Categoria(s) do post: íreas da Vida

Com a correria dos shows, acabei não contando um monte de coisas que aconteceram por aqui. Semana passada o Paul teve uma crise de ví´mito. Num belo dia, acordou vomitando mais que o normal e eu não sabia o que ele tinha. Pensei que fosse alergia a algum alimento, mas ele não tinha comido nada de diferente. O Ande tinha ido trabalhar e a carteirinha do convênio do Paul tinha ficado com ele (ele o levou no médico a última vez e eu esqueci de pegar). A solução foi levá-lo ao Hospital das Clí­nicas, que é bem perto da minha casa, o maior e melhor da América Latina etc.

Sabe, eu realmente não sei como avaliar um hospital. Quando meu pai estava doente, foi muito bem tratado no Hospital do Cí¢ncer super avançado deles, ganhava todos os remédios etc. Mas o pronto-socorro do Hospital das Clí­nicas é absurdo. Durante a gravidez, eu tive um sangramento e o pronto-socorro do meu convênio era do outro lado da cidade. Para não perder tempo, fui no HC. Lá eles demoraram demais para me atender e o Ande não pí´de ficar comigo nem na sala de espera, o que eu achei um absurdo, porque estava super preocupada e não podia falar com ele. Quando eu fui perguntar para a enfermeira se eu não seria atendida logo – afinal, estava grávida e com um sangramento, ela disse: “só atendemos na hora se está escorrendo pelas pernas”. Ou seja, perdendo o bebê, né. Achei isso tão precário, absurdo. Encontrei o Ande do lado de fora e fomos de táxi até o outro hospital, do outro lado da cidade, e lá fui atendida rapidamente. Por sorte o sangramento tinha origem desconhecida e não aconteceu nada com o Paul, mas sabem? Poderia ter acontecido. Achei que foi um descaso enorme. Não custava nada um médico ter examinado e dado um parecer.

Com esse histórico, levei o Paul ao pronto-socorro infantil deles. Ao chegar lá, dois recepcionistas: um mais velho ensinando a mais nova a fazer alguma coisa não-urgente no computador. Ele estava sentado ao lado dela explicando qualquer coisa tipo “então você seleciona tudo, clica em imprimir” etc. E eu ali de pé com o Paul, esperando. Quando a moça me chamou, ela perguntou o que o Paul tinha e eu disse que ele estava vomitando muito, fora do normal. “Quando foi a última vez?”, e ploft, ele vomitou bem no balcão. “Agora”, eu respondi. Ela me deu uma senha e eu fui sentar com o Paul nas cadeiras de espera. Veio um menino de uns 2 anos querendo pegar na mão dele, o menino com a maior cara de doente e a mãe dele lá no fundo do corredor, sem falar nada. Eu levantei e fiquei com o Paul perto da porta. Chamaram a minha senha no painel e eu simplesmente não sabia aonde ir. Não tinha nenhuma indicação. Fui perguntando de porta em porta até achar a que finalmente era, com um médico com cara de “puff” sentado atrás da mesa. Ele perguntou o que o Paul tinha, disse que ele estava vomitando mais que o normal desde manhã cedo e me mandou de volta í  sala de espera. Não examinou nem nada. Foi inútil.

Quando chamaram de novo, passei por umas cinco portas até encontrar a certa, e então uma médica mais nova do que eu nos atendeu. Pelo menos ela foi super simpática e carinhosa com o Paul. Ele deitou na maca com aqueles papéis protetores embaixo e simplesmente tocou o terror… rasgou, picotou o papel, amassou na mão, queria colocar na boca, e a médica tentando examiná-lo. Ele estava bem, alegre, só com a questão do ví´mito mesmo, de diferente. Ela olhou a garganta, os ouvidos e disse que ele estava bem. Perguntou o peso (respondi que ele tinha sido pesado há mais de um mês na consulta) e aí­ vem a parte mais inacreditável: a pesagem. Ela pediu para eu subir com ele na balança e depois sozinha, para subtrair o peso. Bem preciso esse método, não? E por ele ela concluiu que ele estava no peso normal.

