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Nunca se falou tanto sobre depressão entre adolescentes. E nunca se destilou tanto preconceito e circularam informações equivocadas sobre o que tem de fato acontecido com as pessoas. Eu quis escrever este post porque acredito que organização tenha a ver com engajamento e, uma vez que você se preocupe com seus filhos (ou outras pessoas que estejam passando por isso), é importante organizar como você vai lidar com isso.

Se você não conhece nenhum dos termos citados no tí­tulo desse post, recomendo jogar no Google antes de continuar a leitura. Não me atrevo a explicar detalhadamente do que se trata, mesmo porque não tenho formação em psiquiatria para falar a respeito. Mas quero passar um pouco da minha opinião e experiência.

Em primeiro lugar, dizendo que depressão não é uma brincadeira. í‰ uma doença. E que tampouco é modismo – nosso mundo está cada vez mais doente e isso tem impactado cada vez mais as pessoas, então por isso o aumento considerável de casos de alguns tempos para cá. Some tudo isso ao fato de termos pais e mães com cada vez menos tempo, e teremos filhos tristes. Seres humanos tristes que depois crescem e continuam nessa mesma condição, mesmo aqueles que têm a oportunidade de fazer algum tipo de tratamento.

Este post não traz respostas. Traz apenas sugestões.

Se você tiver dúvidas sobre o assunto, ou se tiver filhos, ou se tiver alguém sua sua famí­lia ou cí­rculo de amigos que esteja passando por um quadro de depressão, e se você quiser ajudar, busque informações. Leia a respeito, converse com um psiquiatra ou psicólogo para perguntar como pode ajudar efetivamente.

A depressão é uma doença que não vai embora. Ela pode ser domada. Mas, quando não está controlada, ela engole a pessoa, que não consegue ver saí­da para nada. Se você estiver bem, você pode ajudar.

Algumas coisas práticas que eu tenho feito por aqui:

  • Comecei a fazer um trabalho de terapia para me entender melhor como ser humano e, nas sessões, faço perguntas sobre como ajudar, pois me preocupo. E recomendo a todas as pessoas que tenham condições que façam terapia. Todos ao seu redor se beneficiam.
  • Estou lendo um livro fantástico sobre o assunto chamado O Demí´nio do Meio-Dia.
  • Demonstro carinho sempre que possí­vel para aqueles que não convivo diariamente.
  • Incentivo a pessoa a sempre procurar ajuda.
  • Procuro conscientizar as pessoas ao redor que tenham uma ideia equivocada sobre depressão.
  • Converso com o filhote para que ele entenda quando alguém não está legal e o que é isso.
  • Procuro ser uma pessoa melhor a cada dia para poder ajudar quem precisa de mim bem.

Você tem alguma experiência a compartilhar sobre o assunto? Deixe um comentário. Seria muito rico trocar ideias.

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15 comentários

  1. Sandra Valéria Piccolo comentou:

    Thais, bom dia! Ótimo este post sobre depressão, concordo contigo sobre estarmos “doentes” e a depressão ser um dos “sintomas” mais comuns. Se ter a depressão já é difícil, conviver com alguém em crise é mais terrível ainda. Tive várias crises depressivas ao longo da minha vida e o que ajudou muito: terapia, oração e não desistir, nunca, de mim mesma. O que nos ajuda a sair da crise é ver que outras pessoas ao redor também sofrem, muito mais do que nós mesmos. É sair da concha e fazer o que o ser humano faz de melhor: conversar, interargir, trocar.
    Acho que conviver com o depressivo é pior ainda, pois os fantasmas só existem para que está passando pelo problema, não para os outros. É paralisante saber que às vezes não há o que fazer, por isso, conversar, interagir e trocar também é fundamental. Olhar e perceber o outro e procurar ajuda.

    1. Thais Godinho comentou:

      Obrigada por compartilhar. Muito puro e honesto seu comentário.

  2. Denise comentou:

    Thais
    A OMS tem um videozinho super bacana sobre depressão. Chama-se I have a black dog his name is depression
    Ajuda a explicar a visão de mundo de um depressivo.
    Beijo

    1. Thais Godinho comentou:

      Esse vídeo é ótimo. Obrigada.

  3. Lilian comentou:

    Tenho observado como as pessoas estão combativas ultimamente. Insensíveis a qualquer tipo de coisa que as incomode minimamente, e prontas para o ódio e ataque gratuito.
    Existem aqueles que conseguem revidar e defender-se. Porém, existem pessoas que vão sendo intimidadas e amedrontadas por diversos fatores e acabam ficando “fechadas” em suas conchas, onde o silêncio pode ser um pedido oculto de socorro.
    Juntando tudo isso, ainda tem gente que classifica a depressão como frescura. Não é jamais será frescura. Ela pode levar ao suicídio em casos mais graves.
    Ontem mesmo vi um livro que aborda o assunto:
    “Mentes Depressivas – As Três Dimensões da Doença do Século”, da psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva.

