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Balanço da minha vida como mãe, profissional e escritora {3}

De vez em quando eu gosto de escrever um texto como esse para mostrar como equilibro a minha vida diante de tantas atividades. Eu escrevi o primeiro post em 2011 e, depois, o segundo em 2012.

Quando escrevi o primeiro post, em 2011, eu estava com uma rotina bastante cansativa. Estava trabalhando em Campinas, morando em São Paulo, e indo/voltando de ônibus fretado todos os dias. Além de não passar muito tempo com o Paul e a rotina ser cansativa, eu estava fazendo minha pós-graduação aos sábados o dia inteiro. Com tudo isso, ainda encontrava tempo no meu dia a dia para me dedicar ao blog. Considero uma fase muito guerreira da minha vida.

Já em 2012, quando escrevi o segundo post, a configuração tinha mudado bastante. Nós fomos morar em Campinas alguns meses antes e todas as horas que antes eu dedicava às viagens de repente ficaram livres para a minha família. Isso foi muito bom e nosso primeiro ano em Campinas só não foi melhor porque não tínhamos carro e todo final de semana vínhamos para São Paulo (meu marido tinha banda aqui e eu estava no último ano da pós, aos sábados, então tínhamos que vir porque ele tocava todo final de semana). Em 2012, também foi a época que eu comecei a estudar para concursos, então eu usei parte desse tempo livre para me dedicar aos estudos. Muita coisa melhorou depois que eu terminei a pós-graduação, no final do ano.

Quando eu paro para analisar hoje, em 2016, vejo como as coisas mudaram. Ser uma pessoa organizada tem muito disso né: eu me organizava na época, priorizava enormemente, mas hoje vejo que até mesmo algumas decisões eu não teria tido se tivesse a cabeça que tenho hoje naquela época. A verdade é que eu não imaginava que “viver do blog” seria uma possibilidade. Era um sonho. Se eu tivesse considerado real já naquela época, poderia ter pensado em algumas coisas para já dar um start, como fazer cursos online e outras iniciativas do tipo. Mas tudo vem no tempo certo, inclusive ideias, e fico feliz por ter, mesmo que demorado alguns anos, configurado a minha vida para que ela esteja como está agora e caminhando para onde eu quero que ela chegue.

Vou falar um pouco sobre como está a minha rotina hoje em dia então.

Ao acordar

Tenho três tipos de dias hoje e eles delineiam bastante o meu momento de acordar: quando eu fico em casa, quando eu tenho reuniões externas e quando eu tenho treinamentos em empresas.

Quando tenho treinamento, preciso acordar muito, muito cedo. Dependendo do lugar, inclusive durmo fora na noite anterior, se for possível, mais perto do local. São Paulo é uma cidade muito grande e, às vezes, os treinamentos acontecem a 40, 50km de distância da minha casa. Com o trânsito, então, tudo piora. Para evitar acordar antes das 4h da manhã, eu às vezes faço essa antecipação. Dias de treinamento sempre são mais cansativos e impactam bastante na hora que eu acordo.

Quando tenho reuniões externas, gosto de acordar mais cedo que o habitual para fazer algumas coisas antes de sair de casa e já ficar um pouco mais tranquila com relação ao meu dia.

Quando fico em casa, para trabalhar ou aos finais de semana, costumo acordar entre 7:45 e 8:00 (meu horário preferido) e tenho um tempo todo meu para fazer o que quiser. Agora nosso filho acorda mais tarde (depois das 10:00), então até ele acordar eu posso me dedicar às minhas atividades, de academia à escrita. Eu adoro trabalhar em casa pelo controle que consigo ter do meu horário mesmo. Por morar longe do centro da cidade, qualquer deslocamento tem um impacto gigantesco no meu dia a dia e eu não gosto.

Eu também gosto de fazer uma meditação pela manhã.

Ao começar a trabalhar

Vou contar como é quando trabalho em casa, então, porque quando tenho reuniões ou treinamentos a configuração não é de “sentar no computador e começar a trabalhar”.

Eu contei um pouco como tenho feito no post sobre como planejar o dia, mas basicamente eu olho a minha agenda, os compromissos que tenho ao longo do dia, os prazos, e vou trabalhando no que estiver ali. Quando acabo, vou para o meu Todoist, onde tenho ações diversas, inclusive com vencimento para o dia. Aí trabalho nelas.

Tenho uma checklist diária com as ações que gosto de ter feito pela manhã, pela tarde e pela noite, então uma hora antes de parar para almoçar eu vejo essa checklist da manhã para ver se algo ainda não foi feito. No geral, são coisas que faço no piloto automático e apenas checo, fazendo uma ou duas que ficaram pendentes.

Na hora do almoço

Meu marido cuida do almoço aqui em casa, então eu gosto de parar para almoçar com ele e o nosso filho, acompanhar todo o processo de eles saírem para ir para a escola, e quando eles vão eu tenho uma meia horinha de paz (rs) que uso para descansar e assistir algum episódio de série que esteja acompanhando no Netflix ou até mesmo tirar uma soneca de 20 minutos, se estiver muito sonolenta.

Se eu tiver que resolver qualquer tipo de assunto na rua (correio, banco, compras diversas), vou com meu marido levar nosso filho à escola e aproveito a carona para fazer o que precisa ser feito.

O bom de trabalhar em casa é que eu sempre faço umas paradinhas para brincar com os cachorros. Me faz muito bem.

