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Teoria dos baldinhos

Essa teoria dos baldinhos me ajudou muito quando eu comecei a organizar a minha vida financeira. Hoje não lembro mais quem é o autor dela (acredito que seja o Gustavo Cerbasi, mas me corrijam nos comentários se eu estiver errada!). Basicamente, a teoria diz o seguinte:

Pense no seu dinheiro como se fossem moedinhas que você, quando recebe, distribuísse em baldinhos. Você enche o primeiro baldinho antes de todos. Quando ele estiver cheio, você começa a encher o segundo. E assim vai, até chegar no último (e seu dinheiro acabar).

Mas quais são esses baldinhos?

  1. Primeiro baldinho: contas e dívidas
  2. Segundo baldinho: investimentos
  3. Terceiro baldinho: imprevistos
  4. Quarto baldinho: lazer e extras

Você pode, é claro, adicionar outros baldinhos, como por exemplo “viagem de férias”.

Então funcionaria assim: você recebeu seu salário. Separe o dinheiro necessário para pagar contas e dívidas. O raciocínio aqui é o seguinte: você precisa manter as contas pagas e precisa quitar o quanto antes qualquer dívida que tiver. Quando quitá-las, poderá ter mais dinheiro para possíveis investimentos (o segundo balde).

Algumas pessoas recomendam que você inverta o segundo com o primeiro baldinho, primeiro investindo e depois pagando as contas.

Então, se acontecer de o dinheiro só dar para os dois primeiros baldinhos, considere-se privilegiado. Porque se você consegue pagar as suas contas e ainda investir o dinheiro, você tem mais dinheiro do que a maioria das pessoas no país onde a gente vive, que muitas vezes não têm dinheiro nem para pagar as próprias contas.

O que pode acontecer aqui é você querer diminuir a quantidade de contas para poder investir mais ou para que sobre dinheiro para os outros baldinhos. Aí você vai remanejando.

Não existe também uma proporção fixa para cada um dos baldinhos, pois cada pessoa ou família vive uma realidade diferente. Existem algumas recomendações de “mercado”, como por exemplo guardar 10% para os imprevistos, não gastar mais de 30% do salário em contas, etc. Mas depende muito da fase de vida de cada um também. Portanto, veja o que é possível você fazer hoje com a sua realidade.

Na parte de contas, você pode inserir também despesas do dia a dia, como compras no mercado e na farmácia. Estipule um orçamento e tente trabalhar com ele ao longo do mês. Caso falte, você pode pegar do baldinho dos imprevistos e aí ajustar para o mês seguinte.

“Ah Thais, mas se for assim, nunca vai sobrar dinheiro para lazer e extras”. Também depende muito de você. O que acontece é que muita gente, quando recebe o salário, já sai gastando com isso. Então a teoria dos baldinhos serve para mostrar que, olha, não sai gastando o salário inteiro não, amigo. Tem coisa pra pagar antes, que é mais importante ou tão importante quanto. É só uma sugestão, um direcionamento, não uma regra.

Alguém já utiliza essa teoria dos baldinhos?

Autor

13 comentários em “Teoria dos baldinhos”

  1. Nunca tinha ouvido falar nisso, mas a experiência acaba fazendo a gente pensar nessa teoria sem usar o nome propriamente dito. Tenho ficado em débito com os investimentos; mas desde o último mês, tenho refletido e buscado poupar, ainda que pouco. E o balde das contas está bem inflado, pois fizemos “investimentos” no cartão de crédito para algumas coisas em casa. Será que posso chamar de investimento algo pro meu conforto?

    Aprendendo MUITO nesse mês dedicado a finanças 🙂

  2. Adoro essa teoria, também não me lembro aonde li sobre isso… Mas acredito que eram apenas 3 baldinhos: contas, investimentos e luxos, mas faz muito sentido adicionar o dos imprevistos (porém eu o colocaria como segundo rs)

  3. Adorei tbm.
    Eu faço algo do tipo, ñ sei se está correto.
    Tenho uma pastinha sanfonada, das bem pequenas. Cada divisória tem um nome de uma despesa, e muitas deles ainda tem subdivisões. Por exemplo: Em uma tenho separado: “Açougue”, “gás”, “super”, em outra “Padaria e feira”/ “faxina”/ “casa”/”carro”/”medicamentos”/ Um para cada um dos meus filhos, que são 2/”IPTU”/”IPVA”/…e por aí vai. é um pouco detalhista quem sabe, mas separo os valores rigorosamente todos os meses. E qdo falta em algum , se for muito urgente, pego de outro, senão espero o próximo mês entrar. FAz algum tempo que não consigo separar para investir, mas, assim que der, retomo esse baldinho tbm.

