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Como ajudar o Brasil no seu dia a dia

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As manifestações de ontem mostraram que muitos brasileiros estão dispostos e com força de vontade para ajudar o Brasil a ser um país melhor. O que podemos fazer além das manifestações? Resolvi escrever um post sobre isso porque acredito que tem muito de a gente se organizar no dia a dia para fazer as coisas acontecerem. Seguem dicas:

  • Estude História. Eu sempre amei estudar História e ouvia muitos colegas de classe questionando os professores sobre a importância de estudar a disciplina. Bem, é o conhecimento de quem somos, de onde viemos e para onde podemos ir, se não aprendermos com as experiências anteriores. A história não se repete, mas pode caminhar em um rumo muito esquisito se não nos interessarmos por ela, pois perdemos a autonomia de pensamento. A história do Brasil e do mundo tem muito a nos ensinar. Vale a pena ler sobre a formação do Brasil colonial, para entender como nosso país chegou onde está agora, sobre o Império e, principalmente, sobre o período mais conturbado do país, que foi a época da ditadura militar.
  • Saiba em quem você está votando. Pesquise sobre os candidatos e faça escolhas conscientes (ou seja, que você sabe o que está fazendo). E, depois disso, acompanhe os resultados das suas escolhas. O que o deputado está fazendo? O que o governador ou o prefeito estão fazendo? E os senadores? E a presidente? Contate essas pessoas. É claro que a presidente ou o governador não responderão pessoalmente seus e-mails, mas é provável que os deputados, senadores e sub-prefeitos até consigam. Por incrível que pareça, mesmo o melhor profissional do mundo não sabe o que fazer às vezes, e receber um feedback de fora, especialmente de um cidadão consciente, pode ser uma luz no caminho. Ajude ativamente.
  • Seja honesto/a no seu dia a dia. Isso inclui as mais variadas atitudes – desde ser ético em ambiente de trabalho até declarar o imposto de renda direitinho, devolver a carteira que você encontrou na rua ou não oferecer propina ao policial que te para depois da balada.
  • Se você sentir que tem vocação e gostaria de ir além, pesquise sobre cargos políticos. Você não precisa almejar ser presidente, mas pode ajudar muito auxiliando pessoas que trabalhem com isso. Visite a sub-prefeitura de sua cidade. O que você pode fazer lá? Será que haverá algum evento para crianças, por exemplo, onde você poderia ajudar de alguma maneira, nem que seja divulgando para os seus amigos? Existe uma praça abandonada que você pode ajudar a conseguir patrocínio para restaurar? Sim, tudo isso é obrigação do Governo, eu concordo. Porém, se o Governo não a cumpre, por milhões de razões, vamos deixar como está? O que é mais importante: ver o Governo “se ferrar” para provar que minhas críticas estão certas ou ajudar o próximo?
  • Ajude as pessoas. Qualquer um sempre tem condições de ajudar alguém em uma situação pior. O que você poderia fazer hoje para ajudar alguém, o mínimo que seja? Procure por ONGs em sua cidade, faça trabalho voluntário. O Governo não atende todas as pessoas que precisam, mas elas continuam precisando de assistência. Ajude como puder. Um pouco que você fizer já será melhor do que não ajudar de maneira nenhuma.
  • Eduque seus filhos de maneira consciente, para que eles sejam seres pensantes, trabalhem de maneira significativa e respeitem as pessoas.
  • Tome uma atitude sempre que se incomodar com alguma coisa, mas busque os meios certos para fazer isso. O metrô está lotado? Não adianta xingar a presidente no Facebook. A água está acabando? Não adianta reclamar sobre o governador com o melhor amigo. Busque informações, entre em contato com as autoridades, informe-se sobre o tema, veja o que pode ser feito para ajudar.
  • Não alimente a violência verbal e/ou física. Isso não gera uma vibe legal para ninguém e não ajuda em nada também.
  • Trabalhe por você, pela sua família, pelo seu bairro, pela sua cidade, pelo mundo. Não fique de braços cruzados. Seja um bom trabalhador para prosperar e gerar mais empregos ou ajudar outras pessoas a empreenderem.

Hoje é segunda-feira. O que você está fazendo?

Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

59 comentários em “Como ajudar o Brasil no seu dia a dia”

  1. Às segundas-feiras eu sempre estou trabalhando, ao contrário de muitos.
    A grande questão é que a maioria das pessoas fazem tudo o que você mencionou, o que falta é vontade política é a corrupção, a falta de respeito dos governantes que governam somente para uma parte do país em detrimento das outras. Infelizmente o país não está repartido e sim dividido. Viajo muito para fora e a percepção que os outros tem do Brasil é péssima, é um país desacreditado. É triste ver a situação chegar no nível que chegou e tá tudo bem, é assim mesmo, vamos lá… eu continuo indo às ruas, batendo panelas até que os governantes acordem.
    Rúbia

    1. “Às segundas-feiras eu sempre estou trabalhando, ao contrário de muitos.
      A grande questão é que a maioria das pessoas fazem tudo o que você mencionou”

      Não fez sentido nenhum isso….
      Muitos, a grande maioria sim trabalha todas as segundas-feiras.
      E uma minoria MESMO faz o que foi mencionado no post.

    2. “viajo muito pra fora”, “a falta de respeito dos governantes que governam somente para uma parte do país em detrimento das outras” e “corrupção” no mesmo post: coxinha detected! talvez, se estudasse um pouco, veria o tamanho da besteira que ta falando…

      Texto fantástico, Thais!

  2. É isso aí, Thaís. Concordo plenamente. A única coisa que consigo atualmente é fazer doações, mas ainda quero me engajar em algo de que possa participar, me envolver com pessoas. A revolta pura e simples não leva a nada, apenas nos deixa descrentes e sem esperança. Forte abraço!

  3. Silvana Aparecida da Silva

    Ótimo texto Thais!

    Leio seu blog todos os dias e esta é a primeira vez que comento algo. Já estou saturada de ver tantas bobagens divulgadas nas redes sociais como sendo uma verdade absoluta.

    Parece uma massa de gente não pensante só aderindo a um movimento pelo simples fato de ser mais um… não se sabe nada sobre a história já vivida… cobra-se dos governantes uma postura ética, quando estes mesmos cidadãos estão furando filas, não respeitando os próximos, subornando policiais, tentando tirar vantagem a qualquer custo.

    Enojada com tanta mediocridade!

    Silvana

  4. Parabéns pelo post Thaís, gostei, e o item Seja honesto/a no seu dia a dia, só isso já adiantava demais esse país ir pra frente, porque infelizmente acredito que o que está faltando nessa sociedade nossa é o descaso com o outro e com tudo,é aquela maneira tão conhecida de só olhar pro seu próprio umbigo, não importa o que se está fazendo, se está agradando a ele próprio, dane-se o resto,isso acho o pior nos nossos dias. Agora, é fato que onde a corrupção impera e a desorganização também, até pra ajudar fica difícil, só mesmo diretamente a alguém,sem intermediários, infelizmente.
    E o que estou fazendo agora? conferindo emails que aguardo resposta, e não vieram, de empresas imobiliárias,tanto a que estou pra encerrar daqui há 30dias o contrato ou não e a outra que enviei vários aptos que estou interessada em visitá-los,mas terei que ir pessoalmente,porque Internet ou telefone,nada se resolve por aqui, me deram resposta automática que nada respondeu, fora roupa na máquina, tirar poeira casa, preparar uma comida rápida, ir ao banco e telefonar pro eletricista,etc e etc e o óbvio que é espiar seu blog diariamente,rsrsrs Tenha uma ótima semana!!!

  5. Oi Thais,

    Para variar um ótimo texto!! Gostaria de indicações de livros de historia do Brasil dos períodos q vc cita no texto, vc tem alguma sugestão?
    Leio muito os seus textos e ja adaptei mtas dicas suas na minha vida mas e a primeira vez q comento.

    Aline

    1. Sim, claro!

      Raízes do Brasil – Sérgio Buarque de Holanda
      Casa grande e senzala – Gilberto Freyre
      Forma̤̣o do Brasil contempor̢neo РCaio Prado J̼nior
      Forma̤̣o econ̫mica do Brasil РCelso Furtado
      História do Brasil – Boris Fausto

      Divirta-se! 🙂

      1. Vc já leu “Brasil um século de transformações”?
        Preciso ler novamente, é uma coletânea de textos… acho que está proprício para ler novamente…

        o texto, excelente!!!

        Parabéns!

  6. Se todo mundo tivesse estudado História acho que as manifestações não tinham nem acontecido, ou pelo menos não na proporção que aconteceram – idiotas pedindo intervenção militar, por ex. Teriam visto que 80% das baboseiras ditas foram ditas iguaizinhas na marcha com Deus pela família que antecedeu o golpe de 64. E que não, não estamos numa ditadura comunista, seu imbecil.

