fbpx

Assine a Newsletter do blog - clique aqui

Meu sistema GTD atual: Horizontes mais elevados (Julho 2017)

No post de hoje, vou mostrar como organizo meus horizontes mais elevados em meu sistema atual.

Os horizontes mais elevados são: metas e objetivos (horizonte 3), visão (horizonte 4) e propósito e princípios (horizonte 5).

Como os outros, eu organizo através de pilhas, cadernos e notas no Evernote.

Eu não separava em pessoal e profissional e passei a fazê-lo recentemente só para seguir a mesma linha das áreas de foco (que falei em um post anterior – dê uma olhada). Para mim também é interessante fazer assim porque, quando mostro meu sistema para os alunos nos treinamentos, as coisas pessoais eu não clico para mostrar porque são muito pessoais.

Ainda não fiz o curso de Nível 3 com o David Allen para aprender boas práticas sobre planejamento desses horizontes, então é muito provável que essa organização mude quando fizer o curso, no ano que vem. O que implemento tem a ver com o que aprendi nesses anos, estudando o material já disponível publicado por ele.

Objetivos

Gosto de planejar meus objetivos usando o modelo de planejamento natural para projetos (que explico mais aqui). Como se tratam de resultados desejados também, porém em um horizonte mais elevado (até dois anos), para mim faz sentido e fica legal. Infelizmente não tem como mostrar um exemplo de como eu faço porque objetivo é algo muito pessoal e eu acredito que a gente não deva publicar objetivos até que sejam alcançados. Mas basta ver o modelo que inseri para projetos no post linkado acima, que é a mesma coisa. A única coisa que incluo a mais é o item “projetos relacionados”.

Pode parecer que eu tenho muitos objetivos (e isso soar como algo ruim), mas o fato é que, pra mim, objetivos são como “macro projetos”. Por exemplo: eu tinha um projeto que era traduzir todos os guias de configuração da David Allen Co. para o português. O fato é que isso não levará apenas um ano, e demorei alguns meses para perceber isso. Logo, subi um horizonte. Tenho esse objetivo listado e, nos projetos, tenho o meu projeto em andamento, que é traduzir o guia do Evernote para Mac, assim como tenho projetos delegados, que outras pessoas estão traduzindo (e estão em Aguardando Resposta – Projetos). O objetivo virou “garantir que todos os guias sejam traduzidos”. Me deu mais clareza. Então tenho vários objetivos assim, que não são coisas etéreas.

Aliás, isso é importante. Procuro aplicar a técnica SMART a todos os meus objetivos (isso não é do GTD, mas dá total apoio): S (específico), M (mensurável), A (alcançável), R (realista) e T (tem prazo).

Visão

Em visão, eu tenho um tickler para o Paul (nosso filho) até ele completar 18 anos, que reviso anualmente. A ideia é ir inserindo ideias e informações úteis que posso querer acessar quando ele tiver determinada idade. Por exemplo, para este ano (em que ele completou sete anos), eu tinha anotado que gostaria de colocá-lo nas aulas de futebol, então fiz isso em fevereiro.

O que caracteriza o horionte 4 de maneira geral é o estilo de vida que você está construindo para você mesmo e de que modo isso impacta nos seus objetivos de curto prazo, projetos e ações. É mais fácil de desenhar porque é “a vida ideal”, digamos assim. O mais fantástico é que, à medida que você vai vivendo e envelhecendo, algumas visões também amadurecem, outras mudam, e outras permanecem. Essas, se a gente prestar atenção, denunciam valores, princípios e propósito, que é o horizonte seguinte.

O que eu gostaria realmente de passar para vocês aqui neste post é sobre as infinitas possibilidades que a nossa mente criativa pode dar. Você não precisa escrever as coisas em formato de texto ou mapa mental, por exemplo. Pode desenhar. No caso da visão, eu gosto muito dessa abordagem. De maneira geral, sou uma pessoa muito visual e usar imagens me permite imaginar melhor. E poder de visualização é TUDO.

Por exemplo, eu fiz um mapa com desenhos e expressões que me ajudam a ver qual a vida que eu quero viver daqui a cinco, 10, 15 anos. Fiz esse desenho baseado na ideia de “treasure map” (“mapa do tesouro”) que o David traz no livro “Making it all work” (o terceiro dele, só em inglês). Digitalizei e arquivei nas minhas visões pessoais, no Evernote. Sempre que tenho algo que se enquadre em visão, crio uma nota e insiro, com imagens ou não. Também vale áudio, vídeo etc. Seja criativo!

Você pode desenvolver sua visão para as diversas áreas da sua vida, se quiser. Gosto de pensar assim: “qual a visão da vida que eu tenho ao lado do Paul até ele completar 18 anos?”. O resultado disso entra no horizonte 4 e é incrível, porque isso me permite planejar, pensar sobre as coisas e ter mais coerência nas minhas decisões.

Propósito

Algumas coisas que eu tenho no caderno de propósito pessoal: minha missão (que eu descobri quando fiz coaching), meus princípios pessoais, valores importantes, afirmações pessoais (que leio no meu milagre da manhã), definições que vou tomando ao longo da vida (sempre registro) e imagens inspiradoras, que refletem quem eu sou.

No caderno de propósito profissional, tenho a missão da David Allen Co., a missão do Vida Organizada, valores profissionais e inspirações diversas. Por exemplo, tenho uma frase que o David falou uma vez em um encontro de instrutores que me tocou muito (e ainda toca forte!), e que sempre vejo quando fico meio desanimada ou cansada de algumas coisas, ou precisando tomar decisões importantes.

E não é para isso que o propósito serve? ❤️