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Dias difíceis.

Os últimos dias têm sido difíceis, bem corridos, até mesmo para mim – não gosto de reclamar da falta de tempo.

Ontem choveu tudo de uma vez durante umas 4h e aconteceu uma coisa muito ruim aqui na minha rua. Moro em um bairro legal, que nunca teve esse tipo de situação porque é um bairro alto. No quarteirão de cima da minha casa, existe um parque (onde eu vou com o Paul) que na verdade é um parque-reservatório da Sabesp, tem super tanque e tudo. E, com a chuva de ontem, o barranco que fica embaixo do reservatório (ou seja, sustentando o parque) simplesmente caiu com a chuva. Do outro lado da rua, tem uns seis sobrados iguais e o mais perto do barranco simplesmente deu perda total. Não demoliu a casa, mas pegou toda a área dos fundos e os bombeiros tiveram que derrubar todo o muro da frente para conseguir tirar o barro de dentro da casa. Tinha uma pedra de quase 1m em cima do fogão. Da rua, dava para ver a água descendo as escadas da casa como uma cachoeira – aquela água marrom, cheia de terra. Todos os moradores ficaram muito assustados e com medo do pior, pois um pouco mais para cima existe uma torre gigantesca de uma rádio, sustentada pelo mesmo barranco. Aparentemente, segundo a polícia civil, não tem perigo, mas a verdade é que ninguém sabe, pois o barranco é coberto por concreto. É como se fosse uma “casca” com chocolate derretendo por dentro – imaginem? Cheguei a entrar na casa da minha amiga da frente (que está a três casas de distância do muro que desabou) e dá medo. O barranco tem uns 20m de altura e, a qualquer nova chuva, pode continuar caindo e, segundo a previsão dos policiais, “varrer o fundo de todos os sobrados”. Estamos todos apreensivos. A minha casa não corre risco, exceto pelo medo da torre cair (ela está em uma subida e a minha casa está mais para baixo, então..).

Não conheço os moradores da casa, mas são um casal de velhinhos (que passaram a noite na casa da minha amiga, coitados) e alguns jovens, talvez irmãos, não entendi. Mas todos eles acabaram indo para um hotel, teoricamente pago pela prefeitura. Precisamos esperar para ver o que vai acontecer e rezar para não acontecer nada pior.

Ontem fui dormir às 3h da manhã… até o Paul ficou acordado até tarde. Ele acordou com a movimentação e os gritos na rua (por volta das 21h) e dormiu somente à meia-noite e meia. Ainda não conseguimos arrumar o horário dele desde o Natal, mas pelo menos ele tem acordado tarde (entre 10h e 11h).

Estou exausta, mas tentarei escrever mais por aqui. A coisa de privatizar/receber pedidos me desgastou.

A febre dele passou.