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Carta da editora: Paternidade ativa

Agosto é o mês em que se comemora o Dia dos Pais e, a cada ano, nós também comemoramos esta data aqui em casa, mesmo sendo uma data comercial, assim como comemoramos o Dia das Mães, o Dia dos Namorados, até o Natal. Porque as datas, mesmo sendo usadas comercialmente, nos lembram de coisas boas e representam coisas importantes. No caso do Dia dos Pais, eu vejo como estamos vivendo uma transição relevante.

Este é um momento de grande intensidade na vida das mulheres. A primavera feminista, os grandes movimentos, a nossa voz sendo ouvida e o politicamente correto sendo finalmente levado em consideração. Isso é maravilhoso porque estamos falando de uma nova geração de mulheres, assim como uma nova geração de homens. Se existem mulheres que trabalham, são mais independentes, também existem homens mais envolvidos com a paternidade, com os afazeres domésticos – abraçando papéis que, antes, atribuia-se erroneamente apenas às mulheres. Erroneamente porque, se ambos moram em uma casa, se ambos têm filhos, ambos querem ou precisam se envolver nessas questões porque dizem respeito a ambos.

Isso é super recente. Eu lembro que, quando o nosso filho nasceu, há pouco mais de seis anos, ver um pai na rua carregando um bebê no sling ainda causava suspiros e espanto – não era uma coisa tão comum assim. Hoje em dia já é um pouco mais – já é mais esperado do que antes, ainda que não tanto quanto ainda será um dia. Quando meu marido e eu tomamos a decisão de eu trabalhar fora para ele ficar em casa cuidando do nosso filho bebê, para nós foi a decisão mais coerente, mas não imaginávamos como as pessoas ao redor interfeririam com seus preconceitos em nossa vida. Ouvimos de tudo vindo de todos. Da família, de pessoas do meu trabalho, dos amigos dele. E eram de conselhos não solicitados “querendo o nosso bem” (“veja se não vai deixar de ser dona de casa mesmo assim”) até “piadas inofensivas” (“agora ela que é o homem da casa?”).

Um casal tem que ter o relacionamento muito forte e uma auto-estima sólida individual para passar por esse tipo de situação durante anos, e não é todo mundo que tem. Todos nós temos nossas inseguranças e o mundo é cruel. Sinceramente, nós passamos, mas nunca foi fácil. Hoje nós entendemos que precisamos chegar a um equilíbrio de atividades entre nós e de distanciamento no nível de “conselhos” que as pessoas podem nos dar porque simplesmente não estamos a fim de ouvir. O que sempre nos manteve muito unidos em nossa decisão foi o nosso filho.

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Todas as mudanças que passamos em nossas vidas nesses últimos anos, e não só mudanças de casa e cidade, mas mudanças de estilo de vida mesmo, ele só passou bem porque a estabilidade da vida dele sempre foi a nossa prioridade. Então, apesar de, para outras pessoas, meu marido e eu termos um estilo de vida mais moderninho por essa configuração que temos, somos bem tradicionais do ponto de vista da família, porque nosso filho sempre veio em primeiro lugar. E, se ele ficou bem nesse tempo todo, foi porque priorizamos isso.

Quando eu engravidei, eu me programei para ficar em casa durante um ano porque tinha entendido que isso seria bom para todos nós. E, quando chegou a hora de voltar a trabalhar fora, meu marido entendeu que seria melhor eu voltar a trabalhar que ele ter dois trabalhos e eu ficar em casa (eu ganharia melhor por causa da minha formação). Então fizemos isso. Foi uma escolha minha, depois dele.

Quando escolhemos mudar para Campinas, foi pensando em promover uma qualidade de vida melhor para o nosso filho. Quando ele cresceu mais, vimos que seria melhor para ele ficar mais perto dos avós, então voltamos para São Paulo. Claro que, para isso, várias escolhas de carreira influenciaram, mas eu poderia ter ficado morando em Campinas com a carreira que escolhi e tenho hoje igualmente. Sabíamos que, se eu começasse a viajar e fazer muitos eventos, estar perto da família seria mais seguro e confortável para ele, e assim fizemos.

