imprevisto.

Avisei todas as pessoas que têm contato mais próximo comigo sobre a minha indisponibilidade. Como eu falei, e-mails e mensagens consigo lidar diariamente, mas sempre que preciso entregar algo, eu aviso que não conseguirei no momento, e a pessoa pode ou esperar ou delegar para outra.

Mindset

Como vocês sabem, a mente é tudo. Por isso, a primeira coisa que fiz, enquanto estava arrumando a nossa mala para o dia da internação, foi baixar no Kindle o e-book do “Atitude Mental Positiva”, do Napoleon Hill. Eu só levaria o Kindle para o hospital (o quarto da UTI é pequeno) e decidi que, naquela noite, eu releria os principais trechos do livro. Eu passei a noite com o Paul e foi decisivo para mim reler esse livro naquela noite, porque me permitiu continuar engajada na sua recuperação e manter a mente alegre e positiva.

O diagnóstico final ainda não saiu, mas tudo leva a crer que ele desenvolveu um quadro de asma e terá que fazer acompanhamento médico posteriormente. Ainda não temos previsão de saída, então por isso aproveito para dizer que não estou conseguindo responder todos os comentários como sei que merecem, mas tenho lido tudo e, em breve, estarei de volta 100%. Obrigada.