A mulher ocupada e sua busca pela simplicidade

Recebi pelo grupo no Facebook a indicação de um blog muito bacana: The Busy Woman And The Stripy Cat. A Rita, autora do blog, resolveu dar a ele uma pegada mais voltada ao tema minimalismo e contar um pouco sobre suas transformações diárias. Super recomendo. Fiquei bem nostálgica porque me lembrou a época quando descobri o conceito também, há uns três anos, e revolucionei a minha vida. Inspirada nela, vou contar aqui o que eu fiz na época e me ajudou muito a praticar o desapego das coisas materiais que eu tinha aos montes:

  • Já contei no grupo que eu tinha uma coleção enorme de revistas Vogue nacionais e importadas desde os anos 90, e joguei TODAS fora. Sim, eu me arrependi. Mas, na época, confesso que fiquei muito aliviada por ter liberado aquele espaço.
  • Meu quarto se resumia à minha cama, uma escrivaninha, a estante cheia de livros e o meu violão.
  • Reduzi demais todo o meu guarda-roupa e usava somente calça jeans, camiseta e tênis. Tinha umas 12 camisetas pretas, duas calças e uns três tênis, e me vestia igual todos os dias. Eu acreditava que a moda complicava demais o dia-a-dia, além de fazer a gente gastar demais com besteiras.
  • Eu simplesmente parei de comprar coisas e nunca tive tanto dinheiro no bolso. Meu salário chegava até o final do mês com tranquilidade.
  • Me aproximei muito mais da natureza. Foi quando me dediquei ao hiking e fazia muitas trilhas e acampava em montanhas. Viajar era o que mais me fazia feliz.
  • Pedi demissão e me desfiz de muito mais para zerar a vida e recomeçar buscando o que fosse somente o essencial.
  • Descobri o zen budismo com força.

O principal foi que eu aprendi muita coisa na época. O que eu trago de ensinamentos se resume basicamente no seguinte:

# Respeite os mais velhos.

# “Um discurso não cozinha o arroz”.

# Tente superar os seus defeitos.

# Trabalhe para alcançar alguma meta.

# Não continue com ações que não tenham um objetivo.

# Trabalhe em prol da paz.

# “Tenta achar que não é assim tão mal – exercita a paciência”.

# “A felicidade não é o objetivo, é o caminho”.

# Aprenda com seus inimigos a ter paciência.

# “Sem paz interior, é impossível ter paz mundial”.

# Confie.

# “Se um problema não tem solução, não adianta se preocupar. Se ele tem solução, não precisa se preocupar”.

# Veja toda situação como uma forma de aprendizado.

# Cultive seus talentos próprios.

# “Curva tua cabeça e escuta, ó bodisatva”.

# Seja gentil.

# Faça o bem sem esperar nada em troca.

# Deixe o pedaço maior para a outra pessoa.

# Se estiver com raiva, medite.

# Se estiver feliz, medite.

# “Ninguém ficou pobre por dar esmolas”.

# Ouça mais, fale menos.

# Interesse-se verdadeiramente pelas pessoas.

# Não faça publicidade de suas boas ações.

# Ajude as pessoas no que puder.

# Respeite a natureza.

# Seja humilde.

Eu já contei aqui no blog como eu me tornei uma pessoa organizada e, no texto, eu falo sobre essa época e como eu radicalizei para conseguir me estabilizar um tempo depois. Naquele tempo, aquela mudança radical foi necessária, mas ela é uma destruição de conceitos. Acho que, pelo menos uma vez na vida, é necessária. Você praticamente faz desabar tudo aquilo em que acredita e recomeça do zero. É desafiador, mas essencial. E só fazendo isso que eu pude chegar onde estou hoje, nessa posição.

E ainda tenho tanto a aprender!