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A Páscoa e o Walmart

Imagem: Longing for homes designs

Imagem: Longing for homes designs

No mês passado, eu fui aos Estados Unidos pela segunda vez e pude refletir um pouco sobre a diferença entre lá e aqui no Brasil com relação à organização. No geral, no que diz respeito ao consumo, existem muitas diferenças, e isso acaba se refletindo no modo como nos organizamos. O post se chama “A Páscoa e o Walmart” porque visitar o supermercado nessa época me fez ter a ideia de escrevê-lo.

Quando eu entrei no Walmart nos Estados Unidos pela primeira vez, parecia que eu estava entrando em uma daquelas feiras de pavilhão que existem em São Paulo, enormes e cheias de possibilidades. Tudo muito barato e uma variedade imensa. Fiquei muito triste pela nossa situação no Brasil. Pagamos caro por absolutamente tudo, e é uma vergonha.

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Caixa organizadora que, no Brasil, uma equivalente custa cerca de 70 reais. No Walmart, 4 dólares em setembro do ano passado – o equivalente a uns 10 reais.

Eu sempre invejei um pouquinho a forma como os americanos celebram a chegada das estações e os grandes feriados. As estações são mais marcadas no Hemisfério Norte, então quando chega o outono, as folhas laranjas já começam a cair e, no inverno, é frio mesmo! Aqui no Brasil, o país é tão misturado que até nisso temos diferenças – em alguns lugares, nem frio chega a fazer quando é inverno!

E aí a gente começa a pensar que tem alguém que se veste de Papai Noel aqui no Brasil, no verão de 40 graus, por que, mesmo? Sim, porque importamos toda a cultura de consumo americana, e isso se reflete em praticamente tudo.

Me chama muito a atenção o fato como eles celebram as estações e os feriados, no entanto. Tudo é motivo de muita festa, e eu adoro isso! Gostaria que no Brasil fosse assim porque, mesmo quando eu tento fazer algo a respeito, me sinto a única boba fazendo. Não sei, mas sempre achei meio deslocadas essas dicas de fazer artesanato para a Páscoa, festinhas de Halloween etc.

Quando eu fui ao Walmart lá, em março, tinha uma seção só para produtos de Páscoa. Mas muita, muita variedade. Ovinhos de todos os tipos, de brinquedo e comestíveis, feito de doces. Enfeites mil. Livros. Todos os tipos de comidinhas. Coelhinhos por todos os lados. Aqui no Brasil, temos os supermercados cheios de ovos de Páscoa (caríssimos) e só.

[quote class=”rosa”]Se lá eles usam feriados religiosos e estações para consumir mais, aqui somos usados para ser explorados. E as duas situações são muito tristes, com a diferença que, para eles, não há grande prejuízo pessoal. Para nós, sim.[/quote]

Não sei se todo mundo tem notado como fazer compras no supermercado está CARO. Está cada vez pior.

E, se a gente for além, não é só no mercado. Se eu precisar comprar um móvel novo para a minha casa, preciso economizar durante meses para chegar ao valor de um produto bem mais ou menos. Quando foi que um sofá de má qualidade passou a custar mais de mil reais e, um sofá minimamente bom, só acima de 2.500?

Não cheguei a ir, mas nos Estados Unidos existe uma loja chamada The Container Store. A loja é isso mesmo: um lugar gigantesco para comprar caixas organizadoras e toda sorte de produtos relacionados.

Imagem: The Bluebird Patch

Imagem: The Bluebird Patch

Aqui no Brasil, se a gente quiser comprar produtos de organização, precisa pagar absurdamente caro em porta-revistas, caixas organizadoras, colméias, prateleiras etc. Lá isso tudo é tão comum, tão banal, que é barato. Como todo o resto. É uma cultura de banalização do consumo, que esbanja dinheiro e gera acumuladores. Porque podem existir acumuladores em outros países, mas não tanto quanto existem nos Estados Unidos. Em que outro país, senão o templo do consumo, isso seria possível?

Imagem do programa de TV a cabo "Acumuladores", que mostra a rotina de pessoas que vivem em casas abarrotadas de coisas

Imagem do programa de TV a cabo “Acumuladores”, que mostra a rotina de pessoas que vivem em casas abarrotadas de coisas

Gosto de três revistas americanas que sempre leio pelo tablet, pois as importadas são (obviamente) muito caras. São elas: Martha Stewart Living, Real Simple e Good Housekeeping. Comprei as três da última vez que estive lá (cerca de 5 dólares cada – no Brasil custam de 40 a 70 reais). e as três tinham matérias de capa referentes à Páscoa. Todo mundo celebra a Páscoa. Todo mundo quer fazer enfeites de ovos, coelhinhos, flores. Todo mundo quer ser uma mini-Martha Stewart com sua casa e família perfeitas.

No Brasil ninguém tem tempo para isso, será? Ficamos menos reunidos em família? Não gostamos de festa? Não gostamos de gastar? Oras, nós fazemos todas essas coisas. Por que não celebramos assim também? Por que não temos variedade de coisinhas para fazer, assim como nos Estados Unidos?

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Site da Martha Stewart cheio de posts sobre a Páscoa

Quando a gente fala sobre como as coisas são baratas nos Estados Unidos, não estamos nos referindo somente a essas tralhazinhas que a gente compra (e que realmente existem em grande quantidade lá). Pelo menos eu falo em alimentos, roupas. Comprei um par de calças jeans no Walmart por 12 dólares. Esse preço é ridículo. Em nenhum lugar no Brasil você encontra um par de calças nesse preço mais. E a variedade é enorme. Toda a cultura dos cupons, que fazem as pessoas gastarem 50 dólares por mês fazendo compras gigantescas, com a possibilidade até de ter estoque em casa. Aqui no Brasil, gastamos muito com absolutamente TUDO. Uma ida ao mercado para fazer um lanchinho já nos toma 50 reais facilmente.

Imagem do programa de tv a cabo "Cupom Mania", onde as pessoas mostram os estoques de mantimentos que fazem com a ajuda de cupon, levando comida quase de graça

Imagem do programa de tv a cabo “Cupom Mania”, onde as pessoas mostram os estoques de mantimentos que fazem com a ajuda de cupons, levando comida quase de graça

Então você entra em uma loja virtual ou loja de artigos para casa em busca de produtos de organização e é obrigado a pagar 40 reais em uma colméia para guardar calcinhas. Por isso personal organizer não fica rico no Brasil. É tudo muito caro. Entendo que algumas empresas importem, que as de produção nacional precisem ser competitivas e todo negócio precise sobreviver pagando muitos impostos. A culpa não é do comerciante, mas do sistema.

E, respondendo à pergunta lá de cima: não podemos ter uma cultura de organização igual aos Estados Unidos porque não podemos tirar 50 reais da compra do mercado para comprar UMA caixa organizadora. Não podemos deixar de comprar 1kg de carne para a família para comprar artigos caros de festinhas para um feriado qualquer. As festas que são as “necessárias” (casamentos, aniversários) geram toda uma indústria absurda de cara, que desanima qualquer um. E não é como se estivéssemos pagando um preço justo. Não estamos. Estamos pagando caro pelo mínimo.

Como animar o brasileiro a celebrar estações e feriados se para fazer o básico de forma saudável ele tem que se matar de trabalhar e ainda assim não dá conta?