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Isso também permitiu que meu marido pudesse voltar a fazer atividades profissionais que gostasse, estudasse mais e se dedicasse a outras coisas e nós tivéssemos nossos amigos por perto. Foi uma evolução de acontecimentos que nos ajudou com a maternidade e paternidade, porque não existe filho feliz sem pais felizes.

Tudo isso só foi possível porque tanto eu quanto meu marido sempre fomos parceiros nessa família, fazendo escolhas juntos. O tema deste mês no blog é paternidade ativa, porque não tem como falarmos de maternidade ativa sem uma paternidade ativa. Existem muitas mães que precisam fazer papel de pais hoje, porque os pais simplesmente abandonam as crianças, mas existem muitos pais que assumiram essa nova consciência simplesmente porque o mundo é outro e eles querem, precisam fazer isso. Faz parte de quem são. Precisamos falar sobre isso. É uma mudança social.

Compartilhem histórias então. Se vocês quiserem ler sobre temas relacionados a organização voltados para pais, postem nos comentários. Vou tentar, ao longo do mês, abordar posts nesse sentido.

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E este post também é uma homenagem ao pai do meu filho, meu parceiro que está ajudando a criar um grande menino e uma pessoa extraordinária para o mundo.

Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

40 comentários em “Carta da editora: Paternidade ativa”

  1. Que lindo post, Thais! Acho muito legal quando vc deixa claro que o casal precisa estar “realmente junto”, em sintonia para viver a vida a dois (ou em família). Tenho buscado construir isso no meu casamento e parar de me preocupar com os infinitos “conselhos” que surgem de todos os lados. Maravilhoso isso! Obrigada por me mostrar o que deveria ser obvio. Bjs

  2. Conselhos “para o nosso bem” vai ter sempre… O negócio é respirar fundo e tentar não se irritar.
    Sendo dono de casa ou não, pai tem sim que trocar fralda, levar ao médico, ir a reunião de escola, dar comida, etc. Meu marido sempre fez isso, e o que para a gente sempre foi muito natural, surpreendia minha família, porque meu pai nunca fez essas coisas, ele era somente o provedor, trazia o sustento pra casa mas não tinha essa paternidade ativa, e isso era comum algumas décadas atrás. E isso não fez meu pai menos pai, são outros tempos, outros pensamentos. Tudo muda, tudo se transforma no universo, e isso é tão legal…

  3. Algumas coisas que meu esposo faz, ainda choca. Foi difícil para ele entender que a casa e a filha eram dele tanto quanto minha. Eu tenho um trabalho “formal” de 8 às 17h, ele trabalha a noite. Aos poucos fomos “estruturando” nossa vida para vivermos bem. Ele teve de abrir mão de uma criação machista, em que o homem paga as contas, a mulher cuida dos filhos; e isso ainda choca muito… ele quem fica com nossa filha para eu trabalhar, ele cuida da casa e tem suas tarefas (não todas, óbvio, porque algumas coisas eu faço questão de fazer), mas agora por exemplo que vem outro bebê e eu sigo trabalhando, ele tomou algumas tarefas minhas e foi taxativo: eu farei pois você precisa descansar. Pra ele não foi fácil também passar o primeiro ano da nossa filha longe, a gravidez longe (loooonga história, mas encurtando: pais controladores)… e quando enfim começamos a morar juntos, há 3 anos, foi uma luta conquistar o amor da filha, então nesse ele está super participativo… algumas coisas como dar beijos na barriga me fazem ver o pai incrível que ele será tanto quanto é pela nossa primogênita… ela se apaixonou pelo pai, com travas, lógico, mas tudo correu bem, porque mesmo tendo ficado afastado dela no primeiro ano, logo ele se tornou tão próximo, queria fazer tudo com ela, a ponto desse primeiro ano ter sido um detalhe na nossa história. Não me considero feminista, mas sou muito a favor dessa onda equilibrada entre homens e mulheres na educação dos filhos, na organização da vida em família. Antes de ser divisão, é união. E isso é muito bom. Ainda causa muita estranheza, pros mais velhos, mas com o tempo a mentalidade das pessoas muda. E assim como você, para complementar meu pensamento, sou muito a favor de comemorarmos as datas “comerciais”. Penso que se não fossem elas, muitas pessoas deixariam a vida passar sem se atentar às pessoas que estão a sua volta… datas como Natal, dia das mães e dos pais, dia das crianças, nos trazem de volta àqueles que realmente importam: nossa família.

