Categoria(s) do post: Diário da Thais

Pelo que eu vejo ao meu redor, 2017 foi um ano que dividiu as opiniões. Algumas pessoas consideraram o ano terrí­vel, enquanto outras tiveram um bom ano. Eu sei que é complicado chamar 2017 de “ano incrí­vel” quando paro para pensar na situação polí­tica do nosso paí­s, que não teve nada de incrí­vel. Porém, chamá-lo de incrí­vel faz parte de uma mudança ABSURDA de mindset que eu tive este ano, e que foi responsável por torná-lo um ano tão legal. Então este post traz o meu resumo do ano, uma retrospectiva pessoal, do ponto de vista da realização, que veio graçí s í  organização. Afinal, este é o assunto do blog.

Entre o meu aniversário em setembro de 2016 e setembro de 2017, eu estava em um ano pessoal 7, que na numerologia representa um ano super introspectivo. Realmente assim foi o meu ano. Tudo o que aconteceu, veio de dentro. Mas foi importantí­ssimo. Não estaria aqui agora se não fossem as mudanças fundamentais que ocorreram (e eu fiz acontecer) neste ano que passou.

Atitude Mental Positiva

Eu não conseguiria falar sobre 2017 sem falar sobre o principal tema do ano, que foi essa mudança importantí­ssima de mindset que começou lá atrás, quando eu tirei a minha certificação de coaching em julho de 2016 e, em setembro 2016, quando sofri uma espécie de “luto profissional” que me deixou de cama mais de uma semana, sem perspectiva de vida. Foi quando eu percebi que, se a minha mente não estivesse bem, eu não ficaria bem. A partir daquele momento, eu comecei a trabalhar para deixar a minha mente bem – simples assim. Estudando, lendo, ouvindo pessoas que eu admirava. Muito aos poucos – e essa construção veio por todo o ano de 2017 – minha vida MUDOU COMPLETAMENTE.

Recentemente eu escrevi um post sobre isso, que recomendo fortemente que você leia. Nele, eu falo como essa mudança de mindset me ajudou com a prosperidade de maneira geral (não tem a ver só com dinheiro). Eu atribuo toda essa construção que eu tive a cinco pessoas, que agradeço aqui publicamente:

  • Renata Arrepia, minha instrutora na formação de coaching (que mulher fantástica)
  • David Allen, porque só quem chega na integração do GTD sabe o que quero dizer (“você não tem problemas, você só tem projetos”)
  • Conrado Adolpho, por todas as inspirações relacionadas ao meu trabalho
  • Napoleon Hill, pelos livros incrí­veis que mudaram absolutamente tudo
  • EU MESMA, por ter continuado a meditar diariamente e fazer disso um dos melhores hábitos que eu poderia ter incorporado na minha vida

GTD me ajudou mais que meditação, vale dizer.

Eu escrevi um post em janeiro sobre como um empreendedor pode superar um ano de crise e continuar empreendendo. Eu ainda não estava 100%, mas já tinha identificado o problema (minha mente).

Essa tema, essa mudança, certamente foi um dos maiores marcos deste ano, e algo que vou levar para toda a vida.

Meu lema para 2017 foi “mente como água”, e foi algo que me guiou ao longo do ano e fez toda a diferença. Se algo fosse me deixar para baixo, me chatear, me estressar, eu simplesmente mudava a chavinha e lidava de uma maneira completamente diferente, buscando sempre o lado positivo. Deu certo!

Saúde

O segundo tema que certamente teve toda a minha atenção em 2017 foi a minha saúde. Comecei o ano mal, gente. O lance da cabeça, mais problemas com o corpo, me deixaram em um estado não muito feliz. Engordei muito, compliquei doenças que desenvolvi na gravidez (sete anos atrás), e não tinha pique para quase nada, além da auto-estima que não me deixava í  vontade para gravar ví­deos, aparecer em eventos e outras coisas.

