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Como organizar o orçamento doméstico

Em um post anterior, eu comentei um pouco as minhas recomendações para traçar um plano financeiro de vida. Hoje, eu gostaria de falar sobre o que, na minha opinião, é o que mais influencia para a gente conseguir cumprir tal plano, que é a organização do orçamento doméstico.

Vale lembrar que o orçamento de uma casa deve ser conhecido e trabalhado por todos que moram nela. Não importa se você tem filhos pequenos ou pais idosos. Todos que moram na casa devem conhecer o plano financeiro para a vida porque, dessa forma, encontrarão motivação para ajudar. A primeira coisa que recomendo, então, é que você converse com seus familiares sobre o seu plano financeiro, até mesmo para fazer ajustes. Quem sabe você não ouve sugestões que poderão melhorá-lo?

Uma vez que todos conheçam o plano, fica mais fácil gerar o entendimento do “por que precisamos economizar no mercado” ou “por que não vamos comprar um presente de Natal tão caro”. Isso é particularmente especial com crianças pequenas, pois você já está ensinando o valor do dinheiro para elas desde cedo, envolvendo-as nessas decisões.

Muito se fala em “criar uma planilha de orçamento doméstico”. Puxa, eu acho que a planilha tem que ser a última coisa. Antes, você precisa ter noção de quanto cada pessoa que mora na casa ganha (líquido) e listar as despesas fixas (aluguel, condomínio, financiamentos, gás, luz, escola etc). Depois, precisa observar durante um a três meses como são os gastos diários da família – porque aqui é que está o “verdadeiro vilão” do orçamento familiar – os pequenos gastos do dia a dia. O mercado que deu R$1.500 este mês e R$2.500 no outro. A gasolina que gastou R$600 este mês e R$200 no outro. Você vai se surpreender com esses valores.

“Ah Thais, mas onde eu anoto?”. Você pode verificar no próprio extrato bancário, se usar apenas o cartão de débito ao longo do mês, ou registrar em aplicativos como o Guia Bolso, ou mesmo usar um bloquinho de notas. Fica totalmente a seu critério. Não precisa fazer isso sempre – mas vale a pena investir esforço em fazer durante um, dois ou três meses para ter uma ideia de para onde estão indo essas despesas.

Uma vez que você tenha feito essa análise, poderá ter uma média e aí sim criar “a planilha” do orçamento doméstico, onde poderá estabelecer metas para esses gastos diários. Coisas como: “Olha pessoal, mês passado gastamos R$200 com cinema, pipoca etc. Vamos tentar ir menos ao cinema e gastar R$100 por mês com isso?”. Não estou dizendo necessariamente para deixar de ir ao cinema, é apenas um exemplo. Busque maneiras de economizar que sejam viáveis para a sua família. Às vezes o que faltava era apenas essa percepção do quanto se gastava para fazer escolhas melhores.

Pode ser que, fazendo essa planilha (e não precisa inventar moda aqui não, viu? existem dezenas de modelos prontos pela Internet, mas basta você criar uma tabela e inserir fórmulas simples de soma de valores), você perceba que tem um déficit mensal de valores. Se isso acontecer, aí sim vocês devem discutir como diminuir as despesas. Pode ser que alguns cortes não sejam apenas desejáveis, mas necessários.

Para os gastos do dia a dia, o que pode ajudar é estabelecer um teto para eles e já separar o dinheiro no início do mês para cada coisa. Dinheiro para o mercado, dinheiro para a farmácia, dinheiro para a gasolina, dinheiro para o lanche da escola etc. Pode ser um pouco trabalhoso, mas “dói mais” quando a gente mexe com dinheiro que quando passa no débito. Vocês podem fazer isso pelo menos até se disciplinarem com os novos gastos.

E aí não tem segredo: faça um acompanhamento semanal do que tem entrado e saído, e faça ajustes sempre que for necessário. Uma vez por mês, revise as finanças e veja se correu tudo certinho.

Uma dica que quero dar aqui é: pague os investimentos antes de pagar qualquer conta. Por exemplo: se sua meta é construir um fundo de emergência de R$5.000, pague esta conta antes de qualquer outra. Você pode querer depositar R$1.000, R$500, R$100, quanto for. Planeje-se para saber quanto deve guardar todo mês para alcançar essa quantia desejada. Depois, quando tiver outros investimentos, pague-os primeiro também, antes de pagar as “contas”.

Esse é um comportamento financeiro importante que fará toda diferença no modo como você lida com as finanças para o resto da vida.

Como você costuma organizar o orçamento doméstico? Deixe seu depoimento nos comentários para ajudar outros leitores, por favor.