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O Halloween é o festival de Samhain que acontece no dia 31 de outubro. Nos Estados Unidos, a celebração do Halloween é mais popular que na Grã-Bretanha (onde se originou), e no Brasil também já se tornou uma festa bastante popular. Para as bruxas, porém, o Halloween é uma ocasião séria, embora celebrada com alegria. Ele é a antiga véspera celta do Samhain (pronunciado algo como “souen”). Samhain significa “O Fim do Verão”, quando o inverno de metade do ano começa no dia 1º de novembro (hemisfério norte). Essa noite e toda a primeira semana de novembro no passado resplandeciam com fogueiras rituais.

Com a chegada do Cristianismo, a Igreja tentou cristianizar o antigo festival tomando o dia 1º de novembro o Dia de Todos os Santos, ou All Hallows como era o antigo termo usado. Assim a Véspera do Samhain tornou-se a Véspera do All Hallows, ou Halloween. Mas as tentativas de desencorajar as celebrações pagãs foram tão em vão que o festival por fim foi banido do calendário da Igreja.

As celebrações deste festival duram três dias, começando na véspera (noite de 31 de outubro) e indo até o dia 2 de novembro. Era um tempo de propiciação, adivinhação e comunhão com os mortos, mas também uma festa desinibida onde se comia e se bebia, mostrando a face desafiadora e fértil da vida í  própria face da escuridão.

Apesar de todo o bafafá comercial em torno da data, essa época do ano sempre será importante para mim. í‰ quando simplesmente todo mundo parece se interessar por Bruxaria, bruxas, gatos, abóboras etc. Se eu fico irritada com quem faz festa sem saber o significado? Eu não! Fico mais irritada com quem diz que é uma festa estrangeira e que, por esse motivo, não existe motivo para celebrá-la. Mas o que a maioria das pessoas se esquece é que muitos dos nossos feriados (especialmente os religiosos) são estrangeiros. Natal, Páscoa, São João, Finados, até Carnaval. E, pasmem: esses cinco, coincidentemente, têm origem pagã. Mas são celebrados há tanto tempo por aqui que já fazem parte da nossa cultura, desenvolveram particularidades etc.

O preconceito com o Halloween, então, é puramente religioso. Instituiu-se um “dia do saci” para tentar substituí­-lo por um mito puramente nacional, o que me dá sono. Quer dizer que, para valorizar o folclore nacional, precisamos atacar ou rebaixar festas estrangeiras? Sinceramente, acho isso de uma hipocrisia enorme. Vamos todos parar de comemorar o Natal, então, ou o Carnaval. Nada de festas juninas ou ovos de Páscoa. Não? E por quê? í‰ o mesmo raciocí­nio.

Aqui em casa, como é tradicional todos os anos, faço um montão de atividades durante todos os dias, até o segundo de novembro. Nesse ano, tenho duas particularidades: o Paul e a ausência do meu pai. Meus costumes incluem: comidinhas, meditações, rever fotos, juntar os amigos e familiares, fazer pedidos, ler tarí´, fazer uma lanterna de abóbora e receber visitantes esparsos pedindo doces. Para mim é uma época maravilhosa e especial, porque faz parte da minha espiritualidade, sendo considerada até um “ano novo” das bruxas. No passar dos anos, tenho sentido dessa forma também. São três dias de transição, com o véu entre os mundos realmente tênue. Se eu vou aproveitar? Podem apostar!

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

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