Não digo que isso seja extremamente relevante mas, para mim, acaba fazendo sim diferença na qualidade de vida poder ter esses pequenos momentos no dia a dia, celebrando a Páscoa, a volta às aulas do nosso filho, um projeto que foi concluído etc. Eu também adoro organizar o meu apartamento, ajudar outras pessoas a se organizarem e buscar soluções para ganhar mais tempo no dia a dia. O problema é que a gente paga caro demais por isso. Por tudo. Aí a gente acaba vivendo para trabalhar, trabalhar para pagar contas e a vida vai passando sem festa. Não se trata só de consumo.

Só um pequeno desabafo sobre por que não nos organizamos igual a eles. É outra realidade.

Thais Godinho

Thais Godinho

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

68 comentários em “A Páscoa e o Walmart”

  1. Thais, concordo muito contigo. Também estive nos EUA em janeiro pela primeira vez, fui ao Walmart e fiquei chocada com a diferença de preços, é tudo, absolutamente tudo, mais barato. Até mesmo os alimentos, como você citou. Comprei uma caixa com 10 barras de cereal orgânica por cerca de 3 dólares… Uma coisa simples, que eu carregava na bolsa pra lanchar… Imagine comprar isso aqui! Infelizmente, diante dos últimos acontecimentos no nosso país, sinto-me cada vez mais triste/envergonhada pela realidade em que vivemos!

  2. Excelente postagem, Thais! Às vezes me assusta a ideia de que não somos mais um povo alegre. Haja vista essa copa mundial…nunca vi tanto desânimo. Bem, ao menos em relação às pessoas do meu convívio.
    Nos EUA eles exageram no consumo desenfreado, mas que dá uma vontade de comprar um monte de coisa, isso dá! Aqui, estou fora de ovos de páscoa, vou dar livros para as crianças, com algo que eu mesma produzir, mas quantas pessoas lascam o cartão de crédito e se endividam presenteando um monte de gente com ovos a preços milionários…
    E as roupas infantis, então? O preço aqui em relação ao que custa lá é uma piada.
    Mas vamos celebrar a páscoa do nosso jeito. Estamos vivos e celebrar é preciso!
    Bjs

    1. No meu convívio tmbm estão todos desanimadíssimos com a copa, eu mesma não acompanharei pois me sinto ridícula, tanto dinheiro gasto, tanta pompa quando até os operários morrem nos estádios, sem falar na educação e saúda que está sempre sendo mal alimentada.

  3. Thais, você foi colocando as questões e eu já imaginando como iria comentar. Mas você colcluiu tão perfeitamente ao meu pensamento, que vou dizer apenas: sem comentários adicionais.

    1. Concordo com a Renata, o texto é tão perfeito que não tem mais nada a se comentar.
      Acho que a maioria dos brasileiros (ao menos os que tem acesso a essas informações) se sentem frustrados e decepcionados com a situação…

  4. Concordo plenamente com você Thaís.

    Já tive a oportunidade de ir aos EUA e fui na cidade com o imposto mais alto 8%!!!!!! Mesmo assim, praticamente tudo é mais barato que aqui. Apenas como exemplo: Em um Outlet em New Jersey, o vendedor estava quase implorando para que minha esposa comprasse um lençol de 1000 fios (1000!!!!) por $50. Você não compra um de 400 fios por menos de R$200,00.

    Outro ponto que achei interessante é a educação e simpatia com turistas, principalmente em pontos turísticos. E olha que o brasileiro tem a fama de ser um povo muito simpático. Tive a oportunidade de ir duas vezes, no mesmo dia, no mesmo ponto turístico. E o rapaz que tira fotos de todos os visitantes (isso eu achei caro, na média de $25 por uma foto com fundo de pano ou inserido por photoshop) sempre muito educado e com sorriso no rosto para todos, o dia inteiro.

    Sei que o povo americano é cheio de defeitos (arrogância, preconceito, etc), porém voltei para o Brasil com a sensação de que sempre vivo em um péssimo país. Tudo é caro, as pessoas são arrogantes, não se importam com os outros, não há educação, dentre outros problemas. Enfim, bem que a inglaterra pudesse ter colonizado o Brasil…

      1. Eu tenho a mesma sensação. Já morei nos EUA e voltar é muito difícil. Sou igual à Thais nesse aspecto das celebrações: adoro esse jeito americano de querer comemorar tudo, de ter receitas especiais pra chegada das estações, de pequenos DIYs para artesanto ligado à feriados etc. E aqui no Brasil, além de ser tão difícil e caro de conseguir qualquer coisa, tb me sinto uma boba.

        Victor, lá os impostos mais caros são nessa faixa mesmo. No Canadá pode chegar a 15%. Já no Brasil, eles passam de 30%, só que não ficam expostos igual a lá fora. Com a lei que obriga a ter na nota fiscal o imposto, dá pra ver o quanto pagamos. Na minha última compra no supermercado, paguei quase R$60 de impostos. Uma vez comprei um protetor solar na Boticário (veja bem, empresa nacional) e paguei 50% de imposto.

        É MUITO desanimador morar aqui no Brasil quando se conhece realidades tão distintas.

  5. Thaís, excelente reflexão.
    Às vezes eu acho que a gente só trabalha, trabalha e não tem retorno, não tem tempo, não tem ânimo!
    É muito triste essa realidade e infelizmente, não estou vendo nenhuma saída para esse problema crônico do nosso país.

    Mayra

  6. Oi Thais!

    Bom, vou falar com a experiência de quem está vivendo aqui há 3 anos: eu não consigo enxergar essa coisa das celebrações pelo mesmo ponto de vista que você. No início, quando eu cheguei aqui, também ficava maravilhada com isso, com a variedade das coisas. Mas depois, com o passar de cada data comemorativa, eu fui vendo o quanto isso tudo é impulsionado pela pura necessidade de consumir! E claro, pela necessidade das lojas em vender! As prateleiras das lojas estão sempre abarrotadas de coisas temáticas: primeiro Valentine’s day, depois Páscoa, entrada da Primavera, entrada do verão. Tudo descartável. Usou em uma data, é jogado fora. O cúmulo do desperdício, ao meu ver, é o Valentine’s Day. Todas as crianças da sala dão cartões ou balinhas umas às outras: tudo irá parar na lixeira em menos de uma semana. Então eu não sei se a motivação é mesmo a necessidade de se celebrar as datas com a família ou em consumir…

    Mas, por outro lado, o que me chamou a atenção foi a forma como são celebrados os aniversários das crianças: tudo simples e efetivamente voltado para as crianças. As festinhas duram no máximo duas horas. Os pais bolam atividades para as crianças, geralmente ligadas a artesanato. Nas mais “incrementadas” tem um pula-pula. É servido pizza, depois cantam parabéns e abrem os presentes. Nada de gastos exorbitantes, nada de um trilhão de bolas espalhadas para todos os cantos. Eu adorei!