    Um beijo, Thais querida!

    1. Muito lindo a sua história. Boa sorte para vocês quatro.
      Feminismo é por direito e por tratamentos iguais. Você tem todo o direito de não se considerar feminista, viu?
      Só queria comentar por que algumas pessoas tratam feminista quase como xingamento, e é bem o contrário.

      =*

  4. A pessoa carrega o filho durante 9 meses e nasce a cara do pai,kkkkkk. Erroneamente não gostei dessa palavra. Antigamente as mulheres eram donas de casa e não trabalhavam, pq vc sabe cuidar de casa e menino é muito árduo, creio que isso não seja vergonha para ninguém. Acho bonito quando uma mulher deixa de trabalhar para cuidar da casa e dos filhos, isso quando dar é claro,pq a melhor coisa que vc pode dar a seu filho é seu tempo. Acho que a ”obrigação” de cuidar da casa e dos filhos sejam das mulheres pq fazemos melhor que os homens. kkkkkk.
    Beijo linda adoro seu blog, estou divulgando ´para todas minhas amigas. Essas coisas tem que ser compartilhada.

  5. Graças a Deus as coisas estão mesmo mudando para melhor, Thais =] Na minha casa também é assim. Acho importantíssimo criar nossos filhos (estou grávida de uma menina, nossa primeira S2) com a consciência de que todos na família devem se envolver com os afazeres da casa, com a questão do trabalho que garante o sustento e com a educação das crianças, sem haver categorização de tarefas baseadas no sexo dos componentes deste família, mas sim de acordo com as necessidades. Pessoas como você espalham esta nova maneira de pensar por aí e isso é realmente maravilhoso! Estou sempre aqui! Um beijo e obrigada! Obs.: acho a ideia de mais posts sobre este assunto maravilhosa =)

  6. Texto perfeito! Sua frase “porque não existe filho feliz sem pais felizes” é de uma verdade pouco compreendida por muitos pais. Parabéns!

  7. Oi, Thais. Você conhece o blog “Turno do dia”
    São relatos de um pai (meu irmão..hahahah) que assumiu os cuidados com a cria em tempo quase integral. E é voltado justamente para as questões da paternidade ativa. Acho que você vai gostar.

  8. só para ser a chata: seu companheiro não está ajudando, ele está fazendo a parte dele. Afinal, ele também tem o direito e o dever de proporcionar experiencias de aprendizagem para que essa criança se construa enquanto agente social.

    Linda história Thais!! Gostaria de sugerir um post: sugestão de livros e filmes que falam sobre a descoberta da paternidade.

  9. Olá Thais, te acompanho faz um tempão e te admiro demais.
    E engraçado que parte da minha história tem a ver com a sua. Meu marido ficou/está de licença médica há quase dois anos. Antes disto meu filho ficava tempo integral na creche e nós dois trabalhávamos fora.
    Acontece que depois que ele entrou neste período de licença, tivemos que tirar o filho do integral e colocar somente na escolaridade. E apesar de toda a dificuldade financeira que estamos passando, os benefícios que o meu filho está vivenciado diariamente ao lado do pai são enormes. É uma cumplicidade tão grande. Um carinho gostoso. Um amor imenso.
    Obrigada por compartilhar conosco mais um pedacinho da tua vida.

    Paz e Bem!!!

