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Armário-cápsula de inverno (2017)

Continuo montando um armário-cápsula a cada estação, mas o foco tem sido em construir um armário inteiro bom e coerente a cada estação, e não para cada estação. A diferença é sutil. O que tenho feito é aproveitar cada estação para reavaliar todas as minhas roupas e, assim, ir aprendendo melhor o que funciona para mim, o que veste bem, o que é feito de bons materiais, e como comprar de maneira mais consciente. Percebam então que o foco não é em montar um armário-cápsula, mas em usar o armário-cápsula como ferramenta de análise a cada estação.

Eu também não me apego a quantidades, apesar de tentar manter um número reduzido de peças. Eu acredito que, quanto menos peças tivermos, melhor usaremos cada uma delas e mais criativa eu terei que ser nas combinações, mas também não dá para ficar com peças “de menos”, o que pode atrapalhar a minha rotina e logística de lavagens, especialmente no inverno (quando as roupas demoram mais para secar).

Desta vez, eu tentei usar o planner da Un-Fancy, o que é ótimo e dá bons direcionamentos, mas é muito comercial em certo sentido. Por exemplo, ao tentar definir as cores da paleta do armário de inverno, me peguei pensando em coisas como: “gostaria de usar mais turquesa, mas só tenho uma peça, então talvez tenha que comprar uma coisa ou outra”, quando na verdade não é necessário comprar coisas com esse raciocínio específico, e sim de acordo com o gosto ou a necessidade.

Outra mudança considerável foi o uso da paleta de cores. Refiz minha análise com a Ana porque mudei o tom do meu cabelo e queria explorar opções de mais contraste, e atualmente estou com a paleta de inverno profundo.

Eu tenho um problema (não diria que é bem um problema, mas uma questão), que é a dificuldade de ter o olho bom para experimentar e adquirir peças mais coloridas. Por isso, tenho muitas peças em cores neutras. Eu também acho que a variedade de cores é pequena nas lojas e, só quando você atinge um certo nível de genialidade em termos de estilo, consegue desenvolver esse olhar curador e fazer boas escolhas. Aqui entra a importância de uma consultora de estilo para te apoiar.

No meu caso, meu armário, e especialmente as peças de frio, acabam caindo no preto e no azul marinho. Desde 2015 (quando comecei esse estudo) eu venho tentando explorar outras possibilidades de cores, mas acho difícil encontrar. Eu também não me sinto tão confortável usando um sobretudo cor de uva, por exemplo, apesar de achar lindo. Não que eu não goste, mas eu acho que meu estilo é mais clássico mesmo, uma coisa meio french rocker tomboy, com muitas listras, trench coats, sapatos oxford e tecidos naturais contrastando com tecidos mais estruturados. E eu meio que quero aceitar isso, porém aprendendo a fazer boas misturas – uma calça de linho com uma linda blusa colorida de seda, talvez? Esse é o tipo de coisa que vou explorar um pouco mais adiante, e abaixo explico porquê.

Uma imagem vale mais que mil palavras / Créditos: Elle Dinamarca
O tipo de estilo a ser mais explorado / Créditos: Não achei pela foto; peguei do Tumblr

Basicamente, porque também estou em processo de perda de peso. Iniciei um tratamento também há algum tempo, mas mais forte no ano passado, e até então emagreci 14kg. Ainda pretendo emagrecer mais. Tudo isso é assunto para outro post, porque envolve uma mudança grande na rotina, e o foco hoje é o armário-cápsula da estação. Mas tudo isso influencia no que posso comprar, em termos de roupas, e o que preciso (ou quero) esperar mais um pouco. Eu cheguei a escrever um post sobre que tipo de investimento (em termos de roupas) vale a pena fazer quando você está nesse processo de emagrecimento, então o que eu quero dizer é que agora não é o momento de investir em roupas de caimento e estrutura, como casacos, por exemplo. Isso tem me feito usar mais o que eu já tenho, e por isso mesmo meu armário talvez não reflita as mudanças (em termos de cores) da forma como eu gostaria.

Porém, de modo geral, eu vi que existe uma linha sim nesse armário-cápsula de inverno, que envolve tons de verde, azul marinho, turquesa e um pouco de roxo uva. São todas cores que eu gosto muito e que estão na cartela que estou seguindo atualmente, acima.

Seguem as peças:

Quis começar com as blusas de lã porque acredito que elas descrevam bem a paleta de cores que acabou sendo “escolhida” para a estação.

