Existe uma foto muito famosa do Steve Jobs sentado na sala de sua casa em 1982.

O que essa foto significa para mim?
Bem, eu li sua biografia há cerca de dois anos (aquela grandona do Walter Isaacson) e, em um dos trechos do livro, Steve Jobs comenta como foi para ele ter a sua primeira casa. Me lembro de ter lido que, quando ele mudou para essa casa, onde moraria sozinho, sem os pais, depois de a Apple já ter deslanchado, que ele tirou essa foto sentado em sua sala, com apenas alguns objetos: discos, livros, luminária, vitrola. Mas por que um cara que já era milionário tinha tão poucas coisas? E eu lembro que a resposta dele foi algo como: “Sou chato, quero coisas de qualidade e com bom design, e demoro para encontrar tais coisas. Por isso minha casa está vazia.”
Lembro também de um trecho do Thoreau (Walden, ou a vida nos bosques), em que ele diz que um homem (sic) deve ter objetos suficientes que caibam em um carrinho de mão. Todos esses conceitos sempre me fazem refletir muito sobre a nossa existência e o dinheiro que gastamos em “coisas”, além do desperdício de espaço. E é claro que, com o tempo e vários filhos, a casa do Steve Jobs ficou com muito mais coisas do que aparecem nessa foto. Porém, eu sempre gosto de olhar para ela para me inspirar.
Sabe, a gente vive num mundo em que se assumir como é é chato. Todo mundo precisa dar sua opinião sobre tudo o tempo todo. Ninguém consegue guardar para si mesmo suas concordí¢ncias e discordí¢ncias sobre a vida do outro.
Essa foto me inspira porque ela me mostra que eu sempre posso ser quem eu sou e posso ter objetos que eu gosto e que tenham a ver comigo, em vez de ter os “objetos padrão” que toda casa deve ter. Construir um ambiente do zero, de acordo com as reais necessidades de quem vive na casa, me parece um bom caminho.
Quem é você e como você imprime essa pessoa nos objetos que te pertencem? Sua casa reflete o mesmo?
Este sentimento de começar do zero, se tornou uma necessidade depois que montei minha primeira casa! Logo que ela ficou pronta, foi aquela loucura de montar tudo. Móveis de marcenaria, papel de parede, luminárias e todo a coletânea de m´veis soltos que estamos habituados a desejar. 5 anos depois me sinto absolutamente diferente com relação a isso, penso que devemos dar tempo ao tempo e sentir o que a casa precisa. E não sou mais aquela pessoa de 5 anos atrás e se tivesse colocado menos coisas, talvez hoje não teria tanta dificuldade de me identificar com o que tenho. Eu as pessoas que estão montando a primeira casa, espere coloque só o essencial, básico do básico e vá sentindo suas necessidades diárias. Alguns torcem o nariz, mas logo me dou conta que há conhecimentos que precisam ser empÃricos.
Isso! <3 Obrigada por comentar.
Vivo assim a pouco mais de 2 anos. Acho ótimo!! Sinto o lugar onde estou e adquirindo as coisas lentamente, sempre que acho necessário, vivo com o básico e muito bem. Ressalto que moro sozinha, sendo assim… torna-se mais fácil.
Acho que a maior particularidade de pensar em montar a casa de acordo com a necessidade é por exemplo ter uma mesa de jantar enorme se nunca as refeições são feitas ali, em vez de ter um espaço amplo vira um espaço “empilha tralha”, ou nunca esta em casa e só gosta de assistir tv naquela meia hora antes de dormir então pra que na sala uma tv, só ter porque dizem que é necessário … Estou pensando muito nisso agora que estou na perspectiva de mudança de casa, essa é a segunda vez desde que tenho a minha própria casa e já sei como as coisas andam por aqui e estou pensando seriamente no que realmente me faz falta e o que acho desnecessário.
Ótimo post para refletir!
Ai como eu queria ter tido essa percepção logo que casei!
Eu adoro esse tema sobre decoração de um modo geral e já não estava satisfeita com as minhas escolhas. Mas foi um post seu (de 2014), sobre encontrar o próprio estilo, que me deu um clique e me fez refletir sobre minhas escolhas (ou a falta de escolha consciente).
O que busco hoje é ter coisas que falem sobre mim, compras com sentido, não uma casa que poderia ser de qualquer outra pessoa. Quero menos objetos e mais identidade.
Já penso em ideias para uma próxima moradia ou quando for renovar algum móvel… o mÃnimo possÃvel de móvel projetado, talvez só na cozinha. Vc conhece os móveis do Aristeu Pires? Lindos!
😉
Obrigada pela indicação. Vou verificar!
Thais estive hoje em sua palestra e sessão de autógrafo. Comprei o livro para mim e minha irmã Juliana. Muito obrigada por nos proporcionar a oportunidade de conseguir qualidade de vida… por intermédio do conteúdo do seu trabalho. Vou iniciar a leitura do método GTD…Foi emocionante mesmo conhece-la pessoalmente. Bj : )
Obrigada! <3
Oi Thais.
Olho pra essa foto e vejo a tradução de um desejo que vem me perseguindo há um bom tempo. Meu forte não é a organização e sinto que pra lidar com isso e mudar “o menos”, o minimalista faz toda a diferença.
Aos poucos tô destralhando a casa, mas como ainda moro com meus pais é complicado. Tenho planos de morar com o namorado
Ops, cliquei em enviar sem querer…. Bom, tenho planos de morar com o boy no inÃcio de 2018, então já tô moldando esse comportamento aÃ. =) Beijo.
Muito bom!