    E quanto a alimentação… Bom, eu não sei como está o preço de artigos de hortifruti no brasil agora, mas aqui, se vc quiser ter uma alimentação mais saudável, sai beeem caro! Essa coisa dos cupons no geral envolvem alimentos nada saudáveis…

    De qualquer forma, ja vou me preparando para a volta ao Brasil, e as demais diferenças que encontrarei…

  7. Olha, achei super valido seu texto. No entanto acho que você deveria da uma olhada no video “a história das coisas”, e talvez você tire conclusões diferentes dessa que foi dita no post. Até porque nos Estados Unidos nem tudo são flores e isso reflete na sociedade Estado-unidense.

      1. Oi Thais, eu tb ia te falar sobre o vídeo A história das coisas. É certo q no Brasil pagamos muito caro por causa dos impostos exorbitantes, mas nos Estados Unidos as coisas são baratas pq eles são um país imperialista q explora os países subdesenvolvidos. E é graças a eles q temos essa cultura consumista e nada sustentável, q se continuar assim vai nos levar a ruína.
        Entendi o seu desabafo, mas sei lá… acho q o buraco é mais embaixo. 😛

  8. Thais, tem um blog chamado casosecoisasdabonfa, não sei se você já o conhece, mas a dona faz festas temáticas lindas de ver!!! Eu também gostaria de comemorar mais, mas é sempre tudo tão caro!! Domingo vou comemorar o aniversário de encontro com meu marido, decidi fazer um piquenique, mas ainda assim algumas coisas como cesta e toalha xadrez abri mão pra investir nos quitutes. Fazer o que, neh?

  9. Thais, dá tristeza mesmo..
    E tudo isso vem da falta de administração como um todo.
    Porque lá o governo subsidia muita coisa, algodão das roupas, trigo, laranjas… e o povo não é bobo né? Ganhar o salário por hora faz ter noção de quanto custa cada coisa…
    Aqui o governo desvia muito pro próprio bolso ou pras bolsas (acredita que 25% dos brasileiros recebem bolsa-alguma coisa? e quem é que paga?). O povo aqui vai se encostando enquanto lá o bonito é produzir, prosperar…
    Enquanto isso eu morro de preguiça da política, ou seja? Como é que muda?

  10. Concordo com tudo que vc escreveu… estou revoltada com o tanto que estamos gastando no mercado, devo ter dobrado as minhas despesas nos últimos anos, um absurdo! E sobre as comemorações nos EUA, acho muito legal o dia de ação de graças e o valentine’s day, que eles comemoram o amor entre todos. Apesar do apelo consumista, acho legal. Acompanho um blog de lá e achei uma graça a menina de 3 anos levando uma lembrancinha pros coleguinhas de classe no valentine’s day.

  11. Concordo perfeitamente! Isso é uma coisa que percebi bastante nos 4 meses em que morei nos EUA, durante o intercâmbio. Além da imensa variedade de produtos, os preços são muito melhores! Uma coisa que me marcou foi que logo que cheguei, tive que comprar algumas coisas para organizar meu quarto, como cabides, cesto de roupa suja, etc. No começo fiquei preocupada em gastar com esse tipo de coisa, sendo que teria que deixar tudo por lá quando voltasse. Mas acabou que, no fim das contas, não gastei mais de 30 dólares com isso, porque um conjunto de 6 cabides de plástico custa 4 dólares, uma cestinha organizadora custa 1 dólar, um cesto de roupa suja custa 10 dólares, um travesseiro custa 5 dólares (isso porque eu nem fui no Walmart, que costuma ser ainda mais barato – a maioria desses itens vieram da única Target a minha cidade ou dos supermercados de bairro)

  12. Eu concordo plenamente com seu ponto de vista….nunca fui aos EUA mas tenho amigos que foram ou moram no exterior, e é tudo muuuuuiiitoooo melhor do que aqui. Embora os americanos sejam um povo consumista, na maioria dos lugares é tudo limpo….eles prezam a limpeza e a beleza dos lugares…aqui não, é tudo uma bagunça, o povo é porco….pobre acha que só porque mora em favela o lixo tem que ser jogado no corrego…o brasileiro tem uma visão retorcida das coisas, por isso essa zona generalizada…copa do mundo então…eu não estou nem um pouco animada….tanto dinheiro gasto pra nada…se eu pudesse ia embora daqui….estou muito triste com a situação do nosso país…finalizando, parabéns por este post maravilhoso…amo seu blog e cada dia sou mais sua fã….bjos querida.

  13. Amei este post! Vc falou tudo! Está vergonhoso viver aqui no Brasil e a comparação com outros países é inevitável. Ir ao mercado virou uma tarefa deprimente. Nem o básico está dando para comprar mais…

  14. No Natal é a mesma coisa, a gente vê decorações lindas que fazem por lá, aí vai na loja pra comprar luzinhas e enfeites e gasta 100,00 com meia dúzia de coisas.
    Por isso eu quero ir morar nos Estados Unidos, o padrão de vida é tão melhor, a diferença é gritante, e não digo só pelo lado consumista, mas por qualidade de vida mesmo.

    Grande texto, parabéns!

  15. Nossa, Thais, fiquei bem frustrada com esse post… É muito simples olhar a ponta do iceberg e vir com o discurso de que lá fora é tudo mais barato. Afinal, pra que considerar os nossos meios de produção e importação (grande parte das coisas vendidas no Walmart NÃO são produzidas nos EUA, mas em países com leis trabalhistas bem mais flexíveis) ou o fato de que não dá para celebrarmos a mudança de estações porque aqui elas não mudam de maneira tão regrada (e tudo bem, cara, é a vida, não precisa ser um filme de Hollywood) ou que talvez o estilo de vida americano que a gente conhece seja uma minoria privilegiada apresentada pela mídia (viu isso? http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,pobreza-nos-eua-atinge-novo-recorde,164948,0.htm).

    Concordo que nossa cultura é cara, mas tentativas de baratear dificilmente são motivadas. Recentemente, encontrei uma loja de produtos naturais que vende tudo a granel. Arroz, feijão, macarrão, temperos, castanhas… Nossa, como meus gastos com supermercado mudaram! Os produtos são frescos, produzo menos lixo (reaproveito as embalagens que usei na primeira ida), compro algo mais aproximado da quantidade que eu consumo por semana e a comida não fica rolando no armário. Mas a maioria das pessoas que eu conheço não se sente inclinada a fazer o mesmo. A comodidade de ar condicionado, carrinho de compras e estacionamento do supermercado (caro) é sedutora demais.

    Seus posts sobre como organizar não precisava ser caro (na verdade, não precisava custar nada, já que uma caixa de sapatos pode até não ser bonita, mas cumpre bem a função) foram a grande inspiração para eu mudar meus hábitos numa fase difícil. Acho complicado um blog sobre minimalismo exaltando uma cultura de consumo.

    1. Mari,

      Se você entendeu isso, recomendo que releia o texto.

      Estou apenas explicando o meu entendimento entre a diferença da organização das coisas, festinhas e celebrações de feriados entre os Estados Unidos e o Brasil. Que aqui não gastamos com isso porque não somos uma cultura voltada ao consumo, talvez porque tudo seja muito caro, especialmente os básicos.

      Ainda mostrei o outro lado, que é a banalização das coisas e o surgimento de acumuladores, devido a essa cultura desenfreada americana.

      O blog mostra o tempo todo como ser organizado com o que se tem. Eu mesma não tenho dinheiro para comprar coisas caras. Se você acompanha o blog, você já deve ter lido que em praticamente todos os textos eu ressalto a importância de reaproveitarmos as coisas, comprar mais barato e fazer por nós mesmos, do porta-revistas à faxina de casa.