Ainda em 2016, eu iniciei um tratamento com a minha endocrinologista (e amiga), associando dieta com remédios e academia. Aliás, eu sempre fiz reeducação alimentar e academia, a vida toda. Só que chega num momento, e só quem já foi obeso sabe, que você não consegue mais emagrecer. Putz, é complicado. Anos atrás, em 2013, mais ou menos, um fiz uma reeducação alimentar com foco em low carb e emagreci 22kg. Foi ótimo, mas aí­ desenvolvi outros problemas de saúde e, mesmo com reeducação alimentar e atividade fí­sica, aos poucos fui engordando novamente.

Este ano, devido a um problema maior (no esí´fago), e por ter todas as comorbidades relacionadas, eu fui submetida í  cirurgia bariátrica no final de abril. Foi um processo que começou no final de 2016. Eu não queria operar, tinha medo. Me sentia (no fundo) fracassada por chegar a esse ponto (tudo isso foi embora com a terapia). No final das contas, já não era questão de escolha, e precisei fazer.

Me planejei para ficar o mês seguinte inteiro sem trabalhar em eventos e cursos externos, guardei dinheiro, planejei outras atividades, e deu tudo certo. A cirurgia em si foi um sucesso, mesmo porque sou muito disciplinada com tudo. Minha recuperação foi excelente. Porém, é um novo estilo de vida – não porque como em menor quantidade – isso é o de menos. Mas porque seu corpo, seu metabolismo, não é mais o mesmo. O corpo não absorve mais os nutrientes como o fazia antes, a menstruação muda, o ní­vel de energia muda (tem picos e baixas) e ainda estou aprendendo a me redescobrir.

Portanto, este tema tomou todo o meu ano, e com razão. No segundo semestre, tive um princí­pio de anemia, que retornou agora em dezembro. São simplesmente caracterí­sticas de quem se submeteu a essa cirurgia (não acontece com todos, mas pode acontecer), e não por eu estar fazendo algo de errado. A gente vai ajustando.

Mas, de modo geral, me sinto muito bem. Ainda não me considero magra – o que é estranho, porque já perdi mais de 30kg. Meu foco tem sido em realmente adequar a alimentação, mudar completamente o meu estilo de vida – ou, melhor, ter o estilo de vida que sempre gostei, mas que o peso não me permitia ter, porque não tinha disposição. Então agora consigo subir escadas, correr com o meu filho, andar muito mais a pé, fazer exercí­cios diariamente e comer menos sem que isso signifique passar mal “porque comeu pouco”.

Pretendo falar mais sobre esse processo sim em posts futuros, para ajudar quem estiver passando por isso, mas não poderia deixar de citar aqui, neste resumão do ano, porque o impacto foi total.

Grêmio

Leve bí´nus aqui neste post para falar que:

  • Melhor técnico do mundo: Renato Portaluppi
  • Melhor zagueiro e jogador de todos os tempos: Pedro Geromel
  • Meu time foi tri campeão da Libertadores
  • O mundial chegará!
  • Conheci a Arena do Grêmio – sonho realizado!

Só isso. Continuamos com a programação normal. XD

Arte

Quando eu reviso os posts do ano para o blog, vejo que escrevi bons posts, que refletiram aspectos muito importantes da organização e dos meus aprendizados este ano, mas foram em menor quantidade. Quando paro para pensar em como estava a minha vida entre o final de 2016 e o começo de 2017, fica claro por quê. Como eu falei, não estava legal. Fico surpresa por ter continuado escrevendo tanto – hoje eu entendo. Escrever é a minha arte, a minha criação, o que faço naturalmente. Faz parte de quem eu sou.

Por isso, uma das coisas legais que eu passei a fazer esse ano (vocês podem rir, se quiserem) foi passar a me chamar de “artista”. Eu li um livro muito legal, chamado “Os Segredos dos Grandes Artistas”, que me mostrou a importí¢ncia da rotina na vida dos artistas, incluindo escritores. Oras, e não é isso o que eu sou? A partir daquele momento, comecei a encarar a minha vida, e o meu dia a dia, de outra maneira. Isso aconteceu por volta de outubro, mais ou menos.