  7. Lindo texto!!

    Muitas vezes esquecemos quem são nossos governantes. Os governantes são amostras do povo, pessoas do povo, colocados onde estão pelo povo. Uma amostra sempre será como o todo. Então não adianta querermos retirar amostras honestas de uma população corrupta.
    No meu entender, a única maneira de termos governantes honestos e trabalhadores é nos tornando uma população honesta e trabalhadora. A mudança tem que acontecer nos alicerces do país, e tem que ser generalizada. O país vai mudar de maneira consistente no dia que todos os brasileiros também mudarem.

    Bem, e como fazer isso? Infelizmente (ou felizmente) não temos poder sobre a ação dos outros, mas temos total controle das nossas próprias ações! Mudemo-nos a nós próprios!! Eu venho pensando muito nisso de uns anos pra cá, e venho tentando colocar em prática, aos poucos e cada vez mais, no meu dia a dia. Faço meu imposto de renda de maneira impecável, não furo filas, sempre devolvo o “troco a mais”, nunca inventei desculpas pra faltar ao trabalho, nunca fiz carteira de estudante falsa pra pagar meias entradas, nunca tive gato-luz, gato-net ou qq outro gato, sempre declaro produtos comprados no exterior à receita federal, etc… Certamente ainda tenho coisas a melhorar (ainda uso pacote office falsificado, confesso, mas estou migrando para o open office pra tirar esse vício, e caso não consiga, pretendo comprar o original), mas tenho me tornado cada dia menos tolerante com meus próprios “pequenos delitos”.

    Se cada um fizer a sua parte, é impressionante o que poderemos fazer juntos! E mais impressionante ainda, é o que o exemplo é capaz de fazer! Não precisamos ficar apontando os erros dos outros, e nos tornarmos os “chatos” ou “inconvenientes”. Basta agirmos da maneira correta, que influenciamos de maneira muito positiva o meio em que estamos inseridos, de uma forma mais profunda do que imaginamos!

  8. Excelente post Thais.
    É isso mesmo, esta mais do que na hora de começarmos a olhar pra dentro de nós e buscar formas de ajudar nosso país a crescer. O Brasil é feito de Brasileiros…o que nós Brasileiros temos feito para ajudar?
    Adorei e vou compartilhar nas minha redes sociais…Posso?

  9. Complementando um pouco meu comentário anterior, o que achei mais lindo em seu texto, Thais, foi o tom sóbrio e lúcido, porém suave que você tratou a questão.

    Por estarmos tão cansados da situação que assola nosso país, discursos de ódio e intolerância se tornam comuns. Quando não estão exaltadas pelo rancor, vemos pessoas mergulhadas no pessimismo. Tenho sentido uma atmosfera tão pesada no nosso amado país… E certamente não sou a única a sentir tal “peso no ar”.

    Às vezes uma disputada mais acalorada é realmente necessária, mas não acredito que o ódio possa nos conduzir a um destino bom de verdade… Tentemos manter o pensamento otimista, arregacemos as mangas, e façamos a nossa parte para essa mudança. Nosso país e nossas futuras gerações merecem que façamos isso hoje!

  10. O primeiro item é de fato muito(!) importante!
    Curso história e é frequente, no dia-a-dia, ver pessoas que não tem nem ideia do que estão defendendo e tentando argumentar. Isso me causa uma aflição sem tamanho, e não adianta eu tentar explicar…
    Falando nisso, vi o último vídeo de leituras que você postou e ia dizer, mesmo, que você iria adorar história. Super apoio que faça um curso: É maravilhoso!

  11. Eu incluiria em algum cantinho “seja civilizado e respeite as leis de trânsito”. Fico impressionada como as pessoas simplesmente não respeitam as leis de trânsito! Se essas regras, que fazem parte do dia a dia de todo mundo (motoristas e pedestres) não são respeitadas, por que todas as outras seriam???

  12. Adorei o post Thais! Também acredito que nós devemos ser cidadãos ativos e participativos. E refletindo sobre o post percebi que preciso estudar mais sobre história. Tenho evitado algumas discussões sobre esse tema justamente por não ter muito conhecimento, então prefiro ler artigos e reflexões para me posicionar, assim evito falar alguma besteira.
    Hoje estou reorganizando meu planner, e realizando algumas adaptações no evernote.

    Uma ótima semana para todos!!!