  4. Uso há anos o esquema dos 50-30-20. Com 50% da renda pago todas as despesas indispensáveis, necessárias, aquelas que temos todo mes. De supermercado a plano de saúde, de combustivel a telefonia, tudo tem que caber dentro desses 50%. Os 30% são para aquelas despesas que não são indispensáveis, mas tornam nossa vida mais feliz: lazer, vestuário, cuidados pessoais, alguma viagem, compras diversas. E 20% são investidos. Funciona bem para mim.
    É preciso ter bastante cuidado com o conceito de “imprevisto”. O IPVA do carro, o seguro, a troca de algum eletrodomestico, nada disso é imprevisto. Todas essas despesas não rotineiras podem ser previstas, temos como nos preparar para elas. Para os imprevistos reais(uma conta maior na farmácia, algo que quebrou e tem que ser consertado), aí é legal reservar um pequeno percentual da renda, todos os meses. Tipo 1 ou 2%.

  5. Nossa, adorei!
    Mas como fazer essa separação fisicamente, porque por exemplo, meu salário, fica no banco… Será que sacar o dinheiro para determinadas despesas como feira, padaria por exemplo que são lugares que quase sempre compramos com dinheiro é a melhor alternativa?

    1. Oii Patricia, deixa eu dar minha opinião rsrs. Eu uso esse método mas com envelopes, eu prefiro sacar o dinheiro e ir pagando com ele, acredito que quando nós olhamos o dinheiro saindo temos mais controle, já no débito parece que gasto mais porque não vejo ele saindo da carteira.
      Padaria, mercado, açougue, farmácia, feira – gosto de fazer tudo no dinheiro e quando recebo já deixo separado e sei quanto eu devo gastar, assim evitando extrapolar.

  6. Gustavo Cerbasi é um ótimo profissional, ele fala sobre finanças com muita clareza e convicção. Sou seguidor dele no YouTube. Outro canal muito bom sobre finanças é o EconoMirna.

  7. Nunca tinha ouvido falar dessa técnica. Estou tentando colocar em prática a técnica dos envelopes, separando o dinheiro para cada dívida e investimento, com objetivo de ver o dinheiro físico e ter mais controle sobre ele.
    Vou procurar saber mais sobre essa técnica 🙂
    Abraços.

  8. Eu tenho nesse caso que colocar todas a contas em um baldinho, ou colocar o valor proporcional para esse baldinho de contas? Não entendi muito bem, mas achei muito interessante, pois estou começando agora e preciso me organizar para ontem. Esse processo deve ser feito no mês atual, ou como provisão para o mês seguinte? Grata se alguém puder me ajudar com as minhas dúvidas1

  9. Já fui super descontrolada com dinheiro mas com o tempo consegui me organizar e chegar ao nível ideal que mantenho há alguns anos. Minha organização financeira veio no momento que parei de usar agenda e fiz o caderninho de organização que a Thais indicou em um post.

    Separei o caderno da seguinte forma: 1° caixa de entrada – 2° Finanças -3° Lista de desejos – 4° Metas e objetivos. Quando usava agenda tudo isso se misturava e como usava muito o cartão de débito e crédito acabava ficando no cheque especial.
    Minha parte de finanças é sempre a mais utilizada e é a que separo mais páginas. Faço uma página com as com as contas fixas de cada mês sendo que o número 1 da minha lista é o Investimento, seguido das minhas “Semanadas” (50,00 que tiro pra cada semana do mês que totalizam 250,00 já incluindo a primeira semana do mês seguinte. Este é o dinheiro que fica na minha carteira pra gastos diversos como lanches na rua, um brinco que eu veja e queira comprar, padaria etc. Quando estou mais apertada separo somente 30,00 pra cada semana ;). Os demais itens da lista, são água, luz, cartão de crédito (que estabeleci um teto de 400,00 e não ultrapasso). Com a lista pronta coloco meus salários na parte superior na mesma página, somo as todas as contas e já coloco o valor do investimento que vou fazer no mês. Depois faço alguns pagamento online, saco a quantia que preciso em dinheiro e separo os valores identificando com um post it e um clips cada quantia de dinheiro.
    Conforme vou pagando as contas vou riscando da minha lista, geralmente antes do dia 15 já está tudo pago, amo riscar aquela lista kkk. Outra coisa que ajudou a fazer esse processo ficar ainda mais prazeroso foi que em cada post it que uso pra separar o dinheiro escrevo uma frase como “sou prospera”, “sou amiga do dinheiro” “me amo”, “me cuido” etc.

    Ah! E nas paginas seguintes a esta página das despesas fixas coloco os “gastos diversos” onde anoto cada coisinha que compro, no fim do mês faço um balanço de quanto gastei com lazer, comida na rua, vestuário etc.

    Enfim, tem funcionado muito bem pra mim assim… Sou da galera do papel e me controlo bem com meu caderninho, post-its e canetinhas. #adoro

    Abraços

  10. Simmm, utilizo!

    E da muito certo! Mas não foi de uma hora para a outra.
    Tive de ter muita perseverança para não botar a mão no baldinho errado na hora errada e vira-los de cabeça pra baixo, rsrsrrs

    Já tenho iniciado do desfrute de estar mais aliviada para novos investimentos após gerir com foco os dois primeiros baldinhos!

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