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Editorial de julho

Julho é um mês que anuncia mudanças. Mudança de trabalho, mudança de casa, mudança de cidade, mudança de rotina. A principal mudança, porém, é a de pensamento. Eu acredito que a única constante da vida seja a mudança, apesar de essa ser uma frase clichê. Batida, nunca, porque é verdadeira. Então encaro toda mudança como boa, porque mostra que estamos aprendendo e indo para algum lugar. Dizem que o oposto da alegria não é a tristeza, mas o tédio, e eu não poderia concordar mais.

Somos assombrados pelo tempo mas, com o tempo, todas as coisas mudam e, com elas, nós mudamos. Isso nos dá a perspectiva de que, se não estamos satisfeitos com algo em nossa vida, podemos mudar. Podemos construir as circunstâncias novas que queremos, e tudo começa pela nossa mente. Quando mudamos nossa mente, mudamos tudo.

O inverno é uma época tradicional de recolhimento e, como tal, é como eu me sinto. Tem sido um período de auto-conhecimento, de olhar para dentro de mim e descobrir quem sou eu de verdade, o que quero, para onde estou indo. Porque tem sido uma mudança drástica, grandiosa, cujo ritmo mal tenho conseguido acompanhar. A sensação que tenho é que tirei o gargalo da garrafa e de repente toda uma cachoeira de coisas começou a fluir na minha vida. Isso é maravilhoso, mas também pode confundir. Então, quem sou eu? Para onde vou?

Felizmente, meus anos de reflexões sobre organização me ensinaram algo muito precioso, que é a importância de ter uma missão de vida. Minha missão, como já comentei várias vezes aqui no blog, é inspirar as pessoas a serem organizadas. E o objetivo de ter uma missão é usá-la como parâmetro para tomar decisões. Tem dado certo. Blog inspira? Inspira. Livro inspira? Inspira. Treinamento inspira? Inspira. E assim por diante.

Ter uma missão pessoal é fundamental em época de mudanças, porque é o nosso centro. É a corda que fica presa ao nosso pé, trazendo a gente de volta quando viaja longe demais. E, como a gente não pode fazer tudo na vida, a gente tem que ter parâmetros muito claros do que quer, para levar uma vida coerente. Proposta nova de trabalho que não tem a ver com a nossa missão pode ser repensada. Relacionamentos, hobbies, escolhas – tudo isso pode ter como parâmetro de decisão a nossa missão. Senão, inevitavelmente, seremos aquela pessoa olhando no espelho e arrependida de cada passo dado rumo a alguma coisa que não tenha absolutamente nada a ver com a gente.

E, para descobrir a missão pessoal, só com muito auto-conhecimento. Pode (e deve) levar anos, mas deve ser a_busca. Quando a gente descobre, no entanto, passa a direcionar todos os nossos esforços em direção a ela, simplesmente porque não teremos como viver de outro jeito. Trabalhe, trabalhe para descobrir a sua. Compensará todo o esforço.

Eu escrevo este editorial de julho eu escrevo em meio a muitas mudanças. Tantas, que nem consigo descrever. Todas estão sendo fundamentais para que eu possa recolher muito material para escrever e postar dicas aqui no blog. Estou escrevendo MUITO. Minha principal preocupação, no entanto, tem sido tornar o processo o menos sensível possível para o nosso filho, mas todos estamos vivenciando isso.

Ainda assim, me sinto especial quando passo por mudanças, porque esse é o sinal mais claro de que estou viva, tenho poder de escolha e capacidade para fazê-las. Ser organizada só ajuda em tudo, e por isso agradeço pela oportunidade que tenho de escrever para vocês e tentar passar um pouco da minha experiência para ajudá-los também.

Tenham um bom mês de julho. Sigo escrevendo…

Imagem: Etsy / FauxKiss
Imagem: Etsy / FauxKiss