  13. Adorei seu post … tudo muito verdadeiro e sensato, como deveriam os brasileiros fazerem … principalmente estudar a História do Brasil, e ser HONESTO no seu dia a dia …
    Parabéns !!! ganharia meus votos, se candidata fosse… bj.

  14. Olá Thais, sempre acompanho seu blog e simplesmente amo!! O seu texto está em harmonia com a minha forma de pensar. Se cada pessoa fizesse um pouco e se preocupasse com a sua própria honestidade já estaráamos num bom começo. Aceito e incentivo a massa q protesta, quem quer corrupção???!!! Acredito q ngn, acho q só quem se beneficia com ela pode querer q a corrupção continue. Mas esquecemos de pensar q subornar o policial é corrupção, trocar voto por emprego ou favores tb, q trafegar no acostamento tb, avisar q tem barreira policial tb, furar fila, etc etc etc. E como vc bem falou, qdo vejo pessoas pedindo a volta da ditadura militar, fico atordoada, rasgaram os livros de história ??!! Bom é isso! Parabéns!!

  15. Parabéns Thais disse tudo eu também amoo estudar história principalmente do nosso país eu penso que é muito importante 😘😚

  16. Thais, Thais! Eu sempre admirei – e admiro você de uma forma incrível. Eu te enxergo como um exemplo a ser seguido, e sempre que quero me inspirar, releio seus posts e até fico dando olhadinhas no seu instagram. Não quero que me leve a mal pelo que vou escrever aqui (é textão, pfff!) mas é só um desabafo normal de uma fã. Vou começar por mim. Amo estudar política, história e economia. Eu me considero libertária (O que é ser libertário? http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1864). E pois bem… Eu sempre achava você incrível em tudo até que vi que somos diferentes e uma coisa só: a opinião política. Quer dizer, não conheço TANTO você nesse lado. Apenas admiro sua militância feminista. Não me considero tão feminista (ou será que sou? não sei), apesar de defender a autonomia da mulher, enxergar o machismo presente na sociedade e tentar quebrar todos esses esteriótipos (mulher na cozinha/homem na empresa).. bem, agora que estou escrevendo percebo que devo sim ser feminista, só que o feminismo hoje está tão enraizado na doutrina marxista que eu acabo me distanciando. Porque vejo tanto discurso anticapitalista enquanto na realidade, eu vejo que foi no livre mercado, que as mulheres tiveram chances de se destacar em empresas (cê vai gostar disso! http://spotniks.com/como-mulheres-estao-revolucionando-o-mercado/?fb_ref=Default), de tornarem-se empreendedoras e de ocuparem cargos que até décadas atrás eram predominantemente masculinos. Enfim, enfim, voltando ao assunto que eu realmente vim escrever. Eu adorei seu post e concordo muito com você. Eu apoiei plenamente as manifestações do dia 15 e achei um absurdo essa coisa de intervenção militar apoiada por certos grupinhos. Até porque, como disse antes, sou libertária. Sou contra qualquer intervenção estatal. E na história a gente aprende isso, né? No golpe militar que derrubou a Monarquia e no golpe militar que derrubou Goulart. Nós vivemos uma democracia recente… Mas eu também aprendi na história que o comunismo também não foi legal. Aprendi que o Nazismo nasceu de um Partido Socialista Alemão. Li sobre as milhares de mortes causadas por Stálin, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro, Che Guevara (Cuba, que ainda sofre com essa ditadura escrota!) e também tem a Coréia do Norte atual, né? Meu Deus, aquilo deve ser um inferno na terra. Vi na história que regimes comunistas mataram gays, negros, brancos, mulheres, crianças. Desgraças que até hoje acontecem graças a uma ideologia completamente errônea. E que hoje tantos ainda defendem com unhas e dentes. E acho engraçado que muitos falam “mas na Cuba não há socialismo de verdade! Marx foi deturpado!” tudo bem, mas porque então continuam defendendo? Não entendo… Então, sim, concordo plenamente que devemos estudar história. Mas também concordo que devemos estudar economia! Céus, como precisamos de economia pra nossa vida! É o que move toda política, toda nação. ‘Do que adianta estudar tanto história e política e nunca ter pegado um livro de economia na vida?’ Meu pai isso pra mim anos atrás e eu meio que nunca mais fui a mesma. Eu comecei lendo As Seis Lições do Mises (é um livrinho pequeno e delicioso de ler, ele tem na versão kindle de graça no site Instituto Mises Brasil. Dá uma olhadinha! <3) e foi aí que REALMENTE nunca mais fui a mesma. Te convido a conhecer mais esse mundo libertário, sempre achei que você seria perfeita pra isso. (Por favor, eu prefiro um tapa na cara do que te ofender, viu? Cê é tipo meu guru, meu exemplo de vida.). Eu quis te escrever isso quando li aquele texto fofo sobre Amsterdã Amo quando viaja porque você sempre fala coisas incríveis e com opinião bem franca. E eu sou apaixonada por lá, também. Mas deixa eu te contar uma coisa. Holanda (Países Baixos no caso) está na 17 posição de liberdade econômica. Esse país possui uma das economias capitalistas mais livres do mundo. E aliás ele é conhecido desde muito tempo né? Já no século 17 ele virou pátria de muitos pensadores e artistas pois já garantia liberdade religiosa e direitos políticos. E isso é uma coisa só: Mostra que o Estado não interviu no indivíduo, e hoje é um lugar absurdamente lindo graças a sua conduta liberal, tanto na economia como socialmente. Não tem como não se apaixonar por esse lugar. E aí, eu vejo que apesar disso, muito dos amantes brasileiros de países livres economicamente são defensores da esquerda. É no mínimo irônico pra mim, porque enquanto eu admiro um país capitalista, eu sou contra esse sistema e defendo um sistema socialista no meu país, onde o Estado se mete em tudo e acaba com tudo. E pra piorar a situação ainda tem esta reforma política (que é só defendida por movimentos de esquerdas) que pra mim mais parece um golpe antidemocrático. Todos acham essa reforma algo justo e que é necessário no Brasil. Mas muitos não sabem do que se trata. Não percebem que ela tirará poderes do Congresso. E qual foi a última vez que o congresso foi fechado? A história mostra: no AI-5 no regime militar. Naquela época até a pena de morte foi aprovada, já que o presidente agora tinha super-poderes. Um exemplo claro dessa reforma está atualmente na Venezuela. A Venezuela de Maduro. A Venezuela em que as pessoas tem dias marcados para comprar comida e ainda de forma limitada. A Venezuela em que a política do Estado mata estudantes de 13 anos. A Venezuela que está se tornando uma ditadura – ou melhor, já é. Aqui no Brasil, a oposição contra essas coisas sempre foi passiva, mas agora tudo está mudando e aos poucos estão surgindo mais movimentos (libertários <3) a favor da nossa nação. Muitos tacham esses movimentos de direita. Bem, não me considero direita. Aliás, essa direita do Brasil é uma vergonha, né? Reacionária, machista, militarista e preconceituosa. Pois é… Eu escrevi isso pra te convidar, Thais, a mergulhar nessa onda libertária (nossa que frase tosca). O Estado já intervém demais nas nossas vidas, já suga nossa renda demais, já brinca demais com nossos patrimônios.. Não precisamos de mais estado. Precisamos é de mais Liberdade. O governo é ineficaz. O povo, não. Não concordo com a Dilma. A política econômica do PT se esgotou completamente pra mim. A corrupção está absurda. Mas eu não culpo apenas o PT. Pois quanto MAIOR o estado, maior a corrupção. E quanto maior a liberdade econômica, menor a corrupção (Amsterdã wins!). O rastro que o socialismo deixou na história é vermelho. Não só vermelho por ser seu símbolo, mas é vermelho de sangue, mesmo. Mas eu sei que a liberdade ainda estará acima de tudo isso. E eu luto e milito para isso. Não só indo para ruas, nem só batendo panelas, mas espalhando a mensagem libertária. Não precisa aceitar esse comentário, na verdade, só queria te falar isso mesmo sem ser divulgada aqui. Queria aproveitar e falar que você é meu exemplo mais lindo. E dizer também que seu filho é uma fofura imensa. (: Um beijo imenso, Thais.