      O blog não é sobre minimalismo, mas sobre organização. E não estou exaltando, em nenhum momento, uma cultura de consumo. Estou analisando um panorama dos dois países relacionado a esse assunto.

      Complicado é não entender e postar um comentário ofensivo ao autor do blog.

        1. Eu não apaguei comentário nenhum. Inclusive estou acessando somente via 3g, pois estou sem internet em casa.

          Se eu quisesse ter apagado o comentário, não teria sequer respondido o mesmo né? Então me fale mais sobre incoerência.

          Ela disse que o texto dizia uma coisa e eu, AUTORA do texto, disse que não era aquilo. Isso não me dá o direito de ofender quem opinou. Isso eu acho inadmissível. . O blog é um espaço pessoal, feito com amor pelo blogueiro, que gera conteúdo para quem se identificar. Eu jamais entraria em um blog para ofender um blogueiro que faz um trabalho que eu gosto ou me ajude. Isso não tem nada a ver com discordar do texto, mas na maneira como se fala. Na educação mesmo.

          E ainda entra outra pessoa, anônima, me acusar de apagar um comentário, coisa que 1) não fiz e 2) teria todo o direito de fazer, se o quisesse.

          Não fui incoerente, pois tomo muito cuidado com o que posto no blog. Estava fazendo uma análise dos dois mercados do ponto de vista de uma organizadora profissional. Não sou economista nem analista financeira, e muito menos estava incentivando o consumo.

          Me mostre onde está a incoerência do texto, com educação, e conversaremos com educação. Se entrar no blog para me ofender, a última coisa que poderá reclamar é sobre um comentário ser deletado ou não.

          1. Thais, não dê audiência.
            Eu entendi perfeitamente o que você quis dizer.
            Nós, brasileiros, somos constantemente explorados.
            Essa frustração que você sentiu, também senti.
            Também sinto que estamos nos tornando um povo proletário, que vive pra trabalhar e que não é mais feliz.

            Triste demais constatar isso.

            E, o mais incrível, é ver como todo mundo está absurdamente insatisfeito, e continuarmos a reclamar, sem fazer nada.

            Todo mundo diz: “A mudança começa pelo voto”.

            O duro é que, nem aí temos opções.

            Difícil.

            Vontade de largar tudo aqui e tentar a vida em outro lugar. As dificuldades mudam, mas mudam também as qualidades.

  16. Oi Thais, gostei muito desse post porque as diferenças dos modelos de consumo rendem muitas reflexões. Já viajei duas vezes para os EUA e também achei a maioria das coisas mais baratas, principalmente eletrônicos e ítens para a casa. Por outro lado, no caso das roupas eu percebi que os preços são bem parecidos com os do Brasil, salvo algumas exceções (no ano passado por exemplo comprei um casaco em um outlet por $50 que por aqui eu não acharia por menos de R$200). O que eu notei é que nos EUA o consumo é algo extremamente banalizado, a maioria das pessoas compra por impulso e sem necessidade justamente por ser algo tão fácil, tão acessível. O desperdício é gritante, quase tudo é descartável. E os preços muito baixos dos produtos é algo a ser pensado, grande parte é importado da China e sabe-se lá como foram fabricados, sempre fico imaginando as condições de trabalho dessas pessoas (o que não é muito diferente do Brasil, também importamos muita coisa, só que aqui pagamos impostos altíssimos). Esse consumo frenético faz com que eles joguem no lixo coisas que ainda estão em perfeitas condições de uso, como no caso de móveis, que são colocados na rua para serem levados por quem quiser. Tem gente que consegue mobiliar a casa inteira só com o que encontra na rua. Outro hábito comum são as “vendas de garagem” onde os moradores fazem um destralhamento da casa colocando à venda coisas que não usam mais. Enfim, vários aspectos interessantes para se refletir a respeito. Mas sempre que volto para o Brasil também sinto essa tristeza que você descreveu, pensando nesse mundo de contrastes tão fortes.

  17. Thais, é gritante quando vemos o outro lado da corda né? Com certeza estão no oposto de nós.

    Bem, assim como você, eu também amo feriados e adoro fazer festinhas típicas. Mas realmente, nos sentimos imbecis por aqui, porque a única coisa que se comemora pra valer é o carnaval e o natal. E mesmo assim, é uma outra cultura.

    Como internacionalista e apaixonada pelo principio da antropofagia cultural acho que devemos pegar o melhor de todas as culturas e adaptar ao nosso modo de vida, e não vejo nisso um grande problema como alguns nacionalistas insistem em apontar, porque no fim, importando ou não outras culturas, somos todos uma mistura enorme de povos e histórias que se cruzaram algum dia. E sinto que cada vez mais isso fica evidente para as pessoas.

    Agora o que você também comentou e é importante não perder de vista, há uma dominação dos EUA sobre outros países, e essa riqueza e abundância – travestida em facilidade e consumismo – vem dessa mentalidade de dominação, não é simplesmente algo que eles conquistaram “com o fruto de seu trabalho”, como algumas pessoas acima comentaram. O que não quer dizer que nós no Brasil estejamos “mais corretos”, pelo contrário, além de explorarmos outros países, somos nós mesmo altamente explorados e ainda temos uma cultura do conformismo, da aceitação enraizada até o amago na nossa existência.

    Ontem mesmo eu contava para uns amigos que estava indignada. Voltava pra casa no trem e uma senhora ao meu lado, visivelmente muito pobre, contava que trabalhava há mais de 40 anos em uma feira de SP, e que com isso havia conquistado “seu barraco” em uma favela conhecida por aqui. A conversa se prolongou e ela começou a defender o Brasil, porque aqui era bom de viver, que trabalhando duro dava para conquistar as coisas… E eu sai do trem inconformada,pois como uma pessoa pode crer que passar a vida quase toda se matando de trabalhar de sol a sol, e ter como conquista “um barraco de favela” pode ser uma situação boa de se viver?

    O ser-humano me surpreende. O Brasileiro, cada vez mais.

    E é como você disse. está ficando impossível de viver. Esses dias fui comprar Uma lasanha pra eu almoçar, 1kg de bata frita e um pote de nutella. GASTEI CINQUENTA REAIS! 3 itens gente… 3 itens babacas. 50 reais. Em um país de salário mínimo R$700,00, me pergunto todos os dias como conseguimos viver?

    Enfim, não vou me estender. Desculpa pelo desabafo, mas no momento minha indignação com o conformismo e a aceitação das pessoas diante dessa situação tão absurda na qual nos encontramos tem me deixado até meio chata. Mas foi bom ver que não sou a única, que outras pessoas tem visto o quão absurdo tudo isso é.

    Um beijo Thais, obrigada pelo post!

