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ZTD x GTD

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Faz tempo que eu queria escrever um texto comparando o método ZTD com o GTD, então aqui vai.

[quote class=”azul”]GTD é um método de organização criado por um senhor chamado David Allen. É muito famoso e eu o utilizo há mais de cinco anos.

ZTD é uma adaptação do método GTD, criada pelo blogueiro Leo Babauta, que teoricamente seria uma versão mais simples do mesmo.

Para conhecer o GTD, leia o livro “A arte da fazer acontecer”, do David Allen. Para conhecer o ZTD, leia a tradução do livro feita pelo Lucas Teixeira ou o original (“Zen to done”), que pode ser comprado online ou via loja do Kindle.[/quote]

Vocês sabem que eu não gosto de enrolar quando faço resenhas, e desta vez não será diferente. No geral, eu acho que o David Allen deveria cobrar do Leo Babauta direitos autorais pelo livro. Ele até comenta sobre isso no final, em algumas perguntas que ele responde para os leitores (o Leo), mas diz que é um método somente inspirado e que isso não configuraria plágio e tudo o mais.

Minha opinião sincera sobre este livro e outros textos do Leo Babauta é polêmica, sei que muita gente gosta dele (eu mesma já li todos os seus livros e gosto de acompanhar seu trabalho), mas é a seguinte: parece que ele leu o livro do David Allen, achou complicadinho, sequer tentou amadurecer no sistema, e achou, do alto da sua superioridade, que poderia simplificar o método.

As críticas que ele faz ao GTD no livro (“é um método complicado” ou “não foca na execução, mas no planejamento”) são críticas comuns de quem nunca implementou o GTD de verdade. E olha, eu posso afirmar isso porque tenho muitos anos de uso do GTD. Eu mesma já tive esse pensamento, até descobrir que, na verdade, eu é quem estava complicando as coisas.

No geral, o método GTD é muito simples: esvazie sua cabeça, organize suas listas de tarefas por contextos, use a agenda somente para compromissos e revise semanalmente. Isso é o GTD. Há coisas a mais, que você vai implementando aos poucos, à medida que amadurece com o método, como a coisa dos objetivos, listas de projetos, definição de prioridades, áreas de foco etc. São reflexões que o GTD traz sobre a vida, inclusive para saber se o que você está fazendo é o que você realmente quer – sua paixão.

Eu demorei para ler o livro do Leo Babauta porque sempre me dei bem com o GTD, mas eu sinceramente esperava algo mais, já que tantas pessoas afirmam com a boca cheia “eu não uso o GTD, uso o ZTD”. Minha gente, é a mesmíssima coisa. A mesma. Com a diferença que o ZTD deixa n brechas – não há relação entre tarefas e projetos, entre outras.

Uma das críticas do Leo ao GTD é que o GTD quer que você adquira novos hábitos de uma vez. Oras, isso depende da pessoa. Há um senso comum entre os GTDs-professionals que uma pessoa só estará usando o GTD de forma plena em uns dois anos mesmo, justamente porque você vai se habituando a fazer uma coisa de cada vez. Eu achei os 10 hábitos do Leo (que ele propôe em vez do método GTD) muito mais cansativos e sem links uns com os outros. Não há um processo, somente uma série de diquinhas que qualquer autor de livros de organização faz, bastando ser criativo. Por exemplo: o Christian Barbosa desenvolveu o método da tríade. É um método legal? Claro que sim, e há seus adeptos. E não há problema nenhum nisso. A questão é que ele não acha que o seu método é melhor, mais simples, eficaz etc que o GTD.

Acompanho o blog do Leo Babauta há muito, muito tempo, e já vi diversos gaps em seus textos que me fizeram desconfiar de uma série de coisas que ele “prega”. Não vou entrar em detalhes aqui, mas não me convence. Acho os textos fracos e superficiais. A diferença é que ele encontrou um nicho inexplorado lá atrás e se deu bem nele. Parabéns, tem seu mérito. Mas hoje em dia considero seus textos muito superficiais e prepotentes. Já gostei, no entanto, e há bons textos antigos disponíveis no seu blog.

Enfim, não é “birrinha”, mas realmente fiquei decepcionada com o livro sobre o ZTD quando o li. Esperava muito mais e, no final das contas, é uma cópia mal-feita do livro do David Allen, onde ele tentou apresentar uma visão mais simplificada que, na verdade, é somente a visão dele do GTD, assim como eu mostro a minha no blog e cada um que aplica adaptará ao seu “estilo”. Mas dizer que é um método diferente, novo, mais simples e eficaz que o GTD, me desculpe.

