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Por que pensamos tanto no futuro?

Imagem: Pinterest

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Outro dia li uma matéria que dizia que nos preocupamos tanto com o futuro porque não sabemos viver direito o presente. Projetamos lá na frente o que queremos ser e fazer, acreditando que, inadvertidamente, tais coisas acontecerão. Pode ver: em dezembro, todo mundo começa a fazer as famosas resoluções de ano novo. Quando chega janeiro, a ansiedade é grande, mas logo os sonhos são deixados de lado em decorrência da “correria do dia a dia”. Estamos fazendo isso certo? Será que a vida é corrida mesmo ou nós nos acostumamos com essa desculpa por não sabermos priorizar?

Eu acredito sim que a gente deva se preocupar com o futuro. É claro – queremos ter uma vida tranquila, com saúde, sem problemas financeiros, com uma família, equilíbrio mental, enfim, cada um com os seus objetivos. Então é natural pensar no futuro, pois podemos tomar atitudes hoje com base no que queremos amanhã. O problema é quando não tomamos a atitude, vivendo somente no mundo das ideias. Sonhar é bom, mas basta? Não seria muito melhor se os nossos sonhos se tornassem realidade?

Falar é fácil, você deve estar pensando. Semana passada eu estava revisando meus cadernos de notas de alguns anos atrás (reviso anualmente e jogo fora quando considero irrelevantes) e encontrei uma anotação de 2008, onde eu escrevi o que gostaria de estar fazendo em 2011, 2012, 2013 e assim por diante. Naquela época, eu estava fazendo faculdade de História (que precisei abandonar, infelizmente, mas é uma das coisas que mais quero fazer daqui a algum tempo), então minha cabeça estava voltada para isso. Eu coloquei que, em 2011, eu iniciaria a minha pós-graduação. Em 2013, eu estaria iniciando meu mestrado na área e, em 2016, o doutorado (olha o otimismo!). O mais engraçado é que, apesar de ter deixado o curso, eu realmente fiz a minha pós em 2011 e só não estou fazendo meu mestrado agora por uma decisão pessoal, mas a ideia era essa mesma.

Ontem comentei na linkagem que assisti o programa Saia Justa sobre promessas, e todos os participantes eram homens (exceção, pois o programa sempre foi composto por mulheres). Entre eles, estava o cantor Léo Jaime, que disse uma das coisas mais interessantes para mim: que queria ter a capacidade de fazer uma espécie de “plano diretor” para a vida dele e tentar ir seguindo – não rigorosamente, e mesmo mudando várias vezes, mas apenas para ter um direcionamento. É mais ou menos isso que eu penso a respeito do planejamento da vida. Não acho que deva ser algo escrito em pedra, totalmente imutável – mesmo porque, sinceramente, quem faz isso? Quem planeja sua vida para daqui a 30 anos e chega lá cumprindo exatamente tudo o que se propôs? Isso é muito difícil porque não só nós mudamos, como a sociedade muda, no geral, alterando todo o nosso contexto. Mas dá sim para a gente ter um direcionamento, nem que seja somente para começar.

Então é disso que se trata: começar! Pensar no futuro sim, mas começando hoje, agora! Porque algumas coisas são rápidas, outras levam tempo, mas nenhuma delas acontecerá se você não der o seu primeiro passo.

Aproveite o pique do ano novo e não o deixe morrer. Vá em busca dos seus sonhos. Tenha objetivos, metas, organize-se para alcançá-los. A vida não precisa ser complicada – ela só precisa ser vivida. Então viva de acordo com o que considera correto para você.

Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

16 comentários em “Por que pensamos tanto no futuro?”

  1. Adorei! Esse ano coloquei em prática um grande objetivo que eu ficava enrolando. Mas o melhor foi ver o real motivo! Tive que ter um real motivo pessoal e sentimental pra colocar em prática as coisas que me farão alcançar um objetivo mais. E sempre que eu cansar ou desistimular vou lembrar dos motivos pra continuar correndo atrás.

  2. Bom demais ler seu incentivo. Início de ano, início de semana… vou pensar em novos projetos (velhos, que estavam engavetados) e partir para ação. Se não for possível concluí-los é porque não era de fato o que eu queria. Obrigada pela força!!!

