Categoria(s) do post: Carreira, Estudos

Este texto foi enviado pela psicóloga e leitora Andréa Lagareiro.

O iní­cio do ano representa para muitas pessoas a retomada das atividades escolares, acadêmicas e profissionais que foram interrompidas no ano anterior. í‰ nesta época que os estudantes realizam rematrí­culas, os graduados procuram seus cursos de pós-graduação e as crianças e adolescentes retomam o ano letivo.

Não podemos esquecer que, neste perí­odo, muitas pessoas que haviam parado de estudar, por diversos motivos, como trabalho, criação dos filhos, viagens e problemas pessoais, pensam em retornar aos estudos.

Aqui vão algumas dicas para orientar essa busca:

Quero muito voltar a estudar!

Primeiro, organize-se: Tenha clara a sua REAL disponibilidade de tempo e energia para inciar este projeto. Não vale a pena pesquisar cursos, se matricular, pagar taxas se você não for ter tempo para frequentar as aulas. E o mais importante: ter tempo não é ter disponibilidade de horário do tempo exato do curso (19-22h50, por exemplo). Você precisa se alimentar, locomover-se e chegar com o mí­nimo de folga em casa para poder realizar suas outras atividades cotidianas.

Dica de ouro 1:  Conheça seus limites!

Autoconhecimento é fundamental para avaliar as reais condições para iniciar qualquer projeto, por menor que ele seja. A gente não pode abraçar o mundo inteiro de uma só vez. O que a gente pode sim fazer é escolher a parte que vamos nos dedicar em cada momento.

Sem direção? Oriente-se: Se você ainda não sabe que curso (universitário, técnico, livre, etc) escolher, uma boa opção é fazer uma orientação vocacional com um profissional. Por meio deste processo, você pode entender suas competências, (conhecimentos, habilidades e atitudes), quais são suas possibilidades e também ter um help para saber por onde começar, como começar e quais os primeiros passos nessa retomada. Você pode, até por conta própria, verificar como foi sua trajetória profissional até o momento, identificar pontos fortes e de atenção para pensar se se especializar é uma boa ideia ou se cabe uma mudança radical no seu percurso. Isso pode te ajudar, inclusive, no bate papo com a orientadora e trazer mais material para discussão.

Dica de ouro 2: Se existe um investimento que vale a pena, é investir em você mesmo!

Orientação vocacional é um processo que tem se difundido muito entre a população. Vale apena para adolescentes que querem decidir sua profissão, profissionais que querem mudar de área, trabalhadores desmotivados…Enfim, para qualquer dúvida, insegurança, insatisfação ou anseio, a orientação vocacional pode te ajudar muito. Principalmente, a conhecer a si mesmo e suas potencialidades!

Pesquise, pesquise, pesquise: Não vale a pena procurar uma universidade porque ela é a mais barata, a mais próxima de casa, a que sua melhor amiga frequenta. Qualidade e presença no mercado são fatores importantí­ssimos que ficam esquecidos frente a outras necessidades. Sim, existem cursos caros. Não, nem sempre podemos investir tanto dinheiro, mas vale a pena procurar o segundo e o terceiro melhor e não partir para opções duvidosas.

Coloque na balança: A qualidade, a médio e longo prazo é mais valiosa do que proximidade e valor.
Coloque na balança: A qualidade, a médio e longo prazo, é mais valiosa do que proximidade e valor. Nem sempre podemos pagar pelo que queremos, mas temos que avaliar as opções disponí­veis.

Como pesquisar? Simples. Abuse das redes sociais. Procure, primeiro, na sua lista de amigos quem se formou aonde. Caso não tenha encontrado o que procura, digite o curso ou a faculdade no campo de busca do Facebook por exemplo e procure grupos e pessoas. Faça contatos com ex-alunos. Além disso, pesquise a página do MEC. Lá você encontra as melhores e piores universidades, suas avaliações e colocações.

Print da tela de consulta de avaliações de universidades do MEC. Pesquise sempre no portal, mas faça contato com os estudantes e ex-alunos.
“Print”da tela de consulta de avaliações de universidades do MEC. Este é apenas um exemplo. Pesquise sempre no portal, mas faça contato com os estudantes e ex-alunos.

Dica de ouro 3:  O conhecimento se dá através da troca com o outro!