A você, que usa o ZTD “porque é mais simples que o GTD”: estude o GTD. Leia um pouquinho do livro hoje, um pouquinho amanhã. Eu já reli esse livro umas 200 vezes e sempre encontro algo novo e legal que me faz entender melhor o sistema todo. Se eu, que uso o GTD há ANOS, e muitas outras pessoas que usam há mais tempo que eu, dizem que há sempre o que aprender e implementar no sistema, como alguém que experimentou tão pouco pode tirar conclusões tão precipitadas? Isto não é uma “crítica”, não me acho superior por usar o GTD (longe disso). Apenas quero dar uma opinião de quem usa há tempos o GTD sobre o ZTD, pois nunca li algum relato de experiência assim. Portanto, espero que seja útil de alguma forma.

Conclusão: o ZTD não é coisíssima nenhuma “a versão simplificada do GTD”. É a visão do Leo Babauta do método, tendo experimentado um pouco e borbulhando a mente de ideias para publicar um novo e-book. Ele tem todo o direito de fazer isso, mas por favor, não digam que o ZTD é mais simples-eficaz-etc que o GTD. É somente o GTD aplicado por uma pessoa.

Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

55 comentários em “ZTD x GTD”

  1. Oi, Thaís! Adorei o post e concordo com várias das coisas que você disse. Eu comprei o livro do David Allen inspirada pelos seus posts no Vida Organizada. Li o livro duas vezes e achei bem complicado a princípio e criei várias desculpas na minha cabeça pra não começar a me organizar com o GTD. Li recentemente o ZTD e tive mais ou menos as mesmas impressões que você. No meu caso, o livro ZTD serviu mesmo como um grande empurrão pra eu sair da inércia de vez e começar a implementar o método. Ainda estou começando, mas, com o caderno e o calendário no meu mural de cortiça, a vida já melhorou bastante!
    Beijos,
    Rafaella

  2. É por isso que gosto desse blog. Não tem puxação de saco. Gosto de pessoas sinceras. Eu nunca li o GTD e nem o ZTD, mas lendo o que encontro na net, também achei que eram a mesma coisa.

  3. Eu encarei o ZTD como uma espécie de divulgação do GTD. Não confio totalmente em nenhum teórico e acho importante que cada indivíduo possa adaptar os métodos aprendidos ao seu sistema pessoal ou sua vida. Não é plágio mesmo, é inspiração. Prefiro o mais simples.

      1. Não sou das maiores estudiosas de ambos os métodos, mas sempre tive essa impresão do Leo, apesar de reconhecer os seus méritos (eu, por exemplo, nunca escrevi sobre nada heheheh)
        Acho que vale a pena estudar os dois para emitir uma opinião crítica.

  4. Este post foi um alívio pra mim, porque estava usando a desculpa da complicação para não organizar a minha vida. Conhecendo o ZTD e não me adaptando a ele, fiquei meio desorientada e deixei de focar nos meus projetos.
    Já passou da hora, mas ainda é tempo, de fazer acontecer!
    Obrigada, Thais!

  5. Olá Thaís! Deixo aqui minha opinião: li o ZTD e a impressão que tive era que Leo Babauta estava reescrevendo as ideias do GTD, pelas informações que já tinha visto no seu blog. Como ainda não tinha o livro GTD, pensei em usar um caminho mais simples (que é a proposta do ZTD). Mas nesse caso, acho que ao invés de simplificar, ficou superficial e ineficiente. Agora estou lendo o GTD e realmente é rico e eficaz em suas propostas. Cada pessoa adapta-se de uma maneira ao método. Mas Babauta aproveitou sua adaptação e escreveu um livro como se fosse original… Concordo com tudo o que disse. Abraços e muito sucesso em sua vida.

  6. Tais, eu tô lendo aos poucos o GTD e já li um outro livro do Leo e também achei superficial.
    O David é incrível e ainda estou tentando me adaptar e eu tenho que parar de desculpas e implementar o método direito.
    Adoro suas resenhas! Beijos

  7. Quando li o GTD estava super empolgada, mas achei o livro um pouco abstrato e tive dificuldades para adaptar à minha realidade. Somando-se a isso o fato de ser um “tanto” procrastinadora, no final das contas acabei ficando só na teoria. Depois li o ZTD e algumas outras coisas no blog do Leo e, apesar de gostar do enfoque meio budista do blog, ele não me convenceu, pois me parece que, no fundo, ele está mesmo é preocupado em ganhar dinheiro (vendendo os e-books e afins). E concordo com você, também acho que os textos dele são bem superficiais.