Depois do almoço

A primeira coisa que faço é verificar meus e-mails. Depois do almoço é um bom horário porque geralmente quem tinha que mandar algum e-mail já me enviou até essa altura do campeonato, então aproveito para processar a caixa de entrada e enviar e-mails necessários que estavam na minha lista de ações.

Como eu geralmente já cuido das ações do dia pela manhã, o período da tarde eu costumo deixar para reuniões virtuais e para executar ações que demandem menos cognição, porque sei que minha concentração fica mais baixa nesse período do dia.

Sim, inclusive reuniões com o David Allen também acontecem. <3

No final da tarde

Ao contrário do período depois do almoço, geralmente ao final da tarde eu me sinto muito inspirada. Gosto de usar essa parte do dia para adiantar atividades diversas da semana, especialmente se envolverem escrita ou estudos.

Também gosto, sempre que possível, de deixar tudo pronto para o meu dia seguinte, especialmente se eu tiver que sair (reuniões ou treinamentos). Arrumo materiais, mochila, tudo. Processo minha caixa de entrada física novamente. Acesso meus e-mails e respondo os novos que chegaram depois que respondi alguns depois do almoço.

Encerro meu expediente e vou cuidar da janta, ouvir música, fazer algo que eu goste.

De noite

Meu filho chega da escola e nós jantamos juntos. Se eu estiver fora (reuniões ou treinamentos), ele janta na casa da avó e eu o pego quando chegar.  Ele faz a lição da escola pela manhã, quando está mais descansado, então a noite é nossa! Sempre fazemos algo juntos, o que até gerou um post que publiquei com ideias para fazer nesse período do dia.

Na hora de dormir, cerca de 40 minutos ou 1 hora antes de dormir efetivamente, nós já nos preparamos para ir para a cama e eu fico lendo ao lado dele. Ele gosta de ler antes de dormir e eu aproveito para ler algum livro meu junto com ele.

Depois que ele dorme, eu aproveito para fazer algumas coisas diversas em casa que acabei não fazendo durante o dia – geralmente lavar a louça, colocar as roupas sujas para lavar e guardar o que estiver fora do lugar. Eu até gostaria de dormir cedo, mas meu marido faz faculdade alguns dias da semana à noite e chega um pouco tarde, e eu gosto de esperá-lo para ir dormir.

No geral, durmo logo depois que ele chega e ficamos juntos um pouco. Se eu não tiver compromissos fora no outro dia, assistimos algum filme.

Aos finais de semana

Meu trabalho acontece também aos finais de semana, quando faço cursos, treinamentos e workshops diversos. O que tento fazer é sempre equilibrar. Então, por exemplo, se eu trabalho no sábado, não marco nada na sexta e na segunda, aí fico mais tranquila. Tem funcionado muito bem.

No geral, quando trabalho no final de semana, meu marido aproveita para fazer alguma atividade com o filhote. É um momento deles, e eles adoram. Quando não trabalho, sempre fazemos algo juntos – passeios, viagens rápidas, cinema, parque.

Eu procuro acordar no mesmo horário aos finais de semana porque meu corpo não percebe bem a coisa de acordar cedo alguns dias e mais tarde em outros. A consistência dos horários funciona bem para o meu metabolismo e também me ajuda a conseguir um tempinho para mim antes de eles acordarem.

Meu marido tem uma banda que toca ocasionalmente. Quando ele faz shows que não acabam muito tarde, eu costumo ir. Ou vou e volto mais cedo, apenas para dar uma força e depois venho para casa. Valorizo muuuuito a minha energia hoje em dia, coisa que aprendi com o tempo e a idade.

Cuidados com a casa

Aqui em casa dividimos as atividades. Meu marido faz muito mais coisas do que eu, porque eu trabalho com eventos e não tenho a mesma disponibilidade que ele tem. No geral, ele é responsável pela comida e pela limpeza, e eu sou responsável pela organização – que inclui coisas físicas em casa (guardar roupas, organizar compras no mercado) e pelas finanças, como organizar as contas e por aí vai – pela logística como um todo. Eu tenho nas minhas checklists o que preciso fazer em cada período de tempo e, se ele não fizer, eu faço e não pesa para mim. Mas, no geral, ele faz a maioria das tarefas relacionadas a limpeza.

Momentos de lazer

Eu equilibro muito bem todas as minhas atividades hoje em dia. Às vezes, em uma terça-feira à tarde, a melhor coisa que posso fazer é descansar um pouco para retomar o trabalho com mais vigor depois, assim como, em um feriado, eu posso querer escrever alguns textos para o blog. O fato de ter configurado a minha vida para trabalhar e viver da forma como eu gostaria me permite isso.

Fecho com um trecho que escrevi em 2012, que continua igual:

Tudo isso se resume a não perder tempo. Posso parecer uma louca que não para nunca, mas isso não poderia estar mais longe da realidade. O que eu faço é priorizar o descanso e as horas de lazer como se fossem compromissos como quaisquer outros (e são). Então, para mim, sentar no sofá para ler uma revista ou brincar com o meu filho fazem parte da rotina assim como ir trabalhar e limpar a casa. Se eu estou cansada, não vou limpar o fogão. Sério. O que eu sempre falo aqui de priorizar é basicamente isso. Eu nunca vou deixar de ficar com o meu filho para limpar o banheiro ou escrever no blog. E essa dinâmica depende muito de cada pessoa, de cada casa, de cada família. Não existem regras. Assim que você conhecer o que funciona para você, vai saber. E não se preocupe, porque em breve tudo muda novamente!

[Tweet “A organização não é algo que “acontece”. É algo que a gente configura.”]