  3. Oi, Thaís! Adorei o post!! Tenho pensado muito a respeito ultimamente… rsrsrsrs… Neste sentido, dois programas me chamaram a atenção nos últimos dias: Encontro com Fátima Bernardes, do dia 31/12, que falou sobre as promessas de Ano Novo, e um Globo News em Pauta (acho que do dia 04/01), que falou sobre uma pesquisa que comprova q as pessoas não fazem ou não se tornam o que queriam fazer ou ser quando eram crianças!! Resumindo, é difícil fazer promessas para o ano inteiro e eu, invariavelmente, não as cumpro… hahahaha… Aos poucos, vou me convencendo de que traçar metas mês a mês é muito mais realista!! E se vc não fez alguma coisa que planejou ter feito é pq na verdade vc nem queria tanto isso… 😉

  4. Olá Thaís, já venho acompanhando o teu blog a um tempinho e adoro suas matérias. Principalmente esta por está (eu) sempre pensando em recomeçar. Meu principal plano pra 2013 é terminar minha Pós (especialização) e vê se consigo umas aulinhas. Gosto muito de ensinar mas atualmente não trabalho com isso. Se você tiver algua dica de como se preparar para entar no mercado de trabalho do ensino (li uma matéria em que vc diz que quer ensinar tbm!) ou como montar um currículo para enviar a faculdades ou cursos e puder me enviar, ou até sei lá, se não seria uma boa ideia pra um post, tipo organizar o seu currículo! Agradeço pelas dicas de todo dia! rsrsrsrsrs bjus

  5. Olá Thaís, tudo bem? nem sempre comento os posts, mas acompanho o site diariamente e simplesmente adoro tudo!

    Na minha vida aconteceu algo semelhante em relação ao planejamento.

    Quando tinha mais ou menos 15 anos, planejei quando queria entrar na faculdade, sair de casa para morar sozinha e começar minha pós. E embora as coisas não tenham saído exatamente como o planejado, de um jeito ou de outro as datas coincidiram. Eu entrei na faculdade com 18 anos e fui morar sozinha com 19. E comecei a pós 1 ano depois de terminar a faculdade.

    É isso! Planejar realmente faz diferença porque além de nos impulsionar a agir, faz com que nosso cérebro se programe para cumpri aquilo.

    Abraços e Feliz 2013!

  6. Olá, Thais! Adorei o post e aconselho todo mundo a por o pé na estrada nesse mês de janeiro. Cada qual na “sua” estrada…À luz dos números, estamos no mês “1”, o número dos começos, o número da coragem, da liderança, do foco. Vamos aproveitar! Deixo como sugestão para leitura, a quem se interessar, um post antiguinho no blog, porém atualíssimo.Bjs!
    http://armazemdaenergia.blogspot.com.br/2012/01/janeiro-o-mes-1-forca-de-vontade.html

  7. Adorei…é isso aí.
    Também larguei a faculdade de história na metade (já tinha jornalismo), um dia volto, qd minhas filhas crescerem….ou não. Talvez daqui a uns anos em vez de continuar a história eu resolva ler os livros por conta própria, fazer um curso de culinária e um trabalho voluntário…ou não. rs. Objetivos de longo prazo na maioria das vezes mudam mesmo!

    1. Eu tenho como hobbie ler e colecionar livros de História para já ter tudo lido quando for fazer o curso novamente. =) Baixei a grade curricular das matérias da USP e gosto de ir em sebos procurar os livros.

      1. Boa ideia! Mas com filho, trabalho, casa, blog, como vc dá conta de tudo isso?? Vc é campeã mesmo…tudo bem que eu tenho duas, mas eu trabalho meio horário e ainda assim acabei desistindo de ler tanto (também desesperei qd a minha mais velha de 3 anos começou a fazer um mundo de birra e passei a só ler livros de educação infantil, rs).

  8. Eta lêlê;Pensei e pensei em tudo que venho lendo aqui nos post.Todo ano faço inumeros projetos que se perdem no papel e na maioria das vezes nao sai dele.
    Esse ano fiz os mesmos projetos mais com um diferencial ,ja comecei a colocar em pratica ja e nãp maos adiar.Ta dando certo.
    Bjs Thais obrigada por compartilha.

  9. Thaís, pensava sobre isso esses dias. E cheguei a conclusão que se for assim viveremos sendo escravos do tempo. Hoje somos mais jovens que nunca seremos e não podemos viver hoje pensando como talvez a vida estará melhor daqui a 4 anos. Isso é loucura, conheço por exemplo, pessoas que estudaram turismo apenas pra ganhar mais dinheiro em 2014… Eu agora estou mais adepto a planos trimestrais, funciona melhor. Afinal nós mudamos muito com o tempo, e vamos descobrindo que algumas coisas deixam de fazer sentido na nossa vida e por fim, o futuro pertence a Deus. Hoje temos saúde, pessoas por perto mas nada dura pra sempre, então pra que desejar tanto o futuro? Pra olhar pra tras e se arrepender de não ter aproveitado o presente? Acho que a mídia e a sociedade contrubui para esse tipo de estilo de vida sonhadora a la Alice no pais das maravilhas, na qual no final, acabamos infelizes e insastifeitos por perder alfo precioso que é o tempo e a vida. Olha! filosofei hahaha! Beijos!

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