  • Blusa de lã bege – comprada na Feira da Malha em SP
  • Blusa de soft turquesa – Quechua, comprada na Decathlon
  • Blusa de lã verde folha – comprada na Feira da Malha em SP (mas vi uma igual na Renner)
  • Blusa de gola alta verde escuro - comprada na Feira da Malha em SP
  • Blusa de lã azul marinho – Zara
  • Blusa de lã preta com bolinhas brancas – C&A
  • Blusa de lã preta com gola em V - comprada na Feira da Malha em SP

Essas são as minhas camisetas ou blusinhas de malha. Faltam algumas na foto, que estão lavando. Nada de muito diferente do que já está aí. Percebi que preciso de outras opções mais voltadas para o bege ou o roxo uva que gosto tanto. Comprar camisetas de manga comprida (ou blusinhas) nessas cores tem sido um dos focos nessa estação então. O bom das roupas de malha é que elas são mais flexíveis para quem está perdendo peso. Porém, são menos nobres e mais informais. Eu uso bastante por baixo das blusas da foto anterior.

  • Camiseta verde musgo listrada – Forever 21
  • Camiseta verde folha – Marisa
  • Blusa de linho azul – Besni
  • Blusa de viscose azul com peixinhos – Luigi Bertolli
  • Camiseta azul marinho listrada – Forever 21
  • Camiseta preta listrada – C&A
  • Camiseta preta de manga comprida – Renner
  • Camiseta do Evernote – ganhei de presente
  • Camiseta da Apple – comprei em um camelô na Paulista

  • Camisa bege floral – Zara
  • Camisa verde militar – C&A
  • Camisa preta de manga curta – Besni

  • Casaco “quebra vento” e impermeável bege – Quechua, comprado na Decathlon
  • Parca cáqui – C&A, comprada na Holanda
  • Blusão de lã azul marinho – Marisa ou C&A
  • Trench coat bege – Zara (está lavando)

Os casacos pretos merecem uma foto só para eles. rs

  • Blusão de lã com estampa de leopardo – Zara
  • Blazer preto – Renner
  • Blusão de lã preto – Zara
  • Sobretudo de lã preto – Renner

Indo para as partes de baixo, os vestidos:

  • Vestido azul com estampa étnica/geométrica – Besni
  • Vestido azul com gola branca – Target, comprado nos EUA
  • Vestido preto de malha – Besni

Essas são algumas partes de baixo:

  • Calça de sarja roxo uva – Marisa
  • Calça de alfaiataria de lã marrom – C&A, comprada na Holanda
  • Calça de alfaiataria preta – Renner
  • Saia lápis preta – Marisa
  • Calça jeans – C&A (está lavando)
  • Calça de sarja preta – C&A, comprada nos EUA (está lavando)

Sapatos, não tenho tantos. Acabo usando sempre os mesmos no inverno, porque sinto muito frio nos pés:

  • Bota preta de cano alto – sem marca, comprada em uma loja de artigos de couro na Lapa
  • Ankle boot marrom de camurça – Piccadilly
  • Ankle boot preta de couro – Arezzo
  • Sapato marrom de couro com salto anabela – Piccadilly
  • Sapato oxford preto – Moleca
  • Sapato preto de camurça com salto de madeira – Arezzo
  • Tênis cinza – New Balance

O que não entra na cápsula: roupas de academia, pijamas, acessórios (lenços, pashminas, cachecóis) e bolsas (não uso no dia a dia, e sim mochilas e pastas de trabalho).

Total de peças: 43.

Eu estou lentamente migrando de um armário comum (do meu ponto de vista) para um armário um pouco mais refinado, a partir das novas compras que venho fazendo, e que dependem também da estabilidade do meu peso. Tenho pensado melhor sobre que acessórios comprar – comprando menos, com qualidade e versatilidade melhores. Não saio comprando qualquer sapato. Peças de roupa, penso no custo benefício e em quanto tempo vou usar, de acordo com a durabilidade do tecido e corte também.

Para a próxima estação, por exemplo, é provável que eu já não esteja vestindo bem muitas das peças acima e, muito provavelmente, no inverno que vem muitas delas também não me servirão mais. Por isso, qualquer investimento que eu faça hoje precisa levar isso em consideração – não adianta eu comprar um sobretudo ou um blazer que vou perder logo à frente. Essa restrição me deixa com liberdade de escolha para itens que eu posso efetivamente investir, como lenços, óculos e roupas mais maleáveis, como blusões de lã e camisetinhas de malha. Também tenho aproveitado para investir em peças que não entram na cápsula, como roupas de academia e pijaminhas.

Ou seja, qual o propósito de todo esse movimento? Focar mais no essencial e repensar nosso consumo, a caminho de um mercado mais sustentável, sem perder de vista a valorização da nossa auto-estima.

Eu montei esse armário no último final de semana e pretendo, ao longo dos próximos três meses, usar apenas as peças elencadas, além das possíveis compras relacionadas que posso vir a fazer, conforme comentei no post.