    1. Thais Godinho comentou:

      Obrigada por compartilhar.

  4. Oi Thais!

    Sempre gosto de suas dicas e achei muito importante o seu texto!!! Realmente a depressão precisa de atenção, cuidado e tratamento. É importante que pessoas como você falem sobre o assunto 😉

    PS: Sou psicóloga e também escrevo no meu blog ( http://michelliduje.com.br/ ). Escrevi a questão psicológica sobre o jogo baleia azul, se quiser conferir: http://michelliduje.com.br/2017/04/22/automutilacao-e-suicidio-entre-os-adolescentes-pais-saibam-como-evitar-esse-mal/

    Abraço!
    Parabéns pelos seus textos!!!!

    Michelli Duje

    1. Thais Godinho comentou:

      Obrigada pela contribuição.

  5. Ana Carolina comentou:

    Thaís, nem preciso dizer o quão interessante é o seu texto. Obrigada por abordar um tema táo importante e sensível, pois você, como formadora de opinião, ajuda muitas pessoas ao fazer isso. Conheço a depressão bem de perto, inclusive, já perdi alguém muito importante por causa dela. Infelizmente, a maioria da pessoas não querem enxergar os sintomas e não percebem como essa doença é grave! Precisamos estar atentos e bem informados, primeiro para nos cuidarmos e, segundo, para podermos ajudar aos que estão ao nosso redor. Faço terapia há anos e acredito ser uma das melhores formas de evoluir e de não deixar que esse “montro” domine minha vida.

  6. Cris comentou:

    Acho bem importante tratar de depressão – e mais ainda quando se trata de crianças e adolescentes. As redes sociais são incríveis e super atrativas para eles. Pertencer ou não pertencer, fazer parte de um grupo, adotar um look e uma linguagem são questões que sempre estiveram presentes na adolescência – as redes sociais tornaram essas questões mais presentes e imediatas. Impossível escapar do assédio do Whatsapp, Snapchat, Instagram e outros.
    Ontem mesmo tive uma conversa com meu filho sobre o fenômeno baleia azul. Ele tem só 12 anos, mas claro que já tinha ouvido falar! Expliquei do que se tratava – e repeti algo que sempre digo a ele sobre a internet. A internet é como a rua: tem de tudo. Tem gente muito legal, tem gente não tão legal. Tem carro que respeita o pedestre e carro que atropela. Tem gente do bem e gente que quer dar um golpe nos outros. Tem drogados e vendedores de drogas. E tem também a família, os amigos, a informação, a cultura… Então tem que tomar cuidado. Assim como a gente não abre a porta de casa para qualquer um, tem verificar com quem a gente está falando na rede, se a informação que te mandam é verdadeira ou não, denunciar o assédio e a ameaça.
    E embora eu confie que meu filho tenha entendido (ao menos em parte) os meus alertas… de vez em quando dou uma geral nas redes que ele frequenta. Acho que é minha responsabilidade.

  7. Cristina comentou:

    Muito bom o post.

  8. Post muito bom e acima de tudo muito útil.
    Obrigada por espalhar informação importante pelo mundo.
    Um beijinho

  9. Olá Thais! Seu texto foi preciso!
    Toda mulher tem uma sensibilidade que ajuda demais a perceber sinais nos filhos que nós, pais, passamos batido. Tive a sorte de me casar com uma psicóloga, o que é duplamente valioso!
    Se fala muito na adolescência problemática, mas valorizamos pouco a criança pré-adolescente. E é nela que devemos prestar mais atenção pois ela não se expressa de forma tão aguda como um adolescente suas angústias. É aí que a intuição da mãe tem papel fundamental!
    Estar atento o tempo todo, captar mudanças de comportamento sutis, inquirir sempre sem invadir o espaço. Não dá para fazer isso se não nos organizamos para que haja equilíbrio entre o trabalho e a família, se prestamos mais atenção às redes sociais que à própria rede familiar.
    Tenho como paixão escrever sobre paternidade e, por isso, observo muito o comportamento das crianças, aprendo muito com elas e também com minha esposa a ser um pai melhor a cada dia. Não é nada fácil, dá muito trabalho, mas esse é o nosso propósito quando decidimos ter filhos.
    Parabéns!
    Abraços,
    Leonardo

    P.S.: Há seis meses escrevi no meu blog sobre a importância de estar atento aos jovens (https://mamaopapai.wordpress.com/2016/09/11/quando-a-amizade-entre-pai-e-filho-se-sustenta-por-um-fio/)

  10. Este tema é controverso e muito atual. Amei o post. Vou ler o livro que você está lendo, pois eu tenho e este é o momento ideal. Também procuro ajudar quem está proximo. Na série 13 reasons, a lição que temos é que, nossas ações podem machucar o proximo, por mais despretenciosa que ela seja. Bjs Thais.

  11. eliana comentou:

    Obrigada pelas Dicas. Simples e úteis !!!!