Eu já tinha concluí­do que CRIATIVIDADE é um valor muito importante na minha vida. Se eu não conseguir expressar a minha criatividade no que quer que seja, eu me sinto morta. í‰ o que me desmotivou de empregos passados e atividades relacionadas.

Quando eu parei para analisar todas as atividades na minha vida relacionadas a esse poder de criação, percebi como são todas as atividades que eu mais gosto de fazer: escrever, desenhar, pintar, compí´r, tocar um instrumento, criar uma receita do nada na cozinha. E aí­ decidi que essa criação, essa arte, seria uma prioridade para mim, todos os dias.

O conteúdo, da maneira como eu produzo, crio, escrevo, faço, vai ter muito mais espaço. Até mesmo por isso eu aceitei de bom grado a ideia de criar e explorar novos canais além do Vida Organizada – porque é o que eu quero e tenho potencial para fazer.

Eu deixei o conteúdo de lado este ano e eu vejo como isso influenciou no meu trabalho, no meu astral, e em todo o resto na minha vida. Não mais. 🙂 Essa é a minha arte, é o que eu faço, e o que será responsável pelo legado que quero deixar aí­ pelos próximos 50 anos.

Cursos

Em 2017, eu pude refinar a minha ideia para cursos, ensino, programa educacional e assuntos relacionados.

Foi o ano que eu tive certeza que gostaria de ser professora. Me aposentar dando aulas.

Por isso, passei a ver todos os cursos que criava e ministrava com outros olhos, outro propósito. Queria aprimorar minha didática, minha fala, minhas pesquisas, dar mais embasamento ao que eu falo, em respeito aos alunos que confiam em mim ao comprar um curso meu.

No primeiro semestre, elaborei um curso online de organização da casa e feng shui, junto com a Wanice Bon’ívigo, do Armazém da Energia. Foi uma boa experiência em diversos aspectos, e já pensamos em melhorias para uma edição nova futuramente.

Lancei bons cursos online, a saber:

Além de trazer melhorias para os outros cursos que estão disponí­veis aqui.

Não realizei nenhum curso presencial do Vida Organizada, o que foi bom. Eu precisava descansar, gente.

Por outro lado, foquei nos cursos presenciais de GTD, em uma média de dois por mês – sempre um em São Paulo e outro em outra cidade. Fui para diversas capitais do paí­s: Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goií¢nia, Brasí­lia, Recife, Fortaleza.

Um grande acontecimento com relação a esses cursos foi que, em setembro, a empresa terceirizada que cuidava da organização e das vendas dos cursos de GTD encerrou suas atividades, então toda essa parte veio para mim. Eu levei um tempo para me organizar e me acostumar com o volume insano de novas atividades, e de certo modo ainda estou me estruturando em termos de processos, mas o planejamento das próximas turmas já está mais tranquilo para o ano que vem (confira algumas datas aqui).

Também foi um ano bacana em relação a trabalho voluntário. Realizamos cursos, palestras e coaching com o pessoal da ADEVA (Associação de Deficientes Visuais e Amigos), um trabalho que pretendemos continuar no ano que vem e além.

Ainda em 2017, em setembro, teve uma nova capacitação dos instrutores da Call Daniel (franquia brasileira do método GTD), organizada por mim, já que sou a Master Trainer (pessoa responsável pela capacitação dos instrutores) brasileira da metodologia. Esse processo ainda está em andamento e deve prosseguir até fevereiro ou março.

Eu também iniciei a minha certificação de Coaching GTD este ano, com previsão de finalização até o meio do ano que vem. Isso me ajudou a focar melhor no meu trabalho de consultoria, cujo desenvolvimento ainda está em andamento.