    1. Tenho uma visão completamente diferente da sua mas sempre gosto de entender outras opiniões, sempre me enriquecem. Alguns exemplos para mostrar como Estado pode ser forte e eficaz: Suécia, Noruega e Dinamarca (o país mais feliz do mundo). Esses países têm uma democracia socialista. Como aprendemos aqui no blog basta força de vontade e um bom método que podemos melhorar nossa eficiência. O Estado não é necessariamente diferente. Muitas empresas são incrivelmente ineficientes. É bom lembrar que quando o mercado quebra é o Estado que socorre os bancos. E que a crise financeira de 2008 foi resultado de grande desregulação do mercado americano. Sobre o Mises este é um instituto que é patrocinado pelos irmãos Koch, donos de um dos conglomerado de indústrias mais poluidoras do mundo, eles são os maiores corruptores do congresso e senado americanos, eles patrocinam o Tea Party para ter protestos em massa em favor dos interesses deles. Integrantes do movimento Brasil Livre (organizadores do protesto do dia 15) foram doutrinados por institutos que são patrocinados pelos Koch. E só um pequeno causo: quando um grupo de estudantes libertários nos Estados Unidos estava viajando num ônibus alugado para realizar um protesto, o ônibus quebrou no meio do caminho e a seguradora não veio socorrê-los no meio da noite e da neve. Sem dinheiro para hotel, eles passaram a noite num albergue público para moradores de rua. O Estado existe também para que quando precisarmos não fiquemos no relento. Thais, parabéns e obrigada pelo post, você está sempre se superando na qualidade dos seus textos. Obrigada por ajudar tanto em minha vida. Ajudar as pessoas que mais precisam faz parte do meu objetivo de vida no meu GTD, vai ser muito legal ver posts que nos ajudem a nos organizar para trilhar esse objetivo. Grande abraço (para você também Vitória )

    2. Nossa, nunca imaginei ver um comentário como o da Vitória por aqui. 🙂
      Também tenho um viés bem mais liberal, tanto em relação à economia quanto no que diz respeito aos costumes, embora não me identifique exatamente com a Escola Austríaca/Mises (por questões metodológicas e por considerar, às vezes, um pouco liberal demais até para mim!).

      E, assim como a Vitória, também tenho muita admiração por você Thais… apesar de termos opiniões políticas diferentes! Nem por isso deixo de admirá-la e de adorar o seu blog, que tenho como uma leitura diária obrigatória.

      Acho que as pessoas são muito apegadas a posturas ideológicas e, por isso, se fecham completamente para qualquer visão diferente. Por que é tão necessário rotular as pessoas (ou se rotular) como sendo “de direita” ou “de esquerda”??? A realidade é tão, tão complexa…. será que é possível mesmo “classificar” as pessoas desse jeito? Para mim, isso é, antes de tudo, preguiça de pensar! A pessoa compra o pacote completo, do tipo sou de esquerda ou de direita, e depois fica levantando determinadas bandeiras sem refletir muito sobre o assunto, pois faz parte do “pacote”.

      Isso é produtivo para melhorar o mundo em que vivemos??? Fulano é “coxinha”, é “reaça”, é de direita, e por isso não quero nem ouvir o que ele tem a dizer, pois será bobagem necessariamente. Ou sicrano é “comunista”, vermelhinho, vamos manda-lo para Cuba! Também não quero saber o que ele tem a dizer. Qual a possibilidade de diálogo?? Nenhuma! O diálogo pressupõe, pelo menos, uma mínima disposição para escutar!

      Enfim, o que queria mesmo dizer é que, na minha opinião, uma forma de ajudar o país seria ter disposição para estudar e para pensar o mundo sem compromisso com posturas ideológicas “a priori” e sim, compromisso com análise das diversas facetas da “realidade”, sem ignorar os dados e, principalmente, as pessoas! Não é simplesmente uma questão de tolerância com opiniões diferentes. Acho que é mais que isso. É real disposição para ver as questões a partir de outros pontos de vista.

    3. Thais e Vitoria,

      Nunca comentei NADA sobre textos de blog, jornais e outros pois há muita intolerância e qualquer comentário contrário à opinião é devidamente atacado com termos inadequados (vide alguns dos comentários deste post).
      Falta respeito, tolerância e principalmente educação. No entanto a excelente qualidade do texto da Thais e do comentário da Vitoria me motivaram pela primeira vez a fazer um comentário.
      Pergunte ao redor qual o papel de um vereador, deputado estadual, senador, etc e garanto que a maioria não saberá responder. Pergunte a diferença entre executivo, legislativo e judiciário e as respostas serão chocantes. Observe o horário eleitoral. Candidatos têm, sei lá, 10 segundos para se apresentarem. Não dá para nada. Alguns se apresentam de forma constrangedora, com apelidos toscos, atitudes idem. Cabe ao povo procurar saber mais sobre tal candidato para fazer uma escolha consciente. Já vi gente justificar o voto em certo candidato “porque ele é lindinho”. Preocupante. Brasileiro tem memória curta, na eleição seguinte nem lembra em quem votou e óbvio não procurou saber o que tal candidato fez no mandato dele.
      Corruptos são reeleitos por conta desta ignorância política. O governo é espelho da maioria do povo e o jeitinho brasileiro é uma realidade (triste). Estacionar em vaga de deficiente, se recolocar no trabalho preferindo um vínculo informal para continuar ganhando seguro-desemprego, não casar no papel para não perder pensão e tentar se aposentar pelos motivos mais absurdos (“não posso trabalhar porque uso óculos para ler”, eu já ouvi isso). É “criminoso” jogar lixo na rua, que entope o bueiro, sendo uma das causas de enchentes e tragédias após uma pancada de chuva.
      Podemos enumerar vários exemplos, mas fico por aqui. Tento “andar na linha” e ensinar isso aos meus filhos.
      Bom, não espero que o comentário seja bem recebido, no entanto se fosse contestado, o que é muito válido, que seja feito de forma respeitosa.
      E quem não se considera corrupto… não aceite a corrupção dos nossos representantes.
      Um abraço