  18. Realmente é desanimador gastar muito somente para sobreviver. Umas compras no mercado, pagar as contas e um lanchinho aqui e um passeiozinho aqui já levarem todo o nosso orçamento!
    Eu sou louca para visitar os states, a minha irmã mais velha mora lá e tenho o pensamento mais “profundo” sobre essa questão.
    Nos USA a vida não é barata. Sim os impostos são muito melhores que os nossos, mas se gasta muito mais com comida e moradia. Não tem transporte público, você precisa usar o seu carro para tudo. Muitas pessoas não almoçam na rua, levam a sua “marmita” (isso se você chamar um bagel recheado com coca zero de almoço). Eu vivo brigando com ela pois ela não come fruta, legume e sim tudo industrializado!
    A minha irmã mora lá e é magérrima. Tudo bem que ela se cuida, mas ela corre tanto de um local para o outro ( ela tem dois empregos, casa, marido e cachorro) que mal dá tempo para comer. Não tem faxineira, empregada/diarista. Não tem o Zé para ajudar a consertar as coisas em casa. É tudo self made mesmo, isso não é um estilo de vida como aqui, isso é uma imposição. A mão de obra é muito cara lá. Uma manicure, 60 doletas. Uma progressiva 150 doletas. Ela não tem filhos então não sei quanto custa uma escolinha, mas deve ser uma baba!
    Eu concordo com o seu ponto de vista, mas temos algumas “facilidades” aqui que ninguém lembra. A vaidade da brasileira, colocou serviços como escova e unha a preço de banana. Depilação aqui você encontra em cada esquina. As roupas continuam caras, mas se for em lugares certos você compra bem e a roupa dura bastante. os americanos não ficam comprando roupas em cada estação como nós, seguindo o mercado da moda. E fora que a nossa indústria de sapatos é de muito boa qualidade.
    Pessoalmente eu fujo das importações, mas concordo que itens de organização e decoração aqui custam uma baba. Móveis então, nem se fala. Mas aqui nós temos uma coisa muito boa: não temos o hábito de guardar coisas. Acho que isso que faz encarecer os produtos, a procura é pequena. Aqui o hábito é jogar tudo fora, comprar tudo de novo. Ninguém gosta de coisas antigas em casa. Ninguém entope o quartinho de bagunça de coisas desnecessárias como os americanos.
    Enquanto as festas e o preço da pascoa, eu acho que está tudo tão caro, que as pessoas se desestimulam. Nós que temos filhos pequenos, sempre estamos nos esforçando para comemorar. Eu vi uma dica no Mais você tão fofa que estou querendo fazer para o filhote dar de lembrança da páscoa e arrumar ele de coelhinho.http://gshow.globo.com/programas/mais-voce/videos/t/editorias/v/saiba-como-decorar-e-faturar-na-pascoa/3274682/ Ovo de páscoa never more!!! Eu só vou usar copo descartável por ser mais seguro e já tenho aqui.
    Não desanima não, vamos fazer como nossos pais naqueles horríveis anos Sarney: exercer a criatividade!!!

    1. Concordo contigo em vários pontos, mas em outros, sou obrigada a discordar fortemente.
      Morei no Queens em NY e o tranporte público lá era ótimo (eu trabalhava em Manhattan). Infelizmente, moradia é ‘caro mesmo’, mas, se você parar pra pensar no lado positivo, os preços são bem adequados, já que sempre tem parques por perto, 7-eleven, lavanderias, lojas e tudo o mais que você precisar.
      Frutas e legumes realmente são mais caros e até tem gosto diferente (uma vez comprei um mamão que JURO que tinha gosto de abóbora!), mas, sabendo cozinhar dá pra fazer bastante coisa saudável e não precisa apelar pro fast food ou comida processada o tempo todo.
      Ter faxineira ou qualquer coisa assim eu acho muita frescura. Isso é coisa de classe média chata brasileira que tem medinho e acha degradante lavar privada.
      “Aqui o hábito é jogar tudo fora” Não concordo mesmo! Aqui o hábito sempre foi manter as coisas pelo maior tempo possível, já que é tudo tão caro. Porém, como as cosas foram ficando cada vez mais ‘vagabundas’ e baratas, a solução se tornou comprar de novo. Tralha é mais raro pro brasileiro guardar, mas ainda assim está cada vez mais frequente.
      Meu irmão que mora em Denver diz que escolinha é realmente muito caro, mas por outro lado, o serviço é de primeiríssima, assim como o ambiente.

  19. Oi Thais,

    Adoro seus textos, sempre foram muito uteis pra me ajudar a ser mais organizada.
    Em partes compartilho a sua decepção quando compara o preço das coisas dos EUA com o Brasil. Entretanto é importante levar em conta vários fatores que estão implícitos. O Walmart é uma empresa com um histórico lamentável, acabou com micro e pequenas empresas de vários países empregando uma política econômica injusta e se valendo de mão de obra de baixíssimo custo (no caso das industrias que mantêm na China para produção de seus produtos), além da má remuneração dos seus funcionários entre vários outros escândalos… O Walmart não obteve o lucro esperado em países como Alemanha, Japão e Coreia do Sul, porque esses países não aceitam imposição da filosofia de lucro máximo e responsabilidade social zero com funcionários e consumidores.
    Acredito que o texto tem fundamento sim, de fato a carga tributária no Brasil é ridícula, levando-se em conta que não recebemos o retorno do imposto pago e vivemos num caos absoluto, entretanto a análise feita é um pouco superficial e o custo que os americanos não pagam, é pago pela multidão de pessoas exploradas (funcionários, pequenos produtores, funcionários de fábricas) e o meio ambiente.
    Um beijão!

  20. O pior de tudo, pra mim, é isso: pagamos caro e, muitas vezes, sem qualidade. Olha o chocolate ultimamente, só aumenta de preço mas o cacau tá longe, é só uma massa de açúcar. Dá muito desânimo viver aqui.

  21. Ola Thais,
    entendo seu desabafo pois sinto o mesmo,e olha que moro na Africa do Sul,um pais em desenvolvimento ,desenvolvimento esse muito mais lento que o Brasil,ainda assim o preço das roupas aqui de qualidades são muito barato em relação ao Brasil,material escolar tambem,alem de não ter variedade pois TODAS as escolas publicas ou particulares usam material padrao,caderno simples,tudo simples. Aqui as pessoas mesmo ricas nao sao consumistas como no Brasil,elas preferem investir em uma boa casa,educacao e lazer. Fico muito triste por ver como nos brasileiros somos explorados no nosso proprio país.
    Bjs

  22. Não tem um dia em que não pense nisso.
    E não tem um dia que não me dê vontade de ir embora de vez.
    É mercado caro, moradia cara, lazer caro, educação cara, saúde cara, transporte caro, vestuário caro, tudo caro… e de péssima qualidade. Fora a total falta de segurança não só para o que você gastou (muito) para adquirir como para a sua vida.

  23. Esse post é mais uma prova do quanto somo atrasados nesse país, aqui não podemos ter nada (celular, uma boa TV, um carro descente, roupas, computador) ou pagamos um preço absurdo para ter e quando o fazemos corremos o risco de sermos assaltados.
    Eu recentemente mudei de residencia, sai de um apartamento para uma casa maior. Paguei 1500 em um sofá de 2 lugares (esse que você citou “melhorzinho”) paguei 75 reais em uma capa para a minha maquina de lavar com abertura frontal (para que ela dure muito pois paguei caro) preciso de caixas e divisórias para gavetas e armários (isso vou esquecer como você comentou 50 reais uma caixa organizadora? não tem como) Enfim vou ficar sem esses itens e tentar me virar com improvisos. É desanimador.