A melhor forma de saber sobre cursos, expectativas, realidades, professores, material, infraestrutura – embora exista a avaliação do MEC – é conversar com ex-alunos e alunos das universidades. í‰ como uma pesquisa de opinião. E as pessoas sempre agregam muito com as suas experiências. Afinal você não é o único a passar por uma decisão profissional.

E agora? Já está tudo certo: Uma vez que sua mente e cotidiano estejam organizados, pesquisas feitas e o curso e universidade decididos, você pode começar a colocar seu projeto, de fato, em andamento.

Eu já disse “Organize-se”?

Você precisa ter em mente os gastos, tanto de mensalidades quanto de matrí­cula, precisa controlar a data de vencimento das parcelas e a data limite para inscrição.

Algumas faculdades já fecharam e inclusive aplicaram vestibular a essa altura do ano. Se este for o seu caso, não se desespere! Em geral são faculdades com processos seletivos mais difí­ceis de passar e mais complexos. Vale a pena fazer um cronograma de estudo para o ano, ou mesmo entrar no cursinho pré-vestibular para tentar entrar.

Se você for iniciar o curso ainda esse ano, fique atento ao vestibular, entrevistas presenciais, data limite para inscrição e pagamento da matrí­cula e, í‰ CLARO, iní­cio das aulas.

Dica de ouro 4: A pressa é inimiga da perfeição!

Escolher um curso e uma faculdade não define apenas os próximos 4 ou 5 anos, nem suas noites mal dormidas nem somente “no que eu vou trabalhar”. Uma escolha profissional define um aspecto gigantesco das nossas vidas, os cí­rculos de relacionamento que teremos, as nossas motivações enquanto cidadãos, nossa participação no mercado e a produção do conhecimento. Por isso, se ainda tem dúvidas, se não se sente preparado, não tome decisões precipitadas. Procure ajuda e orientação, de professores antigos, amigos e profissionais.

Mais para frente, vamos falar sobre como se organizar para o iní­cio das aulas e da importí¢ncia que dedicar-se aos primeiros semestres da faculdade tem para a sua carreira!

Categoria(s) do post: Estudos, Rotinas

Bom dia, Thaí­s! Tudo bem?
Adorei a novidade dos temas por mês. Gostaria de sugerir um post para orientar as mães de filhos que estão começando a levar lição para casa. Esse é o meu caso. A minha filha está entrando no 1º ano do ensino fundamental e a partir de agora trará lições de casa todos os dias. Ela estuda í  tarde, porém í s terças e quintas tem que ir para a escola no perí­odo da manhã também.
Sempre achei que fazer lições de casa í  noite não seria muito produtivo pois as crianças costumam chegar cansadas, sem contar que a rotina noturna é corrida. Jantar, banho, e quando vemos já são 20h00. Super tarde para as lições de casa, concorda?
Além disso, os médicos indicam atividades fí­sicas para as crianças pelo menos 3 vezes por dia o que todos nós sabemos que é importante e muito saudável. Ou seja, que tempo sobra para as lições e estudos em casa para uma criança de 6 anos em diante?
Sei que o seu filhinho ainda não está nessa fase, mas você vai ver que dilema é esse, Thaí­s. Uma loucura!
Beijinhos e muito obrigada por tudo o que você tem feito de bom na minha vida e na de tantos leitores do seu blog.

Queria leitora,

Nossa vida é uma correria, não é mesmo?

A pergunta é: pela manhã, você está disponí­vel para ficar com ela? Se sim, certamente esse horário é o melhor para fazer as lições. Quando ela tiver aula pela manhã, excepcionalmente será necessário fazer as lições í  noite. Cheguem em casa, tomem um banho e, logo após o jantar, façam a lição. Mas explique direitinho para ela como as coisas funcionarão. Já viu aquele quadro de rotina da Supernanny? Talvez seja uma boa ter um desses em casa. Eu sou louca para fazer, mas meu filho ainda não entende.

Será cansativo fazer a lição í  noite? Sim, mas são dias excepcionais. Nunca, nunca tome situação que são exceção como regra geral para pensamentos e preocupações na sua famí­lia. Existirá uma regra geral, que é fazer a lição pela manhã e, quando não for possí­vel, e somente se houver lição, esta será feita í  noite.

Quanto í  atividade fí­sica, ela já não faz aulas na escola? Em muitos casos, essas aulas são suficientes. Se não, talvez seja o caso de fazer algo de curta duração pela manhã – mas tente não complicar!

Certamente outros leitores ficarão muito contentes em te dar mais sugestões pelos comentários. =)

Obrigada por ter escrito.