      1. Dona Ana, não basta não se considerar corrupto. Fica muito vago. É preciso definir isso, a senhora não concordaria comigo? Foi o que a Tahís tentou, e fez muito bem, ao meu juízo. Tenha um bom dia.

  17. Sobre estudar História, estamos em 2015 e tem gente que não sabe o que aconteceu no Brasil nem nos últimos 30 anos. Infelizmente. Temos muito o que aprender com o passado. E também poderíamos aprender muito com outras nações, como o amor ao próprio país, à nossa cultura, cidadania… Enfim, temos muito a amadurecer e é bom saber que de certa forma estamos caminhando pra isso.

    Mariana

  18. Oi Thais,
    Quando fiz um comentário no blog em momento algum quis ser indelicada, só expus um ponto de vista que difere de algumas pessoas. Não ofendi e não xinguei ninguém.
    Acredito que quando um blog ou site tem um espaço aberto para comentários é para isso mesmo, para ver o que as pessoas pensam e pensam de formas diferentes. Considerei ofensivo ser chamada de “coxinha” e de não ter conhecimento sobre a história do Brasil. É muito simplista por apenas um comentário julgar as pessoas. Mas, o governo está aí para quem quiser ver ou não o que está acontecendo.
    Gosto muito do seu blog e de suas postagens. Mas, não postarei mais nenhum comentário. Para mim também foi bom perceber que talvez eu nem seja o público alvo do seu blog.

    Quanto a ser honesto no dia a dia isso perpassa uma questão sobre a ética. Ou a pessoa tem ou não tem.

    Adimro o seu trabalho.
    Abraços,
    Rúbia

    1. Oi Rúbia,
      Todos têm o direito de expôr sua opinião. Fiquei um pouco preocupada sobre o que eu aprovaria ou não aprovaria nestes comentários, e optei por aprovar todos por isso mesmo.
      Espero que você volte sim a comentar.
      Beijo

    2. Como bem a Thais citou “Não alimente a violência verbal e/ou física.”, por isso não concordei quando te chamaram de coxinha. Também não gosto quando a discussão desse tema leva a polarização, pois parece “guerra de braço”, quando a questão é bem mais complexa que apenas “dois lados”, ou quem votou no candidato A ou B.

      Rúbia, acredito que não tenha sido sua intenção, porém seu comentário foi um pouco segredador, por isso tenha ocorrido a questão de terem te estereotipado. Teve a questão que “uma minoria trabalha de segunda à sexta” em que outras pessoas, sem lhe ofender, mostraram que não é bem assim, além da questão dos pontos que a Thais citou, que são poucos que fazem, pois se fossem muitos, a nossa sociedade seria outra, como bem outras pessoas, também sem lhe ofender, mostraram. E eu acredito que essas pessoas mostraram isso, para enriquecer a discussão, outros pontos de vistas, não para dizer “quem tá certo ou errado”.

      Pelo o que já li da Thais, o público que ela destina a escrever é o mais amplo possível (claro tem a limitação que a pessoa tem que ter acesso à internet, e nem todos possuem, talvez daí veio o livro), então não vejo que exista um “público alvo” do blog (em termos de criar perfis).

        1. <3 <3

          Eu que agradeço por dispor do seu tempo para fazer esse trabalho lindo que é o blog, o livro, os workshops, enfim de ajudar mesmo as pessoas. Você me ajudou e ajuda muito com seu trabalho.

          Não comento o tanto que gostaria (olha a organização precisando acontecer mais, ehehehe) mas achei que aqui eu precisava comentar. E admiro a sua coragem e sensatez por expor um tema bem espinhoso com esse do post, de uma maneira tão serena e sagaz. Parabéns.