    Com seu post fiquei com vontade de reler o GTD… será que dessa vez funciona? 🙂

  8. Adorei o post. Li o ztd e fiquei com a mesma impressão. Conheci o GTD através do blog que achei quando pesquisava um check-list para mudança. Acabei adiando a decisão de me mudar por hora para não enlouquecer mesmo, mas peguei o bichinho da organização e apesar de andar só o pó da rabiola estou implementando o GTD no meu tempo e com a ajuda do blog. Obrigada pelos posts e também pela recomendação do método, estou mudando de vida graças eles. :*

  9. Eu não li o ZTD, só dei uma folheada, mas me pareceu exatamente isso que descreveste. Não aplico o GTD, mas eu achei muito motivador quando li, ainda estou num processo de “absorção” do método.

  10. Não li o GTD ainda, li o ZTD e como o autor diz que é mais simples optei por usar este método para depois partir para o ZTD.
    Estou achando o ZTD bem simples e eficaz. Quando estiver acostumada com ele vou ler o GTD e aprofundar neste método.

  11. Thaís como uma pessoa que tem a sua vida mergulhada no caos (pessoal, finanças, casa, trabalho) aonde tudo tá acumulado (pensa naquele programa acumuladores/discovery) e que não sabe nem por onde começar a se organizar, que se sente perdido e acha que não é mais capaz nem de organizar os pensamentos faz para aplicar o GTD? Você acha que o GTD pode ajudar?

  12. Eu me simpatizo mais com o ZTD, porém nunca apliquei nenhum método: nem GTD nem ZTD!
    Quero ler os livros e ver o que fica melhor pra mim. O GTD parece ser muito complexo, mas conforme você vai postando como você faz e tal, vai esclarecendo aos poucos, sabe? Como se tivesse um emaranhado de fios que vai se organizando aos poucos na minha cabeça rs
    Bom, nada como a gente ler, aplicar, aplicar, (re)aplicar e ver como funciona.

    Abraços.

  13. Não é bem assim. Eu uso o GTD desde 2009 e ele mudou minha vida. Recentemente, ando simplificando minha vida e ando testando o ZTD. No final, vou tirar minhas conclusões.

    Não vejo como não é uma simplificação. O GTD tem próximas tarefas, projetos vs. tarefas, áreas, as tais 43 pastas. O ZTD tem outra proposta: capture tudo (como no GTD), mantenha uma lista de tarefas (que na linguagem GTD seriam projetos), separe três por dia, escolhendo as que vão acrescentar nos seus objetivos de vida.

    Enquanto o GTD fala muito no sistema, o ZTD, na minha opinião, enfatiza na ação. Leo fala de planejar no começo do dia (em vez de ficar pegando tarefas aleatórias da sua lista), de manter rotinas, de se concentrar em cada tarefa, de usar o programa mais simples possível (e não algo como o Evernote).

    É uma modificação, sim. É uma outra interpretação. Certamente não é algo realmente novo. O própeio Leo faz bastante faz bastante referência e deve ter ajudado a vender alguns livros do Allen.

    Thais, gosto muito do seu blog, e vou continuar lendo. Você escreve bem sobre assuntos interessantes. Mas escrever um texto recheado de diminutivos (diquinhas, complicadinho) é bastante desrespeitoso.

    1. Então, mas o GTD não fala em pegar tarefas aleatórias na lista – esse conceito está equivocado. Você tem a revisão diária que te faz priorizar as tarefas por 1 – contexto, 2 – prioridade e 3 – duração, decisões que você toma em segundos.

      Outra coisa do GTD é que você pode usar o gerenciador que quiser, de Evernote a fichas de papel, ou um simples bloco de notas.

      Jamais quis ser desrespeitosa, mas é uma crítica ácida. Esses termos são utilizados por mim comumente no blog e no cotidiano (é meu jeito de falar) e não tive a intenção de aplicá-los em um tom pejorativo.

      Obrigada pelo comentário.