Nossa, Thais! Montei minha 1ª casa em nov/14 e comprei muita coisa desnecessária. Mesa de 6 cadeiras, batedeira planetária, penteadeira, puff, fruteira… logo vi que a casa ficou mais devagar pra limpar.
Me mudo na próxima 3ªf, dia 24 e não pensei 2 vezes: liguei pra Casas André Luiz e vou doar algumas coisas. Minha nova fase de vida envolve ter só o essencial e agora vou morar em apartamento. eu tava pensando exatamente nisso por esses dias. Quero comprar apenas o necessário e de boa qualidade. Nossas avós não tinham uma casa cheia de coisas e tenho pensado nisso também. Há filhos e netos herdando os móveis de seus pais e avós. Elas gastaram o dinheiro uma vez só. Claro, eram outros tempos. As pessoas ficavam uma vida no mesmo lugar mas pretendo comprar roupas e objetos mais atemporais daqui pra frente e práticos para uma nova futura mudança.
Grande abraço
Adriana, SP.
Obrigada por compartilhar!
Querida Thais, essa imagem me fez sentir paz de espÃrito, sossego na alma!!!
Gostei das mudanças no site, excelentes, estou me adaptando a elas, gosto disso!!!
Obrigada.
Eu que agradeço! <3
Bom dia, Thais! Fazia um tempo que eu não fazia uma visita por aqui. Estou encanta com o novo visual do blog, adorei!
E você, sempre com texto tão tocantes.
Parabéns pelo caminho trilhado até aqui, que venha muito mais!
bjus!
Obrigada!
Olá Thais, tudo bem?
Conheci o seu blog por acaso no ano de 2016. Passei a ler as postagens com bastante freqüência, pois além de você abordas os assuntos de uma maneira muito interessante, suas postagens refletiram exatamente o que penso, o que precisava aprender e tudo isso tem me ajudado muito a me reencontrar ou redefinir… sei lá.
Comprei o seu livro e gostei muito. Quero ler novamente, com muita tranquilidade para extrair o máximo sugestões e conceitos que eu puder, pq sei que vai contribuir para a mudança tão que tanto almejo.
Parabéns e muito mais sucesso!!!!!
Há alguns anos comecei esse exercÃcio diário da vida minimalista e ontem mesmo comentei com meu marido q, caso houvesse um incêndio e a gente tivesse q sair correndo, saberÃamos exatamente o que pegar: nossa maleta arquivo, com tds documentos (estilo ticlker) e nossa caixa de fotografias. Se tivesse um tempinho a mais,rs, os vinis. Só. Temos poucas coisas, e ainda assim não sofrerÃamos por nada q ficasse aqui.
É isso! Essa foto reflete o que quero para 2017 e para o resto da vida! Vou manter ela de wallpaper no note para participar dos momentos de inspiração que estou planejando!
Texto surpreendentemente diferente e inspirador. Sou muito grata pelo seu serviço gratuito aqui no blog que me ajudam muito.
Um saco né…
“Todo mundo precisa dar sua opinião sobre tudo o tempo todo. Ninguém consegue guardar para si mesmo suas concordâncias e discordâncias sobre a vida do outro.”
Oi, Thais! Fico me perguntando como foi que esse post me passou batido, já que só estou lendo ele hoje (15/02). rsrsrsrsrs
Eu me sinto completamente assim nesse momento. Eu me mudei recentemente de um apartamento pequeno (que eu achava que tinha muitas coisas) para uma casa enorme (em que sobra espaço já que não tive como aproveitar os móveis).
Não estou nem um pouco com pressa para mobiliar, mas as pessoas me “olham torto” por causa disso. Dizem que minha casa não pode ficar assim, que tenho que colocar isso e aquilo, etc. É engraçado como as pessoas não conseguem guardar suas próprias opiniões para si quando se refere à vida alheia. Não me importo com os comentários, de verdade. Mas concordo com você quando diz que “a gente vive num mundo em que se assumir como é é chato”. Acho, por vezes, cansativo explicar para as pessoas que eu não penso como a maioria e que não tem nada de errado nisso. Ao ler esse texto e os comentários, sinto-me reconfortada em saber que não sou a única no mundo que pensa assim.
Amei o texto, muito pertinente: menos é mais!
ThaÃs, seja em textos breves, ou em mais elaborados, você SEMPRE tem muito a acrescentar! Eu me sinto “em casa” no seu blog… amo tudo aqui, aprendo muito, e tenho um carinho real por você, mesmo sem te conhecer.
Sobre o que escreveu: estou sentindo uma necessidade imensa de me desfazer de tudo e começar do zero, escolhendo cada coisinha… tenho lido Walden aos poucos, gosto da visão do Thoreau, mas confesso que amo a ideia de criar cantinhos especiais em casa, e pra isso é necessário adquirir algumas coisas.
Enfim, o importante (pra mim) é que eu esteja, a cada mudança, mais conectada comigo mesma e com o Bem. E você me ajuda muito nisso!
Gratidão! Muito amor pra você!
Sou muito assim ThaÃs. Quando mudei para minha casa ela não era muito diferente dessa. A sala vazia, só dois pufes (doados da minha mãe), uma TV pequena e uma mini mesa (dessas baixinhas de varanda)… E como fui feliz nesse espaço vazio. Precisamos de pouco para sermos felizes, e quem não consegue isso no pouco nunca o será no muito. Afinal, nossas vontades (que costumamos confundir com necessidades) são infinitas… Me considero chata também e para mim foi maravilhoso poder “construir” minha casa aos poucos porque sabia bem o que fazia sentido para na minha vida toda vez que adquiria alguma coisa. Cometi erros, mas acertei bem mais. Já faz 10 anos que estou nela e ainda não fiz tudo que tenho vontade. Vou devagar e sempre. Curtindo cada momento.