  19. Que post maravilhoso! Eu concordo com tudo que vc disse. Na minha opinião, os brasileiros precisam perceber que para exigirem o fim da corrupção precisam começar com eles mesmos. O difícil é assumirem isso… deixar de lado toda a agressividade e começarem a ter consciência do próximo.

  20. Excelente post, Thais!
    Eu gosto muito de História, assim como você, e na História do Brasil gosto mesmo de estudar a Ditadura. Infelizmente não faço todos os itens da lista, mas faço o melhor que posso a cada dia e espero conseguir participar ainda mais da nossa política. Você é uma inspiração pra mim. Beijos.

  21. Adoro seu blog. Entro com frequência, e quando fico sem ler vejo todos que você colocou nos dias anteriores .. Concordo com tudo que você disse, só que ainda não consigo conciliar, casa, faculdade, marido e filha/enteado. Quando eu conseguir seguir suas dicas (porque acabo me perdendo, acabo chegando cansada e vou deixando tudo pro outro e outro dia), quero sim estudar mais não só sobre o curso de Ciências Contábeis, mas também sobre todos os outros assuntos, como esse por exemplo: História do Brasil e do Mundo. Como sempre falo, queria saber sobre tudo, desde coisas do passado até sobre coisas do futuro; mas e o tempo ?
    Com a tua experiência, tu acha que tem como fazer tudo isso e conseguir ainda, ler e estudar sobre coisas que tu tem vontade de aprender, hobby, enfim por mil e um motivos. Não consegui ainda ler todos os post desde o começo do blog, mas teria algum específico que eu pudesse ler para ajudar ?

    Beijos, te admiro muito.

  22. Thaís, fiquei emocionada com o seu texto. Fundamental e necessário ele ter sido postado nesta data, em um blog com o alcance e a audiência do seu. Você foi delicada, respeitosa, apartidária (eita palavra que tá na moda) e precisa com suas palavras. Obrigada <3

  23. Conseguir manter o equilíbrio e a delicadeza num momento em que se busca fazer o outro “sangrar até morrer” é o máximo da lucidez. Lucidez construída por meio do conhecimento da História e principalmente pelo conhecimento de si mesma. Coisa de quem vive. Parabéns! Gratidão pela amorosidade e pela cidadania.

  24. Ótimo texto, Thais!
    Acredito que todas as pessoas (independentemente de preferências políticas) podem – e devem – cobrar uma postura ética e ações efetivas por parte de nossos governantes. Mas, mais do que isso, devemos começar pelo caminho mais simples, que é avaliar criticamente nossas próprias ações e procurar sempre evoluir.
    Parabéns pelo exemplo de cidadania, excelente iniciativa!

  25. Thaís, aos 72 anos, pai, avô e bisavô, acompanho a história do nosso País atenta e ativamente desde os 16. Concordo integralmente com o teu texto, e reforço sua recomendação quanto ao estudo da nossa História, mormente a dos últimos 50 a 100 anos. A INTERNET está cheia de bons sites onde se pode estudá-la (para citar apenas um exemplo, o UNIVESP TV). Gostaria de ouvi-la falar sobre “Como desarmar os espíritos”. Estamos todos muitos cheios de ódio, isso é mau! Ab fraterno.

  26. Parabéns Thaís pela sua colocação e abertura para discussão e depoimentos de opiniões dos brasileiros sobre a situação da realidade de seu País. É muito oportuno e enriquecedor discutir e ver opiniões diversas sobre oque acontece e também muito importante o que pode ser feito.
    Falar de um País tão rico com dimensões continentais sendo tão desvalorizado, utilizado apenas para favorecimento de alguns. Com políticas populistas enxendo a barriga das pessoas e não motivando as ao conhecimento e ao trabalho. Seria uma nação de zumbis? Que não se importam com o preparo ou pós preparo de pessoas . Eu me refiro aos excessos de bolsas, a pobreza de informação das mídias que são manipuladas elegendo ou mantendo quem elas querem, quem as favorece mais. Jogo de resultados sem disputas. Falta de emprego para quem realmente se preparou em relação aos cursos profissionalizantes. Fazendo mais “peões” que doutores. Será que chegaremos a uma Cuba?

  27. Nossa, como não vi esse artigo antes? Mto bom! Manual de Cidadania e respeito ao próximo puramente definidos, parabéns mais uma vez!!!! 🙂

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