      1. Eu que agradeço pela resposta. Acho que muita coisa que acho “errada” no GTD não vem do livro. A questão das ferramentas, por exemplo, o próprio Allen fala da simplicidade, mas quando você começa a acompanhar blogs especializados, parece que se você não usa o Omnifocus você não está fazendo certo.

        Sobre a escolha de tarefas, “aleatórios” talvez foi exagero de minha parte. Mas nunca ficou claro para mim essa questão da revisão diária, ou dos “contextos” . Passa batido. Pode ser interpretação errada minha, já li algumas vezes o livro (e resenhei: http://bit.ly/1909RMP) mas sempre tem de ler mais. O que gostei no ZTD (ainda estou experimentando) é que ele *enfatiza*: no começo do dia, separe o que é importante, reserve um tempo para tarefas mundanas (ligações, email etc) e durante o dia se concentre nisso.

        1. “parece que se você não usa o Omnifocus você não está fazendo certo” -> só vi verdades! fico com essa impressão também.

          Eu acho que o método do Leo tem seus méritos porque ele mostra como ele faz o GTD, e isso sempre é bom por orientar melhor. Muitas vezes a gente não visualiza na prática como as coisas funcionam, e uma orientação assim é bem-vinda.

          Existe um fluxograma do GTD que eu gosto muito e uso sempre:
          http://images.tribe.net/tribe/upload/photo/7a3/a90/7a3a90ef-7326-49ba-bfeb-1f093003c793

    2. Concordo, Fábio. O Leo adaptou o GTD à sua vida e não devemos esquecer que o Leo é um minimalista e o que ele apregoa no blog é a simplificação de tudo, focar no essencial e eliminar o resto. Penso que o GTD funciona bem para uma pessoa que tem muitas coisas para fazer, mas para os minimalistas que intencionalmente eliminaram muitas responsabilidades, compromissos e projectos das suas vidas, o GTD é complicado demais. Eu comecei a usar o GTD e achei-o, de facto, complicado. Senti necessidade de algo mais simples.

      Para mim, o melhor do ZTD é que se foca no fazer, na acção e em prioridades. Eu, com o GTD, não consegui isso, mas claro que se calhar era eu que estava a fazer algo errado…

      Seja como for, os escritos do Leo têm por trás filosofias orientais que, se calhar, a maior parte das pessoas não compreende e não aceita – o modo ocidental é fazer mais e mais, o oriental é o oposto.

      Através do blog e livros do Leo, eu consegui mudar a minha vida – para melhor. Tornei-me minimalista, descobri a meditação, depois o yoga, as filosofias orientais, e hoje sou uma pessoa muito mais feliz do que era há uns anos atrás. E o Leo foi fundamental neste processo.

      O que penso em relação a sistemas de organização e gestão do tempo é que cada um tem as suas vantagens e desvantagens. O segredo é percebermos o que é que funciona e não funciona para nós, e adaptarmos os sistemas à nossa própria realidade.

      1. Fábio e Rita, concordo com vocês!

        Para mim o ZTD tem dado mais certo. Possivelmente porque tenho gostado muito de aplicar o minimalismo à minha vida. Talvez em alguma outra fase da minha vida (ou quando eu entender melhor o sistema por completo), o GTD se torne ideal, quem sabe…

  14. Como sempre Thais, você foi sensacional nesse texto. Muito sucinto eobjetivo. Fiquei com uma dúvida. Seria interessante, para os iniciantes, começar aplicando o ZTD e depois passar para o nível “profissional” com o GTD? Abços

  15. Achei que seu texto foi bem emocionado e que você fala que “não é birrinha” justamente por ser birrinha.

    Acho que, se o ZTD pega pedaços do GTD e corta fora, é sim uma versão simplificada. Talvez, o que você ache é que é uma conclusão simplista pensar assim, mas daí eu não entendi porque seria uma conclusão simplista.

    Mas, por outro lado, adorei saber que outras pessoas também lêe, coisas com as quais não concordam! Comecei a ler um livro sobre fotografia e história em campinas e quase dormi dentro do livro de tanto que a moça repete a mesma ladainha com a qual eu não concordo. Estava achando que o problema era eu 😀

    Abraços,

    1. É porque as pessoas desmerecem o GTD por causa do ZTD. O que eu quis dizer com o texto é que o ZTD fala as mesmas coisas que o GTD, mas de forma superficial (não mais simples, é diferente), sem conexão de uma coisa com a outra.