Pediu então que fí´ssemos até a sala de medicação para o Paul tomar soro, que ela veria a reação (se ele vomitaria ou não). Chegando lá, ninguém para atender – somente uma mãe com a filha de uns 16 anos deitada, com cara de muito doente, e tossindo de forma esquisita. Fiquei meia hora lá e ninguém passou para dar o soro para o Paul. Não entrou ninguém na sala. Fiquei com medo que o Paul pegasse aquela tosse da menina e fui embora.

O que eu simplesmente concluí­ (porque a médica não falou nada) foi que com essas engatinhadas e mais tempo no chão, ele vai pegando imunidade, pois coloca a mão na boca o tempo inteiro e, por mais limpo que o chão esteja, sempre pode acontecer alguma reaçãozinha. Como até o iní­cio da noite ele já tinha parado de vomitar, não achei necessário levá-lo ao PS do convênio, quando o Ande chegou. E ele estava super bem, brincando, falante, então fiquei mais tranquila.

A surpresa veio uns cinco dias depois, no domingo. Estava dando uma frutinha de manhã para ele, quando ele começou a chorar MUITO alto, do nada. A primeira coisa que eu fiz foi olhar a gengiva dele e lá estava a prova do crime: o dente! Finalmente saiu o primeiro dente dele, embaixo, e o chororí´ deve ter sido porque ele mordeu a colher com força! Fiquei toda contente e liguei para o Ande para contar (ele estava na fila do show e eu ia para lá logo em seguida!).

O nascimento dos dentes (o dente ao lado já começou a dar sinais) explica não só os ví´mitos, mas uma série de comportamentos estranhos do Paul ultimamente. Por exemplo, ele tem ido dormir mais tarde. E não sei se conseguiremos voltar í quela rotina original de dormir no começo da noite e ir direto. Deixa passar a novidade dos dentes e poderemos ter uma perspectiva melhor. No momento, ele continua com as duas sonecas diurnas, mas quando dorme lá pelas 18h, acorda í s 19h muito empolgado, querendo brincar, e só dorme novamente por volta das 21h30. Daí­ ele dorme super bem, pesado mesmo, e está acordando todos os dias entre 8h e 8h30. Como está se tornando um padrão, não sei se quero alterar. 8h é um horário muito bom. Estamos deixando rolar. O pior mesmo tem sido a impaciência dele com tudo. Não mama mais direito – fica mordendo o bico da mamadeira. Quer ficar no chão ou de pé o tempo todo. Fica escalando coisas. Tudo bem, sei que é da idade, mas ele está muuuito inquieto, mais que o normal mesmo. Oremos.

Também preciso dizer que as últimas noites têm sido horrorosas porque, além do nascimento dos dentes, tanto o Anderson quanto eu ainda estamos ruins depois dos shows, e o meu “extra” é uma tosse fortí­ssima que não me deixa dormir – e nem eles dois. Por esse motivo, já faz duas noites que eu passo em claro, porque não dá para dormir. Pelo menos saí­ do quarto e deixei os dois dormirem. Amanhã cedo vou tentar providenciar um colchão para deixar no outro quarto para situações como essa. Já tentei dormir sentada na poltrona, mas não consigo. E enfim, isso tem acabado comigo, me deixando muito pior durante o dia inteiro. Ainda estou totalmente sem voz e não consigo falar nem sussurrando, então telefone e celular são coisas impossí­veis para mim, nem atendo. E uma das piores coisas de estar doente é não conseguir dar conta da rotina da casa, que inclui limpeza e arrumação básicas, e a poeira só piora o meu estado. Espero melhorar nos próximos dias senão vai ficar feia a coisa por aqui.

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

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