  10. Q post lindo, Thais…grande homenagem!! Eu pretendo ser mãe em breve e, meu marido e eu, decidimos que após minha licença maternidade ele ficará um tempo com a criança, pq o emprego dele é bem mais flexível q o meu. Acho isso incrível e apoio mto!! bjao

  11. Sinto falta de posts sobre organização para pais que trabalham, dividem as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos. Percebo com tristeza que os blogs sobre organização e produtividade escritos por homens focam no profissional, enquanto apenas aqueles escritos por mulheres abordam também esses temas. Alguns blogs, como o seu, falam de profissional/pessoal/casa/filhos de uma maneira bem sóbria, com conselhos que servem para ambos. Mas a maioria do que leio sobre casa e filhos se refere ao interlocutor como “ela” (muitas vezes na seção “delas” de algum grande porta)l e, na maior parte, tratam a mãe que trabalha como exceção, sem sequer considerar a possibilidade da participação igualitária do marido nesses assuntos. Alguns chegam a fazer piadinhas sobre o pai/marido, o que desencoraja a leitura por parte dos pais. Não seria legal ter textos para os pais que estão engajados nessa nova paternidade?! Bjs

  12. Recebi no meu e–mail esse texto e vim aqui só para comentar duas coisa:
    1) que texto lindo
    2) você escreve TÃO bem que devia dar curso de redação. Rs

    Parabéns pelo blog, família, livros, enfim, pelo legado.

    Beijos

  13. Olá Thais! Chorei com o seu texto! Muito emocionante…. Recentemente eu falei algo bem parecido….. Que nossa geração é um tanto peculiar porque fomos educadas de uma forma mais ou menos feministas (recebendo instrução escolar da mesma forma que os meninos, tendo que se dedicar ao futuro profissional/carreira da mesma forma que eles) mas somos jogadas numa sociedade ainda machista, e com homens despreparados para conviver com mulheres fortes. Muito lindo ver que você também está comprometida com um futuro melhor para nossas meninas.

    Eu também quero agradecer por esse site teu maravilhoso site de organização! Eu acho que já li tudo que você escreveu sobre GTD e Evernote….. Já encomendei meu livro do David Allen e meu Evernote está funcionando com tudo! Eu me pergunto como eu vivi tanto tempo sem isso????!! Rs

    Eu também crio conteúdo para internet, faço histórias em quadrinhos (aqui minha página caso você queira conhecer: https://www.facebook.com/sirlanneynogueira/ ) Acho que amanhã vou publicar um quadrinho que fiz enquanto lia o seu site!

    Mais uma vez, MUITO OBRIGADA por compartilhar todo esse site incrível <3

    Beijos,
    Sy

  14. Gostaria de ler mais sobre o assunto por aqui Thais! Obrigada por todas as reflexões! Muitas bênçãos para a sua família! Beijo!

  15. Achei o post uma homenagem muito carinhosa a seu marido. Infelizmente, a família ainda é vista somente com uma configuração apesar da realidade mostrar tantas outras. Parabéns aos dois que conseguem ter o mesmo olhar do que realmente é importante em cada momento e por meio do diálogo estabelecerem objetivos coerentes com isso, com respeito, carinho e amor. Muitas energias positivas para esta parceria!

  16. Suspirei!! Texto lindo Thaís!!
    Por aqui tbem estamos vivendo com a filhota de 4 anos, um pai presente, que está estudante de novo! O preconceito é grande mesmo, já ouvi bobagem até do pediatra (pq não vou em todas as consultas), até em nós 2 ainda há algum preconceito, se apertar bem… rsrs!
    Mas não arrependemos da escolha, alteramos algumas prioridades e procuramos lembrar um ao outro que isso foi decidido por nós e que vamos morrer de saudades dessa época..! É uma tranquilidade que não tem preço..