Ah, e é claro, um dos maiores passos em direção í  me aposentar dando aulas: entrei no mestrado. Não vejo a hora de começar!

Relacionamentos

Este é um assunto que vou abordar mais em 2018, especialmente porque terá a ver com a linha editorial do ano que vem (que vou explicar melhor em um post no iní­cio de janeiro).

Mas eu não posso negar como esse tema foi foco na minha vida este ano.

No iní­cio do ano, eu comecei um trabalho de terapia porque gostaria de melhorar meus relacionamentos. Todos. O trabalho não durou muito tempo, mas foi excelente. Me ajudou a ver com outros olhos coisas que eu aceitava e que eu não deveria aceitar. Me ajudou a ver que “não sou obrigada” a uma série de coisas que não me permitia negar antes, com relação a determinadas pessoas.

Isso me libertou de tal forma que eu pude me abrir muito mais a relacionamentos significativos, maduros e inspiradores para mim, assim como estar mais disposta emocionalmente para ajudar amigos, parentes e colegas que precisavam de mim.

Além de um acontecimento que mudou completamente a minha vida e tudo o que importa.

í‰ difí­cil escrever isso sem dar exemplos pessoais, e dar exemplos pessoais é se expí´r demais, nesse caso. Mas sim, foi importante. E também, claro, um reflexo de todas as outras coisas que já escrevi neste post.

Filhote está maravilhoso, gente. Sete anos, indo para os oito, apaixonado por matemática, leituras e a vida em famí­lia. Eu me sinto privilegiada por ter a oportunidade de “criar” um ser humano dentro de casa e para o mundo.

Casa

Um assunto que foi pauta deste ano foi a nossa mudança de casa para uma região mais central, que é o bairro que eu nasci e cresci, perto da minha avó, e o sentimento de que todas as coisas se encaixaram desta vez. Não tenho muito mais para falar sobre isso além dessa conquista, que concluí­mos no segundo semestre. Tivemos muitos desafios relacionados ao assunto casa este ano (assalto, problemas estruturais, mudanças forçadas etc.) que eu prefiro nem falar porque de más notí­cias eu quero distí¢ncia. Já passou e estamos felizes. Fim. <3

36

Desde bem mais nova, eu dizia que a minha “idade limite” para “virar adulta” eram os 36 anos. Em 2017, eu completei essa idade e posso dizer certamente que me considero adulta, responsável pela minha vida. Aliás, é isso que eu acho que um adulto é.

Também ganhei meu primeiro fio de cabelo branco, e fiquei muito feliz com ele! Feliz por ele ter aparecido tão tarde (atribuo ao GTD e í  meditação, certamente). E feliz também porque envelhecer é um privilégio. Significa estar viva, acumulando experiências, vivenciando novas oportunidades.

Quando eu tinha uns 15 anos, acompanhei minha avó ao cabeleleiro, quando ela foi tingir os cabelos (ela não tinge apropriadamente – passa rinsagem para eles ficarem branquinhos que nem a mamãe Noel, rs). E, lá, teve essa mini-discussãozinha sobre tingir cabelos, e eu disse que não gostaria de tingir quando fosse mais velha. Toooodas as tias no salão disseram que eu mudaria de ideia “assim que aparecessem meus primeiros cabelos brancos”. Pois bem, eles começaram a aparecer e eu sigo com a mesma opinião. Eles representam marcas importantes para mim.

Tive um pai que morreu cedo, devido a um cí¢ncer, e tive amigos que também se foram, e í­dolos ou pessoas que eu gostava. Eu continuo achando que envelhecer é um privilégio, e me sinto feliz por ter a oportunidade de passar por todas essas fases na vida.

Você concorda comigo que foi um ano incrí­vel?

Muito obrigada a VOCíŠ, leitor ou leitora, por estar aqui me acompanhando esses anos todos. Lá vamos nós para mais um ano organizado. <3