    1. Evandro, já testei MUITOS métodos. Não tenho “fixação” pelo GTD – é o que funciona para MIM. O texto foi uma crítica ao ZTD, que é uma versão do GTD (e não um “método mais simples”). No mais, vc tem todo o direito de discordar, mas tem que saber que foi somente uma crítica com base na minha opinião, não uma verdade universal. Encontre seu método.

  16. Comecei a ler o GTD e fiquei extremamente angustiada com a quantidade de regras e informações do livro.
    A impressão que me dá eh q o método só funciona para pessoas naturalmente organizadas e proativas. E eu, como portadora de TDAH com dificuldades de genéticas de concentração, esquecimento e impulsividade JAMAIS conseguiria ter a disciplina necessária pra passar 2 ANOS implementando e aperfeiçoando um método de organização.
    Sinceramente preferi o ZTD. Pode ser mais simplista, mais funciona melhor pra mim. Esse negócio de listas aleatórias com trocentos contextos, só fez eu me sentir perdida e incompetente. Prefiro minimizar e priorizar as tarefas do meu cotidiano do que ficar horas fuçando a internet atrás de ferramentas que façam eu conseguir implementar um método que a princípio deveria me ajudar a organizar e simplificar a minha vida.

    1. Eu concordo que o livro do David Allen tem MUITA informação que só fará sentido depois que a pessoa implementar o sistema. Mas me permita responder alguns pontos que você comentou:

      “JAMAIS conseguiria ter a disciplina necessária pra passar 2 ANOS implementando e aperfeiçoando um método de organização”

      O método é para ser implementado imediatamente. Não tem sequer DEZ hábitos como o ZTD (ele tem 5 passos, mas a partir do primeiro – coleta – ele já está funcionando). O papo sobre 2 anos é um consenso entre praticantes de que é o tempo que leva (em média) para ficar “maduro” no sistema, ou seja, craque! Falando e ensinando sobre ele. Não para implementar. A implementação é imediata.

      “Esse negócio de listas aleatórias com trocentos contextos, só fez eu me sentir perdida e incompetente”

      As listas não são aleatórias. Ele fala para você fazer as listas por contextos, em vez de por assunto, pois assim fica mais simples e mais fácil de saber o que fazer dependendo do contexto em que você esteja. Se você estiver no trabalho, não faz sentido ter que analisar uma lista enorme para caçar as tarefas que precisam ser feitas no trabalho. Se tiver 15 minutinhos e quiser aproveitar para fazer ligações, com a lista de telefonemas em mãos você consegue matar 2 ou 3 delas rapidamente. Eu acho que essa forma de listas por contextos é o grande triunfo do GTD.

      “Prefiro minimizar e priorizar as tarefas do meu cotidiano do que ficar horas fuçando a internet atrás de ferramentas que façam eu conseguir implementar um método que a princípio deveria me ajudar a organizar e simplificar a minha vida.”

      As ferramentas são uma “gracinha” de quem curte se organizar, não necessárias. O legal do GTD é que dá pra gente implementar em QUALQUER ferramenta, de bloco de papel a Omnifocus. Você não precisa de ferramenta nenhuma procurada na Internet.

      Espero ter esclarecido alguns pontos. ;D Obrigada por comentar.

    2. Também sou portadora de Tdah e durante o início da implementação do GTD, usava apenas um caderno para anotar tudo e um bloquinho só para as tarefas em que estava focada no dia. Para isso, todo dia eu olhava o cadernão e via o que ia para o bloquinho no dia seguinte. Não separava por contextos, mas como a listinha diária respeitava o tamaninho de 5x5cm do bloquinho, não era muito complicado achar as coisas…

  17. Taís! Comprei neste sábado que passou o livro GTD estimulada confesso pelos seus posts onde citam ele. Estou bem no começo do livro, e estou no meu 3ºdia de implementação do que o David Allen propõe para o começo do livro e estou me dando super bem! As vezes leio os capítulos duas vezes para captar a idéia, pois, como você mesma disse, possui muita informação sim, e se faz muitas vezes necessário ler o mesmo capítulo duas ou três vezes e acho que até depois de um tempo feita toda a leitura reler o livro. Depois com certeza vou querer ler o ZTD, essa resenha atiçou minha curiosidade.
    Obrigada por compartilhar essa resenha! Foi importante para analisarmos e vermos a mensagem e abordagem de cada autor.
    Beijos! Boa semana!