    1. Exato, não se trata de consumir muito. Se trata de precisar de um celular novo e ter que pagar super caro por um modelo que atenda suas necessidades. É muito triste porque isso afeta o orçamento das famílias. Tira-se daqui para colocar dali. Só quem não tem problemas financeiros pode achar que isso é querer consumir desenfreadamente.

  24. Falou tudo mesmo… Me senti desabafada só de ler. É por isso que o minimalismo está se popularizando por aqui, é mais uma necessidade do que uma escolha. Tudo bem, ainda gosto dessa filosofia de vida, mas até ser minimalista no Brasil acaba saindo caro, porque pra comprar menos e com qualidade a conta dá na mesma. Olhar pra uma simples peça de roupa (ou qualquer outro produto) e pensar em quantas horas de trabalho vão ser necessárias pra pagar aquilo é frustrante demais.

  25. Thais, fiquei muito triste com este texto, e ele me levou a várias reflexões. Comentarei apenas duas destas:

    1) a cultura do consumo dos EUA, que faz com que as pessoas dos países não desenvolvidos achem que precisam se igualar ao padrão americano para serem desenvolvidos. Há diversas pesquisas, e se você ler algum livro de Leonardo Boff, Porto-Gonçalves, entre outros pensadores da atualidade, vai ver que se igualarmos todos os seres humanos ao nível de consumo dos EUA, será necessário 5 planetas terras. A crise ambiental global que o planeta enfrenta é muito séria. Fico muito preocupada com o futuro que estaremos dando aos nossos filhos.

    2) Se os valores do Walmart são tão baratos, então alguém está pagando por isso? Há várias fábricas americanas instaladas em países subdesenvolvidos, e muitas crianças e jovens estão sacrificando a sua infância por trabalho escravo nestas fábricas do Cambodja, Vietnã,… Qual a alegria de eu comprar um produto tão barato, e saber que tanta gente está sofrendo na produção e na venda deste produto?

    1. Eu sinceramente não entendo as pessoas que comentam que as coisas nos EUA são baratas pq são importadas da China. Alguém de verdade acredita que tudo que consumimos é produção nacional? Que o tênis, as roupas e os eletrônicos são todos fabricados no Brasil? Sim, somos um país protecionista, que tenta favorecer a indústria nacional, mas não adianta taxar enormemente os importados se não der incentivos à produção brasileira.

      Em nenhum momento o texto me pareceu uma ode ao consumismo, apenas uma reflexão de como as realidades são diferentes.

      Óbvio que esses preços baixos estimulam o consumismo e até o banalizam, fazendo com que as pessoas joguem fora coisas ainda em perfeito estado para comprar um modelo novo. Aqui no Brasil sempre tivemos a cultura de conservar itens por muito tempo. Quem aqui não tem pelo menos um objeto ou roupa do tempo da mãe ou da avó?

      Por outro lado, aqui sofremos para comprar coisas simples. O supermercado realmente está cada vez mais caro, e nossa política de impostos, nem se fala. Acho que as pessoas esquecem que parte do problema das coisas serem tão caras aqui não é pq o santo país cristão Brasil não importa produtos chineses, mas sim pq temos uma das cargas tributárias mais altas do mundo. Pq nossos políticos são uns dos mais caros do mundo para os cofres públicos. E que nossa taxa de retorno é próxima de zero.

      Não existe país perfeito, todo lugar tem problemas e coisas positivas, mas infelizmente o custo e a qualidade de vida no Brasil estão de mal a pior.

  26. Oi Thais! Excelente post. Acabo de retornar ao Brasil, depois de viver por 12 anos nos EUA. Foi somente quando arrumava minhas coisas que percebi o que você falou muito bem no seu texto: como é fácil se tornar uma acumuladora nos EUA! Eu e meu marido percebemos o quanto a gente havia comprado de “coisas” e guardado ao longo desses anos. Tudo muito barato, e se encontra tudo com facilidade. Coisas do mundo inteiro. E o consumismo desenfreado piorou pois comprávamos pela amazon e outros sites online. Muitas vezes com envio gratuito. Isso sem falar em sites de leilão, onde você encontra marcas de grife por uma fração do custo. Mesmo morando em Chicago, onde o imposto (sales taxes) é um do mais altos 9.25% , ainda assim era barato. Agora vivendo no Rio de Janeiro, percebo como tudo encareceu aqui. Ainda mais com a Copa e as Olimpíadas chegando. Eu resolvi usar tudo o que tenho e não comprar nada além do essencial por um bom tempo. Mas continuo achando que quem puder, deve ir aos EUA pois não há lugar melhor para compras. O perigo é saber se conter! Bjs.

  27. Realmente os ovos de páscoa estão um absurdo!
    Resolvi fazer os meus em casa mesmo.
    1kg de chocolate comum (Harald) paguei 15 reais.
    Formas de acetato, 85 centavos cada (mas eu já tinha em casa).
    Papel bonitinho pra embalar o ovo, 80 centavos cada (comprei 4).
    Com esse 1 kg de chocolate fiz 4 ovos recheados e 60 bombons. (Não entrou nessa conta o preço dos recheios (fiz 3 diferentes), mas não passou de 12-15 reais).

  28. Minha mãe costuma dizer que nós pagamos para o resto do mundo ter as coisas. Eu sigo muitos blog americanos que falam de organização e decoração é fico morrendo de inveja também. E tento imitar na medida em que meu bolso permite e conforme encontro podutos interessantes por aqui.
    Mas também acho que é uma questão de mentalidade: nota-se que aqui as pessoas parecem não se importar e até achar ridículo dar atenção a pequenos (porém grandes) detalhes como esses.
    E ao ler o seu texto fiquei feliz por eu não ser a única a pensar dessa maneira.

    Beijos e parabéns pelo blog. Leio sempre 🙂

  29. Para além de questões inflacionárias no sentido da economia de mercado stricto sensu, há no Brasil o chamado “custo Brasil”. Ou seja, há um componente no preço que significa o status que algumas pessoas estão dispostas a pagar para ter algum diferencial na nossa sociedade. Walmart é loja popular nos EUA, mas no Brasil, tem que ser loja de quem se acha melhor que a classe baixa e média-baixa em geral. Zara é uma loja popular na França, mas no Brasil é para quem quer se diferenciar e dizer que compra numa loja francesa. Carros populares são… populares na Europa e custam o correspondente a 15 mil reais, mas no Brasil custam 70 mil reais pra cima (por conta disto, já fomos até chamados de “brazucas otários” numa famosa revista norte-americana automativa!).
    Além disso, importamos dos EUA apenas o costume, sem importar o significado histórico e cultural. A isto se chama colonização cultural – em contraposição a civilização cultural. Nossas festas são o Carnaval, as festas juninas, o dia da criança, as festas dos santos católicos e seus correspondentes sincréticos nas religiões afros. algumas festas podem ser incentivadas e se tornar tradições devido ao apoio oficial-estatal (com o dia do folclore e o dia da Independência, entre os 1940 e 1970).
    A sociedade não se limita a sua dimensão do mercado! A sociedade é histórica e cultural. Importa hábitos e costumes estrangeiros, sem qualquer correspondência com nossa história e cultura, só pode degenerar no consumismo desenfreado e supérfluo, no status sem responsabilidade, na alienação sociocultural e numa vida social esvaziada de significado e de solidariedade.

