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Pequeno disclaimer sobre anunciantes, publieditoriais e outras coisinhas que costumam tornar os blogs chatos

Quem trabalha com internet ou gosta de ler blogs sabe que estamos vivendo uma verdadeira era de profissionalização dos blogs, quando as marcas perceberam que têm uma mídia extremamente eficiente para contatar os consumidores (ou potenciais consumidores) e alguém que produza conteúdo voltado para nichos específicos. Assim, é interessante para uma marca ter um bom relacionamento com os blogueiros e enviar brindes, presentes, ou até mesmo pagar para ver seu produto testado e avaliado. Como o Vida Organizada está crescendo junto com um monte de blogs bacanas e pegando essa mesma onda, eu me senti no dever de escrever um post a respeito separando por listinhas porque né, eu amo isso.

1. Este blog é um hobby. Quando eu comecei, não tinha qualquer pretensão de ganhar dinheiro com ele (e eu já trabalhava com blogs em uma agência, na época). Eu comecei a blogar há um tempão, quando 98% dos blogs eram diários (e eu ainda amo profundamente os blogs que são assim e são bons). Alguns anos depois, tive a ideia de criar um blog sobre organização, que é um assunto específico, e ele foi crescendo e se desenvolvendo junto comigo, chegando onde está hoje. Apesar de ser um hobby que eu leve a sério (afinal, invisto um bom tempo escrevendo, cuidando dele, pagando servidor etc), ainda é um hobby. Quer dizer, eu não vivo do blog. Acho muito bacana quem conseguiu essa autonomia, mas hoje ele não é a minha principal fonte de renda e eu não almejo isso. Portanto, o que eu quero dizer é que dinheiro não é o mais importante para mim quando eu trato do blog. Eu não criei nem tenho o blog para viver dele, financeiramente falando.

2. Mesmo assim, eu o trato de forma profissional. Como eu sou publicitária e trabalho com internet, o blog é uma grande experiência para mim e onde eu aplico diversas novidadezinhas do meio, como o Pinterest, que virou moda agora, por exemplo. E eu adoro fazer isso! Eu tenho planejamento estratégico do blog, objetivos, metas, projetinhos ligados a ele e um cronograma de posts para o ano inteiro (sim, existem posts já programados para dezembro, por exemplo, apesar de eu ainda não tê-los redigido). Desde janeiro, ele tem o formato de uma revista virtual, dividido por seções. Eu encaro o blog até mesmo como um segundo emprego, pois me dedico muito a ele. Eu já falei aqui os diversos motivos que me levaram a ter um blog sobre organização, mas vou reforçar:

3. As pessoas são importantes. Quando eu criei o blog, a ideia era somente postar dicas. Depois, comecei a aprofundar os textos e, hoje, ele caminha para uma pegada muito mais voltada à realidade de todos nós (dentro do possível, pois afinal é o meu ponto de vista). O que acontece é que, diariamente, eu leio os comentários que chegam por e-mail e muitos chegam a me emocionar, como uma mãe recém-separada que estava depressiva e está conseguindo tomar as rédeas da vida profissional, ou um senhor que conseguiu revolucionar (esse é o termo certo!) a estrutura da casa onde morava somente destralhando 15 minutos por dia. Esse tipo de comentário me faz perceber que eu não escrevo só para mim, mas para um montão de gente que espera ansiosamente o post do dia às 9h da manhã. Sim, porque nas estatísticas do blog, eu vejo que as pessoas entram entre 9h e 10h, e agendo os posts para que entrem nesse horário e atendam o fluxo. Eu considero muito a opinião de cada um e procuro, na medida do possível, responder todos os comentários, especialmente dúvidas. Então toda vez que eu recebo um contato de uma marca, eu fico me perguntando se os leitores do blog acharão aquilo legal.

4. Propagandas em excesso estragam qualquer site, não só blogs. Porém, com os blogs, o que acontece é que é a opinião da pessoa ali. Quando começa a aparecer muita propaganda ou publieditorial, os leitores percebem e, mesmo que não queiram, aos poucos eles vão deixando de se interessar. Basta tirar a lição dos melhores sites do mundo: Google e Facebook. A publicidade demorou para entrar e sempre foi muito bem pensada. Eu procuro ser extremamente criteriosa aqui para não virar uma salada. Lá na página do media kit do blog, eu digo: “eu não publico nada pago aqui que não publicaria de graça”, e é verdade.

5. Porém, os blogs precisam se valorizar. Blogs hoje são um meio como qualquer outro, especialmente parecidos com revistas, mas virtuais, feitos (em sua maioria) por uma única pessoa, e com conteúdo (muitas vezes) original e, enfim, dá um trabalhão. Um blog também tem seus gastos e não é nada vergonhoso pensar em formas para mantê-lo ou até mesmo compensar o trabalho todo. Não só o tempo que você investe escrevendo, cuidando, mas gastos de design (nem todo blogueiro sabe mexer com protoshop, html e css), programação e servidor. Se o blogueiro conseguir uma alternativa que não agrida o blog, os leitores ou a ele mesmo, de publicidade, eu acredito que ele deva fazer isso para que o blog se pague. Ninguém merece ter um blog bacana, bem acessado, que as pessoas adoram, e ter prejuízo financeiro com ele ou não ter tempo para mais nada. As agências que fazem “ações com blogs” também precisam entender que o alcance dos blogs é tremendo e tão (ou mais) eficiente que meios convencionais, então vale a pena investir. Pode parecer inacreditável, mas muitas marcas ainda acham que podem pedir troca de links ou um publieditorial a troco de banana. E gente, a realidade é outra. Blogs bons precisam ser valorizados, e isso inclui selecionar bem o que será anunciado ali.

Por fim, eu gostaria de dizer somente mais algumas coisinhas:

  • Tudo o que for bacana para os leitores e que tenha a ver com o tema do blog, será bem-vindo.
  • Encher o blog de publieditoriais é chato e eu não vou fazer isso porque não é meu objetivo.

Quis escrever esse post para explicar aos leitores do blog o que se passa na minha cabeça toda vez que eu recebo ofertas de agências e marcas para anunciar aqui, e que eu tenho um critério, tá bem, gente?