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Cultivando a ignorância seletiva

Eu venho transformando a minha vida em diversos sentidos ultimamente. Ter realizado um exercício de visão simples me fez ver o que quero da minha vida para daqui a 15 anos e isso transformou completamente a minha relação com a realidade e o foco que eu tenho nas minhas atividades. Muitos problemas se tornaram obsoletos. Alguns projetos se tornaram automaticamente mais prioritários do que os outros, e eu resolvi pegar mais leve naquilo que não faz parte da minha visão – ou pelo menos não a impacta tão diretamente.

[Tweet ““Tire o pé do acelerador. Estar ocupado é uma forma de preguiça.” – Tim Ferriss”]

Eu não sei vocês, mas eu cheguei a perder o sono uma noite na semana passada acompanhando as notícias sobre o cenário político do nosso país. Mas por favor: não quero discutir política aqui neste post. Não é o foco, e peço que não levem por esse lado nos comentários. O que quero explorar aqui é algo que já venho fazendo desde que li o livro do Tim Ferriss (“Trabalhe quatro horas por semana”) pela primeira vez, anos atrás. Trata-se da ignorância seletiva.

Adoro ouvir podcasts sobre produtividade, empreendedorismo, organização e assuntos de interesse pessoal. Leio meus feeds com certa regularidade e sou assinante de um jornal. Adoro revistas. Leio muito. Sempre busco me informar sobre os assuntos de curiosidade atual.

Mas eu recentemente tomei as seguintes decisões. Não me importo com o nível de polêmica delas. Quero apenas compartilhar. 🙂

  • Cancelei a assinatura que eu tinha do tal jornal.
  • Parei de ler meus feeds com tanta regularidade. Cancelei diversas assinaturas e leio só de vez em quando, buscando assuntos específicos de interesse pessoal e profissional.
  • Listei tudo o que faço e que recebo comunicações por isso (redes sociais, e-mails) e estou bolando maneiras de reduzir e delegar todas as atividades relacionadas possíveis.
  • Tirei todas as notificações do meu celular, deixando apenas o toque de ligações – sempre no silencioso, e só atendo se estiver sem fazer nada. Vejo o What’s App nos intervalos ao longo do dia. Processo meus e-mails de uma a duas vezes por dia. Dou uma olhada no que chega nos intervalos também e, se tiver algo urgente, telefono, mando mensagem ou respondo rapidamente.
  • Enviei um e-mail a algumas pessoas que costumavam me telefonar com frequência para dizer que não atendo sempre o telefone e me ligarem apenas se for realmente urgente.
  • Inseri uma assinatura nos meus e-mails explicando que eu processo meus e-mails em determinada frequência e que não respondo imediatamente porque trabalho com gestão do tempo e fazer isso é incentivar um comportamento doentio.
  • Estou tentando parar de acompanhar o Twitter. Faço isso apenas quando quero passar o tempo.
  • Desinstalei o app do Facebook do meu celular. Deixo apenas o de mensagens (que respondo uma vez por dia no máximo), o de grupos (que uso para gerenciar o grupo GTD Brasil) e o de páginas (para atualizar a fan page do Vida Organizada e da Call Daniel). Não fico mais “navegando” no Facebook. Quando quero divulgar algo em minha timeline sobre o meu trabalho, faço isso pontualmente via web.
  • Invisto mais meu tempo em livros.
  • Compro revistas apenas em situações específicas, como em uma viagem de avião para passar tempo ou quando há um assunto que realmente me interessa. Leio apenas essas reportagens.
  • Vejo as primeiras páginas dos jornais quando passo por alguma banca, apenas por curiosidade. Pergunto para as pessoas se há algo de importante acontecendo ao longo da semana em termo de notícias. Essas duas dicas são do Tim Ferriss, inclusive. Eu não uso com todas as pessoas, porque elas estão exaltadas com relação a política. Funciona muito bem para conversar com a minha avó, no entanto. Ela adora me contar e ainda estendemos nossas conversas habituais!
  • Em leituras para resultados (livros, revistas, artigos), leio apenas as partes que realmente me interessam. Pulo historinhas e pontos repetitivos.
  • Não leio comentários em artigos na Internet, a não ser que a discussão realmente me interesse.
  • Só assisto Netflix ou programas específicos quando vejo tv, o que é raro, de qualquer forma. Já passo muito tempo em frente a telas diversas durante o meu trabalho para querer que minhas horas de entretenimento sejam em frente de outra.
  • Quando percebo que estou “navegando” na Internet, eu simplesmente paro. É a maior perda de tempo que existe.

Eu também tenho evitado perder tempo com coisas como:

  • Reuniões que não preciso estar
  • Deslocamentos até reuniões
  • Discussões que não me interessam (estou pensando mais em mim, sabem?)
  • Telefonemas
  • E-mails sem nada importante (arquivo ou deleto direto)
  • Tarefas repetitivas (se faço algo pela segunda vez, monto uma checklist para otimizar o processo e repenso como fazer para delegar ou perder menos tempo da próxima vez)
  • Solicitações que podem ser resolvidas com uma pesquisa no Google ou por outra pessoa
  • Burocracia no processo de venda e atendimento a clientes (estou buscando uma maneira de delegar isso muito em breve)
  • Relatórios (faço algo simples e objetivo)
  • Mensagens de modo geral
  • Despesas desnecessárias

[Tweet “”Quem interrompe precisa aprender a esperar.” – Tim Ferriss”]

Em vez de fazer tudo isso, o que eu tenho feito:

  • Me concentrado melhor nas minhas prioridades, nos meus projetos e nas atividades que realmente fazem diferença na minha vida.
  • Realizado tarefas semelhantes em blocos (isso eu já fazia, mas “aperfeiçoei”).
  • Pensado em quanto vale a minha hora de trabalho e quanto eu “perco” se perder tempo.
  • Respondido ligações perdidas e mensagens de redes sociais e What’s App via e-mail para “treinar” as pessoas que esse é o modo de comunicação mais eficaz comigo.
  • Converso mais com as pessoas.
  • Evito o “modo zumbi” acessando o celular enquanto estou com alguém.
  • Carregado menos o celular.
  • Deixado o computador mais tempo desligado.
  • Trabalhado menos online.
  • Dormido melhor.
  • Lido mais livros.
  • Pensado mais em mim.

E encerro com o Tim Ferriss, certeiro mais uma vez: “Fazer o que é importante e ignorar o que é trivial é difícil porque parece que a maior parte do mundo conspira para impôr m* a você. Felizmente, algumas simples mudanças de rotina fazem com que incomodá-lo seja mais trabalhoso do que deixá-lo em paz. É hora de parar com o abuso de informação.”

Quebre o ciclo! Sua sanidade e a sua produtividade agradecem.