  30. Thais, seu texto é bastante interessante, e gera com certeza muitas controvérsias. Como sua fã, concordo e ao mesmo tempo discordo com ele, e como somos pessoas civilizadas, acho que posso vir aqui expor minha opinião, que se não está de acordo com o que vc pensa, por favor, não leve para o lado pessoal.

    1) uma leitora apontou que está cada vez mais triste/envergonhada do nosso país depois dos últimos acontecimentos. Que últimos acontecimentos?? Nosso país sempre foi corrupto! Somos um povo corrupto! É simplesmente um círculo vicioso, “farinha pouca meu pirão primeiro” é a frase de ordem no Brasil.

    2) nos EUA a influência da mídia é mais antiga e muito mais incisiva do que aqui. O povo americano não é um povo consumista por genética, ele é assim porque para eles o que movimenta o mundo é o dinheiro.

    3) concordo demais com o comentário da Anna Carolina: os EUA exploram os países subdesenvolvidos, sempre foi assim! E aliados ao fato de saberem reger muito bem a propaganda, nos fazem crer que são sempre os mocinhos da história. Para que eles possam comprar barato, alguém está pagando muito caro.

    4) claro que concordo com vc em relação aos preços praticados aqui e lá. E sei que seu texto foi para nos mostrar as diferenças entre o que eles gastam para fazer, por exemplo, uma festinha, e o que a gente gasta para fazer a mesma coisa. Mas sugiro (e sei que vc concorda comigo porque leio também seu outro blog), que façamos um exame de consciência e paremos para pensar: precisamos mesmo disso tudo? Precisamos lotar a casa de enfeites na Páscoa? Precisamos dar um cartão, um baita presente (embrulhado e empacotado em quilos de papel e laços) em qualquer situação? Os EUA criaram essa necessidade…ou vocês acham que o Thanksgiving original tinha troca de presentes, ou quando surgiu o Valentine’s Day???

    5) uma leitora comentou que muito dinheiro no Brasil é DESVIADO para as bolsas. Por favor, esse dinheiro não é desviado. Sim, eu sei e conheço bem a corrupção e os “jeitinhos” brasileiros, porque ao contrário da leitora eu não tenho preguiça de política. Mas eu sinceramente espero que uma pessoa que pense que o Bolsa Família é um desvio de dinheiro, nunca precise de ajuda estatal para comer. Esse tipo de ajuda estatal existe em vários países, e se de alguma forma no Brasil (ainda) não funciona de uma forma bacana, é porque sempre tem gente que acha que não vai fazer mal receber um salário do governo, mesmo não precisando dele (“farinha pouca meu pirão primeiro”, lembra?)

    6) e o lucro Brasil??? Vcs acham que um carro aqui custa o dobro por quê??? Porque no Brasil se sobrepõem pensamentos venenosos, tais como: brasileiro não compra se for muito barato (acha que é de má qualidade), brasileiro (principalmente a classe média atual, extremamente desconfortável com a ascensão das classes C e D) compra coisas mais caras, não necessariamente de melhor qualidade (vide a Topshop que abriu) para se distinguir do resto da população, brasileiro com ranço colonialista que acha que tudo que vem de fora é melhor, comerciantes e industriais que mandam no Congresso…

    Enfim, falei demais. Mas só pra dizer que entendo seu texto e que minha opinião não é uma crítica a ele.
    Um abraço

    1. Obrigada, Patricia.

      Sobre o item 4, o que quis dizer no texto é que talvez a gente não celebra tanto quanto eles justamente porque não temos os mesmos hábitos de consumo. Eles celebram mais justamente por terem sempre pretexto para comprar.

      Meu sentimento de frustração com relação a isso é igual ao seu: deixamos de celebrar porque não temos o que consumir? Essa foi a reflexão que quis trazer com o texto.

  31. Post perfeito, lúcido, claro e com uma análise verdadeira dos dois extremos do consumo.
    Vivi na Europa muitos anos, e sei que o sentimento de qualquer brasileiro esclarecido que visita, ou que decide viver em outro país é o de indignação diante da diferença gritante dos preços em relação ao Brasil.
    Essa situação acontece por vários fatores, mas o que me deixa mais triste é que o principal fator é o da carga tributária.
    Eu ficava imensamente triste quando entrava em uma loja O Boticário em Lisboa e encontrava um Óleo Exótico que eu costumava comprar no Brasil por R$49,00 custando apenas €9.90. E não se trata de converter a moeda porque quem vive lá ganha em euro, portanto gasta em euro, e uma coisa é você tirar 50 reais de um salário mínimo em reais, outra bem diferente é você tirar 9 euros de um salário mínimo em euros . E eu estou falando de uma empresa brasileira, que exporta para um país cuja moeda vale três vezes mais!!!!
    A grande questão no seu post e que algumas pessoas não entenderam, é que a relação SALÁRIO-BEMDECONSUMO em países ‘de primeiro mundo’ (as aspas são por detestar essa expressão) são bem diferentes das nossas, e isso se dá não porque há crianças trabalhando no Camboja, ou na China, porque em qualquer loja do Brasil hoje encontramos produtos feitos com mão de obra escrava e que também são vendidos a alto preço, e sim por causa de uma carga tributária absurda.
    O exemplo que citei acima é apenas um dos milhares que encontramos no dia a dia no exterior, lá é tudo realmente mais barato, e não barato apenas em relação ao Brasil, mas barato em relação à própria renda que as pessoas tem lá.
    Nós temos impostos sobre impostos, sobre juros, sobre mais impostos, sobre taxas sobre mais taxas, e assim somos depenados cada vez que vamos às compras no nosso país, é triste mas é fato.
    Essa questão dos acumuladores de acordo com meu ponto de vista é antes de tudo um problema emocional, eu falo porque tenho uma pessoa na família que a casa dela parece um depósito, ela tem dívidas e compra como uma maluca, porque isso é uma doença, ela encontra nas compras o que alguns alcoolatras encontram no álcool. É claro que se as coisas no Brasil fossem mais baratas ela acumularia ainda mais.
    Portanto não se deixe enganar, esses países que praticam preços baixos possuem uma carga tributária irrisória se comparada à nossa, e lá não gera apenas acumuladores, lá as pessoas têm acesso à uma vida confortável que para muitos brasileiros existe só nos sonhos. Lá o Estado abraça o cidadão em vários aspectos, eu mesma fiquei UM ANO E MEIO no Fundo-desemprego em Portugal, (imagina isso no Brasil) tinha médicos excelentes e uma educação formidável em tempo integral para minha filha, sem pagar nada (exceto meus impostos como qualquer cidadão) e até o dinheiro dos materiais de escola era devolvido se eu enviasse os cupons de compra para a escola.
    Eu voltei para o Brasil, sei que aqui é a minha terra, mas não perco de vista as diferenças gritantes principalmente no comércio de um modo geral.
    O Brasil pratica uma política pobre e ela é alimentada pelo povo que acha normal pagar 3.00 reais por um litro de leite que sai do produtor por 0.50 centavos. A diferença do valor são impostos e eu posso garantir, esses valores não voltam em serviço, haja vista nossa falta de estrutura da educação pública.
    Por isso ressalto: sua análise foi perfeita.
    Thaís desculpe o comentário tão longo, mas precisava expor minha opinião nesse caso, amo seu blog, amo sua escrita, aqui aprendi muito e aprendo todos os dias, ainda pretendo enviar um email com meu antes e depois do VO na minha vida, por isso tudo eu precisava defender seu post lindo e bem escrito como sempre.