  18. Nossa, lendo os comentários, pareceu um artigo bem controverso! Adorei a forma que você tem lidado com os comentários, Thais, sempre de forma aberta e honesta. Teria sido muito mais fácil simplesmente apagar os que discordam de você ou algo do tipo. Parabéns!

    Considerando tanta discussão, finalmente me convenci que tenho que ler o livro do GTD. Depois, quando tiver uma opinião melhor, volto aqui no artigo. 🙂

    Abraços! E ótimo post!

  19. mas gente que polêmica. Li o texto e cada comentário, profundo.

    Acredito que o problema do Babauta é corriqueiro em alguns minimalistas que conheço: aqueles que sempre acham que estão sendo mais simples que os outros, quando nem sempre isso é verdade.

    Vamos imaginar uma sala com apenas uma mesa. Parece o máximo da simplicidade e do minimalismo certo? Acontece que as vezes aquela única mesa não contempla todas as necessidades de uma pessoa. As vezes 2 mesas podem simplificar mais a rotina do que apenas uma. São necessidades diferentes para pessoas diferentes. Nem sempre menos é mais, nem sempre mais é menos. E achar que simplesmente “cortar coisas” é simplificar é um conceito bastante superficial.

    A simplicidade é algo que se adquire na profundidade do conhecimento. Nunca esqueço de um livro que li sobre Jobs onde ele falava sobre como conseguia chegar na perfeição do design da apple. O segredo para ele era conhecer profundamente cada detalhe do processo, para conseguir extrair uma síntese de tudo e gerar o que para ele era a simplicidade do “absolutamente necessário”. Ou seja, não se chega ao simples pulando etapas, mas mergulhando fundo em cada uma delas.

    Não quero com isso desmerecer o Leo, já la algumas coisas dele e gosto. Também acho ele admirável como personalidade e pelo fato de distribuir seu trabalho com licença livre. Porém concordo que o ZTD é superficial e não maduro. É confuso para quem tem mais prática de organização, justamente porque é simplista (e não simples). Acredito que quem prefere ele é porque está começando e realmente é meio difícil se deparar com esse super métodos absurdos que aparecem para nós, mas acredito que a medida que a vida vai pedindo mais da gente, é muito fácil se perder com o ZTD.

    O mais coerente para quem defende é a simplicidade é fazer as pessoas percorrem o caminho da complexidade, pois elas só vão chegar no simples após isso. É um caminho pessoal que TODOS temos que trilhar. Não se pode pular essa etapa.

    Não gosto do David Allen em particular, assim como não gosto da Martha Stewart e várias referências nessa área de organização e gerenciamento da vida. Porém acredito que o trabalho deles tem seu valor, mesmo quando não concordamos com sua visão de mundo e valores pessoais. Acho o GTD um grande método e o aplico independente de não concordar com a forma de ver o mundo de seu criador. É saber extrair de cada um, o seu melhor e não reproduzir aquilo que para você não é valor.

    Simples assim!

    ps. desculpa enviar um comentário em um post tão antigo, mas estava relendo artigos e me deparei com essa polêmica e não podia deixar de opinar!

    1. Obrigada, Jess! Super pertinente seu comentário.
      Esse post foi super provocativo e mudei minha opinião sobre os seres humanos no geral depois dele, mas continuo achando sim que o ZTD é vendido como algo que não é – não somente pelo autor, mas pelos fãs. São sempre pessoas que nunca conseguiram aplicar o GTD. E não estou desmerecendo – estou lamentando que essas pessoas utilizem o GTD, mas digam que estão “usando o ZTD porque é mais simples”. Escorre uma lagriminha, confesso.

  20. Entrei aqui pra descobrir qual era a diferença entre os dois métodos e infelizmente li um artigo de uma blogueira desmerecendo o trabalho de outro. Parabéns?

    1. Eu ainda acompanho. Acho que ele amadureceu sim e sempre gostei das postagens – só não gostei do que ele fez com a história de ZTD.

    2. pois é! conheço o blog dele faz alguns meses, tenho acompanhado as postagens e gostado bastante. mas quando li uma postagem sobre ztd fiquei meio “??? ué!” também hahaha
      e perguntei porque já li algumas postagens mais antigas e notei diferença nele como pessoa, mesmo… o que não é nada mais do que natural, já que todo mundo muda com o tempo, mas achei super legal ver a transformação que ele foi passando (e passa), através de seus textos 🙂

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