  17. Aqui na minha casa dividimos as tarefas conforme a disponibilidade de cada um. Quem tem mais tempo faz mais coisas, eu estou em casa agora, mas também já foi o contrário. Quanto ao filho, também dividimos as tarefas. Quando faço alguma curso, tenho ensaios (que são frequentes) meu marido fica com o filho, dá banho, comida, coloca pra dormir, troca fraldas… O que é tão natural pra nós ainda causa espanto nas pessoas: mas seu marido dá conta de ficar sozinho com ele? Ficamos nós 2 sozinhos nos primeiros dias do bebê em casa, sem ajudas externas, e foi muito bom! Aprendemos tudo juntos, trabalhamos como uma equipe, onde cada um contribui conforme a habilidade e tempo e tem funcionado! Eu super concordo que a maternidade e a paternidade precisam ser ativas, sem distinção! Parabéns pela linda família!

  18. Bela e merecida homenagem. Tenho certeza de que o filho de vcs sentiu esse carinho todo.
    Aqui em casa aconteceu algo parecido. Quando resolvi fazer mestrado em outro estado e teria que passar todos finais de semana (sexta e sábado) fora, meu marido apoiou e passou a cuidar de nossa filha de 12 anos. Acabei passando também na federal do meu estado e isso durou apenas um mês, mas senti que podia contar com ele, que ele era um “pai ativo”.

  19. Que texto lindo. Verdadeiro, do bem, e sobre os conselhos “para o nosso bem”, quem mais sabe sobre o que é bom, e o que não é, são vcs… A pressão social sempre existirá, e digo mais, todos esses conselhos são da boca pra fora, só pra cumprir um papel social (de palpitadeiros da vida alheia) que nem deveria existir. Repito: quem sabe o que é melhor pra vcs, são vcs mesmo! Sejam muito felizes ❤️

  20. Passando mais uma vez para falar “Parabéns” e “Gratidão”! Thais, vc é incrível, como profissional e como pessoa, e é aí q a gente vê o qto as coisas estão totalmente entrelaçadas, sua família te dá suporte p ser assim, e vc ser assim, faz da sua família um oásis no meio do caos! Gratidão pelo exemplo, por cpt conosco suas vivências! Sucesso e sorte, sempre!!

  21. Thais, parabéns pelo post, e, parabéns ao pai do seu filho por ser merecedor da homenagem.

    Sou contadora, tenho um cargo público trabalhando durante o horário comercial, meu esposo é autônomo, e, justamente por isso, tem mais flexibilidade quantos aos horários.
    Temos uma filha linda, Maria Clara de três anos e meio, e meu esposo consegue adaptar o trabalho de maneira que consiga ficar com ela nas férias ou em dias que a escola não funciona e eu não posso ficar.
    O nome dele é Everson, é um excelente pai, brinca de boneca, médico, maquiagem, assiste desenho, dá banho, já trocou muitas fraldas e acordou de madrugada.
    Deixo aqui minha homenagem e agradecimento a ele também, afinal, paternidade ativa ajuda não só no desenvolvimento de nossas crianças como contribui para nós mães, pois tranquila trabalhamos melhor e somos mais felizes.

  22. Realmente é uma mudança social, não há como negar. Mas é lenta e ainda causa espanto, sim.

    Tenho um bebê de 1 ano e sete meses e meu marido é o único Pai no parquinho ou no passeio matinal, cercado de avós, babás e mães que adoram enchê-lo de perguntas. Ele também cuida do bebê durante a manhã e leva-o e busca-o na creche, então raramente as recepcionistas me conhecem, o que já gerou muitas situações inusitadas.

    Dividimos os cuidados domésticos e do bebê por igual, então aqui não há tarefas exclusivas de um ou de outro. Claro que algumas tarefas predominam, por causa de conflito de horários, mas os dois estão aptos a realizá-las. Esse foi o modelo de família que sempre quis e fiquei muito feliz de ter encontrado alguém com quem compartilhá-la. O início não foi fácil, tivemos conflitos, como qualquer mudança ou período de adaptação, mas depois ficou leve simplesmente porque nenhum dos dois está sobrecarregado na família. Isso significa mais tempo para ambos ter sua individualidade, cultivar a família e o profissional.

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