    1. Olá Ellen! Aqui em Portugal era assim, mas agora está a deixar de ser tão bom… Infelizmente, a economia está péssima. A união europeia tem cortado imensos apoios e o governo está a fazer cortes impressionantes nos salários à classe média/baixa (claro que os ricos ficam de fora!!). Eu tenho sentido muito na “pele” os cortes e a situação está cada vez pior… E não vai melhorar, só vai piorar nos próximos 4/5 anos… Talvez mais! Estou muito pessimista, assim como a sociedade portuguesa. Os jovens estão a deixar o nosso país e estão apenas a ficar os velhos e as crianças, ou seja, quem o governo considera que só dá despesa. Assim não adianta, porque o país não vai para a frente…(pronto, foi só um desabafo, mas como gosto de ler os posts da Thais aproveitei!! ) 🙂

  32. Olá!

    Primeiro o seu texto é bacana, embora existam alguns pontos que eu não concorde rs, mas isso faz parte da natureza humana neh?! Cada um tem um ponto de vista!
    Mas eu também já tive( e ainda tenho!) muita de vontade de arrumar minhas malas e ir embora do Brasil, tudo ruim, dificil e caro!!

    Mas eu também acredito que não existe lugar perfeito( como você mesma disse no texto comparando os dois países) , penso em ir embora e logo desisto, sabe por que?
    Porque eu acredito que todos nós temos uma parcela de culpa do problema e uma parcela da solução, parcela de culpa porque não reagimos, não lutamos ( sinceramente, não sei nem se temos como lutar ) e uma parcela da solução, porque do nosso lado, do nosso jeito, podemos mudar, podemos adaptar a nossa vida de forma a sofrer menos e viver mais…isso faz parte do ser humano, é injusto vivermos assim, enquanto outros países ( muitas vezes as nossas custas) vivem bem?! è sim, muito injusto!! Mas não somos quadrados rs, podemos lutar e nos reinventar…chinelar pelo mais barato, criar com as nossas mãos, estudar e nos qualificar para termos profissões melhores e principalmente para podermos nos dedicar a nossa familia e amigos, não precisamos de mais tempo, precisamos de tempo de qualidade, não precisamos de uma pascoa cheia de enfeites e ovos de páscoa, e sim de uma familia reunida, uma comida boa e muita paz de espirito!!

    Obrigada por compartilhar suas ideias.

  33. Olá, como sempre excelente texto! Mudando um pouco de assunto, você poderia me dizer como guarda cabos de celular, fontes, esse tipo de coisa que temos repetido mas que por muitas vezes na semana precisamos delas.

    Exemplo, Ipods, cabos que carregam os mesmos, pendrives, suas fontes. Fico perdido com tudo isso e costumos acumulá-los na escrivanhia. Alguma dica?

  34. Como sempre seus posts são tudo de bom!!!!! Reflexão, ideias e qualidade de conteúdo…adoroooooo
    Bom, mas falando do seu texto, dos varios pontos que você colocou, uma coisa que me deixa indignada é saber e ter a conciência que tudo que vem pra nos brasileiros chega aqui absurdamente caro, sem noção…..e que aqui tudo é ó “ zoio da cara“, que o nosso dinheirinho suado não ta valendo nada, que ir ao mercado fazer compras por exemplo, rotina básica de qualquer pessoa, familia é sair tiste em vez de feliz, tudo absurdamente carooooo!!!!!
    Ai quando nos deparos com o outro lado da coisa é pra refletir e pensar mesmo….. Grande bjuuu

  35. Oi Thaís,

    você falou tão bem de um assunto que cada vez me revolta mais, essa exploração que estamos sujeitos vivendo neste país. É um absurdo os preços praticados aqui. Eu e meu marido nos matamos de trabalhar para garantir a prestação da nossa casa e escolas para nossas filhas. O que mais me revolta é que essa diferença de custo de vida não é só para quem mora em países de “primeiro mundo” como os EUA. Meu marido esteve no México a trabalho na semana passada e o preço das coisas lá são um terço dos praticados aqui, sendo que o México também é um pais subdesenvolvido, com problemas, desigualdades sociais e corrupção como aqui. O que acontece neste país é revoltante e desestimulante. O Brasil é um dos países que mais se paga imposto no mundo. Qual imagem de futuro que a gente pode ter? Se matar de trabalhar, 30, 35 anos e se aposentar com um salário achatado. É triste e revoltante e apesar de amar o meu país muitas vezes me pego pensando o que eu estou fazendo morando aqui ainda.

  36. Eu li em algum lugar que aqui temos produtos 10 vezes mais caros que em alguns países, os maiores impostos e o mínimo de retorno para a população. Olhando possívei lugares de uma viagem internacional pela Europa, fui ver os pontos turísticos em Paris e Londres, e li sobre o preço que é ir na London Eye, algo entre 15 e 20 libras e 15 euros na torre eifel, e o povo achando q é caro, agora compare com o q nós ganhamos e que ir ao Pão de Açúcar ou Cristo está em mais de R$ 60,00 cada. Fico me perguntando se algum dia isto vai ter jeito.

  37. Muito bom seu post, realmente é assim que acontece comigo. Gostaria muito de poder comprar várias caixas organizadoras, e outros itens para organizar… acontece que aqui no Brasil é muitooo caro, então acabamos improvisando com caixas de sapato etc…

  38. Deprimente ler isso… mas creio que verdadeiro.
    Não conheço os EUA mas alguns países da Europa, onde também constatei que a qualidade das coisas ditas simples – um lanchinho no metrô, por exemplo, é outra… ótimo texto!

  39. Nem me fale do preço das caixas organizadoras. Como podem cobrar tão caro por um pedaço de plástico? Estou precisando comprar algumas para guardar diversos tipos de objetos desde livros a lâmpadas, mas a cada vez que olho o preço penso que minhas caixas de papelão vão ter que aguentar mais tempo. 😛

  40. Rs…dizer que depilação e unha aqui no Brasil é preço de banana, tá de sacanagem comigo né? Pago 50 contos na depilação e acho um absurdo, pé e mão não sai menos de 25 contos…na ponta do lápis e comparando com a comida (essencial!), a meu ver, são caros pra caramba! Pé e mão dá quase 10 Kg de arroz, o qual alimenta minha família por dois meses (pois moro eu e minha mãe). Eu tenho deixado de fazer muitas coisas devido ao preço, tem dois anos que não vou na manicure, eu mesmo tenho feito minhas unhas. Concordo com a Thais sim, a gente paga muito caro por péssimos serviços e produtos. Temos que pensar muito antes de consumir qualquer coisa. Impostos e juros são altos. Um dia desses, olhando um site sobre impostos, descobri que pagamos 45% de impostos em uma simples agenda! Trabalhamos cinco meses para pagar impostos … é outra coisa de doido aqui no Brasil. É revoltante!!! ¬¬

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